Arquivo diário 7 de outubro de 2019

Homem assume paternidade de filha de amiga: “me escolheu como seu pai”

Essa é uma daquelas histórias para nos fazer acreditar na humanidade. Em meio a 5,5 milhões de crianças sem nome do pai no registro de nascimento que existem no país, segundo o IBGE, um carioca decidiu assumir a paternidade da filha de uma amiga. “É para que ela possa crescer com o amor de um pai”, disse Raphael Porto, pai de AnaFlor.

AnaFlor é filha da Brunna, que é super amiga de Amanda, noiva do Raphael. O pai biológico da garota nunca foi presente na vida dela e da mãe. Foi aí que AnaFlor escolheu preencher essa lacuna com aquela pessoa que mais agia como um verdadeiro pai no seu dia a dia.


“Eu frequentava bastante a casa da Brunna porque ela é muito amiga da Amanda e brincava muito com a AnaFlor porque sou apaixonado por criança. Até que um dia ela me chamou de pai no meio da sala. Ela me escolheu como seu pai”, relatou.


Isso aconteceu quando a AnaFlor tinha um ano e dois meses, e hoje, ela já tem dois anos de idade. “Foi um misto de responsabilidade e de realização de um sonho porque eu sempre quis ser pai e sempre disse que gostaria que a primeira filha fosse uma menina. No começo tive aquele espanto, aquele medo, mas no outro dia eu já estava maluco para vê-la de novo”, disse.

Depois disso, Raphael conversou com a namorada, Amanda, e com a mãe de AnaFlor, a Brunna, e decidiu que iria assumir a menina como a sua filha. “O meu pai sempre foi presente fisicamente, mas não me dava atenção, eu tive um abandono afetivo. Crescer sem pai, por mais que a mãe seja a melhor mulher do mundo, é muito ruim. E eu não quero que ninguém passe por isso, então pude transformar a vida de uma criança”, conta.

Arquivo Pessoal

Rotina

Raphael trabalha durante o dia e estuda à noite, então ele acompanha a rotina de AnaFlor por meio de chamadas de vídeo. Nos finais de semana, pai e filha fazem programas juntos. No próximo ano, AnaFlor vai entrar na escolinha, e Raphael vai arcar com parte das despesas.

Aceitação

A família e os amigos próximos entenderam e apoiaram a iniciativa e a própria noiva, Amanda, incentivou a decisão do Raphael e ficou feliz com a escolha. Na semana passada, ele fez uma postagem nas redes sociais explicando a situação. “Eu estava cansando de tanta gente me perguntando porque eu fiz isso e decidi explicar de uma vez na rede social, mas a repercussão foi muito grande de comentários negativos, mas principalmente positivos. Muita gente insinuou que eu era o pai biológico da AnaFlor, mas quando cheguei na vida dessa família, a AnaFlor já tinha nascido”, disse.

Exemplo

Acho que vai ser muito bom ela crescer sabendo que tem um pai, que ela tem uma figura de pai presente, que vai ajudá-la em tudo o que ela precisar, que vai nesses eventos de colégio, que não vai deixá-la desamparada. Eu pensei muito pouco em mim e somente nela. Na minha vida, só aumentou gastos, preocupação, mas aumentou o amor. Você receber o amor de uma criança completamente inocente, você se sentir importante na vida de uma criança, que é a coisa mais pura que existe no mundo, não tem preço. Que isso possa servir de exemplo para que os pais biológicos cuidem dos seus filhos, e que as pessoas adotem porque tem muita criança precisando de amor e carinho no mundo”, finalizou Raphael.

Arquivo Pessoal

By: Razões para acreditar

*Autoria de imagem: desconhecida

 

Estudante brasileira cria absorvente sustentável e ganha “Oscar” do design mundial

Absorvente interno biodegradável para mulheres em situação de risco rende a Rafaella de Bona o prêmio alemão iF Design Talent Award 2019.

Uma estudante curitibana ganhou um prêmio de design mundial com um projeto voltado ao cuidado da higiene de mulheres em situação de rua. Rafaella de Bona, de 22 anos, desenvolveu um absorvente interno descartável, biodegradável, a partir de uma fibra de banana.

O projeto foi criado para a conclusão do curso de especialização em design com o tema “Soluções de impacto para o futuro”. Ela precisava escolher um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e decidiu trabalhar no primeiro: “Erradicação da pobreza”.

Foto: Divulgação

O projeto batizado de “Maria” concorreu ao lado de outros 4 mil, de 38 países, ao iF Design Talent Award 2019. Dos 39 vencedores de todo o mundo, a curitibana foi a única brasileira a receber o reconhecimento este ano. A ideia foi inspirada em uma iniciativa que existe na Índia e utiliza a fibra da banana para produzir absorventes femininos externos.

Rafaella aprimorou a proposta. Basicamente, o absorvente vem em um rolo e pode ser destacado e enrolado de acordo com a necessidade. Assim como os itens disponíveis no mercado, os tamanhos variam.

O objetivo agora é desenvolver um protótipo para fazer testes e avaliar a eficácia do produto.Mas para Rafaella, só o fato de chamar a atenção para o problema já é um grande passo do trabalho.

Foto: Divulgação
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Fonte: Band News Curitiba