Categoria Literatura

Movimento Cultivista Café com Poemas Sorocaba participa da 1ª Feira Virtual da Alemanha

O Movimento Cultivista Café com Poemas de Sorocaba marcou presença na 1ª Feira Virtual da Alemanha (Virtuelle Buchmesse Deutschland), realizada no domingo, 9 de novembro, a partir das 9h (horário de Brasília) e 13h (horário local da Alemanha). O evento, organizado pela Confederación Internacional del Libro, reuniu artistas, escritores e poetas de diversos países em uma grande celebração literária internacional.

Com o tema “Albert Einstein (Wissenschafttler)”, o encontro contou com a mediação da poeta e professora Priscila Mancussi, representante do Movimento Cultivista de Sorocaba, e teve como convidado especial o escritor e embaixador cultural Romário Filho, responsável por intermediar o convite do grupo brasileiro para participar da programação.

Participaram do evento (por vídeo) os poetas e autores Shirley Ferro, Débora Domingues, Ricardo Oliveira, Vânia Moreira, Cris Pimentel, Leandro Flores, Carina Gameiro e Samanta Shepanski (foi convidada, mas não conseguiu particpar), levando a poesia cultivista e o nome do Brasil a um público internacional.

Assista:

A participação do Movimento Cultivista Café com Poemas Sorocaba reforça o compromisso do grupo em promover a literatura, a arte e o diálogo cultural além das fronteiras, conectando vozes e inspirações de diferentes partes do mundo.

O evento foi transmitido pela página oficial da feira no Facebook e pode ser assistido pelo link:
👉 https://www.facebook.com/share/v/17fP7H88Bf/

Prêmio Cultivista de Sorocaba encerra inscrições com adesão nacional e internacional e homenagem marcada para 30 de outubro

Iniciativa idealizada por Leandro Flores e Priscila Mancussi celebra artistas e agentes culturais que transformam a cultura com sensibilidade, poesia e empatia

O Prêmio Cultivista de Sorocaba – Vozes que Inspiram chega à reta final de suas inscrições consolidado como uma das mais importantes iniciativas culturais do país. A ação, que integra o Movimento Cultivista Café com Poemas Sorocaba, tem conquistado destaque nacional e internacional, reunindo poetas, escritores e agentes culturais de diversas regiões do Brasil e até de países como Portugal e Peru.

Idealizado por Leandro Flores e Priscila Mancussi, o prêmio nasceu com o propósito de reconhecer e celebrar vozes que inspiram, que cultivam a arte, a literatura e a cultura como ferramentas de transformação social e expressão da sensibilidade humana.

A repercussão desta edição foi extraordinária: o prêmio alcançou nomes de diferentes estados brasileiros e ampliou fronteiras, provando que o Cultivismo é um movimento que fala a língua universal da arte e da emoção.

Entre os artistas premiados estão: Aline dos Santos (Sorocaba/SP), Alexandre Carneiro Lima (Votorantim/SP), Altamir Costa (Maricá/RJ), Arthur Souto (Santo André/SP), Augusto Vicenzio (São Bento do Sapucaí/SP), Carina Gameiro (Araçoiaba da Serra/SP), Carlos Carvalho Cavalheiro (Sorocaba/SP), Cris Vaccarezza (Feira de Santana/BA), Dalila Nascimento (São Paulo/SP), Danilo José de Lima (Sorocaba/SP), Daniel Soares Filho (Rio de Janeiro/RJ), Débora Domingues (Sorocaba/SP), Débora Tauane (Alagoinhas/BA), Djalma Moraes (Santos/SP), Don Policarpo (São Paulo/SP), Elaine Perez (Sorocaba/SP), Eric Silva (São Paulo/SP), Fábio Alves (São Paulo/SP), José Antonio Torres (Belford Roxo/RJ), José Feliciano Delfino Filho (Zezo) (Sorocaba/SP), José Rui Camargo (Taubaté/SP), Josemir Lemos (São Caetano do Sul/SP), Lana Coelho (Magalhães de Almeida/MA), Leonardo Andreh (São Paulo/SP), Luana Barreto (Lisboa/Portugal), Luiz Roberto Nascimento (São Paulo/SP), Marcela Oseas Ferreira (São José/SC), Mari Santos (Queimada Nova/PI), Mayara Lopes (Santos/SP), Patrícia Oliveira (Cordeiros/BA), Patrícia Roberta Xavier (Afogados da Ingazeira/PE), Paulo Brito (Candeias/BA), Paulo Medrado (Vitória da Conquista/BA), Renata Barcellos (Rio de Janeiro/RJ), Ricardo Oliveira (São José/SC), Ricco (São Paulo/SP), Rivalde Silva (Sorocaba/SP), Romário Filho (Salvador/BA), Samantha Schepanski (Sarandi/RS), Sandra Stabile de Queiroz (Salvador/BA), Shirley Ferro – Poetisa da Luz (São Paulo/SP), Su Canfora (Mogi das Cruzes/SP) e Yago Tadeu Scorsetti (Eldorado/SP).

Entre os destaques desta edição, um dos premiados é Romário Filho, poeta e artista de Salvador (BA), reconhecido por sua trajetória literária e atuação cultural na promoção da poesia contemporânea baiana. Sua presença reforça o caráter plural e integrador do prêmio, que reúne vozes de diferentes estilos, regiões e trajetórias.

Além dos premiados brasileiros e portugueses, esta edição também tem a honra de conceder o reconhecimento a dois líderes culturais internacionais: Cézar Salvatierra, presidente da Confederación Internacional del Libro, e Alan Morales, vice-presidente da mesma instituição. Ambos realizam um trabalho de grande relevância no continente e no mundo, promovendo a literatura, o livro e a integração entre povos por meio da arte e da palavra.

Cada nome representa uma semente cultivada em solo fértil de arte e sensibilidade. São poetas, escritores, músicos e artistas visuais que, por meio de suas obras, inspiram o público e transformam a realidade ao seu redor.

A liderança de Priscila Mancussi, escritora, professora e poeta sorocabana, ao lado de Leandro Flores, idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro, tem sido fundamental para o fortalecimento dessa rede de afeto e cultura que atravessa fronteiras e conecta corações.

Como gesto de reconhecimento público, os premiados receberão uma homenagem na Câmara Municipal de Sorocaba, no dia 30 de outubro de 2025, em sessão solene concedida pelo vereador Fábio Simoa, grande incentivador das expressões artísticas e da valorização da cultura local. Sua postura sensível e o apoio ao Movimento reforçam a importância do diálogo entre o poder público e os agentes culturais da cidade.

A repercussão do prêmio também ecoou em espaços de difusão cultural, como o podcast “todapoesiavaniamoreira”, apresentado por Vânia Moreira, integrante do Movimento Cultivista Café com Poemas Sorocaba. No programa, diversos premiados compartilharam suas histórias e reflexões sobre a importância do reconhecimento, fortalecendo o elo entre arte e comunidade.

Mais do que uma cerimônia, o Prêmio Cultivista de Sorocaba – Vozes que Inspiram é um manifesto poético que reafirma a necessidade de cultivar empatia, humanidade e beleza em tempos de pressa e distanciamento. Sob o olhar sensível de Leandro Flores e Priscila Mancussi, o movimento segue florescendo, fazendo da poesia uma ponte entre corações e territórios.

📌 Serviço

O quê: Prêmio Cultivista de Sorocaba – Vozes que Inspiram
Onde: Câmara Municipal de Sorocaba (SP)
Quando: 30 de outubro de 2025
Idealização: Leandro Flores e Priscila Mancussi
Realização: Movimento Cultivista Café com Poemas Sorocaba
Homenagem especial: Vereador Fábio Simoa
Participações especiais: Podcast todapoesiavaniamoreira com Vânia Moreira
Contato para imprensa: mmovcafecompoemas.sorocaba@gmail.com

Redes sociais:

@movcafecompoemas.sorocaba |
@destaquesepremiacoes |
@movimentocultivista |
@insta_cafecompoemas
@nspublicacoes |
@priscilamancussi |

@leandroflores.poeta

Ser Professor – Leandro Flores

Ser professor é plantar,
mesmo em solo endurecido,
é regar com esperança
um futuro adormecido.
É saber que a flor do sonho
brota do chão mais sofrido.

É lutar contra o cansaço,
é sorrir quando há dor,
é fazer do giz um laço
que abraça com amor.
É ter fé no impossível
e ensinar com fervor.

Professor é luz que guia,
é farol na ventania,
é quem insiste e confia
na força da educação.
É aquele que não desiste,
mesmo quando a dor persiste,
carregando em sua mão
o poder da transformação.

Não tem capa, nem medalha,
mas vence cada batalha
com coragem e coração.
Porque ser mestre é ser ponte,
entre o vale e o horizonte,
entre o “não sei” e a solução.

Por isso, neste dia,
fica aqui minha poesia,
em forma de gratidão:
— Professor, tua missão
é divina e verdadeira,
tua voz é a sementeira
que faz brotar uma nação.

*Poema do escritor, poeta e professor Leandro Flores

Movimento Cultivista de Sorocaba participa da 2ª Feria del Libro Internacional de Jauja

Crônica por Leandro Flores

(@leandroflores.poeta)

Na manhã deste sábado, 11 de outubro, participei representando o Movimento Cultivista Nacional (@movimentocultivista) e a Editora NS Publicações (@nspublicacoes) na 2ª Feria del Libro Internacional de Jauja (FLI JAUJA), promovida pela Confederación Internacional del Libro (CIL).

O painel, intitulado “La poesía que existe en mí”, foi realizado pela plataforma Zoom e transmitido ao vivo pelo Facebook, reunindo poetas e escritores brasileiros em um momento de partilha e celebração da palavra.

A mediação ficou sob responsabilidade da poetisa Priscila Mancussi, anfitriã do evento e coordenadora do Movimento Cultivista Café com Poemas Sorocaba ( @movcafecompoemas.sorocaba), núcleo vinculado ao Movimento Nacional, que promoveu o encontro.
Priscila foi a articuladora do convite, em parceria com o Embaixador Cultural Romário Filho, que abriu as portas para a participação do Movimento na feira, fortalecendo o intercâmbio poético entre Brasil e Peru.

O encontro contou com a presença de Débora Domingues, Shirley Ferro, Ricardo Oliveira, Carina Gameiro, Vânia Moreira, Cris Pimentel e Leonardo Andreh, compondo uma roda literária marcada pela sensibilidade e pela diversidade das vozes.

📺 O evento completo pode ser assistido neste link: https://youtu.be/r5zCmluCEGM?si=dL9GJXZyninPWEvT

👉 Feria del Libro Internacional de Jauja – Vídeo Completo: https://www.facebook.com/profile.php?id=100069122803659

▶️ Recorte da minha participação no primeiro bloco: https://youtube.com/shorts/JZEglY29Drk?si=I8y85wgfq165Hd3g
Leandro Flores – La poesía que existe en mí

Mais do que uma feira literária, foi um momento de integração e diálogo cultural, reafirmando o propósito do Movimento Cultivista de levar a poesia e a arte para além das fronteiras.

Sobre Romário Filho:
Romário Filho é Embaixador Cultural da Confederação Internacional del Libro, produtor cultural e idealizador de diversos projetos literários. Natural de Salvador (BA), atua à frente do Clube dos Poetas da Bahia e é membro de várias academias de letras e instituições culturais, como a AILB – Academia Internacional de Literatura Brasileira e a CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz.
Reconhecido por sua atuação em prol da poesia e dos direitos humanos, Romário tem se destacado como articulador e promotor da arte brasileira em eventos nacionais e internacionais, consolidando pontes entre escritores, leitores e instituições literárias.

CONDEÚBA CELEBRA NOITE DE POESIA

POR: Antônio Santana, professor, escritor, poeta e coordenador do Movimento Cultivista Café com Poemas de Condeúba.

Na noite deste sábado, 23 de agosto de 2025, na Biblioteca Municipal de Condeúba, situada à Praça Jovino Arsênio da Silva Filho, Condeúba – Bahia, realizou-se mais um encontro do Movimento Cultivista Café com Poemas, que contou com a presença de membros do Movimento e convidados, onde também foi prestado uma homenagem especial ao nosso amigo e artista plástico condeubense José Maria Aires Vieira, (in memória) conhecido popularmente como Zé Maria, que nos deixou recentemente.
O evento teve na sua programação declamações e recitais de poemas e poesias de escritores e poetas nacionais, regionais e locais, acompanhados de um delicioso café com biscoitos de Condeúba. Foi uma noite maravilha, agradável e emocionante para todos que participaram desta belíssima noite de literatura na cidade de Condeúba, na Bahia. Na sequência, tivemos uma breve reflexão sobre a importância do amor e da paixão na vida humana, bem como foi recitado o poema: “O Navio Negreiro”, do poeta Castro Alves, pelo professor e escritor Agnério Evangelista de Souza; a poesia Ser diferente também é ser gente, recitada pela professora Laurita Alves de Sousa, do poeta Antônio Santana; e as poesias Educação Ambiental e Sociedade, recitadas pelo próprio autor, dentre outras participações dos convidados.

A todos, o meu muito obrigado!

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Prêmio Destaque Literário – Melhores de 2024: Celebrando a Literatura Nacional

Ser escritor no Brasil não é uma tarefa fácil. Em um país onde a leitura ainda enfrenta desafios e o incentivo à cultura é limitado, escrever um livro, publicá-lo, encontrar leitores e ser reconhecido por isso é uma conquista gigantesca.

Diante desse cenário, a NS Publicações, em parceria com a Academia de Letras ALESEC e o Movimento Cultivista Café com Poemas, criou o Prêmio Destaque Literário – Melhores de 2024. Em sua primeira edição, a premiação já se mostrou um grande sucesso, reunindo escritores de todo o Brasil e registrando um número impressionante de participações. O objetivo primordial da premiação é valorizar o escritor independente, o poeta, os criadores de histórias infantis e autores dos mais diversos gêneros literários, como romance, conto, crônica, etc.

Para Leandro Flores, escritor e editor, o momento é de celebração.

“Ser escritor no Brasil já é um desafio enorme. Escrever um livro, então, é quase um ato de resistência, já que não há incentivos do governo para a literatura. Por isso, um concurso como esse é uma forma de reconhecer e celebrar essa conquista.”

A escritora, professora e também uma das organizadoras do prêmio, Priscila Mancussi, reforça a importância desse reconhecimento.

“Esse prêmio chega em um momento crucial, onde cada escritor tem sua trajetória valorizada. É uma forma de mostrar que a literatura segue viva e pulsante, apesar das dificuldades.”

Entre os vencedores desta edição, destacam-se na categoria Poesia, essencial na preservação da sensibilidade literária, premiou Cris Vaccarezza. Já a categoria Autor Independente, que valoriza aqueles que trilham o caminho da literatura por conta própria, teve como vencedora Maria da Conceição de Oliveira Santos.

O prêmio de Melhor Livro, que destaca uma obra de impacto no cenário literário, foi conquistado por Rafael Zimichut. Na categoria Livro Digital, que reforça a presença da literatura no meio virtual, a vencedora foi Cleide Augusta da Silva.

A Literatura Popular, que dá voz às histórias do povo, teve como premiado Antônio da Cruz Santana. Em Não-Ficção, reconhecendo obras de relevância para o conhecimento e a reflexão, o primeiro lugar foi para Francisco José Vilas Boas Neto.

A categoria Ficção e Romance, celebrando narrativas cativantes e envolventes, teve como vencedor Bruno Cícero Guerra de Sousa. Já na Literatura Infantojuvenil, essencial para a formação de novos leitores, o prêmio foi para Gisele Silva.

Por fim, na categoria Contos, que valoriza narrativas curtas e impactantes, o primeiro lugar ficou com Patrícia Xavier.

Sobre a Premiação:

Em relação à premiação, os vencedores de cada categoria receberão gratuitamente um certificado digital, que valida sua conquista no Prêmio Destaque Literário – Melhores de 2024.

Para aqueles que optarem pelo prêmio físico, a sofisticação é ainda maior. O vencedor de cada categoria receberá uma medalha dourada personalizada (8,5 cm x 7 cm) com fita de cetim vermelha, simbolizando a excelência e o destaque na sua área literária. Além disso, o prêmio conta com um estojo de luxo em veludo (12,5 cm x 9 cm), agregando ainda mais prestígio à premiação. O certificado oficial e personalizado em A3 complementa o reconhecimento, assinando e atestando o valor dessa conquista.

Esse prêmio representa, portanto, um marco importante para os escritores e poetas que se destacaram em suas categorias, celebrando suas conquistas e o valor de suas obras.

Para conferir a lista completa dos vencedores e mais detalhes sobre a premiação, acesse:
👉 www.nspublicacoes.com
👉 www.cafecompoemas.com
👉 Canais da @nspublicacoes no Instagram e no YouTube

MOVIMENTO CULTIVISTA BRASILEIRO LANÇA COLETÂNEA NACIONAL

POR: Antônio Santana, escritor e poeta, Condeúba – Bahia.

Neste sábado, 23 de novembro de 2024, às 15: 00 horas, de forma virtual foi lançado à I edição do livro em coletânea Movimento Cultivista Brasileiro – Poetas Ilustres, pela Editora Novos Sabores, Brasília-DF, que contou com a participação de escritores e poetas que já têm trabalhos literários no mercado editorial, como Leandro Flores, Priscila Mancussi, Edson Silveira, Antônio Santana, Paulo Medrado, Vânia Moreira, dentre outros nomes que fazem parte da mesma.
O Movimento Cultivista Brasileiro é construído à partir de parcerias através dos Movimentos Cultivistas Café com Poemas em diversos estados brasileiros, dos quais formamos esse grande movimento acima mencionado. Tivemos um dia muito especial de conversa, recitais de poemas e poesias, bem como de oportunismo para acolher os novos talentos que estão se inserindo no espaço da arte literária local, regional e nacional.

Confira abaixo o evento na íntegra:

 

18 DE ABRIL – DIA DO LIVRO INFANTIL

Que bom que o livro ainda consegue fazer uma criança sonhar.
Que bom que ainda que em tempo de tecnologia,
O livro ainda inspira crianças a escreverem as suas próprias histórias.
Foi assim comigo quando criança que sonhava em me tornar um escritor.
Acredito que também seja assim com os amantes da leitura e da literatura brasileira.
Que o livro continue sendo esse companheiro de todas as horas de nossas vidas.
Que às crianças continuem se inspirando para que amanhã, tenhamos bons e excelentes leitores e escritores no Brasil.

Viva o livro infantil!

Antônio Santana,
Escritor e Poeta.
Condeúba – Bahia

Ode ao Corvo – Ao mestre Edgar Alan Poe

Ó Senhor Mistério que comigo agora estás,
levanta-te desta poltrona, amigo,
nunca, jamais, te esqueças do que digo.
Oculta de minha mente meus sonhos infernais,
nunca me faças padecer na dor
de ter aqui comigo esses tormentos tais…

Olha ao fundo da taça que te ofereço,
bebe, pois este é o sangue dos imortais,
é chegada a hora de inundar a garganta
e lubrificar estas cordas vocais
para o canto do ilustre corvo de Poe…

És tu, amigo, este pássaro que choras
nos espaços dos meus umbrais
pela musa Lenora que se foi…

Conheço a tua saudade esmagadora,
já me perdi na vida de aventuras,
fui ferido pela musa da Ternura,
cantei somente uma vez e nada mais…

Olha atentamente o retrato que te incomoda,
vês nele as minhas digitais?
Pois bem! Estimado companheiro,
já amei, o teu amor, não amo mais…

Este coração que guardo no peito
foi tomado por forças tais
de um escorpião de tamanho feito
que me enlaçou de tal jeito
fazendo-me um dos seus amores mortais…

Minha alma hoje clama a força
ó ave feia e escura que aqui estás,
tu, somente tu, criatura noturna,
ouviste esse canto desabafo declarante.
Costure neste bico a tua língua delirante
para que tua voz nunca mais
ouse explanar essas fraquezas fatais…

Entreguei-me à filha de Novembro,
aquela bela cujos cachos negros
enfatizei nos meus sonhos perfeitos
deixando-me domar pelos desejos materiais…

Ó pássaro das escuras
a lucidez está a me esperar!
Adeus senhor das plumas,
espero ver-te nunca mais.

*Poesia publicada na 1ª edição de publicações do Castelo Drácula. Datado de janeiro de 2024. → Ler edição completa

Fonte: https://castelodracula.com/leia/carlos-conrado/ode-ao-corvo

 

Carlos Conrado,

nasceu na Bahia e hoje vive em São Paulo. Suas formações estão em Designer, Publicidade e Psicanálise. Escritor, ilustrador e poeta, um amante do soturno inspirado em grande nomes, quais: Álvares de Azevedo, Lord Byron, Edgar Allan Poe, Baudelaire, entre outros. Identifica-se, portanto, “como um ‘neo simbolista’, colocando o cosmos como meu principal tema de expressão”. Seu livro “Os Segredos da Maçã”está disponível em pré-venda.

Confira a entrevista de Carlos Conrado ao Castelo Dracula

O Conto “A estrangeira” de Ana Maria Fernandes

A estrangeira

Saí, bati a porta depois de tirar a chave da fechadura. A manhã era de Maio mas o conto não é naturalista ou romântico, pode até não ser mais nada do que:

Palavras para o ar.

As sandálias pretas, a calça amarela solta tipo moda anos 60, uma camisola azul com desenho de duas bonecas grávidas e uma carteira de tecido de várias cores, mas a predominar o azul, toda feita à mão, e, no cabelo, uma fita a segurá-lo e uns óculos de sol.

Bati com o portão da rua depois de olhar para a erva do jardim e para as poucas flores que sobreviviam à chacina do desmazelo.

Comecei a coçar os paralelos no lombo e segui o caminho com um sorriso citadino, o jeito das ancas ondulantes a provocar a natureza que me circundava e o braço direito ligeiramente erguido com as pregas castanhas da mala na mão, a fitinha, também castanha, voava livre como uma jovem virgem.

Na aldeia as flores dos jardins das casas por onde ia passando, olhavam-me de forma diferente das da cidade, libertavam uns odores tradicionais que faziam chegar a infância ao meu horizonte.

Estranha! Tal me começo a sentir com a passagem dos carros locais e que por mim demoraram a desaparecer na recta.

Estava atenta à paisagem do céu onde se via, ao longe. O oxigénio chegou a cair sob a minha pele. Era leve como a água da presa, da qual aproximo a minha sombra.

Deslumbra-me esta natureza destemida.

O destino era ir ao minimercado, que fica no centro da Vila, buscar um raminho de salsa para as iscas de bacalhau — o almoço que ficara programado para aquele dia.

Levantei-me com tempo e arranjei-me devagar, o que acontece raramente, fiz a cama e olhei-a, depois, sem me apetecer lá voltar senão no final do dia, liguei o computador, vi os e-mails, sorri-lhe e ainda brinquei nas extensas escadas para chegar ao último degrau antes de ouvir o eco dos meus passos e dos meus risos pela vivenda quase cheia de vazio.

O sol, encoberto pelas nuvens, além dos vidros da janela do quarto, não se via.

Estava sem carro para me deslocar à Vila, o que podia ser um impedimento de ir e podia remediar sem salsa, afinal só eu é que gostava dela na comida. Porém, a curiosidade de conhecer as manhãs na aldeia era alguma, porque nova era no local.

As casas ornamentadas com lindos jardins, algumas com os quintais ao lado, penteados com regos de cebolo, batata e penca sem um cabelo de ervas que se apontasse por perto; alguns cafés, uma drogaria, talhos, cabeleireiros, um pintor de quadros, um garageiro, um mediador de seguros, perto da padaria, uma sapataria e o minimercado do outro lado da rua para onde me dirigi descontraída e radiosa: dei um bom dia altivo e furei o corredor , algumas senhoras idosas ali agrupadas, perto da caixa registadora; umas, com compras; outras, sem nada, ou melhor: com a cavaqueira toda! Estavam ali, talvez, como em todas as manhãs, a repisarem passagens da vida alheia — como é natural nestas paragens.

Amanhã irão falar de mim, se ainda não for hoje.

Uma delas, que parecia ser a mais velha pelas roupas escuras, incluindo o avental rendado “à lavradora”, a trança branca enrolava-se na nuca, o cabelo dava a sensação que crescia naquele caminho há anos, realçava os seus olhos esbugalhados no rosto carcomido, disse em alta voz: — As mulheres novas conseguem tudo e as velhas nada! — e ficou a olhar para mim quando me voltei na sua direcção, estava muito séria. Baixei o olhar, estava em desvantagem numérica e era uma desconhecida, não me podia arriscar a uma má interpretação, pois há olhares que ferem. Contudo, ainda a desvantagem da carteira e do sotaque, só por si denunciadores do meu “estrangeirismo na terra e força para levantar vozes contra mim.

Peguei na salsa e em alguns legumes que me despertaram a atenção pela sua frescura, e encaminhei-me, devagar, para a caixa.

Entretanto, a mulher mais velha tinha saído do estabelecimento, voltando pouco depois; apercebi-me que iria também a pé e muito carregada, o peso demasiado para os seus braços idosos; por isso, pediu à dona do minimercado uma caixa vazia de fruta, onde depositou os sacos cheios e, depois, meteu a caixa à cabeça e foi-se embora em passo vagaroso e calmo.

Depois deste episódio no supermercado da Vila, fiquei mais pensativa e mais vagarosa, sentia o braço pendurar-se ao corpo com o estorvo da carteira exótica, escondida pelo saco plástico, com os dizeres “A nossa loja”. Atravessei a rua para ir à padaria e acrescentar outro saco ao corpo da cidade — que acabava por tapar completamente o aroma das minhas cores.

Ana Maria Fernandes


Ana Maria Fernandes

Poeta, Artista Visual, Formadora e Curadora de Arte

Contacto: 351 93 930 30 26

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