Arquivo mensal 22 de novembro de 2025

CONDEÚBA COMEMORA NOITE DA CONSCIÊNCIA NEGRA

POR: Antônio Santana, Coordenador do Movimento Cultivista Café com Poemas de Condeúba, (BA).

Na noite desta sexta-feira, 21 de novembro de 2025, o Movimento Cultivista Café com Poemas de Condeúba, realizou a sua última edição anual dedicado ao Dia Nacional da Consciência Negra no Brasil, na Rua Carolino Rodrigues de Carvalho, 113, Bairro São Francisco, Condeúba (BA), com a temática principal Noite de Poesia Preta, com recitais e declamações de poemas e poesias, muita música boa e delicioso café com protudos nativos.
O evento contou com a participação de membros do Movimento, escritores e poetas condeubenses: Agnério Evangelista de Souza, Paulo Henrique Cordeiro Rocha, Antônio Santana, que também estar Coordenador, a professora Regina Célia, vice-coordenadora do Movimento Cultivista Café com Poemas, a professora Laurita Alves de Sousa, o professor César Polibio, Maria Aparecida Vieira e convidados. Esta foi uma daquelas noites especiais de muita reflexão sobre o protagonismo do (a) negro (a), acerca de avanços e retrocessos, na vida social, cultural, política, religiosa e profissional dessa categoria.

A todos, o nosso muito obrigado!

Veja aqui as fotos no instagram do nosso Movimento:

https://www.instagram.com/reel/DRXBRmjjmq5/?igsh=MTE1bHphOGRvNWY2ag==

 

 

PARA REFLETIR: DIA 20 DE NOVEMBRO DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA NO BRASIL

POR: Antônio Santana, escritor e poeta de Condeúba, BA.

Foi a partir do ano de 2023 através da Lei 14.759, que no Brasil, passou a considerar o 20 de novembro como o Dia Nacional da Consciência Negra, data que também homenageia o grande líder negro Zumbi dos Palmares, que muito lutou pelo povo negro escravizado do nosso País. Esta data não representa apenas um simbolismo, um feriado nacional e muito menos uma simples comemoração para repartições ou instituições públicas da nossa sociedade atual, mas um momento de reflexão sobre o passado escuro de tantas segregações, discriminações, preconceitos e de muita violência contra o nosso povo negro do Brasil.
Hoje, é um dia muito importante no calendário brasileiro, o qual comemora o Dia Nacional da Consciência Negra no Brasil, onde sonhamos enquanto negros e negras da Bahia, do Nordeste e do Brasil um dia conquistarmos definitivamente a nossa libertação. Ontem, negros escravizados em “navios negreiros”, chicoteados por capitães, coronéis e atualmente, perseguidos por um Sistema Político-Partidário e por uma democracia à sombra de um coronelismo Pós-Moderno, tecnológico e excludente, onde os negros e as negras continuam servindo a uma menoria de “brancos”, que se acham melhores do que nós.
Infelizmente, esta é a cara do Brasil do ano de 2025, onde ainda acontece e pelo jeito vai continuar acontecendo os considerados brancos usurpando os nossos lugares por direito na sociedade baiana, nordestina e brasileira. Mas, até quando? Os negros e negras, existem e precisam ser respeitados e valorizados no Brasil. A quem recorrer para reparar tantas distorções de poucos brancos quanto há tantos negros e negras, injustiçados e sem oportunidades no Brasil?
Pense nisso!

Movimento Cultivista Café com Poemas Sorocaba participa da 1ª Feira Virtual da Alemanha

O Movimento Cultivista Café com Poemas de Sorocaba marcou presença na 1ª Feira Virtual da Alemanha (Virtuelle Buchmesse Deutschland), realizada no domingo, 9 de novembro, a partir das 9h (horário de Brasília) e 13h (horário local da Alemanha). O evento, organizado pela Confederación Internacional del Libro, reuniu artistas, escritores e poetas de diversos países em uma grande celebração literária internacional.

Com o tema “Albert Einstein (Wissenschafttler)”, o encontro contou com a mediação da poeta e professora Priscila Mancussi, representante do Movimento Cultivista de Sorocaba, e teve como convidado especial o escritor e embaixador cultural Romário Filho, responsável por intermediar o convite do grupo brasileiro para participar da programação.

Participaram do evento (por vídeo) os poetas e autores Shirley Ferro, Débora Domingues, Ricardo Oliveira, Vânia Moreira, Cris Pimentel, Leandro Flores, Carina Gameiro e Samanta Shepanski (foi convidada, mas não conseguiu particpar), levando a poesia cultivista e o nome do Brasil a um público internacional.

Assista:

A participação do Movimento Cultivista Café com Poemas Sorocaba reforça o compromisso do grupo em promover a literatura, a arte e o diálogo cultural além das fronteiras, conectando vozes e inspirações de diferentes partes do mundo.

O evento foi transmitido pela página oficial da feira no Facebook e pode ser assistido pelo link:
👉 https://www.facebook.com/share/v/17fP7H88Bf/

Cordel: Biscoito de Condeúba: Sabor, Cultura e Poesia, com Leandro Flores

Quem conhece Condeúba sabe: ali, no coração do sertão baiano, pulsa uma das tradições culinárias mais queridas do Nordeste — o biscoito.
Da xiringa ao chimango (o nosso “pão de queijo condeubense”), do assado ao cozido, do formato de palito ao anelzinho: o biscoito faz parte da identidade cultural dessa terra acolhedora.

E foi justamente essa paixão que o poeta, jornalista e ativista cultural Leandro Flores traduziu em poesia.
Em forma de cordel, ele homenageia a cidade que, ao lado de Vitória da Conquista, é conhecida como a Capital do Biscoito — e faz isso com a força das palavras e o sabor da memória afetiva.

Na feira de sexta, é inevitável: balaio na calçada, aroma de café coado na hora, e uma variedade que encanta moradores e visitantes. Cada fornada conta uma história de trabalho, tradição e resistência do povo condeubense.

O cordel de Leandro Flores celebra isso:
A culinária como patrimônio do sertão, o alimento como poesia, o biscoito como marca de quem somos.

Uma receita de orgulho, simplicidade e raízes.

Assista ao vídeo do cordel no canal do poeta:

Confira abaixo o cordel na íntegra:

 

CONDEÚBA, TERRA DO BISCOITO
Por Leandro Flores

Condeúba é conhecida,
em toda a região,
como a terra do biscoito,
feito com fé e tradição.

Ao lado de Conquista,
cidade do interior,
duas filhas da mesma terra,
símbolo de trabalho e valor.

Da mandioca em terra seca,
nasce o pão do trabalhador,
que alimenta a mesa farta,
recheada de puro sabor.

É tradição que move a história,
e adoça o paladar,
gera renda, traz sustento,
pra quem se dispõe a trabalhar.

Do vendedor na rua,
à barraca no pavilhão,
o biscoito cruzou fronteiras,
sem perder a tradição.

Hoje é marca condeubense,
razão de satisfação,
que espalha renda e orgulho
por toda a região.

De janeiro a janeiro,
a produção não pode parar,
lá vêm os festejos de junho
e o fim do ano pra animar.

Chegam logo os são-pauleiros,
com saudades e com dinheiro,
levam biscoito e lembrançinha,
pra comer o mês inteiro.

Tem xiringa e tem palito,
cozido, assado e pão de queijo,
aqui o povo chama chimango,
feito no modo sertanejo.

Igual o biscoito de polvilho,
que em outros cantos é avoador,
cada terra tem seu nome,
aqui se diz xiringa, orgulho do interior.

Na sexta tem feira boa,
com cheiro de pastel frito,
café torrado na hora,
biscoito, casadinho e palito.

Tem balaio na calçada,
prateleira de farinha,
trempe quente e fogão a lenha,
e aquele sabor gostoso
que vem da cozinha.

Tem biscoito de tapioca,
de manteiga e de fubá,
de queijo, crocante e macio,
feito pra gente degustar.

Tem redondo, anelzinho e bolinha,
comprido, torrado pra provar,
de sabor pra todo gosto,
e café coado na hora pra acompanhar.

É sabor que faz história,
gera emprego e união,
sustenta mesa e a memória,
desse povo do meu sertão.

Condeúba é terra mãe,
da fartura e do sabor,
cidade boa e acolhedora,
de um povo trabalhador.

E quem prova das suas delícias,
nunca mais esquece o gosto,
porque nelas tem a vida,
a lembrança e o rosto.

De um povo simples, feliz,
orgulhoso do que é seu,
que aprendeu a ser feliz,
com o pouco que a vida lhe deu.