Meu amor se perdeu na imensidão do teu olhar
E o inverno fez morada em mim
Escrevi cartas imaginárias
Nas noites sem luar
Falando do que senti, do que vivi
Daquilo que não fiz…
Revirei nossos baús
Já não havia fotografias
Apenas fragmentos de ti
Tatuados em minha memória
A fazer redemoinhos nos papéis da saudade
Nas sombras reescritas na lápide
Fiquei naquela estação
Com o relógio estacionado no peito
Remendando meus fiapos
Colhendo os sonhos vencidos
Pintados nos olhos das máscaras de Veneza
E o grito rasgando os nós do poema!
Nascida na Bahia de todos os Santos, na terra de Nosso Senhor do Bonfim (Salvador, meu amor, Bahia), com o Sol em Leão, aos 22 dias do mês de agosto. Rita Queiroz estudou Letras Vernáculas e se tornou professora de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Filologia Românica. Passados muitos anos, resolveu ser escritora.
Como poeta, tem os seguintes livros publicados para o público adulto: Velas ao vento, Confissões de Afrodite, O Canto da borboleta, Canibalismos (Penalux, 2020, 2019, 2018, 2017) e Colheitas (Darda, 2018).