Arquivo anual 6 de fevereiro de 2021

Os 15 maiores poemas de amor da literatura brasileira

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O site Cultura Genial listou “os 15 maiores poemas de amor da literatura brasileira”, em uma seleção que envolve os maiores nomes da nossa literatura, Vinícius de Moraes, Adelia Prado, Mario Quintana, Cora Coralina, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, entre outros!

Confira aí, se gostar, compartilhe entre seus amigos e amores!

1. Soneto do amor total, de Vinícius de Moraes

Pesquisar os livros do poetinha, como ficou conhecido Vinícius de Moraes, é se deparar com um manancial de poemas de amor. Apaixonado pela vida e pelas mulheres, Vinícius casou-se nove vezes e escreveu uma série de versos apaixonados. O poema mais conhecido talvez seja o Soneto de fidelidade.

Soneto do amor total foi escolhido porque tem uma delicadeza ímpar e ilustra com precisão as várias facetas de uma relação amorosa.

Soneto do amor total

Amo-te tanto, meu amor… não cante
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

2. Tenta-me de novo, de Hilda Hilst

Hilda Hilst também é um nome incontornável quando se pensa em amor na poesia brasileira. A escritora paulista escreveu versos que vão desde a escrita erótica até a lírica idealizada.

Quando se pensa em poesia de amor, o mais frequente é que se imagine versos de uma relação jovem. Tenta-me de novo é um dos raros poemas que trata de um amor que já acabou e de um amante que deseja conquistar o afeto de volta.

Tenta-me de novo

E por que haverias de querer minha alma
Na tua cama?
Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas
Obscenas, porque era assim que gostávamos.
Mas não menti gozo prazer lascívia
Nem omiti que a alma está além, buscando
Aquele Outro. E te repito: por que haverias
De querer minha alma na tua cama?
Jubila-te da memória de coitos e acertos.
Ou tenta-me de novo. Obriga-me.

 

3. Canção, de Cecília Meireles

Em apenas quinze versos, Cecília Meireles consegue compor na sua Canção uma ode à urgência do amor. Singelo e direto, os versos convocam o retorno do amado. O poema, presente no livro Retrato natural (1949), também conjuga elementos recorrentes na lírica da poetisa: a finitude do tempo, a transitoriedade do amor, o movimento do vento.

Canção

Não te fies do tempo nem da eternidade,
que as nuvens me puxam pelos vestidos
que os ventos me arrastam contra o meu desejo!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã morro e não te vejo!
Não demores tão longe, em lugar tão secreto,
nácar de silêncio que o mar comprime,
o lábio, limite do instante absoluto!
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã eu morro e não te escuto!
Aparece-me agora, que ainda reconheço
a anêmona aberta na tua face
e em redor dos muros o vento inimigo…
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro,
que amanhã eu morro e não te digo…

 

4. As sem-razões do amor, de Carlos Drummond de Andrade

Celebrado como um dos melhores poemas da literatura brasileira, As sem-razões do amor trata da espontaneidade do amor. De acordo com o eu lírico, o amor arrebata e arrasta o amador independente da atitude do parceiro. O próprio título do poema já indica como os versos irão se desdobrar: o amor não exige troca, não é resultado do merecimento e não pode ser definido.

As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou de mais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

https://www.youtube.com/embed/4tmxqoPANdk?feature=oembed

Veja: Drummond: Não se mate

5. XXX, de Olavo Bilac

O poema de amor provavelmente mais citado de Bilac é Via Láctea, um clássico aprendido nos tempos de escola. Os versos abaixo, no entanto, apesar de pouco conhecidos, são também uma obra prima do autor. O poeta, que atuou como jornalista, foi um dos maiores representantes do movimento Parnasiano no Brasil e a sua lírica é marcada pela metrificação e pela representação de um sentimento idealizado.

XXX

Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.

6. Futuros amantes, de Chico Buarque

O mais conhecido letrista brasileiro tem uma série de versos dedicados ao amor. São tantos que é até criminoso selecionar apenas um poema do manancial de belezas já escritas. No entanto, diante do desafio, escolhemos Futuros amantes, um daqueles clássicos que nunca perde a validade.

Futuros amantes

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

https://www.youtube.com/watch?v=WCnArLi3uCk&feature=emb_title

Confira também: Prêmio Camões – Portugal confirma entrega do prêmio a Chico Buarque em 2020

7. Meu destino, de Cora Coralina

Singelo e cotidiano, Meu destino, da goiana Cora Coralina, merece elogios pela maneira simples e sutil com que relata o encontro amoroso. A poetisa, com a delicadeza dos versos que compõe, faz parecer fácil construir uma relação de afeto duradoura. Meu destino conta uma pequena fábula: a história de duas pessoas que se conheceram e resolvem construir uma relação.

Meu destino

Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos
Passavas com o fardo da vida…
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado
com a pedra branca
da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos
juntos pela vida…

Se essa poeta goiana ganhou o seu coração, experimente também ler Cora Coralina: 10 poemas essenciais para compreender a autora.

8. Teresa, de Manuel Bandeira

Teresa é um dos poemas mais marcantes do modernismo brasileiro, todos nós, provavelmente, fomos apresentados a esses versos ainda na escola.

Teresa consta nessa lista porque é um dos poucos poemas de amor capaz de conter traços de humor. A comicidade de Bandeira surge com a descrição da reação durante o primeiro encontro do casal. Os versos depois se encarregam de mostrar como o relacionamento se transforma e a percepção em relação a amada muda.

Teresa

A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna

Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo
(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse)

Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.

Reprodução

 

9. Bilhete, de Mario Quintana

A delicadeza do poema de Mário Quintana começa já no título: Bilhete anuncia um tipo de recado direto, apenas partilhado entre os amantes. Os versos fazem uma elegia ao amor discreto, sem grandes alardes, partilhado unicamente entre os apaixonados.

Bilhete

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda…

Confira: Frases de Mario Quintana

10. Amar você é coisa de minutos…, de Paulo Leminski

Divulgação

Os versos livres de Leminski são direcionados diretamente à amada e seguem o tom de uma conversa. Apesar de ser um poema contemporâneo, os versos parecem anacrônicos porque prometem uma fidelidade total e absoluta seguindo os moldes do amor romântico.

Amar você é coisa de minutos…

Amar você é coisa de minutos
A morte é menos que teu beijo
Tão bom ser teu que sou
Eu a teus pés derramado
Pouco resta do que fui
De ti depende ser bom ou ruim
Serei o que achares conveniente
Serei para ti mais que um cão
Uma sombra que te aquece
Um deus que não esquece
Um servo que não diz não
Morto teu pai serei teu irmão
Direi os versos que quiseres
Esquecerei todas as mulheres
Serei tanto e tudo e todos
Vais ter nojo de eu ser isso
E estarei a teu serviço
Enquanto durar meu corpo
Enquanto me correr nas veias
O rio vermelho que se inflama
Ao ver teu rosto feito tocha
Serei teu rei teu pão tua coisa tua rocha
Sim, eu estarei aqui

Leia também: As polêmicas literárias de Paulo Leminski

11. Amor, de Álvares de Azevedo

Foto: reprodução

Amor, de Álvares de Azevedo, é um clássico poema da geração romântica brasileira. Seus versos ilustram uma época e uma postura de devoção, quase idealizada, entre um homem apaixonado e uma mulher que é basicamente contemplada.

Embora o poema seja, de certa forma, o retrato de uma época, os versos são tão bem compostos que transcendem o tempo.

Amor

Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu’alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!
Quero em teus lábio beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d’esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!
Vem, anjo, minha donzela,
Minha’alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!

12. Cantiga para não morrer, de Ferreira Gullar

Um dos maiores poetas da literatura brasileira, Ferreira Gullar, ficou mais conhecido por seus versos políticos e de cunho social. No entanto, também é possível encontrar em sua poética trabalhos dedicados ao amor, pérolas pontuais como Cantiga para não morrer. Apesar de ser um autor contemporâneo, Gullar usa alguns traços românticos em seu poema.

O afeto pela amada é tão grande e transbordante que o eu lírico pede que ele permaneça com ela em seu pensamento, mesmo que sob a forma de esquecimento.

Cantiga para não morrer

Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.

Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.

Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.

E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.

 

13. Casamento, de Adélia Prado

Os versos de Adélia Prado celebram o casamento, as relações cotidianas e de longo prazo. Contado quase como uma espécie de historinha, o poema mostra detalhes da intimidade da vida a dois e os pequenos afetos que se escondem na rotina do par. Chama a atenção do leitor a beleza com que é realçada a cumplicidade do casal.

Casamento

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como ‘este foi difícil’
‘prateou no ar dando rabanadas’
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.

https://www.youtube.com/watch?v=U8H53KYqcxk&feature=emb_title

14. Beijo eterno, de Castro Alves

O poema abaixo é um dos mais importantes exemplares da poesia romântica brasileira. Castro Alves pinta em sua lírica um amor pleno, idealizado e eterno. No entanto, como pertence à terceira fase do Romantismo, Castro Alves já inclui em seus versos alguma sensualidade relacionada à amada.

Beijo eterno

Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue. Acalma-o com teu beijo,
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!

Fora, repouse em paz
Dormindo em calmo sono a calma natureza,
Ou se debata, das tormentas presa,
Beija inda mais!
E, enquanto o brando calor
Sinto em meu peito de teu seio,
Nossas bocas febris se unam com o mesmo anseio,
Com o mesmo ardente amor!

Diz tua boca: “Vem!”
Inda mais! diz a minha, a soluçar… Exclama
Todo o meu corpo que o teu corpo chama:
“Morde também!”
Ai! morde! que doce é a dor
Que me entra as carnes, e as tortura!
Beija mais! morde mais! que eu morra de ventura,
Morto por teu amor!

Quero um beijo sem fim,
Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo!
Ferve-me o sangue: acalma-o com teu beijo!
Beija-me assim!
O ouvido fecha ao rumor
Do mundo, e beija-me, querida!
Vive só para mim, só para a minha vida,
Só para o meu amor!

O navio negreiro é outro grande poema de autoria de Castro Alves que merece ser conhecido.

15. O amor comeu meu nome, de João Cabral de Melo Neto

O poema abaixo é um dos mais belos monumentos ao amor presente na literatura brasileira. João Cabral de Melo Neto consegue descrever com precisão, em algumas linhas, como é estar apaixonado, como o sentimento de amor se apossa do sujeito e se alastra na vida cotidiana.

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu
retrato. O amor comeu minha certidão de idade,
minha genealogia, meu endereço. O amor comeu
meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos
os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas
camisas. O amor comeu metros e metros de
gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o
número de meus sapatos, o tamanho de meus
chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a
cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas
médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas,
minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus
testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de
poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações
em verso. Comeu no dicionário as palavras que
poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso:
pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto
ainda, o amor devorou o uso de
meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada
no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto
mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu
a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de
propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos
que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde
irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta,
cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas.
O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos,
e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua
chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba
de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam
sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas
de automóvel. O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a
água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os
mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde
ácido das plantas de cana cobrindo os morros
regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo
trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de
cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de
que eu desesperava por não saber falar
delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas
folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de
meu relógio, os anos que as linhas de minha mão
asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro
grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da
terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e
minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu
silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

Fonte: Cultura Genial

Escrito por: Rebeca Fuks – Formada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2010), mestre em Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013) e doutora em Estudos de Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa (2018).

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7 dicas para controlar a ansiedade e o nervosismo

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A ansiedade pode gerar sintomas físicos e psicológicos, como sensação de falta de ar, aperto no peito, tremores ou pensamentos negativos, por exemplo, que podem condicionar o dia-a-dia da pessoa e aumentar o risco de contrair doenças.

Saiba 7 dicas que podem ajudar a controlar a ansiedade e o nervosismo e a ter uma vida melhor e mais plena:

1. Mudar de atitude

Uma das coisas que pode ajudar a reduzir a ansiedade é mudar a atitude em relação ao problema. Para isso, a pessoa deve tentar informar-se sobre aquilo que está causando a ansiedade, perceber se tem solução e resolver quanto antes.

Caso a pessoa não possa resolver o problema, deve perceber que ficar ansiosa não vai melhorar a situação e por isso deve tentar mudar de atitude e relaxar o máximo possível.

2. Respeitar as suas limitações

Existem pessoas que sentem muita ansiedade, mas sofrem sozinhas com os problemas, o que faz com que se isolem, o que pode aumentar o sofrimento.

Uma atitude que pode ajudar a superar este sentimento é pedir a ajuda de amigos, familiares ou mesmo um psicólogo, que podem ajudar a pessoa a ficar mais tranquila.

3. Respirar fundo e calmamente

Quando uma pessoa está muito ansiosa ou durante uma crise de ansiedade, é comum ocorrer uma sensação de falta de ar e aperto no peito, que são sintomas que se podem tornar muito desconfortáveis.

Nestes casos, a pessoa deve respirar fundo e calmamente, como se estivesse a respirar para a barriga. Além disso, outra coisa que pode ajudar é fechar os olhos e imaginar-se num local agradável, como numa praia, imaginando o mar com ondas cada vez mais lentas.

4. Pensar positivo

Muitas vezes, a ansiedade surge devido a pensamentos negativos ou autodestrutivos, que às vezes são intensificados pela própria pessoa.

Uma dica que pode ajudar a controlar estes pensamentos, é ver o lado positivo dos problemas que levam a sentimentos menos bons. Além disso, uma coisa que pode ajudar é lembrar de tudo o que é positivo que acontece no dia-a-dia e praticar a gratidão. Saiba como praticar a gratidão e descubra o seu poder.

5. Valorizar o presente

Muitas vezes, as pessoas sentem-se ansiosas por pensar muito no futuro, o que gera medos, fazendo com que se sofra por antecipação. Para contornar esta situação, a pessoa deve valorizar e viver o presente, evitando pensar demais no futuro.

Se a ansiedade é causada pelo passado, nada poderá ser feito para mudá-lo e por isso, deve-se evitar investir muito tempo a pensar em coisas que já aconteceram e que não se podem mudar mais.

6. Identificar as causas de ansiedade

Geralmente, a ansiedade não surge sem motivo e, por isso, identificar as causas que estão na sua origem ou aquilo que gera tristeza, pode ajudar a pessoa a mantê-las longe.

Além disso, quando surgirem pensamentos que a pessoa identificou como sendo causadores de tristeza e ansiedade, a pessoa vai conseguir afastá-los mais facilmente.

7. Praticar uma atividade

Praticar uma atividade é uma ótima forma de se distrair dos problemas que causam ansiedade, viver o tempo presente e manter a mente focada num objetivo.

A prática regular de atividade física de baixo impacto como caminhar, andar de bicicleta ou nadar são ótimas armas para lidar com a ansiedade. Por isso, recomenda-se que a pessoa ansiosa faça exercícios todos os dias e, durante os exercícios, tenha pensamento relacionados à própria atividade física ou outros pensamentos positivos.

Ocupar a mente com algo que seja prazeroso e útil também é uma ótima forma de controlar a ansiedade.

Veja como a alimentação pode ajudar:

https://www.youtube.com/watch?v=W9pIkIhrtfo&feature=emb_title

Fonte: Tua Saúde – Dr. Arthur Frazão

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Conheça a árvore que produz 40 tipos diferentes de frutas ‘no mesmo pé’

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Sam Van Aken é um artista e professor da Universidade de Siracusa – e ele usa uma técnica chamada de enxertia para produzir árvores que dão até 40 tipos de frutos.

A enxertia funciona quando um broto de uma planta é inserido em um corte no galho de outra planta. A união dos vegetais diferentes é selada com fita até que o enxerto passe a funcionar com o galho da planta ‘base’. O broto, eventualmente, cresce – e começa a produzir frutos da sua própria espécie.

Confira o vídeo das plantas de Sam:

 

Fonte: https://revistagalileu.globo.com/

Foto: Reprodução

10 livros divertidos e interessantes que você precisa ler!

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Conheça aqui uma indicação de dez obras interessantes e divertidíssimas que você precisa ler, se ainda não leu, da nossa literatura e da literatura estrangeira. Se já leu e gostou, recomende-os aos seus amigos – afinal, uma boa história deve ser sempre compartilhada!

 

1. O Meu Pé de Laranja Lima – José Mauro de Vasconcelos

Editora : Melhoramentos; 1ª edição (1 maio 2019)

 

Ele não sabia o que o céu significava pra mim.” Uma história linda, emocionante, que pode fazer brotar lágrimas nos olhos do leitor mais insensível. José Mauro de Vasconcelos é um dos escritores brasileiros menos lidos, o “Meu Pé” é sua obra mais conhecida, e que, inclusive, ganhou continuações. O protagonista é o pobre e travesso menino Zezé, que aprendeu a duras penas as dificuldades da vida. Lembre-se de deixar o lencinho sempre à mão quando for lê-lo.

 

 

 

 

 

 

 

2. O Grande Mentecapto – Fernando Sabino

Editora : Editora Record; 1ª edição (29 junho 2020)

 

“Oh Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais!” Um aventura deliciosa, inesquecível, com gosto de infância e nostalgia por Minas Gerais, uai! O incompreendido Geraldo Viramundo parte numa viagem rocambolesca, e se mete nas mais variadas confusões. A única coisa que faltou neste livro são os personagens comendo pão de queijo… Garantia certa de boas gargalhadas!

 

 

 

 

 

 

 

3. A Pata da Gazela – José de Alencar

ASIN : B089FVM28N

Já sei: lá na escola mandaram você ler Iracema. Você não entendeu nada do livro e ainda ficou traumatizado. Pois A pata da gazela vai destraumatizá-lo querido leitor. É um livro leve, divertido, bem escrito e com final surpreendente! A obra do Alencar é domínio público, isso significa que você encontra esse e outros títulos dele em e-book para baixar. Se você duvida faça o teste aí!

 

 

 

 

 

 

 

4. Contos de Aprendiz – Carlos Drummond de Andrade

Editora : Record; 53ª edição (1 janeiro 2001)

Drummond é conhecido principalmente pela sua poesia, mas poucos sabem que ele também foi cronista e contista. É inacreditável quando o próprio poeta diz que estava “experimentando” a arte da narrativa curta quando lemos seus contos. A bem da verdade, ele já possuía o domínio da pena ao entrar no mundo dos contos e crônicas que, aliás, na sua época ele foi amigo dos grandes escritores do gênero, como Sabino e Rubem Braga. Vai que eles deram uma forcinha pra ele e não sabemos né?!

 

 

 

 

 

 

 

 

5. Manuelzão e Miguilim – João Guimarães Rosa

Editora : Nova Fronteira; 11ª edição (23 outubro 2008)

Obra que abre a saga Corpo de Baile de Guimarães, mais especificamente Campo Geral, é uma novela deliciosa e comovente que narra a história do menino Miguilim, que ao final da saga retorna adulto como Miguel. João Guimarães Rosa é o escritor que soube trazer o sertão para a literatura de uma maneira que nenhum outro o fez. Há poesia, drama, ação, filosofia e misticidade em suas obras. Caro leitor, o menino Miguel vai deixar você com vontade de entrar dentro do livro e dar um abraço nele, ou trazê-lo para casa. Um dos livros mais lindos escritos por Rosa, e um dos mais belos da literatura brasileira.

 

 

 

 

 

 

 

Confira o restante da lista neste site, no qual retiramos as informações!

As imagens foram retiradas do amazon

Carlos Andreazza se despede da bandnews

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O jornalista, comentarista da BandNewsFM, editor-executivo do Grupo Editorial Record, colunista do jornal O Globo, Carlos Andreazza, surpreendeu a todos na manhã desta sexta-feira (dia 08), em sua coluna “Tem método” ao anunciar que não faria mais parte da rádio. Ele participava do Jornal da BandNews FM para toda a rede e também no BandNews FM Rio.

Quem anunciou a saída do jornalista foi a Editora Executiva de Jornalismo da Rede BandNews FM e Apresentadora, Sheila Magalhães, na qual, é uma das responsáveis pela sua contratação pela emissora quando Andreazza deixou a Jovem Pan há pouco mais de 1 ano: “O Andreazza hoje encerra sua participação aqui na bandnews fm, depois de mais de 1 ano de colaboração, de comentários, análises e de parceria”. Ela não deu maiores detalhes, mas disse que o jornalista seguiria com seus novos desafios!

Mais tarde, Andreazza postou em seu perfil no twitter, a sua despedida, também sem dizer muitos detalhes, porém afirmando que foi uma decisão “madura e pensada”:

Ninguém sabe ao certo o que aconteceu com o comentarista, se ele foi despedido, se deixou a Band para seguir carreira independente ou em outra emissora. O fato que o jornalista carioca é elogiado pela maneira clara e objetiva com que faz os seus comentários junto à rádio e também é criticado pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro pelas críticas ao atual governo. 

Andreazza foi uma aposta da família Saad, após a marte do âncora e comentarista Ricardo Boechat.  Recentemente, ele fez uma análise que causou bastante repercussão nos chats e comentários do canal da Bandnews ao dizer que: “Bolsonaro confessa publicamente a própria incompetência” e em sua última coluna à rádio, fez severas críticas à atuação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello ao falar “sobre compra da CoronaVac pelo governo federal“.

Imagem: Reprodução

 

Professor dá resposta perfeita a alunos que perguntaram se ele é gay

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O caso aconteceu em 2016.

Vitor Fernandes, professor do Rio de Janeiro, teve sua orientação sexual questionada por uma aluna em sala de aula. A jovem estava curiosa para saber se ele era gay.

A resposta poderia ser um “sim” ou “não”, mas o professor resolveu ir além e usou a sua página do Facebook para abordar o assunto.

A partir do questionamento inicial da aluna, Vitor Fernandes resolveu estimular os outros estudantes perguntando os motivos que os levavam a questionar a sua orientação sexual — eles também estavam curiosos. Tudo em uma conversa clara, aberta, e sem ofensas.

Dessa forma, o professor agarrou a oportunidade e aproveitou a aula para debater os estereótipos associados ao que é “ser homem heterossexual”.

Foi então que os alunos apontaram alguns comportamentos que acreditam mostrar a orientação sexual de uma pessoa. Imediatamente, o professor foi listando no quadro da sala de aula.

No mês passado, Vitor relatou em sua rede social o ocorrido. A postagem já acumulou 95 mil curtidas. Veja abaixo:

Professor, o senhor é gay?

Já ouvi essa frase algumas vezes. Uma vez por ano ao menos algum aluno pergunta. Na verdade, geralmente alunas. Como já ouvi várias vezes e sempre me intriguei com o porquê da pergunta e, hoje, a pergunta veio de uma aluna de uma turma de 1º ano no meu CIEP, em Inhoaíba, resolvi usar Paulo Freire e partir do concreto para o abstrato.

Parei a aula e mudei o tema para “gênero e sexualidade” (estudávamos antropologia, então é pertinente). Usei a pergunta da aluna e a mim mesmo como exemplo.

Perguntei a ela o que a levou a fazer a pergunta. Qual era o motivo da suspeição da minha homossexualidade? A aluna não quis responder, com medo de uma reação negativa ou até agressiva minha, como é bastante comum na sociedade. Insisti e ela começou a falar. Daí todos os alunos se interessaram muito e começaram a falar também os motivos de suas suspeitas.

Resolvi, para ser didático, anotar no quadro os motivos para debater um a um.

Os motivos, que para eles são características da homossexualidade que eu tenho, foram os seguintes:

– Uma aluna me deu mole e eu não “peguei”.

– Coloco às vezes a mão na cintura

– Gestos e fala característico de homossexual (segundo dois garotos apenas)

– Não fala de relacionamentos, namorada, nem da vida pessoal, o que fez no fim de semana, etc. E outros profs falam…

– Sou professor novo, moderno, simpático. Isso n é característica masculina.

– Tem outros alunos comentam que eu sou gay

– Sou vaidoso, me cuido esteticamente.

– Quando os alunos me perguntaram se eu era gay, não neguei agressivamente, mas debati o assunto. Só no final disse que não era. Não provei que era hétero mostrando fotos minha com alguma namorada, etc

– Não sou machista

– Tenho 30 anos, não casei e não tenho filhos. Todas as pessoas de trinta anos que eles conhecem já casaram e tiveram filhos. Só gays chegam aos 30 sem casar.

– Tenho amigos gays.

Sim, a lista foi longa (rs) e os instiguei a falar tudo.

Não é difícil deduzir que os pressupostos (anotados no quadro tb) dessas falas são:

– Homem que é homem, pega aluna, não rejeita mulher.

– Homem que é homem não coloca a mão na cintura.

– Homem que é homem fala das mulheres que “pega”, “prova” que é homem através de fotos com mulheres.

– Professor hétero não é simpático. Simpatia não é característica masculina.

– Homem que é homem não é vaidoso.

– Homem que é homem nega com veemência a homossexualidade, como se fosse um crime. E é obvio que homem de verdade não debate esses assuntos, muito menos usando a si mesmo como exemplo.

– Homem que é homem é machista.

Obs.: como eu queria as feministas “linha dura” que me acham O escroto machista lá naquela sala pra debater isso com eles. rsrs

– Homem de verdade casa antes dos 30 e tem filhos antes disso.

Talvez você se pergunte o porque eu não neguei com veemência e encerrei o assunto? Por que debati algo pessoal com adolescentes de 15 anos em média?

Primeiro: qual o problema em ser gay? Porque negar isso com veemência? É crime? Imoral? Não. Ser gay ou hétero para mim é como ser flamenguista ou botafoguense. Não tem nada de bom ou ruim em nenhum dos dois.

Segundo: Acho que foi a melhor das oportunidades de debater um assunto tão delicado e proporcionar o acesso à uma outra visão de mundo aos alunos.

Não. Não sou gay rs e fiquei impressionado com a visão estreita de gênero e sexualidade de adolescentes me pleno 2016, tão limitada e machista. E fiquei imaginando a feroz repressão que os homossexuais sofrem no dia-a-dia.

Por outro lado é compreensível os alunos terem essas concepções na cultura onde estão inseridos.

Como assim vc tem 30 anos e não casou se as meninas têm filhos aos 15 às vezes? rs

Como assim vc não pega aluna que te dá mole? Só pode ser viado rs

Eu resolveria facilmente o “problema” mostrando foto com alguma mulher com que fiquei, mas porque eu me preocuparia em provar a heterossexualidade como quem prova a inocência. Por que usaria uma mulher como prova de algo?

Pode parecer engraçado para muita gente ler isso, e pra mim foi. Muito, rs. Mas para eles não. É o que pensam mesmo. Parece anos 1940, mas é 2016…

Imaginem se o projeto “escola sem partido” continua avançando como está. Voltaremos às trevas em pouco tempo.

Precisamos debater gênero e sexualidade nas escolas, mais do que nunca!

O machismo é opressor com os homens também, se liguem nisso!

Obs.: Hoje fui trabalhar com uma camisa rosa. Aí ferrou… rs

 

*com informações do jornal O Tempo e do site o Pragmatismo Político

Confira a seguir, a postagem original: