Categoria Curiosidades

É verdade que o celular pode ouvir o que falamos?

Você já recebeu recomendações para coisas das quais comentou em uma conversa? Descubra se o celular pode ouvir o que falamos!

É possível que alguma vez você tenha se perguntado se o celular pode ouvir o que falamos. Afinal, já deve ter acontecido de receber a indicação de um produto ou serviço relacionado a algo que tenha comentado com alguém. Por esse motivo, muitos dos que afirmam estarem sendo gravados pelos smartphones defendem uma história: os conteúdos armazenados pelos aparelhos são categorizados e utilizados para o direcionamento de anúncios nos aplicativos e redes sociais. Mas será que isso é real?

De acordo com Walker Garcia, Analista de Segurança da Scunna CDC – empresa focada em segurança da informação –, a resposta é sim. Porém, em termos bem diferentes da maneira que imaginamos.

“Atualmente, não há comprovação de que nossos smartphones nos escutam para nos direcionar propaganda, por exemplo. Apesar de muito óbvio e assustador, não há provas concretas, apenas fortes indícios e teorias”, diz o especialista.

Por exemplo, em 2016, o Google se viu em meio a uma polêmica envolvendo a privacidade de seus usuários. Conversas privadas gravadas por smartphones durante o acionamento acidental do assistente de voz foram compartilhadas ilegalmente.

À época, a gigante da tecnologia admitiu que não só sua assistente pessoal, como também alguns dos seus funcionários ouviram gravações de usuários que disseram “Ok, Google”, expressão utilizada para ativar o recurso. Essa possibilidade, inclusive, está descrita na política de privacidade do Google.

Assim, o documento diz que “ocasionalmente, o Assistente será ativado quando você não pretendia, porque detectou incorretamente que você queria sua ajuda (como por um ruído que parece “Ei, Google”). Se isso acontecer, basta dizer Oi, Google, não era para você, e o Assistente excluirá o último item enviado ao Google”.

Permissões ou invasão de privacidade? 

Diariamente, usuários de aplicativos concedem permissões de acesso a lista de contatos, microfone, câmera e configurações do sistema, sem pestanejar.

“O usuário pode permitir o acesso ao seu microfone ao instalar um aplicativo, dando permissões as quais o aplicativo não necessita para o seu funcionamento. Isso é muito comum. Mas o Google, especificamente, possui gravações de usuários que podem ser acessadas pelo próprio usuário em seu histórico de atividades”, alerta Walker.

Nesse cenário, o histórico de navegação, os dados de localização e o rastreamento de pixels nas telas fornecem informações. De fato, todas são suficientes para prever intenções de compras e dar a sensação que o celular pode ouvir o que falamos.

Mas existe outra estratégia pouco comentada, porém bastante utilizada por empresas de publicidade e marketing. Trata-se da investigação de conexões nas redes sociais para a previsão de interesses, também com base nas buscas de amigos próximos.

Porém, vale ressaltar que falhas de segurança nas plataformas também podem resultar em conteúdos coletados sem autorização. Além disso, agências governamentais com ferramentas sofisticadas de vigilância podem se aproveitar de possíveis brechas. É preciso estar atento à sua privacidade e direitos!

 

Lei Geral de Proteção de Dados

Com toda a certeza, nos últimos anos houve um grande progresso no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais. Com a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil, o uso das informações dos usuários por empresas foi regulamentado.

Agora ,é necessária a autorização do usuário e transparência por parte das organizações sobre o uso desses dados, cabendo sanções em caso de utilização indevida.

“Se o usuário estiver de acordo com a captura e utilização de seus dados, não há motivos para discordar. Mas acredito que o grande problema envolvido é a forma misteriosa como isso é feito, se é feito e por qual motivo”, comenta Walker.

 

O outro lado da história 

Um grupo de especialistas em ciência da computação da Universidade de Northeastern e da Universidade de Boston, localizadas nos Estados Unidos, testou os 17 mil aplicativos mais populares para Android, dentre eles Facebook, Instagram e WhatsApp. O objetivo era esclarecer, de uma vez por todas, se o celular pode ouvir o que falamos.

Durante um ano, os pesquisadores utilizaram dez smartphones com programas de automatização de interações humanas, reproduzindo conversas sobre preferências de consumo para que os microfones dos aparelhos as captassem.

Porém, ao fim da pesquisa, não houve qualquer evidência de que esses aplicativos gravavam e replicavam esses áudios secretamente. Para a surpresa dos usuários mais desconfiados da tecnologia.

 

Ainda em dúvida se o celular pode ouvir o que falamos? Desative o recurso! 

O especialista em Segurança também pontua a necessidade de atenção aos termos de uso.

“O usuário preocupado com sua privacidade deve estar atento aos termos de uso. Pois quando um serviço é gratuito, o preço por ele geralmente são os dados”, afirma.

Na página da central de privacidade do Google é possível conferir o histórico das vezes em que o seu smartphone armazenou a sua fala. Acessando esta página você consegue desativar ou ativar a gravação de áudios através do seu smartphone.

No caso do iPhone – considerado o celular mais vendido no mundo em 2021 – não é possível acessar e ouvir os comandos de voz gravados. Porém, desativar a Siri e outros recursos do iOS que podem acessar o microfone do seu celular apaga todos os áudios arquivados com a empresa. Se você se arrepender, também pode voltar atrás a qualquer momento.

Na seção de ajustes do seu iPhone, acesse a configuração Siri e Busca. Em seguida, desative as opções “Ouvir E aí, Siri” e “Pressionar botão lateral para Siri”. Depois, volte à tela principal do aplicativo, clique em “Ajustes” e vá até “Geral > Teclado”. Desative a opção “Ativar ditado”, se ela estiver ativada.

Contudo, o especialista reafirma a necessidade de estar atento às permissões concedidas nos aplicativos.

“Como forma de atenção, sugiro revisar as permissões de aplicativos. Por exemplo, a calculadora não precisa de acesso ao microfone, ao GPS ou aos seus arquivos. É algo comum concordar com muitas permissões para aplicativos simples como esses”, conclui o analista.

 

Fonte do texto na Integra: Fundação Telefonica Vivo

 

#CiênciadeDados# #LeiGeralDeProteçãoDeDados #LGPD #Tecnologia #Curiosidade

 

 

 

Mas, será o Benedito?

Benedito Meia-Légua, que assombrou os escravagistas anos antes da abolição

Seu nome original era Benedito Caravelas e viveu até 1885, um líder nato e bastante viajado, conhecia muito do nordeste. Suas andanças conferira-lhe a alcunha de “Meia-légua”. Andava sempre com uma pequena imagem de São Benedito consigo, que ganhou um significado mágico depois.

Ele reunia grupos de negros insurgentes e botava o terror nos fazendeiros escravagistas da região, invadindo as Senzalas, libertando outros negros, saqueando e dando verdadeiros prejuízos aos racistas.

Contam que ele era um estrategista ousado e criativo, criava grupos pequenos para evitar grandes capturas e atacavam fazendas diferentes simultaneamente. A genialidade do plano era que o líder de cada grupo se vestia exatamente como ele.

Sempre que um tinha o infortúnio de ser capturado, Benedito reaparecia em outras rebeliões. Os fazendeiros passaram a crer que ele era Imortal. E sempre que haviam notícias de escravos se rebelando vinha a pergunta “Mas será o Benedito?”

O mito ganhou força após uma captura dramática. Benedito chegou a São Mateus (ES) amarrado pelo pescoço, sendo puxado por um capitão do mato montado a cavalo. Foi dado como morto e levado ao cemitério dos escravos, na igreja de São Benedito.

Noutro dia, quando foram dar conta do corpo, ele havia sumido e apenas pegadas de sangue se esticavam no chão. Surgiu a lenda que ele era protegido pelo próprio São Benedito. Por mais de 40 anos ele e seu Quilombo, mais do que resistiram, golpearam o sistema escravocrata.

Meia-Légua só foi morto na sua velhice, manco e doente. Ele dormia em um tronco oco de árvore. Esconderijo que foi denunciado por um caçador. Seus perseguidores ficaram a espreita, esperando Benedito se recolher. Tamparam o tronco e atearam fogo.

Seu legado é um rastro de coragem, fé, ousadia e força para lutar pelo nosso povo, que ainda hoje é representado em encenações de Congada e Ticumbi pelo Brasil. Em meio as cinzas encontraram sua pequena imagem de São Benedito.

Todo dia 1 De Janeiro, o cortejo de Ticumbi vai buscar a pequena imagem do São Benedito do Córrego das Piabas e levar até a igreja em uma encenação dramática para celebrar a memória de Meia-Légua.

Fonte: Twitter Alê santos em junho de 2018.

Meu respeito e admiração , pois somente com atitude se muda a realidade .

Thaciano Almuharib
Ativista do M.N.U.
Pan Africanista.
Dir. Políticas Públicas/
Sinthoress

13 casais que são a prova de que o amor eterno realmente existe

O amor não é fácil. É claro que no começo tudo são rosas, mas realmente é necessário um vínculo especial para se tornar um casal e cultivar o amor por bastante tempo. Nesse sentido, o poeta e jornalista Leandro Flores preparou uma lista 13 casais inspiradores que provam que realmente o amor existe e vale apena sim acreditar nesse sentimento.

 

Foram 13 casais, com diferentes histórias, inclusive com uma belíssima surpresa ao final: o casal mais antigo do mundo, com 86 anos de casados. É muito, mas muito tempo juntos, não é mesmo?

O vídeo é muito lindo e você vai adorar. Compartilhe, então, com o seu amor, com os seus amigos, filhos, netos, enfim. Vamos espalhar o amor e os bons exemplos, já que hoje em dia, as relações são tão vazias e superficiais.

*Referência de pesquisa: awebic/Autoria de imagem: desconhecida

Mãe exclui contas da filha nas redes sociais com mais de 2 milhões de seguidores

Ela declarou que o mundo online e os mais de dois milhões de seguidores estavam influenciando a jovem de forma negativa

______________________________________________________________________________

Recentemente, um post de uma mãe, a médica Fernanda Rocha Kanner, viralizou. Na publicação, ela explica por que sua filha, Nina Rios, de 14 anos, não tem mais perfil nas redes sociais.

A adolescente já somava mais de dois milhões de seguidores e eles não entenderam o motivo da ausência da jovem. “Turminha teen, eu vou escrever aqui porque recebi muitos directs (…) Decidi apagar as contas dela. Chata, eu sei, mas nossa função como mãe não é ser amiguinha de vocês e isso vocês só vão entender em retrospectiva. Papo de tia. O carinho que vocês têm por ela é a coisa mais fofa mas eu não acho saudável nem para um adulto e muito menos para uma adolescente basear referências de autoconhecimento em feedback virtual”, escreveu Fernanda.

Além disso, a mãe reforçou que não considera esse tipo de envolvimento saudável. “Eram dezenas de fã clubes, tudo muito doce mas também prejudicial para qualquer adolescente em processo de descoberta e busca pela individualidade. Eu não quero que ela cresça acreditando que é esse personagem. (…) Não quero minha filha brilhante se prestando a dancinhas diárias como um babuíno treinado. Acho divertido… E mega insuficiente. Triste geração em que isso justifica fama”, acrescentou.

Fernanda declarou que quer incentivar a filha a viver uma vida offline sem que precise depender da aprovação das pessoas nas redes sociais REPRODUÇÃO / INSTAGRAM

A médica concluiu que é importante que os jovens entendam que a vida virtual não pode vir antes da real. “Saudade de quando precisava ter talento em alguma coisa para se destacar. (…) Não quero que ela se emocione com biscoitos (assim que fala?) e elogios. Nem que se abale com críticas de quem não conhece. A fã número um dela sou eu (…) Quando ela tiver conteúdo interessante para dividir ela pode voltar a ter conta. (…) A vida só presta quando se é feliz offline primeiro. Beijo da tia Fê”, finalizou.

Moda perigosa

Fernanda não está errada no que disse. Os jovens são influenciados a todo momento e nem sempre de forma positiva. Além dos vídeos das dancinhas como a médica mencionou, há outras atividades que viralizam e são bem perigosas.

A internet dita tendências e muitas são nocivas à vida das pessoas. A curiosidade pelos desafios da moda pode prejudicar muito o jovem. Uma nova “brincadeira” que circula e tem chamado atenção de especialistas e autoridades, por exemplo, incita o usuário a mudar de realidade.

O desafio #shiftingrealities ou, mudando a realidade em tradução livre para o português, “ensina” o usuário a entrar em outros “mundos”. Isso mesmo. Parece loucura, mas, nesse trend (tendência), os adolescentes compartilham métodos para que o jovem consiga visitar outros lugares e até “vidas”.

Há quem retrate que, após participar, sentiu alguém o tocando e até ouviu vozes. Outros declaram uma frustração por não ter conseguido sentir nada.

Os especialistas alertam que esse comportamento revela um desejo de escape, ou seja, de fugir da própria realidade e de conquistar visibilidade.

“Os jovens estão vivendo um momento que chamamos de exploratório e, ainda mais na pandemia, a internet se tornou um caminho para eles. Essa por exemplo é uma ‘brincadeira’ perigosa que pode causar danos emocionais. Por isso, os pais devem ficar muito atentos, monitorá-los desde a infância”, orienta a psicóloga Cláudia Gindre.

É preciso sempre conversar sobre os perigos desses desafios e, se preciso for, agir como a médica Fernanda Rocha Kanner, excluir as contas das redes sociais para incentivar o filho a viver uma vida offline, ou seja, a verdadeira realidade.

 

Fonte: REFLETINDO SOBRE A NOTÍCIA POR ANA CAROLINA CURY | Do R7

Obs. Não conseguimos identificar a autoria das imagens 

 

IFA: o que é o ingrediente que falta para as vacinas e por que o Brasil ainda não o produz?

Fabricação da matéria-prima dos imunizantes no Brasil permitirá a produção nacional de doses para dar prosseguimento à campanha de imunização

Em meio à escassez de seringas, agulhas e oxigênio, o Brasil enfrenta agora a falta do ingrediente farmacêutico ativo (IFA). Apesar do nome complicado, nada mais é do que a substância que faz uma vacina proteger as pessoas – fabricá-la por aqui permitirá ao país produzir doses a todo o vapor e deslanchar de vez a campanha de imunização contra o coronavírus.

O IFA é o ingrediente que provoca a resposta imunológica no organismo das pessoas para que, quando o corpo entrar em contato com o vírus selvagem, o indivíduo não adoeça gravemente. Na prática, é a matéria-prima da vacina, assim como a laranja é para o suco, a cevada para a cerveja e a uva para o vinho: sem IFA, a injeção é só uma mistura de líquidos que não servem para proteger ninguém (veja abaixo os ingredientes de uma vacina).

— Se fizéssemos um suco de laranja, o IFA seria o concentrado de laranja. É o princípio ativo da vacina que desencadeia a imunização. Quando o IFA vem pronto, a gente segue o passo a passo de produzir a vacina. O que não sabemos, ainda, é como produzir o IFA do zero para juntá-lo com o que é necessário para fazer a vacinação — resume a biomédica Mellanie Fontes-Dutra, doutora em Neurociência e coordenadora da Rede Análise Covid-19.

Cada laboratório desenvolveu uma receita diferente para seu IFA – portanto, a matéria-prima da vacina de Oxford/AstraZeneca, com parceria no Brasil com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), não é a mesma daquela usada para a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan. Nem mesmo vacinas com tecnologias iguais de fabricação, como a Pfizer e a Moderna, que usam RNA mensageiro, têm IFA parecido.

No caso da vacina de Oxford, que usa a tecnologia de vetor viral, o IFA é composto por adenovírus vivo e manipulado para não gerar risco às pessoas. Já o IFA da CoronaVac é composto pelo Sars-Cov2 “morto” e usado para estimular a resposta do organismo. No momento, ambos são importados da China.

— O IFA da vacina da Fiocruz é um adenovírus que causa gripe em chimpanzé e nem serve para a célula humana. Você tira o miolo do vírus e a capacidade dele de ficar se replicando e coloca um pedacinho do código genético do Sars-Cov2 que não cause doença, mas que seja suficiente para o sistema imunológico montar a defesa — explica a imunologista Viviane Boaventura, membro da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), pesquisadora da Fiocruz e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Transferência de tecnologia

O processo de transferência de tecnologia firmado com os laboratórios AstraZeneca e Sinovac para que o Brasil produza vacinas por conta própria – e consiga fabricar doses em um ritmo suficiente para a campanha de vacinação dar certo – é dividido em três etapas.

Na primeira, importamos as vacinas prontas e apenas envasamos e rotulamos as injeções para a distribuição. É o caso das 6 milhões de doses da CoronaVac que circulam nesta semana no Brasil e das 2 milhões de unidades da vacina de Oxford produzidas no Instituto Serum que ainda não foram enviadas pela Índia.

Na segunda etapa, Butantan e Fiocruz importam o IFA pronto para, no Brasil, uni-lo a outros ingredientes e envasar as doses. É nessa fase que o processo está empacado agora.

O Butantan já recebeu lotes de IFA e conseguiu finalizar a produção de 4,8 milhões de doses da CoronaVac, para as quais pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização de uso emergencial. Mas a entrega das 46 milhões de doses aos brasileiros, firmadas em contrato com o Ministério da Saúde, está ameaçada porque a matéria-prima, apesar de ter sido liberada pela Sinovac, aguarda o aval do governo da China.

Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, o coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 em São Paulo, João Gabbardo dos Reis, afirmou nesta quarta-feira (20) que a expectativa é de que todas as etapas da vacina sejam realizadas no Brasil até o fim do semestre.

— Vamos aprender com eles (a empresa chinesa) como se produz. Isso deve ocorrer no Butantan no final deste semestre. A partir daí, não dependeremos mais da importação desse produto. Isso vai ser feito aqui no Brasil. Essa transferência de tecnologia ocorre desde o início, é um processo mais demorado, exige uma aprendizagem dessa nova tecnologia — projeta Gabbardo. 

A Fiocruz sequer recebeu o IFA do laboratório chinês WuXi, contratado pela AstraZeneca para unir os ingredientes e produzir a vacina de Oxford: a previsão era de chegada em dezembro, depois passou para 12 de janeiro e, agora, espera-se que chegue em 23 de janeiro, como estipulado no contrato. De toda forma, o calendário de produção, previsto para iniciar nesta quarta-feira a fim de entregar os primeiros lotes da vacina de Oxford em fevereiro, já caducou, e a Fiocruz adiou a distribuição das primeiras doses para março.

Na terceira e última etapa, Butantan e Fiocruz passarão a fabricar o IFA após a transferência de tecnologia, e não será mais preciso comprar o ingrediente no Exterior.

— Aprenderemos quais equipamentos usar, quais são os processos, quais as etapas dos processos, qual é a receita da vacina, como cultivar o vírus, como inativar o vírus para a CoronaVac, qual a quantidade de vírus que precisa pôr em uma concentração. A transferência de tecnologia abrange esses pontos todos — diz a enfermeira Mayra Moura, mestre em Tecnologia de Imunobiológicos pela Fiocruz e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

— A transferência de tecnologia é para não começarmos a produção da vacina do zero. Alguém descobriu a vacina, e nós estamos comprando o know-how dessas indústrias. Todo mundo ganha porque quem vende garante uma quantidade de venda absurda e a longo prazo, e quem compra, adquire um conhecimento e forma pessoas. Até agosto e setembro, a gente dependerá de importar o IFA para as duas vacinas. Hoje, com a situação política atual, isso é um problema, mas não deveria ser. Em 15 anos de carreira, nunca vi termos problema porque o IFA vinha de fora. Butantan e Bio-Manguinhos trabalham há anos com transferência de tecnologia — observa Mayra.

Para fabricar essa matéria-prima, as duas instituições precisam ampliar suas fábricas. A Fiocruz investiu US$ 15 milhões no Laboratório de Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro. Já o Butantan deve terminar a ampliação no segundo semestre. O problema do Butantan é ter já começado a produzir doses com IFA importado, mas deter ingrediente suficiente apenas para assegurar a produção em janeiro. 

Questão política

As negociações com a China estão empacadas e são afetadas pela relação ruim do governo Jair Bolsonaro com o país asiático. Para azeitar a negociação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se reuniu com o embaixador Yang Wanming nesta quarta-feira (20). Em entrevista à GloboNews, o parlamentar relatou que o discurso do diplomata é de que o entrave é técnico, não político. 

No entanto, parlamentares, governadores e analistas de relações internacionais afirmam que o obstáculo é efeito das atitudes grosseiras contra a China conduzidas pelo governo, pelo deputado Eduardo Bolsonaro, presidente da comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, e pelo chanceler Ernesto Araújo.

O Fórum de Governadores, encabeçado pelo governador do Piauí, Wellington Dias, protocolou nesta quarta (20) ofício ao presidente Bolsonaro solicitando um diálogo diplomático entre o governo brasileiro e China e Índia para assegurar a continuidade da campanha de vacinação no Brasil. O vice-presidente Hamilton Mourão, em declaração também nesta quarta, atribuiu o entrave à “geopolítica da vacina” e aos interesses chineses e indianos na comercialização de insumos.

Quais os principais ingredientes de uma vacina?

Antígeno (IFA)
É a substância que irá provocar a resposta imunológica do organismo para treiná-lo a lidar com o vírus real. Cada vacina tem uma tecnologia que desenha um antígeno (gatilho biológico) diferente para despertar a produção de anticorpos. É, na prática, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA).

Adjuvantes
Substâncias adicionadas para ajudar o sistema imunológico a reconhecer o antígeno.

Conservantes
Substâncias que previnem, na vacina, o crescimento de organismos indesejáveis, como fungos e bactérias.

Estabilizantes
Substâncias que garantem que o antígeno fique estável e mantenha a qualidade.

Diluente
Água ou soro fisiológico para tornar a vacina líquida e injetável.

Agentes de inativação
Em vacinas criadas com a tecnologia de vírus inativado, como a CoronaVac, os agentes de inativação “matam” o Sars-Cov2 para que ele não traga risco para o organismo, mas consiga, com a “carcaça” do vírus, despertar a resposta imunológica do organismo.

Fonte: Leandro Torres, enfermeiro especialista em imunização e membro da União Pró-Vacina; Mayra Moura, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Reprodução: Site Gauchazh

Obs. Não conseguimos identificar a autoria das imagens 

 

Saiba quem foi a pessoa que mais doou livro no mundo. São mais de 100 milhões ao todo

Ela é simplesmente uma das maiores (senão, a maior) estrela da música country nos EUA. Já vendeu milhões de discos, é compositora consagrada e uma das artistas de maior sucesso comercial do mundo. Estamos falando, nada mais, nada menos, da cantora e compositora norte-americana, Dolly Parton. 

Dolly é uma das artistas mais queridas no mundo das celebridades. Ela está sempre envolvida com projetos sociais, ajudando milhares de pessoas, sobretudo, crianças. 

Só para se ter uma ideia, em 2018, Dolly foi homenageada pela Biblioteca do Congresso pelo envio de 100 milhões de livros  doados gratuitamente para crianças pobres nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.

Isso a torna, segundo o jornalista e radialista, Luiz Megale, como  a maior doadora de livros da história, mais ainda que qualquer um país ou comunidade tenha feito.

A chamada Biblioteca da Imaginação funciona assim: todo mês é enviado para cada família um livro,  escolhido por especialistas em literatura infantil, até a criança completar cinco anos. A ideia, segundo Dolly, é que essa criança, após ser alfabetizada, tenha à sua disposição uma coleção de bons livros para tomar gosto pela leitura.

A inspiração para a Biblioteca da Imaginação, foi o seu pai, Lee, um operário e trabalhador rural que morreu analfabeto, aos 79 anos. “Vi como isso marcou a vida de meu pai”, disse Dolly.

A família Parton vem de uma região rural e pobre no interior do Tennessee. A mãe de Dolly, aos 35 anos já havia dado a luz 12 crianças. Dolly, dona de voz suave e marcante, passou a apresentar em igrejas e rádios locais, ela, então, aos 18 anos mudou-se para Nashville, considerada a capital da música country, e foi lá que sua carrereira deslanchou. Passou, então, a fazer música e rapidamente atraiu atenção de cantores e gravadoras. Antes de completar 21 anos, por exemplo, já havia composto sucessos para Hank Williams Jr., Skeeter Davis e Kitty Wells. 

Em mais de 50 anos de carreira, Dolly Parton, segundo informações do Blog do Barcinski, onde baseamos parte deste artigo, Dolly compôs cerca de 3 mil canções, vendeu 100 milhões de discos, atuou em filmes e séries de TV, escreveu livros e produziu peças musicais. Mas seu maior feito, até agora, sem dúvida, é enviar, todo mês, 900 mil livros para 900 mil crianças.

Quanta nobreza não é mesmo? E olha, tem mais: recentemente, segundo informações que colhi neste blog, ela doou 1 milhões de dólares, mais de 5 milhões de reais, para o Centro Médico da Universidade Vanderbilt, em Nashville. O dinheiro será usado para ajudar nas pesquisas sobre a COVID-19, já que o mundo inteiro está correndo contra o tempo para achar uma solução à pandemia.

Dolly Parton tem feito também, durante a quarentena, lives no YouTube toda quinta-feira para lê livros infantis. A ideia é que as lives se prolonguem por dez semanas, com livros escolhidos de propósito para estes “dias de confinamentos”.

“Isto era algo que eu já tinha vontade de fazer há algum tempo, mas o momento nunca parecia certo”, explicou. “Acho que agora é a hora de partilhar uma história e um pouco de amor.”

No primeiro episódio, ela leu “The Little Engine That Could de Good Night with Dolly” de Watty Piper:

https://www.youtube.com/watch?time_continue=8&v=tT9fv_ELbnE&feature=emb_title

 

 

* Todos os conteúdos publicados neste site  e que tenham a nossa autoria ou marca são livres e podem ser reproduzidos em qualquer plataforma (virtual ou impressa), desde que seja respeitada a autoria e atribuida devidamente as fontes.  

Obs. Não conseguimos identificar a autoria da imagem.

Paulo Gustavo fez história no cinema brasileiro; veja lista de filmes

Trilogia ‘Minha mãe é uma peça’ faz sucesso desde 2013, quando o primeiro filme foi lançado

Paulo Gustavo fez história no cinema brasileiro com a trilogia Minha mãe é uma peça – o terceiro longa se tornou a maior bilheteria nacional. A seguir, confira destaques na filmografia do ator:

2013
MINHA MÃE É UMA PEÇA – O FILME
Adaptação da peça que levou milhares de pessoas aos teatros, o longa acompanha Dona Hermínia (Paulo Gustavo), mulher de meia-idade com filhos já crescidos preocupada em ter uma ocupação. Sem trabalho e sem companheiro, ela passa o tempo desabafando com a tia idosa, a vizinha fofoqueira e a amiga confidente. O elenco traz Herson Capri, Ingrid Guimarães, Mariana Xavier, Rodrigo Pandolfo e Suely Franco. André Pellenz assina a direção. O longa ultrapassou 4,6 milhões de espectadores, faturando R$ 45,3 milhões no ano de seu lançamento.

Filme minha mãe é uma peça paulo gustavo café com poemas
Foto: Divulgação/Filme: Minha mãe é uma peça


2014
OS HOMENS SÃO DE MARTE… E É PRA LÁ QUE EU VOU
Fernanda (Mônica Martelli), de 39 anos, organiza cerimônias de casamento. Solteira e devota do amor, está à procura do par perfeito. Vive às voltas com suas dúvidas sobre o comportamento masculino. Paulo Gustavo faz o papel de Aníbal, confidente de Fernanda. Direção de Marcus Baldini e Marcus Vinícius. O elenco reúne também Daniele Valente, Eduardo Moscovis, Humberto Martins, José Loreto e Marcos Palmeira. A comédia ultrapassou 1,8 milhão de espectadores.

Cena do filme 'Os Homens são de Marte ... e é pra lá que eu vou' Divulgação/Café com Poemas
Cena do filme ‘Os Homens são de Marte … e é pra lá que eu vou’ Divulgação/Café com Poemas


2015
VAI QUE COLA – O FILME
Vítima de um golpe, Valdomiro (Paulo Gustavo) se muda da Zona Sul carioca para o subúrbio, a pensão da Dona Jô, no Meier. Quando ele recupera sua cobertura no Leblon, tem de levar para lá os moradores da pensão. O elenco conta com Cacau Protásio, Catarina Abdalla, Emiliano D’Avila, Fernando Caruso, Fiorella Mattheis, Marcus Majella e Samantha Schmütz. César Rodrigues assina a direção. O longa ultrapassou 3 milhões de espectadores.

VAI QUE COLA – O FILME PAULO GUSTAVO CAFÉ COM POEMAS
VAI QUE COLA – O FILME/DIVULGAÇÃO


2016
MINHA MÃE É UMA PEÇA 2
No longa dirigido por César Rodrigues, a vida de Dona Hermínia (Paulo Gustavo) vira de ponta-cabeça quando ela descobre que os filhos querem sair de casa. O elenco reúne Mariana Xavier, Patricya Travassos e Rodrigo Pandolfo, entre outros atores. O longa ultrapassou 9,3 milhões de espectadores, faturando mais de R$ 123,8 milhões.

Filme: Minha mãe é uma peça 2 (Imagem/Reprodução)
Filme: Minha mãe é uma peça 2 (Imagem/Reprodução)


2018
MINHA VIDA EM MARTE
Sequência da comédia romântica lançada em 2013. Fernanda (Mônica Martelli) enfrenta a crise conjugal e tem o apoio de Aníbal (Paulo Gustavo), sócio e amigo fiel. Direção de Susana Garcia. O elenco reúne Marcos Palmeira, Ricardo Pereira, Fiorella Mattheis e Lucas Capri, entre outros. O longa ultrapassou 5,3 milhões de espectadores.

minha vida em marte paulo-gustavo café com poemas
Foto: Divulgação


2019
MINHA MÃE É UMA PEÇA 3 
Dona Hermínia (Paulo Gustavo) recebe duas notícias: Marcelina está grávida de um rapaz que mal conhece e Juliano ficou noivo. Sofrendo ao perceber que os filhos vão formar as próprias famílias, ela decide se empenhar nos preparativos para o casamento. Com o apoio da diarista Waldeia e suas irmãs Iesa e Lucia Helena, a matriarca terá que driblar a sogra do filho, além de lidar com as novas investidas do ex-marido Carlos Alberto. Direção de Susana Garcia. O elenco reúne Rodrigo Pandolfo, Mariana Xavier, Samantha Schmütz, Herson Capri, Patricya Travassos e Alexandra Richter. O longa ultrapassou 11,4 milhões de espectadores, faturando mais de R$ 143,8 milhões.

minha mãe é uma peça 3 café com poemas paulo gustavo
Foto: Duvulgação

(crédito da foto da imagem principal: Jessica Perez/Divulgação)

Fonte: Correio Braziliense

Conheça a árvore que produz 40 tipos diferentes de frutas ‘no mesmo pé’

Sam Van Aken é um artista e professor da Universidade de Siracusa – e ele usa uma técnica chamada de enxertia para produzir árvores que dão até 40 tipos de frutos.

A enxertia funciona quando um broto de uma planta é inserido em um corte no galho de outra planta. A união dos vegetais diferentes é selada com fita até que o enxerto passe a funcionar com o galho da planta ‘base’. O broto, eventualmente, cresce – e começa a produzir frutos da sua própria espécie.

Confira o vídeo das plantas de Sam:

 

Fonte: https://revistagalileu.globo.com/

Foto: Reprodução

A que geração você pertence? Baby Boomer, X, Y ou Z? Entenda onde você se encaixa

Os jovens sempre foram apontados como rebeldes. Questionadores por natureza, sempre buscam mudar de comportamento em relação às gerações anteriores. Para compreender e explicar as linhas traçadas pelos jovens e pelas gerações anteriores no Brasil, a revista Consumidor Moderno, em parceria com a REDS e com o Centro de Inteligência Padrão (CIP), desenvolveu o estudo Comportamento do Consumidor Brasileiro, exclusivo no mercado, para mapear o perfil de cada geração.

Em uma série de reportagens, apresentaremos o estudo Comportamento do Consumidor Brasileiro, realizado pelo Centro de Inteligência Padrão (CIP) e pela REDS, que traz hipóteses e dados sobre as gerações no Brasil.

Classificar períodos da vida dos indivíduos – dentro do Brasil ou fora dele – não é uma tarefa fácil. Porém, existe um consenso mundial a respeito da existência de quatro gerações: Baby BoomersXY (ou Millennials) e Z.

Um insight visionário

Apesar do consenso na classificação, Roberto Meir, publisher da revista Consumidor Moderno e presidente do Grupo Padrão, levantou a hipótese de que a geração Y brasileira tem uma defasagem de alguns anos em relação à americana. Essa tese se materializou neste estudo.“Isso muda tudo, porque não é possível categorizar hábitos de consumo de americanos e brasileiros da mesma forma. Isso se deve aos aspectos da conjuntura social, política, econômica, cultural e tecnológica do país”, aponta Meir.

A partir de profundas análises e cruzamentos dos resultados da pesquisa realizada pela REDS e CIP, foi possível obter a possibilidade de uma nova classificação de gerações para a população brasileira. Assim, supomos que existe uma diferença de cinco anos entre o início e o final da geração Y brasileira em comparação com a geração Y americana.

qual geração você pertence café com Poemas 2

Foto: Divulgação

Transição

Outra inovação trazida pelo estudo é o período de transição entre as gerações. Aqueles que nasceram nos anos de cruzamento carregam aspectos comportamentais e de interação com a tecnologia similares às duas gerações entre as quais transitam. Como é possível verificar a partir das datas de transição, os períodos em questão são cada vez menores. “Verificamos uma diminuição constante no período de cada geração e das gerações de transição. As mais jovens tendem a ser cada vez mais curtas. E isso se deve à velocidade com que têm ocorrido as mudanças tecnológicas e sociais no mundo atual”, esclarece Aline Tobal, gerente do Centro de Inteligência Padrão (CIP).

Grupos de transição das gerações
Geração BBX (1958-1964)
Grupo de transição entre Baby Boomers e X
Geração XY (1976-1984)
Grupo de transição entre a geração X e Y
Geração YZ (1995-1999)
Grupo de transição entre a geração Y e Z

Classificação americana das gerações
Baby Boomers – 1945 – 1964
Geração X – 1965 – 1979
Geração Y – 1980 – 1994
Geração Z – 1995 – Atual

Classificação brasileira das gerações
Baby Boomers – 1945 – 1964
Geração X – 1965 – 1984
Geração Y – 1985 – 1999
Geração Z – 2000 – Atual

Pais e filhos

A análise das gerações é feita de acordo com o uso das tecnologias pelos indivíduos e das relações entre elas e os consumidores. Os aspectos comportamentais, naturalmente, não ficam para trás e também são fundamentais. O perfil comportamental de pessoas nascidas no mesmo período, no entanto, é o que determina uma geração.

Segundo Roberto Meir, ao analisar as gerações mais antigas, o que se vê é uma infância repleta de brincadeiras de crianças fora de casa. “Quando os garotos e garotas dessa geração se tornaram pais e mães, perceberam que a violência havia aumentado e não quiseram que os filhos tivessem a mesma rotina. Decidiram investir em segurança: criaram um quarto com TV e computador, notebook para o filho não sair”, diz o Publisher.

A tentativa dos pais, porém, foi frustrada. Os filhos saíram de casa virtualmente porque, pela internet, era possível acessar o mundo. Desse jeito se fez a tão complexa relação entre gerações de pais e filhos – e assim nasceu a tão conectada geração mais jovem.

Comportamento geracional

De acordo com o estudo, para 64,7% dos jovens que possuem até 15 anos de idade – nascidos a partir de 2000 – o primeiro contato com a internet aconteceu até os 11 anos de idade. Para 77,9% daqueles que possuem entre 16 e 30 anos o primeiro contato com a internet aconteceu entre 6 e 15 anos de idade.

“A geração Y, no Brasil, começa quase 10 anos antes do real”, explica Aline. “O que notamos é que a essa geração foi influenciada por uma série de transformações tecnológicas e sociais que ocorreram no Brasil e no mundo. Por exemplo, eles possuem mais flexibilidade em aceitar as diferenças. O fato de terem nascido em um período de transformações políticas influencia seu comportamento”, diz.

A geração Z, por sua vez, começa em 2000. “Com as políticas de inclusão digital, as pessoas nascidas após esse período têm maior facilidade de acesso à internet”, aponta a gerente do CIP. “Ao compararmos essa geração com aqueles que nasceram em 1990, vemos bastante diferença em relação ao uso da tecnologia”. Ou seja, a geração Z se mostra muito mais conectada com maior facilidade em interagir com qualquer dispositivo eletrônico.

Estudo

Para chegar ao resultado, dois mil consumidores, com idade entre 15 e 70 anos, foram entrevistados. A pesquisa, realizada entre outubro e novembro de 2015, aconteceu em todas as regiões do Brasil. Assim, analisa indivíduos das gerações baby boomer, X, Y e Z.

 

 

As informações são do site Consumidor Moderno

Obs. Não conseguimos identificar a autoria de todas as imagens 

“Quero fazer as pessoas sorrirem e chorarem de emoção”- disse Mateus, o poeta que quer ser igual o Braúlio Bessa

De pior aluno da escola e com muito problemas familiares, Mateus Nunes Marinho, de 7 anos, viu seus dias mudarem por meio de poemas. Ele começou o interesse pela poesia, após assistir uma novela em que o personagem era poeta. A partir daí, inspirado pelo poema “Recomece” de Bráulio Bessa, o pequeno começou a versar com autoria própria na comunidade Boa Nova, no município de Óbidos, no oeste do Pará.

Sem pai, com a mãe com problemas mentais e avó cega, Mateus estava se tornando uma criança agressiva na escola e até mesmo dentro de casa. No colégio, os responsáveis sempre eram chamados para serem advertidos pelas atitudes do menino com os colegas e até mesmo com a professora,

O menino destacou que vivia momentos de revolta pela dificuldade que passava com a família. E que ouviu de uma vizinha que cuidava dele que ela chamaria até mesmo o Conselho Tutelar e procuraria um atendimento médico para que ele parrasse com essas agressões.

“Eu era o pior aluno da sala, agredia meus coleguinhas, não respeitava minha professora. Ela era cobrada pelos pais de alunos para que eu não sentasse ao lado dos filhos deles. A professora me cuidava muito bem, me dando toda a atenção, mas mesmo assim muitas lágrimas rolavam em seu rosto”, contou Mateus.

➤ Leia também:

 

A vizinha de Mateus, Lúcia Nunes de Siqueira resolveu olhar com um cuidado mais atento ao menino e em conversa com ela, o menino despertou entusiasmo e disse que queria ser poeta, igual aquele ator da novela.

“Naquele momento, nos abraçamos, e chorando ele disse que era para Deus dar o caminho, porque não tinha noção como versar um poema. Eu liguei meu celular e ele pesquisou um poema do poeta Bráulio Bessa que tem como título ‘Recomece’. Ele disse que achou lindo e que preencheu o vazio do coração dele. Ele me pediu para deixar meu celular para que ele pudesse ouvir mas vezes”, contou Lúcia.

“Quero fazer as pessoas sorrirem e chorarem de emoção, e não mais de dor”, disse Mateus.

Mateus ressaltou os cuidados da “Tia Lúcia”, pois mesmo com muitos afazeres sempre reservou um tempinho para ele. Ela conseguiu fazer ele assimilar quatro estrofes.

“Logo me tornei fã do Bráulio e como quase que todos naquela comunidade profetizavam mal de mim, até porque meu pai é alcoólatra, usuário de drogas e ninguém acreditava na minha capacidade. Versamos o primeiro poema, que tem como título o ‘Menino lá da roça'”, destacou.

Atualmente, o pequeno poeta tem sentimentos pelas pessoas e muito amor pelos avós. A paz está completa na família. Além de ser admirado na escola, todos adoram ouvir os poemas. Ele deseja ajudar a família humilde e quer ser como o poeta Bráulio Bessa.

mateus marinho poeta quer ser igual braulio bessa cafec om poemas reportagem g1 2020

Menino poeta do interior do Pará — Foto: Redes Sociais/Reprodução

“Quero estar um dia no programa da Fátima, transformando a vida das pessoas e um dia poder escrever sobre tudo. Espero contar com apoio das pessoas, pois venho de uma família muito humilde. Hoje, posso sentir que os poemas transformaram a minha vida, mesmo sendo muito tímido tenho muita ansiedade em me apresentar como aquele ator, lançar um livro e transformar vidas”, finalizou Mateus, o pequeno poeta.

Confira os poemas:

 

O menino lá da roça

Vida solitária

Levo a vida de um menino

Entre flores e espinhos

Entre chuva e sol

As vezes me sinto só

Deus és minha inspiração

Seguro em suas mãos

Olho pra este mundão

Com tanta corrupção

Parece não ter saída

Olho pra minha vida

Uma família sofrida

Mas com Deus no coração

Tenho lembrança dos

Momentos difíceis da

Minha vida

O coração do menino

Um contador de piada

Com a língua toda enrolada

Alegrando a molecada

O palhaço da escola

Que dança pula e rebola

A corrida no saco

A hora da lição

Me relembra o coração

Aquela mochila verde

Pendurada na parede

Aquela balador na mão

Pra balar aquele avario

O chamado do vovó

Com um bastão na mão

Me relembra o coração

São milhões de pensamentos

Que passa pela cabeça

Talvez seja o meu destino

Nascido para escrever Aquilo que faz bater

O coração do menino.

Á Realidade

No radinho lá de casa

Curioso eu cheguei perto

Pra mode escutar o certo

Minha vó que sempre foi a melhor

Com um papel de vilão

Sabe regrar o sim

E nunca poupar o não

Ela me falou da paz

Já que a paz é um sentimento

Ferida e chorando muito

Naquele escato momento

Ela me falou da violência

Que o mundo vem sofrendo

Da conta que o povo paga

Sem se quer esta devendo

Olhando para o meu lado

Avistei outras crianças

Sorrindo nos abraçamos sem pensar em desistir

Somos nos a esperança

Deste sofrido país.

Confiar

Se você se amar

Se você confiar

O mundo pode mudar

Você pescador deixe da covardia

Zele pela natureza

E pelo pão de cada dia

Vivendo uma vida plena

Fazendo valer apenas

Cada passo que for dado

Meu perfil

Ao rimar este poema

O alfabeto vou usar

Pra contar minha história

Do povo deste lugar.

Mateus é o meu nome

Escrito com a letra M

Com sete anos de idade

Já tenho a capacidade

De escrever o meu poema

Sou filho do interior

Com muito orgulho de ser

Não tenho pai registrado

Com uma mãe do meu lado

Uma vó que me irradia

Não tem a capacidade

De enxergar a luz do dia.

É normal que todo mundo

Tenha uma vocação

Vou me tornar um poeta

Pra alegrar seu coração

Todo dia eu peço a Deus

Saúde pra estudar

Pra ser alguém na vida

E minha família ajudar

Na vida: Ninguém

É feliz sozinho

Preciso do seu carinho

Não quero mal a ninguém

Só quero deixar saudade

No coração de Alguém.

O agricultor

O meu Pará tem riqueza

Tem terra pra trabalhar

O agricultor no campo

Tentando seu pão ganhar

Com tanto suor no rosto

Com a esperança no Amanhã

A praga vem e devora

Aquele atravessador

Que não tem coração

Leva por um trocado

O que sobrou da plantação

A vida é dura demais

Mas vale apenas viver

Com o próprio suor do rosto

De que por matar e roubar

Família

Nem as preciosas pedras

Com seus mais altos valores

Não compara uma família

Que é regada por amor

Não importa o tamanho

Nem a nacionalidade

E lá que existe o perdão

E nasce a felicidade

É o jardim mais florido

Daqueles que sabem amar

É nela que os que caíram

Podem se levantar

É a escola da vida

Que insiste a ensinar

Que ela é a base de tudo

Basta saber amar…

Trabalho escravo nunca mais

Os novos tios tem riqueza

Tem peixe para pescar

A maior fonte de água doce

Para nos se saciar

São milhões de toneladas

De toda espécie pescada

A maior fonte de renda

Sendo desvalorizada

O pescador consciente

Não aceita exploração

Não se tornando escravo

Da sofrida profissão

Nesse mundo todo mundo

Poderia se respeitar

E assim nossos direitos

Ninguém vinha violar

Seja rico, seja pobre

Ou a cor que você tem

Não importa profissão

O mas importante é

Ter o amor no coração

É hora de se unir

Para se fortalecer

Para que o trabalho escravo

Nunca mais acontecer

Agradecimento

Não preciso ser famoso

Pra ser ídolo de alguém

Obrigado Vanda Bentes

E o Josemar Também

Herói sou eu e você

E essa gente do bem

Obrigado chico Alfaia

E a Semed Também

Reprodução: G1