Poemas que homenageiam o “dia do trabalhador”

Poemas que homenageiam o “dia do trabalhador”

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O Dia do Trabalho ou o Dia do Trabalhador é feriado nacional no Brasil e em vários outros países como Portugal, Rússia, França, Espanha, Argentina e etc.

Nesta data, homenageia-se a luta dos trabalhadores que foram responsáveis pela consagração dos direitos trabalhistas atuais. É um momento também para o trabalhador refletir sobre as reais condições trabalhistas, bem como as legislações, normas e demais regras de trabalho.

 

Origem do Dia do Trabalho

A história do Dia do Trabalho surgiu em Chicago, nos Estados Unidos, em 1º de maio de 1886, quando houve uma grande manifestação de trabalhadores para protestarem contra a jornada exaustiva de trabalho – que eram submetidos, chegando até 17 horas.

No Brasil, o Dia do Trabalho teve início no governo de Artur Bernardes, em 1925. A data foi instituída graças a uma pressão popular, sobretudo, a partir de uma greve geral que ocorreu em São Paulo, em 1917. Na ocasião, os comerciantes e operários da cidade permaneceram em greve durante vários dias, por conta das condições precárias de trabalho.

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Poemas sobre trabalho

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Vou chegar atrasada e distraída,
como quem saiu do trabalho e foi direto pro bar.

Vou pedir um hi-fi inocente
e olhar toda hora pro relógio
como se estivesse alguém me esperando em outro lugar.

Vou rir bastante, manter um ar distante
e esquecer quanto tempo faz.

Vou perguntar pelos amigos e, se aceitar carona,
deixar cair um brinco no banco de trás…

Martha Medeiros, in Poesia Reunida.

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Depois da treze poderei sofrer:
antes, não.
Tenho os papéis, tenho os telefonemas,
tenho as obrigações, à hora-certa.

Depois irei almoçar vagamente
para sobreviver,
para aguentar o sofrimento.

Então, depois das treze, todos os deveres cumpridos,
disporei o material da dor
com a ordem necessária

para prestar atenção a cada elemento:
acomodarei no coração meus antigos punhais,
distribuirei minhas cotas de lágrimas.

Terminado esse compromisso,
voltarei ao trabalho habitual.

Cecília Meireles, in Retrato Natural – 1949.

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Chego sempre à hora certa,
contam comigo, não falho,
pois adoro o meu emprego:
o que detesto é o trabalho.

Millôr Fernandes, in “Pif-Paf”

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Fonte: Novos Sabores Publicações

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Café com Poemas administrator