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O dedo da coletividade que mata a poesia

Respeito os Movimentos Sociais, sobretudo aqueles do passado, de conquistas importantes em relação a certos direitos (da mulher, por exemplo), porém, esses coletivos de hoje, radicalmente ideologizados, de certa forma, atrapalham e aumentam o preconceito à mulher quando passam a exigir, não uma igualdade de direito, que também sou a favor, mas uma reparação histórica à mulher (do grupo delas – porque as que pensam diferente estão fora desse rol de direitos), tornando-as superiores, detentoras de certos privilégios que o mundo de hoje pode oferecer!

É evidente que o atual estágio, as mulheres passam a figurar com mais propriedade do que o homem (esse século é delas), pela facilidade em saberem lidar com várias coisas ao mesmo tempo e buscarem alternativas, sobretudo no campo da qualificação pessoal para se situarem no mercado de trabalho e na vida. É evidente que ainda há muito preconceito em relação a mulher, à sua capacidade e, muitas das vezes, superioridade em determinadas funções. É evidente também que a violência contra a mulher ainda é uma coisa assustadora, apesar das políticas históricas que têm contribuído um pouco para amenizar isso. O assédio é algo que precisa ser combatido. O estupro ainda é uma realidade desgraçadamente presente nos cotidianos da sociedade brasileira, mas, como eu ia dizendo, o que alguns grupos ideológicos estão fazendo com essa causa, transformando isso em interesses pessoais, em frustações comportamentais de natureza partidariamente coletiva, de certa forma atrapalha a luta e contribui cada vez mais com a segregação de gênero e um aumento de grupos ultraconservadores (a exemplo do nosso “fabuloso” Bolsonaro e sua trupe).

No fundo, o que esse povo quer – falo dos ativistas – é colocar as pessoas em uma determinada trincheira lateral, onde as ideias acabam sendo diametralmente conduzidas pelos extremismos das representações. Quer dizer, você não pode ser sensato e defender o equilíbrio entre homens e mulheres, entre direitos e deveres, entre o justo e o injusto. O negócio é tomar partido, mesmo que aquilo implique em dissipação de cabeças pelo caminho. Ou seja: o que o dedo da coletividade apontar, o massacre é garantido – evidentemente com flashes e cliques para intimidar. Não há presunção de inocência, o importante é adjetivar, generalizar: “todo homem é um estuprador em potenciar”. “Não me dê flores, me dê respeito”, “vivermos uma cultura do estupro”. Ou ainda, como se fala no outro lado dos extremos, ao tentar definir uma mulher feminista: “vai cortar o cabelo do sovaco”,… como se toda mulher feminista fosse um estereotipo… “gorda e sapatão”, como se a própria ideologia definisse uma condição já pré-determinada.

É exatamente aí onde acaba a poesia. O mundo idealizado pelos extremistas, sejam eles “ultraconservadores ou feministas radicais” é um mundo sem poesia, sem leveza de alma. Tudo é uma questão de “politicamente correto” ou de uma opressão machista, de proteção ao “cidadão de bem” interposto pela família patriarcal. A semelhança é que ambos são hipócritas. Muitos que defendem a “família” querem na verdade manter uma ideologia de proteção ao preconceito e a estupidez de forma desenfreada e contínua. Ao mesmo tempo em que, quem generaliza uma causa e condena um gênero somente pela sua natureza de ser quer na verdade impor, não uma igualdade, mas uma superioridade absurda de opressão e de propriedade exclusiva da causa, de modo que, quem não faz parte daquele ciclo de pensamento (mesmo que seja mulher) é taxado como machista ou um estuprador em potencial. Na maioria das vezes são pessoas que não vivem a causa (neste caso, o termo poderia ser trocado para o “hipocritamente correto”). Ou, quando vivem, flertam com o extremo e com a banalização de qualquer principio, regra e ordem estabelecida (culturalmente ou não) pela sociedade e que o homem (ou a mulher) em seu aspecto antropológico considera como normal.

 

P.S. Este texto é para quem enxerga as coisas de uma maneira mais coerente e lúcida. É claro, se você pertencer um dos polos extremistas vai me criticar até me adjetivar de acordo com as suas objeções. Só digo uma coisa: Não adianta tentar me entender. Eu não estou do lado que você olha. Não sou extremo, nem periférico, sou do lado de dentro da razão.

 

 

            


Leandro Flores é fundador e produtor dos Projetos ligados ao Café com Poemas.

 

Advogado, Jornalista, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.

É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…

 

Os avós nunca morrem, dormem para sempre nas profundezas do nosso coração

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Os avós nunca morrem, tornam-se invisíveis e dormem para sempre nas profundezas do nosso coração. Ainda hoje sentimos a falta deles e daríamos qualquer coisa para voltar a escutar as suas histórias, sentir as suas carícias e aqueles olhares cheios de ternura infinita.

Sabemos que é a lei da vida, enquanto os avós têm o privilégio de nos ver nascer e crescer, nós temos que testemunhar o envelhecimento deles e o adeus deles ao mundo. A perda deles é quase sempre a nossa primeira despedida, e normalmente durante a nossa infância. 

 

Os avós que participam na infância dos seus netos deixam vestígios da sua alma, legados que irão acompanhá-los durante a vida como sementes de amor eterno para esses dias em que eles se tornam invisíveis.

Hoje em dia é muito comum ver os avôs e as avós envolvidos nas tarefas de criança com os seus netos. Eles são uma rede de apoio inestimável nas famílias atuais. Não obstante, o seu papel não é o mesmo que o de um pai ou de uma mãe, e isso é algo que as crianças percebem desde bem cedo.

O vínculo dos avós com os netos é criado a partir de uma cumplicidade muito mais íntima e profunda, por isso, a sua perda pode ser algo muito delicado na mente de uma criança ou adolescente. Convidamos você a refletir sobre esse tema conosco.

O adeus dos avós: a primeira experiência com a perda

Muitas pessoas têm o privilégio de ter ao seu lado algum dos seus avós até ter chegado à idade adulta. Outros, pelo contrário, tiveram que enfrentar a morte deles ainda na primeira infância, naquela idade em que ainda não se entende a perda de uma forma verdadeiramente real, e onde os adultos, em certas situações, a explicam mal na tentativa de suavizar a morte ou fazer de conta que é algo que não faz sofrer.

A maioria dos psicopedagogos diz de forma bem clara: devemos dizer sempre a verdade a uma criança. É preciso adaptar a mensagem à sua idade, sobre isso não há dúvidas, mas um erro que muitos pais cometem é evitar, por exemplo, uma última despedida entre a criança e o avô enquanto este está no hospital ou quando fazem uso de metáforas como “o avô está em uma estrela ou a avó está dormindo no céu“.

  • É preciso explicar a morte às crianças de forma simples e sem metáforas para que elas não criem ideias erradas. Se dissermos a elas que o avô foi embora, o mais provável é a criança perguntar quando é que ele vai voltar.
  • Se explicarmos a morte à criança a partir de uma visão religiosa, é necessário incidir no fato de que ele “não vai regressar”. Uma criança pequena consegue absorver apenas quantidades limitadas de informação, dessa forma, as explicações devem ser breves e simples.

É também importante ter em conta que a morte não é um tabu e que as lágrimas dos adultos não têm que ficar ocultas perante o olhar das crianças. Todos sofremos com a perda de um ente querido e é necessário falar sobre isso e desabafar. As crianças vão fazer isso no seu tempo e no momento certo, por isso, temos que facilitar este processo.

As crianças irão nos fazer muitas perguntas que precisam das melhores e mais pacientes respostas. A perda dos avós na infância ou na adolescência é sempre algo complexo, por isso é necessário atravessar essa luta em família sendo bastante intuitivos perante qualquer necessidade dos nossos filhos.

Embora já não estejam entre nós, eles continuam muito presentes

Os avós, embora já não estejam entre nós, continuam muito presentes nas nossas vidas, nesses cenários comuns que compartilhamos com a nossa família e também nesse legado verbal que oferecemos às novas gerações e aos novos netos e bisnetos que não tiveram a oportunidade de conhecer o avô ou a avó.Os avós seguraram as nossas mãos durante um tempo, enquanto isso nos ensinaram a andar, mas depois, o que seguraram para sempre foram os nossos corações, onde eles descansam eternamente nos oferecendo a sua luz, a sua memória.

A presença deles ainda mora nessas fotografias amareladas que são guardadas nos porta-retratos e não na memória de um celular. O avô está naquela árvore que plantou com as suas próprias mãos, e a avó no vestido que nos costurou e que ainda hoje temos.

Estão no cheiro daqueles doces que habitam a nossa memória emocional. A sua lembrança está também em cada um dos conselhos que nos deram, nas histórias que nos contaram, na forma como amarramos os sapatos e até na covinha do nosso queixo que herdamos deles.

Os avós não morrem porque ficam gravados nas nossas emoções de um modo mais delicado e profundo do que a simples genética. Eles nos ensinaram a ir um pouco mais devagar e ao ritmo deles,a saborear uma tarde no campo, a descobrir que os bons livros têm um cheiro especial e que existe uma linguagem que vai muito mais além das palavras.

É a linguagem de um abraço, de uma carícia, de um sorriso cúmplice e de um passeio no meio da tarde compartilhando silêncios enquanto vemos o pôr do sol. Tudo isso perdurará para sempre, e é aí onde acontece a verdadeira eternidade das pessoas.

No legado afetivo de quem nos ama de verdade e que nos honra ao recordar-nos a cada dia.

 

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Texto extraído do site:

 

Ensine teu filho a dizer a verdade e a assumir os próprios erros

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Quer deixar algo para o mundo? Deixe um filho responsável e honesto.

Se para, nós, adultos, que conseguimos diferenciar entre o bem e o mal, é difícil assumir nossos erros, imagine o quão difícil pode ser para seu pequeno. Mas, não se preocupe, vamos mostrar a você como ensinar seu filho a assumir os erros à medida que cresce.

Assumir os erros não será fácil para as crianças. Mas parte de desenvolver a capacidade de reconhecimento e aceitação dos equívocos está ligada à integridade humana.

 

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Atenção pais! Criança não tem obrigação de beijar ou abraçar ninguém

 

Se seu filho sabe aceitar que não agiu bem, será uma pessoa mais responsável com cada uma de suas ações e aprenderá que se agir mal, pode afetar as pessoas ao seu redor.

Reconhecer que agimos mal ou falhamos não é tão simples quanto parece. Às vezes, nos negamos a fazer isso por vergonha ou orgulho. De qualquer forma, isso não é bom.

Errar e assumir os próprios erros

por Pixabay 

“Errar é humano, mas reconhecer o erro é para os sábios”.

Essa frase é tão simples quanto verdadeira. É verdade que todos nós estamos expostos às falhas, mais ainda quando uma criança experimenta novas emoções, conhece e se relaciona com outras. Mas entender e assumir os erros ainda quando são pequenas, as ajudará a serem pessoas melhores no futuro.

Como seu filho não sabe reconhecer a diferença entre o bem e o mal, os pais desempenham um papel fundamental como orientadores durante toda a fase de crescimento. Nesse caminho, no qual tratamos de orientar nossos filhos da melhor forma possível, devemos lembrar que mamãe e papai é um modelo irrefutável a seguir.

Para seu filho, o que você fizer estará certo. Ele imita você por natureza, por instinto. É aí que se encontra a importância de agir conforme os valores e princípios que queremos que nosso filho desenvolva.

Dicas para ajudar a criança a admitir suas falhas

Imagem de Daniela Dimitrova

É importante que os nossos filhos se deem conta dos erros que cometem durante o seu crescimento e os corrijam a tempo. Por esse motivo, damos a você algumas recomendações que podem facilitar para ambos a dinâmica do reconhecimento de nossos próprios atos.

  • Dê o exemplo. Se foi você quem cometeu o erro, reconheça-o diante da criança. Converse com ela a respeito disso.
  • Muitas vezes, quando somos pais, temos medo de assumir um erro, porque acreditamos que perderemos autoridade, credibilidade ou respeito diante de nossos filhos. Mas a verdade é que assumir que cometemos uma falha é um ato de coragem e, claro, de sabedoria. O reconhecimento do erro se transforma em um ato de humildade.
  • Ensine ao seu filho que ele tem direito de errar. Seu filho não tem razão para ser perfeito e deve saber disso. Faça-o saber que também se aprende com os erros. Isso criará um antecedente para ele, e o ajudará a não repetir, novamente, a mesma falha.
  • Assumir também é amadurecer. Converse com seu filho, mostre-o que assumir um erro faz com que ele seja uma pessoa mais madura, em crescimento e consciente de que embora tenha falhado, sempre pode escolher fazer o bem o corrigir seu erro.
  • Valorize o lado bom da ação cometida. Ensine seu pequeno a ver o lado positivo das situações. Tudo que acontece ou que faz é uma experiência da qual ele pode tirar proveito, um novo aprendizado.
  • Ajude seu filho a tomar a melhor decisão. Perante determinada situação, é possível que seu pequenino precise de seu apoio para tomar uma decisão. Oriente-o, mas lembre-se de que você deve deixá-lo decidir. É ele quem deve determinar qual ação vai tomar. Se ele se equivocar, saberá que é preciso assumir o erro e se responsabilizar por ele.
  • Elogie a habilidade dele de reconhecer os próprios erros. Avalie que seu filho faz um esforço para enfrentar seu erro, em vez de lembrá-lo do mal que fez.
  • Ensine-o a se desculpar. Faça-o entender que pedir desculpas não é um fracasso, nem tem porquê ferir ou abalar a autoestima dele. Pelo contrário, o torna uma criança corajosa e capaz.

Fazer com que o seu filho assuma os próprios erros não só o tornará um ser humano mais consciente de tudo que faz, mas também o fará ser uma pessoa mais humilde e justa.

Obs. Não conseguimos identificar a autoria de algumas imagens 

 

*Este artigo foi uma reprodução do site Sou Mamãe.