Josy Miranda, é escritora, jornalista e atriz. Filha de lavrador e de dona de casa. Ela nunca desanimou com os percalços da vida, adora sorrir. Sempre gostou de escrever com a alma. Imprime nas palavras o que vem do infinito do seu ser.
Aos 14 anos saiu da casa dos pais e foi morar em Salvador, na casa de alguns conhecidos (a ideia dela é que isso ajudaria em seu crescimento profissional, já que vivia em pequeno povoado do município de Araci).
Após um ano em Salvador ela vai morar em Acajutiba -cidade onde seus pais estavam moraram naquela época. Ficando ali por um ano e meio, quando logo volta a morar em Araci, agora não mais no povoado e sim no próprio município. Ficou um pouco mais que quatro anos em Araci- período em que concluiu o ensino médio.
Logo volta a morar em Salvador, onde conclui a faculdade em jornalismo. Começando logo em seguida a vivência no teatro.
A descoberta como escritora começou a partir do momento em que ela percebe que os pensamentos e as emoções só faziam sentidos se houvesse a possibilidade de alguém ler, só na vida adulta que descobre que escreve desde criança. Em “Meu Eu, Poesia que vem da alma”, seu primeiro livro, ela apresenta, na maior parte dele, seus escritos de adolescente.
A arte é uma redenção — Ela livra da vontade e portanto da dor — Torna as imagens da vida cheias de encanto — A sua missão é reproduzir-lhe todas as cambiantes, todos os aspectos — Poesia lírica — Tragédia, comédia — Pintura — Música; a ação do gênio é aí mais sensível do que noutra arte.
Todo o desejo nasce de uma necessidade, de uma privação, de um sofrimento. Satisfazendo-o acalma-se; mas embora se satisfaça um, quantos permanecem insaciados! Demais, o desejo dura muito tempo, as exigências são infinitas, o gozo é curto e avaramente medido. E mesmo esse prazer uma vez obtido é apenas aparente: sucede-lhe outro, o primeiro é uma ilusão dissipada, o segundo uma ilusão que dura ainda. Nada há no mundo capaz de apaziguar a vontade, nem fixá-la de um modo duradouro: o mais que se pode obter do destino parece sempre uma esmola, que se lança aos pés do mendigo, que só conserva a vida hoje para prolongar o seu tormento amanhã. Assim, enquanto estamos sob o domínio dos desejos, sob o império da vontade, enquanto nos abandonamos às esperanças que nos acometem, aos temores que nos perseguem, ele não é para nós nem repouso nem felicidade amável. Quer nos encarnicemos em qualquer perseguição ou fujamos ante qualquer ameaça, agitados pela expectativa ou pela apreensão, no fundo é a mesma coisa: os cuidados que nos causam as exigências da vontade sob todas as formas, não cessam de nos perturbar e atormentar a existência.
Assim o homem, escravo da vontade, está continuamente preso à roda de íxion, enche sempre o tonel das Danaides, é o Tântalo devorado de eterna sede.
Mas quando uma circunstância estranha, ou a nossa harmonia interior nos arrebata por um momento à torrente infinita do desejo, nos livra o espírito da opressão da vontade, nos desvia a atenção de tudo que a solicita, e as coisas nos aparecem desligadas de todos os prestígios da esperança, de todo o interesse próprio, como objetos de contemplação desinteressada e não de cobiça; é então que esse repouso, procurado baldadamente nos caminhos abertos do desejo mas que sempre nos fugiu, se apresenta e nos dá o sentimento da paz em toda a sua plenitude. É esse o estado livre de – todos os bens, como a felicidade dos deuses; porque nos vemos por um momento livres da pesada pressão da vontade, celebramos o Sabat depois dos trabalhos forçados da vontade, a roda de íxion pára… Que importa então que se goze o pôr do Sol da janela de um palácio, ou através das grades de uma prisão!
Acordo íntimo, predomínio do puro pensamento jiobre a vontade pode produzir-se em todo o lugar. São testemunhas esses admiráveis pintores holandeses, que souberam ver de um modo tão objetivo coisas tão pequenas, e que nos deixaram uma prova tão duradoura de desinteresse e de placidez de espírito nas cenas íntimas. O espectador não pode observá-las sem se comover, sem se representar o estado de espírito do artista, tranqüilo, sereno, com o maior sossego, tal como era necessário para fixar a atenção sobre objetos insignificantes, indiferentes, e reproduzi-los com tanta solicitude; e a impressão é ainda mais forte porque observando-se a nós mesmos, admiramo-nos do contraste dessas pinturas tão calmas com os nossos sentimentos sempre obscurecidos, sempre agitados pelas inquietações e pelos desejos.
Basta lançar um olhar desinteressado sobre qualquer homem, qualquer cena da vida, e reproduzi-los com a pena ou o pincel para que logo pareçam cheios de interesse e de encanto, e verdadeiramente dignos de inveja; mas se tomamos parte nessa situação, se somos esse homem, oh! então, como muitas vezes se diz, só o diabo a poderia sustentar. É o pensamento de Goethe:
De tout ce qui nous chagrine dans la vieLa peinture nous plaît…
Quando eu era novo, houve um tempo em que me esforçava incessantemente para me representar todos os meus atos, como se se tratasse de uma outra pessoa — provavelmente para melhor os gozar.
As coisas só têm atrativo enquanto nos não tocam. A vida nunca é bela, só os quadros da vida são belos, quando o espelho da poesia os ilumina e os reflete, principalmente na mocidade quando ignoramos ainda o que é viver.
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Apoderar-se da inspiração no seu vôo e dar-lhe um corpo nos versos, tal é a obra da poesia lírica. E é contudo a humanidade inteira, nos seus íntimos arcanos que reflete o verdadeiro poeta lírico; e todos os sentimentos que milhões de gerações passadas, presentes e futuras experimentaram e hão de experimentar as mesmas experiências que se reproduzirão sempre, encontram na poesia a expressão viva e fiel… O poeta é homem universal: tudo o que agitou o coração de um homem, tudo o que a natureza humana, em todas as circunstâncias, pôde experimentar e produzir, tudo que reside e fermenta num ser mortal — é esse o seu domínio que se estende a toda a natureza. Por isso o poeta pode contar tão bem a voluptuosidade como o misticismo, ser Angelus Silésius ou Anacreonte, escrever tragédias ou comédias, representar sentimentos nobres ou vulgares, segundo a fantasia ou a vocação. Ninguém poderia prescrever ao poeta ser nobre, elevado, moral, piedoso e cristão, ser ou não ser isto ou aquilo, porque ele é o espelho da humanidade e apresenta-lhe a imagem clara e fiel do que ela sente.
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É um fato deveras notável e realmente digno de atenção, que o objeto de toda a alta poesia seja a representação do lado medonho da natureza humana, a dor sem nome, os tormentos dos homens, o triunfo da maldade, o domínio irônico do acaso, a queda irremediável do justo e do inocente: é este um sinal notável da constituição do mundo e da existência… Não vemos nós na tragédia os entes mais nobres, após longos combates e prolongados sofrimentos, renunciarem para sempre aos desígnios que até ali perseguiam com violência, ou desviarem-se de todos os gozos da vida voluntariamente e com prazer: como o príncipe de Calderon; Gretchen no Fausto, Hamlet a quem o fiel Horácio seguiria da melhor vontade, mas que lhe promete ficar e viver ainda algum tempo num mundo tão cruel, tão cheio de dores, para contar o destino de Hamlet e purificar-lhe a memória; assim também Joana d’Arc, e a noiva de Messine: todos morrem purificados pelos sofrimentos, isto é, depois de se extinguir neles a vontade de viver…
O verdadeiro sentido da tragédia é essa observação profunda, que as faltas expiadas pelo herói não são as deles, mas as faltas hereditárias, isto é, o próprio crime de existir:
Pues el delito mayorDel hombre es haber nacido.
A tendência e o último objeto da tragédia é inclinar-nos à resignação, à negação da vontade de viver; a comédia, pelo contrário, excita-nos a viver e anima-nos. A comédia, é certo, como toda a representação da vida humana, coloca-nos inevitavelmente diante dos olhos os sofrimentos e os lados repugnantes, mas mostra-os como males passageiros, que acabam por desaparecer numa alegria final, como um misto de sucessos, de vitórias e de esperanças que triunfam por fim; e além disso faz sobressair o que há de constantemente alegre, risível, até nas mil e uma contrariedades da vida, a fim de nos conservar de bom humor seja em que circunstâncias forem. Afirma portanto, como último resultado, que a vida considerada no seu conjunto é muito boa, sobretudo agradável e muito divertida. É preciso, bem entendido, deixar cair o pano depressa sobre o alegre desenlace, para que se não possa ver o que sucede em seguida; enquanto em geral a tragédia acaba de tal modo que não pode suceder mais nada.
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O poeta épico ou dramático não deve ignorar que ele é o destino e que deve ser implacável como este — ele é ao mesmo tempo o espelho da humanidade e tem de apresentar na cena caracteres maus e por vezes infames, loucos, tolos, espíritos acanhados, de vez em quando uma personagem razoável ou prudente, ou bom, ou honesto, e muito raramente, com a mais singular das exceções, um caráter generoso. — Em todo Homero, não há, me parece, um caráter verdadeiramente generoso, embora se encontrem muitos bons e honestos; em Shakespeare, acha-se um ou dois, e ainda assim, na sua nobreza nada há de sobre-humano, é Cordélia, Coriolano; seria difícil enumerar mais algum, enquanto os outros se cruzam aí em quantidade… Na Minna de Barnhelm, de Lessing, há excesso de escrúpulo e de nobre generosidade de todos os lados. De todos os heróis de Goethe combinados e reunidos, dificilmente se formaria um caráter de uma generosidade táo quimérica como o Marquês de Posa.
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Não há um só homem nem uma só ação que não tenha a sua importância; em todos e através de tudo, se desenvolve mais ou menos a ideia da humanidade. Não há circunstância na existência humana que seja indigna de ser reproduzida pela pintura. Por isso se mostram injustos para com os admiráveis pintores da escola holandesa, quando se limitam a louvar-lhes a habilidade técnica; com respeito ao resto olham-nos de cima, com desdém, porque representam a maior parte das vezes fatos da vida comum e só se liga importância aos assuntos históricos ou religiosos. Dever-se-ia primeiro pensar que o interesse de uma ação não tem relação alguma com a sua importância exterior, e que há por vezes entre os dois uma grande diferença.
A importância exterior de uma ação avalia-se pelas suas conseqüências para o mundo real e no mundo real. A sua importância interior, é a vista profunda que ela nos oferece da própria essência da humanidade colocando em plena luz certos lados dessa natureza muitas vezes despercebidos, escolhendo certas circunstâncias favoráveis em que as particularidades se exprimem e se desenvolvem.
A importância interior só tem valor para a arte, a exterior para a história. Uma e outra são absolutamente independentes, e tanto podem encontrar-se separadas como reunidas. Um ato capital na história pode, considerado em si mesmo, ser da última banalidade, da última insignificância: e reciprocamente, uma cena da vida quotidiana, uma cena íntima, pode ter um grande interesse ideal, se coloca em plena e brilhante luz seres humanos, atos e desejos humanos até aos mais ocultos recônditos. Sejam quais forem a importância do fim que se prossegue e as conseqüências do ato, o traço da natureza pode ser o mesmo: assim, por exemplo, quer sejam ministros inclinados sobre um mapa disputando-se territórios e povos, quer sejam os camponeses numa taberna discutindo por causa de um jogo de cartas ou dados, não importa absolutamente nada; assim como é indiferente jogar o xadrez com peões de ouro ou com figuras de madeira.
A música não exprime nunca o fenômeno, mas unicamente a essência íntima de todo o fenômeno, numa palavra a própria vontade. Portanto não exprime uma alegria especial ou definida, certas tristezas, certa dor, certo medo, certo transporte, certo prazer, certa serenidade de espírito, mas a própria alegria, a tristeza, a dor, o medo, os transportes, o prazer, a serenidade do espírito; exprime-lhes a essência abstrata e geral, fora de qualquer motivo ou circunstância. E todavia nessa quinta essência abstrata, sabemos compreendê-la perfeitamente.
A invenção da melodia, a descoberta de todos os segredos mais íntimos da vontade e da sensibilidade humana, é a obra do gênio. A sua ação é aí mais visível que em qualquer outro assunto, mais irrefletida, mais livre de toda a intenção consciente, é uma verdadeira inspiração. A ideia, isto é, o conhecimento preconcebido das coisas abstratas e positivas é neste ponto, como em toda a arte, absolutamente estéril: o compositor revela a essência mais íntima do mundo e exprime a sabedoria mais profunda, numa linguagem que a sua razão não sonâmbula dá respostas claríssimas sobre assuntos, de que, desperta, não tem conhecimento algum.
O que há de íntimo e inexplicável em toda a música, o que nos procura a visão rápida e passageira de um paraíso familiar e inacessível ao mesmo tempo, que compreendemos e que contudo não lograríamos explicar, é ela dar uma voz às profundas e surdas agitações do nosso ser, fora de toda a realidade, e por conseguinte sem sofrimento.
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Assim como há em nós duas disposições essenciais do sentimento, a alegria ou pelo menos o bom humor, a aflição ou pelo menos a melancolia, assim a música tem duas tonalidades gerais correspondentes, o sustenido e o bemol, e conserva-se quase sempre numa ou noutra. Mas na verdade não é extraordinário que haja um sinal — o bemol — exprimindo a dor, que não seja doloroso nem fisicamente nem sequer por convenção, e contudo tão expressivo que ninguém se possa enganar? Por este fato se pode avaliar a que ponto a música entra na natureza íntima do homem e das coisas. Entre os povos do norte, cuja existência é submetida a tão rudes provas, mormente entre os russos, é o bemol que domina, mesmo na música de igreja. O allegro em bemol é muito freqüente na música francesa, e muito característico: é como se alguém fosse dançar com sapatos que o incomodassem.
As frases curtas e claras da música de dança de andamento rápido, só parecem exprimir uma felicidade comum, fácil de atingir; o allegro maestoso com as suas grandes frases, exprime um esforço grande e nobre, para um fim distante que se acaba por atingir. O adágio fala-nos dos sofrimentos de um grande e nobre esforço, que despreza toda a alegria mesquinha. O que é, porém, mais surpreendente, é o efeito do bemol e do sustenido. Não é admirável que a mudança de um meio-tom, a introdução de uma terça menor em lugar de uma maior, dê imediatamente uma sensação inevitável de dor e de inquietação, de que o sustenido logo nos livra? O adágio em bemol eleva-se até à expressão da dor suprema, torna-se um queixume dilacerante. A música de dança em bemol exprime a decepção de uma felicidade medíocre, que se deveria desdenhar, dir-se-ia que nos descreve a perseguição de algum fim inferior obtido finalmente depois de muitos esforços e aborrecimentos.
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Uma sinfonia de Beethoven descobre-nos uma ordem maravilhosa sob a desordem aparente; é como um combate encarniçado, que passado um momento se resolve num belo acordo: é o rerum concordia discors — uma imagem fiel e perfeita da essência deste mundo, que gira através do espaço sem pressa e sem repouso, num tumulto indescritível de formas sem número, que se dissipam incessantemente. Mas ao mesmo tempo através desta sinfonia falam todas as paixões, todas as comoções humanas; alegria, tristeza, amor, ódio, medo, esperanças, com infinitos cambiantes, e contudo perfeitamente abstratas, sem coisa alguma que as distinga nitidamente umas das outras. É uma forma sem matéria, como um mundo de espíritos aéreos.
Depois de haver meditado longamente sobre a essência da música, recomendo o gozo dessa arte como a mais deliciosa de todas. Não há outra que atue mais diretamente, mais profundamente, porque também não há outra que revele mais diretamente e mais profundamente a verdadeira natureza do mundo. Ouvir longas e belas harmonias, é como um banho de espírito: purifica de toda a mancha, de tudo que é mau, mesquinho; eleva o homem e sugere-lhe os pensamentos mais nobres que lhe seja dado ter, e ele então sente claramente tudo o que vale, ou antes quanto poderia valer.
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Quando ouço música, a minha imaginação compraz-se muitas vezes com o pensamento de que a vida de todos os homens e a minha própria vida não são mais do que sonhos de um espírito eterno, bons e maus sonhos, de que cada morte é o despertar.
– Schopenhauer, do livro “‘Dores do Mundo‘ – capítulo ‘Arte‘”. [tradução Albino Forjaz de Sampaio]. Edições de Ouro, 1985.
O amor não é fácil. É claro que no começo tudo são rosas, mas realmente é necessário um vínculo especial para se tornar um casal e cultivar o amor por bastante tempo. Nesse sentido, o poeta e jornalista Leandro Flores preparou uma lista 13 casais inspiradores que provam que realmente o amor existe e vale apena sim acreditar nesse sentimento.
Foram 13 casais, com diferentes histórias, inclusive com uma belíssima surpresa ao final: o casal mais antigo do mundo, com 86 anos de casados. É muito, mas muito tempo juntos, não é mesmo?
O vídeo é muito lindo e você vai adorar. Compartilhe, então, com o seu amor, com os seus amigos, filhos, netos, enfim. Vamos espalhar o amor e os bons exemplos, já que hoje em dia, as relações são tão vazias e superficiais.
*Referência de pesquisa: awebic/Autoria de imagem: desconhecida
O escritor, jornalista e produtor do canal Café com Flores, Leandro Flores fez uma linda homenagem ao grande e inesquecível ator, diretor, Tarcísio Meira que morreu na última quinta-feira (12/08), vítima do Covid/19.
Tarcísio foi um Ícone da dramaturgia e um dos maiores galãs da história do Brasil, ele estava internado na UTI do (hospital) Albert Einstein. Ator e sua esposa, a atriz Glória Menezes, de 86 anos, deram entrada no hospital em 6 de agosto; segundo o último boletim informado é que ela deve ter alta em breve.
Bom, estamos na torcida, né, para que a Glória de Recupere logo e lamentamos profundamente a morte desse gigante da dramaturgia brasileira.
A mensagem do jogador Matheus Cunha na final do futebol olímpico, no Japão, voltada para as crianças de João Pessoa foi simbólica: “confiem, sempre dá”, dizia ele. Vale para todo o Nordeste, a região mais discriminada e escassa em recursos do país. Mas mesmo assim, com o mínimo de investimentos, saiu daqui as condições para que o Brasil alcançasse sua melhor marca em Olimpíadas. Foram cinco das sete medalhas de ouro conquistadas, contabilizando aqui, também, o futebol, que teve o pessoense Matheus Cunha abrindo o placar na final contra a Espanha.
Entre outros atletas, a seleção masculina ainda conta com outro paraibano, o goleiro Santos. O zagueiro pernambucano Nino levou uma bandeira do estado para a solenidade de entrega das medalhas. Nos esportes individuais, o potiguar Italo Ferreira (surfe) foi o primeiro a subir no lugar mais alto do pódio. Foi seguido dos baianos Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Isaquias Queiroz (canoagem) e Hebert Conceição (boxe). Outra baiana, Bia Ferreira, conquistou a prata durante a madrugada no boxe.
Enquanto o Brasil celebrava a primeira medalha da história do skate nas Olimpíadas, confederação e skatistas da ‘patota’ estranhamente silenciavam. “Será que agora vocês vão respeitar meu filho ou vão continuar a menosprezar ele? É uma vergonha o que fazem com meu filho”, desabafou pai
O silêncio da Confederação Brasileira de Skate (CBSk) sobre a medalha de prata de Kelvin Hoefler nos Jogos Olímpicos de Tóquio provocou questionamentos e motivou apurações na imprensa brasileira.
Bastante ativo nas redes, Duda Musa, presidente da CBSk, não havia realizado uma só postagem sequer em seu perfil pessoal do Instagram até a noite deste domingo (25), quase 24 horas após a conquista.
Há dezenas de publicações no perfil oficial da CBSk que vendem expectativa e imagem positiva de todos os atletas brasileiros que estão competindo em Tóquio. A única exceção é justamente Kelvin Hoefler.
Durante a performance histórica de Kelvin no sábado, chamou a atenção o fato de o atleta não ter nenhum treinador em seu corner para auxiliá-lo. O papel que caberia ao técnico da CBSk Rogério Mancha, que está em Tóquio, acabou sendo executado de improviso pela skatista Pâmela Rosa, 19, única amiga de Kelvin Hoefler.
Além de Pâmela, a esposa de Kelvin também o orientou por telefone. As imagens ganharam destaque na transmissão.
Letícia Bufoni, skatista brasileira que também competirá no Japão, foi questionada pela TV Globo sobre a ausência de comemoração após a medalha de prata de um atleta do Brasil. Ela justificou que Kelvin “não faz parte dos mesmos rolês que a gente, ele nunca faz parte das nossas atividades”. Fontes apuradas pelo portal UOL disseram que Letícia faz parte da ‘patota’ da CBSk.
Outro que integra a ‘patota’ é Felipe Gustavo, que foi eliminado em 14º nas eliminatórias e voltou para a Vila Olímpica. Ele postou apenas uma mensagem de “parabéns” para o japonês Yuto Horigome pela medalha de ouro. Pelo Instagram, onde tem 760 mil seguidores, ele não apenas nem citou a conquista de Kelvin como sequer segue o companheiro de seleção.
A fala fria de Letícia Bufoni e o desprezo Felipe Gustavo são a face visível de um racha dentro da seleção brasileira de skate. O incômodo de Kelvin e Pâmela com a gestão da CBSk ocorre há tempos e foi reforçado durante a preparação para as Olimpíadas, quando a seleção foi treinar nos Estados Unidos. Lá, ambos se sentiram desprestigiados na comparação com um grupo mais próximo do presidente Duda Musa que teria tido privilégios, inclusive acesso a familiares a treinadores próprios.
A gota d’água aconteceu há duas semanas, quando Kelvin e Pâmela, que já estavam concentrados com a seleção, pediram autorização para participar dos X-Games, na Califórnia, nos Estados Unidos. O comando da confederação respondeu que os skatistas precisavam viajar todos juntos para o Japão, como time, e por isso não conseguiriam competir nos EUA.
Quando os X-Games começaram, eles ficaram sabendo que Letícia Bufoni estava lá, sem ter Pâmela ou Rayssa Leal, a outra integrante do time brasileiro de street, como adversárias. Letícia ganhou a competição e um expressivo prêmio em dinheiro.
O entendimento de que Kelvin é preterido pela confederação ficou claro em um comentário do pai do skatista no Instagram da confederação, hoje, depois da medalha: “Será que agora vocês vão respeitar meu filho ou vão continuar a menosprezar ele [sic]? É nítido o que vocês estão fazendo. Essa medalha de prata representa todo esforço e dedicação dele. Vocês deveriam ser mais imparciais. É uma vergonha o que fazem com meu filho”, escreveu Enéas Hoefler.
Na noite deste domingo, Kelvin respondeu a fala de Letícia Bufoni sobre “não fazer parte dos roles” com os demais integrantes da seleção brasileira de skate. “Eu sou um cara bem pacato, sou do Guarujá, sou bem quieto, eu vim aqui para ganhar medalha, vim aqui para representar o meu país. E o que eu fiz? Estou aqui por um objetivo. Eu me isolei, fato, isolei, porque eu tenho um objetivo de levar essa medalha aqui para vocês, para todos os skatistas do Brasil, que eles sim merecem isso daqui”.
O Dia Nacional do Escritor é comemorado em 25 de julho no Brasil.
Esta data é uma homenagem aqueles que se dedicam às letras de diferentes formas. Sejam nos textos científicos ou fictícios, como contos, romances, crônicas, os escritores precisam ter a grande habilidade de envolver os leitores, através da emoção ou da técnica.
Para ser um bom escritor é preciso ter um vasto conhecimento de vocabulários, da gramática e ortografia, além de uma boa dose de criatividade e conhecimentos gerais do mundo. Muitos escritores utilizam do ambiente onde vivem como meio de inspiração, outros, as causas sociais pelas quais estão envolvidos. Cada escritor tem a sua forma de escrever e o motivo também é diverso. O escritor baiano, Jorge Amado, por exemplo, se inspirava nas pessoas e nos locais que convivia, em diferentes épocas. João Cabral de Melo Neto era conhecido como “o arquiteto das palavras”. Para ele, a construção poética não é apenas fruto de inspiração, mas de técnica, da “simetria”, “algo que só poderia ser conseguido através de um exercício autocrítico e de um trabalho linguístico rigoroso” (Guia do Estudante).
A nível internacional, os escritores são homenageados em 13 de outubro, data conhecida como o Dia Mundial do Escritor.
Origem do Dia Nacional do Escritor
A homenagem aos escritores no dia 25 de julho veio a partir do I Festival do Escritor Brasileiro, organizado na década de 1960 pela União Brasileira de Escritores (UBE), sob a presidência de João Peregrino Júnior e tendo como vice-presidente, o escritor Jorge Amado, um dos principais nomes da literatura nacional.
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Frases para o Dia do Escritor
“Escrever é estar no extremo de si mesmo.” (João Cabral de Melo Neto)
“Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.” (Carlos Drummond de Andrade)
“Quando os escritores morrem, eles se transformam nos seus livros. O que, pensando bem, não deixa de ser uma forma interessante de reencarnação.” (Jorge Luis Borges)
“O mais belo triunfo do escritor é fazer pensar os que podem pensar.”(Eugène Delacroix).
“É preciso se embriagar da escrita para que a realidade não o destrua”. (Ray Bradbury)
“A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida”. (Fernando Pessoa)
“Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura”. (Charles Bukowski)
“O resultado fatal de eu viver é o ato de escrever”. (Clarice Lispector)
Recentemente, um post de uma mãe, a médica Fernanda Rocha Kanner, viralizou. Na publicação, ela explica por que sua filha, Nina Rios, de 14 anos, não tem mais perfil nas redes sociais.
A adolescente já somava mais de dois milhões de seguidores e eles não entenderam o motivo da ausência da jovem. “Turminha teen, eu vou escrever aqui porque recebi muitos directs (…) Decidi apagar as contas dela. Chata, eu sei, mas nossa função como mãe não é ser amiguinha de vocês e isso vocês só vão entender em retrospectiva. Papo de tia. O carinho que vocês têm por ela é a coisa mais fofa mas eu não acho saudável nem para um adulto e muito menos para uma adolescente basear referências de autoconhecimento em feedback virtual”, escreveu Fernanda.
Além disso, a mãe reforçou que não considera esse tipo de envolvimento saudável. “Eram dezenas de fã clubes, tudo muito doce mas também prejudicial para qualquer adolescente em processo de descoberta e busca pela individualidade. Eu não quero que ela cresça acreditando que é esse personagem. (…) Não quero minha filha brilhante se prestando a dancinhas diárias como um babuíno treinado. Acho divertido… E mega insuficiente. Triste geração em que isso justifica fama”, acrescentou.
Fernanda declarou que quer incentivar a filha a viver uma vida offline sem que precise depender da aprovação das pessoas nas redes sociais REPRODUÇÃO / INSTAGRAM
A médica concluiu que é importante que os jovens entendam que a vida virtual não pode vir antes da real. “Saudade de quando precisava ter talento em alguma coisa para se destacar. (…) Não quero que ela se emocione com biscoitos (assim que fala?) e elogios. Nem que se abale com críticas de quem não conhece. A fã número um dela sou eu (…) Quando ela tiver conteúdo interessante para dividir ela pode voltar a ter conta. (…) A vida só presta quando se é feliz offline primeiro. Beijo da tia Fê”, finalizou.
Moda perigosa
Fernanda não está errada no que disse. Os jovens são influenciados a todo momento e nem sempre de forma positiva. Além dos vídeos das dancinhas como a médica mencionou, há outras atividades que viralizam e são bem perigosas.
A internet dita tendências e muitas são nocivas à vida das pessoas. A curiosidade pelos desafios da moda pode prejudicar muito o jovem. Uma nova “brincadeira” que circula e tem chamado atenção de especialistas e autoridades, por exemplo, incita o usuário a mudar de realidade.
O desafio #shiftingrealities ou, mudando a realidade em tradução livre para o português, “ensina” o usuário a entrar em outros “mundos”. Isso mesmo. Parece loucura, mas, nesse trend (tendência), os adolescentes compartilham métodos para que o jovem consiga visitar outros lugares e até “vidas”.
Há quem retrate que, após participar, sentiu alguém o tocando e até ouviu vozes. Outros declaram uma frustração por não ter conseguido sentir nada.
Os especialistas alertam que esse comportamento revela um desejo de escape, ou seja, de fugir da própria realidade e de conquistar visibilidade.
“Os jovens estão vivendo um momento que chamamos de exploratório e, ainda mais na pandemia, a internet se tornou um caminho para eles. Essa por exemplo é uma ‘brincadeira’ perigosa que pode causar danos emocionais. Por isso, os pais devem ficar muito atentos, monitorá-los desde a infância”, orienta a psicóloga Cláudia Gindre.
É preciso sempre conversar sobre os perigos desses desafios e, se preciso for, agir como a médica Fernanda Rocha Kanner, excluir as contas das redes sociais para incentivar o filho a viver uma vida offline, ou seja, a verdadeira realidade.
Enquanto o sono não vem, Sinto-me na obrigação De externar o que vejo Sobre essa pandemia Que tomou conta do mundo. É estranho falar disso, Em forma de poesia Mas, é a forma que eu encontro Para compreender O que o meu coração pedia. Com o passar do tempo, Aos meus vinte e poucos anos, Reconheço que nada vi parecido. É com muito desencanto Que, com o passar do tempo, Parece que tudo vai piorando. Sinto um buraco sem fundo. Pessoas morrendo por dentro, Vontade de gritar para o mundo Que nada disso é passageiro. Se as pessoas Não se curarem primeiro. Ora, mas essa doença é fatal Ela mata, corrói, destrói, Deixa as suas marcas E uma cicatriz profunda Que dói, mata e corrói. Um ciclo vicioso que está presente, Desde quando o mundo é mundo. Esse vírus não chegou agora. Tem bem mais que dois anos. Parece que a humanidade vive doente, Não agora no presente, Mas no passado e futuro. A falta de amor é como um veneno. Se não houver um antídoto, Ou uma vacina, Não haverá solução. Haverá chacina. Temos que nos apressar. Nosso tempo não espera. Mas quando menos se espera, Lembramos que sempre existiu Uma dose única, capaz de curar. A vacina sempre existiu Para esse tipo de pandemia. Basta conseguirmos olhar De dentro para fora, Que de fora pra dentro, Uma dose de empatia É capaz de amar.
Ariel explica que os pais não tiveram a oportunidade de estudar, mas que sempre lhe ensinaram a importância da educação para transformar vidas!
Muitas pessoas encontram dificuldades quando tentam perseguir seus sonhos, não porque se sentem desmotivadas ou não tenham força de vontade, mas porque as adversidades fazem com que os objetivos fiquem cada vez mais distantes.
Nem todos têm a chance de concluir os estudos, ainda na infância ou adolescência, muitos precisam abandonar a escola para trabalhar a fim de complementar a renda da família ou precisam se sustentar sozinhos. Com o trabalho, fica complicado conciliar os horários de aula e o ganha-pão, sendo lógica a escolha que o indivíduo faz.
Em Mendoza, na Argentina, o jovem Ariel Flores sempre ouviu de seus pais que deveria valorizar a educação. Mesmo sendo de uma família extremamente pobre, em que as oportunidades eram escassas, todos faziam questão de enaltecer aquilo que estava tão distante, talvez por ser um sonho para todos: a faculdade.
Os pais de Ariel não foram capazes de concluir os estudos, o árduo trabalho os impossibilitou de nutrir sonhos, e acabaram fazendo o que todos fazem: torcendo para que a realidade do filho fosse melhor.
A infância não foi confortável e, conforme foi crescendo, o jovem precisou trabalhar como pedreiro, segundo reportagem do jornal local Los Andes.
Mesmo tendo de viver uma dura realidade, os pais ajudaram a alimentar os sonhos e esperança do filho, que sempre quis se tornar arquiteto. A mãe trabalha como vendedora ambulante nas ruas de sua cidade, enquanto o pai foi aposentado por invalidez por causa de problemas de saúde adquiridos durante os anos no ramo da construção.
Mas a escassez financeira não foi uma barreira intransponível, com o pai Ariel aprendeu tudo o que podia sobre construção civil, até ele desenvolver uma hérnia de disco e precisar se afastar. E se manteve firme na escola, tirando boas notas e se esforçando para aprender o máximo que pudesse, aquilo sempre foi importante para toda a família.
Todos perceberam que Ariel tinha vocação para arquitetura desde a infância, já que assistia a desenhos animados na televisão e, de memória, copiava as construções usando lápis e papel.
O jovem também costumava desenhar cartuns, isso tomava todo o seu dia, quando o trabalho ainda não havia se tornado uma obrigação.
Seu conhecimento em desenho e na construção o fez pegar um caminho que o leva direto à realização de um sonho. Ariel foi aceito na Escola de Arquitetos Manuel Victor Civit, da Universidade de Congreso, e o reitor decidiu conceder-lhe uma bolsa de estudos, dada a atual crise econômica e sanitária do país.
Ariel não pode apenas fazer faculdade, mesmo com a bolsa de estudos, porque sua família conta com sua renda para ajudar a custear as despesas da casa. Ele decidiu que vai conciliar faculdade de Arquitetura com o trabalho como pedreiro, sabendo que isso vai ser difícil equilibrá-los. Mas o jovem está confiante em sua garra e persistência, além de se animar por poder talvez realizar seu grande sonho!
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