Eu só sei que alguma coisa mudou dentro de mim no momento em que aprendi a aceitar as minhas emoções como caminhos para aprendizados, e não como tempo perdido…
Eu só sei que alguma coisa mudou dentro de mim no momento em que aprendi a aceitar as minhas emoções como caminhos para aprendizados, e não como tempo perdido. Não sei se isso me tornou uma pessoa mais madura, mas tenho certeza que acalmou bastante a ansiedade no meu coração. E é a partir dessa nova moldura que vivo o hoje e que tento reparar nas pessoas e situações ao meu redor.
Quantos minutos, horas, dias, semanas ou meses vai durar essa capa protetora de intensidade, não tenho nenhuma ideia. Mas é reconfortante conseguir retomar um estado de poesia sobre os pensamentos, ideias e planos que quero trilhar. Ainda assim, eu sei bem – a vida tem os seus próprios encontros. Ela se move depressa e perder e ganhar é questão de saber observar.
Às vezes é complexo. Às vezes é simples.
Outro dia fiquei pensando no significado de tanta inquietude da minha alma. Não descobri muito. Ainda. Em vez disso, acabei precisando processar dores, cicatrizes e escolhas passadas. O que parecia ter se transformado num exercício de autossabotagem, terminou sendo o início de uma terapia, de uma conversa interna que já era pra ter acontecido há muito tempo. Não foi fácil, mas foi o suficiente para que eu conseguisse respirar e meditar.
Foram lágrimas no chuveiro e algumas mortes das minhas falhas e faltas. Menos dramático do que parece, eu aprendi a renascer. Sem certo e errado. Sem querer a perfeição ou o desapego da minha vulnerabilidade. Eu tenho a capacidade e a parceria de ser mais atenção e carinho comigo.
Faço o melhor que não se importar e isso é tudo pra mim. Estou abraçando as minhas tristezas sem desrespeitar a minha sede de ser feliz. E por agora é o que consigo lidar.
Talvez seja quase unânime a ideia de que ser carinhoso, ou carinhosa, é algo muito positivo. E de fato, é. No entanto, ninguém sai abraçando e beijando todo mundo.
Em adultos, o carinho, em termos de contato físico, é comumente restrito ao círculo social de pessoas mais próximas. Isso é muito fácil de verificar. Acontece que – se você é pai ou mãe – talvez esteja obrigando o seu filho pequeno, sem perceber, a acreditar que manter contato físico com alguém, qualquer pessoa, o torna “melhor”, mais aceito, mais bonzinho. E você pode estar fazendo isso, ao ter uma atitude, aparentemente, inofensiva: obrigando-o a beijar e abraçar, ou ir no colo de estranhos.
Aqui uma ressalva: para a criança a intimidade é algo restrito às pessoas que ela convive intensamente. A mãe, o pai, os familiares mais próximos, um ou outro colega de escola. Mesmo que você acredite que aquele parente não é um estranho, aprenda a ver pelos olhos da criança, e perceberá que o familiar é um ilustre desconhecido para ela.
NINGUÉM É OBRIGADO
É comum que as pessoas acreditem que os pequenos têm obrigação de abraçar e beijar todo mundo que pede. Mas pense um pouco sobre a mensagem que está passando à ela.
De novo, vale a empatia: são crianças, em plena formação física, emocional, neurológica, etc. Elas estão aprendendo, todos os dias, sobre como funciona o mundo, quem são elas, como devem se comportar, quais são as regras sociais…
E esse ensinamento pode ser algo tão profundo, que uma criança que aprendeu que pode ser tocada ou que deve tocar – por obrigação, uma outra pessoa – está aprendendo que a vontade dela não deve ser respeitada, e que o corpo não é dela.
Parece absurdo pensar isso de uma atitude tão inofensiva, como beijar ou abraçar uma criança – afinal de contas, uma convenção social como cumprimentar alguém de modo mais “carinhoso”, é algo que faz parte, e sempre fez, da nossa cultura. No entanto, não deveria.
SER EDUCADO E GENTIL NÃO SIGNIFICA TER CONTATO FÍSICO
Se a criança fala que não quer ter contato físico com outra pessoa, ela deve ser respeitada sempre. Com isso, você pai ou mãe, ensina a ela que o corpo dela não pode ser tocado e que ela não deve aceitar que a toquem ou que peçam isso a ela, por obrigação.
Crianças são seres humanos, e precisam ser tratadas como tal. Elas devem aprender – porque é de pequeno que se ensina essas coisas – que o corpo é delas, e que não deve ser tocado por obrigação ou aceitação, que ser educado e gentil não significa ter contato físico com ninguém, que ela sempre vai poder contar com a empatia dos pais sobre as necessidades delas, e que o contrário disso é desrespeito e agressão.
Por isso, quando aquela tia ou prima distante aparecer em uma festa de família pedindo um beijo para seu filho, pense duas vezes na hora de dizer para a criança fazer isso, e prefira sempre perguntar se ela quer. O mais importante, nesse caso, é respeitar a vontade da criança, e não se ater a uma imposição social, que não faz o menor sentido.
Há quem diga que estar solteiro não é sinônimo de solidão. É verdade, você não precisa de outra pessoa para ser feliz, pois a felicidade está dentro de você; nos seus projetos e em suas conquistas, na sua saúde e em sua família. Por outro lado, já ouvi gente feliz dizer que gostaria de ter alguém, um amor para compartilhar a vida e os sonhos. E explicam que estão sozinhos por falta de opção, porque está cada vez mais difícil encontrar alguém que esteja disposto ao amor e ao relacionamento.
Excetuando os solteiros convictos, aquelas pessoas que escolheram não ter um compromisso com alguém, os sozinhos que ainda não encontraram seu par costumam sentir certa confusão quando a tristeza lhes invade. E quanto mais tempo passa, o amor se torna uma decepção.
O problema é que a desilusão fecha as portas para novas possibilidades. Ao fim do dia, acostumado a voltar sozinho para casa, para sua cama onde não há risos nem vozes, apenas o silêncio de estrelas distantes, você se acomoda. E também se questiona “O que eu tenho de errado?”.
Você perde o sono, perde o tempo que poderia aproveitar enquanto se afoga em dúvidas. Sua página em branco lhe espera, mas você hesita. É… dá medo.
Veja. O amor requer coragem e disposição. Amar é ousadia. Se você não estiver disposto a fazer um relacionamento dar certo, pode ser que ele nem comece.
Por outro lado, ao conhecer alguém interessante, se você for com muita sede ao pote, acaba sufocando aquele que não consegue administrar suas expectativas e sua carência afetiva. Por isso, precisa deixar as coisas acontecerem naturalmente.
Pode parecer paradoxal, mas o enlaço entre duas pessoas precisa vir do desprendimento delas, de uma independência dos dois, mas sem individualismo. Porque no mundo cada vez mais individualista em que vivemos, onde estamos nos perdendo uns dos outros e até mesmo de nossos próprios anseios, estamos nos acostumando a relações superficiais e rápidas, que camuflam a essência do amor. Estamos até correndo o risco de desistir de amar.
É certo que essa maturidade exige esforço e compreensão. E por mais que você queira ter a companhia de alguém, você também já sabe o que não quer. Não se permite se entregar a alguém que não ouve os seus desejos e não se interessa por sua vida, e que não ri contigo das loucuras que você pensa. O que você procura é alguém que te impulsione para frente, alguém que faça valer a pena deixar de ser solteiro.
Enquanto isso, você se dedica ao trabalho e às viagens que deseja fazer. Lê poemas, mesmo sem os entender totalmente. Procura olhar nos olhos mais vezes que olha para a tela do seu celular. Faz exercícios físicos regularmente. Pratica a paciência. Pratica a paciência outra vez. Cuida do seu animal de estimação. Ri até chorar. Depois chora até o peito parar de doer.
Salve seu coração. Não há nada de errado contigo. Também não há nada de errado em querer alguém que sinta a simplicidade da vida nas entrelinhas, um ser imperfeito como você e que desperte em ti a vontade de ser uma pessoa melhor a cada dia.
Não tem problema se outras pessoas não entendem por que você é seletivo. Desde que a seletividade não o impeça de perceber que o amor é possível. Confie nas suas escolhas. Seja espontâneo. Converse com as estrelas quando elas forem as únicas a lhe fazerem companhia.
É como uma oração. Um dia você saberá… Um dia alguém vai aparecer na sua vida e te fará entender por que você esteve sozinho até agora.
“O Menino do Pijama Listrado” é um filme ambientado na Alemanha nazista, baseado no livro de John Boyne, publicado em 2006. O livro narra a história de duas crianças que se encontram em um ambiente hostil. Um deles é filho de um soldado nazista de alto escalão (Bruno) e o outro é uma criança judia (Schmule). Ambos foram criados com valores e ideologias diferentes, mas o amor de um amigo era mais valiosos do que isso .
Em pleno holocausto, essas crianças deixaram suas ideologias de lado e começaram uma bela amizade cercada por uma enorme inocência que os levou a ter o relacionamento mais aplaudido e lembrado na tela grande. E por que todo esse sucesso? É que a história fala sobre a era mais desagradável, humilhante e horrível que a humanidade viveu. No entanto, e dada a posição existencial de cada criança, nada disso importava e os laços de amizade a cada dia mais se fortaleciam.
Psicologicamente, cada personagem tem uma perspectiva diferente do mundo ao seu redor. Então conheceremos em profundidade o comportamento dos personagens, especialmente o dos pequenos.
“O Menino do Pijama Listrado”: O que passava pela mente de cada um? A sociedade está envolvida em muitos problemas e o que gerou essa falta de controle se baseia principalmente em nosso comportamento. Quando criança, um dos valores mais prevalentes foi a honestidade e a consciência, isso nos fez ver o mundo com olhos de igualdade, sem diferenças ou superioridade. Portanto, a conexão com o filme e as crianças ganhou força na platéia. Mas como eles superaram suas diferenças do ponto de vista psicológico? Aqui está uma explicação:
O garoto de pijama listrado – Bruno, 8 anos Bruno é um personagem do filme, criado em um ambiente de ideologia nazista. Seus valores se concentravam em ver o outro como um inimigo da morte e, se ele era judeu, o sentimento era maior. Sua família era composta por um pai de alto escalão nas fileiras nazistas. Sua mãe, uma mulher convencional que seguiu as instruções do marido.
Sua irmã, em plena puberdade, muda o mundo das bonecas com símbolos nazistas e adota um comportamento alinhado à ideologia. O garoto Bruno, enquanto isso, é tão inteligente e atento que pode percebe certos conflitos e mudanças na família. Não apenas morava em uma casa nova, mas às novidades que o cercavam.
Sua curiosidade o leva ao fundo da fazenda, onde encontra Schmule, o garoto de pijama listrado. Ao vê-lo, ele percebe outros elementos além dele, como suas roupas, que não tinham cabelos e estavam desnutridos. Por tudo isso, o garoto Bruno procura ajudá-lo e cria uma bela amizade cheia de conflitos e dúvidas. No entanto, Bruno viu além e encontrou um novo amigo naquela vida desolada que ele tinha.
Por que isso aconteceu? Quando crianças, nosso comportamento é diferente de quando crescemos. Esquecemos as diferenças e nos concentramos em ser felizes. Para eles, esse processo de busca de bem-estar é mais simples, porque eles veem tudo igual. Não há discriminações e sua mente está focada em fazer amigos. Eles não vêem ideologias e seus valores se concentram na amizade, no compartilhamento e na ajuda.
“UMA COISA É CERTA, FICAR SE SENTINDO MISERÁVEL, NÃO TORNARÁ AS COISAS MAIS ALEGRES”.
O garoto de pijama listrado – Schmule, 8 anos Para Schmule, a vida era diferente. Sua infância foi perturbada desde tenra idade, vivendo com medo a cada segundo. Mas esse sentimento desapareceu em segundos quando ele fortaleceu os laços com Bruno, seu amigo atrás das grades. Em sua mente, havia um bloco geral de tudo o que havia acontecido ou o que poderia acontecer.
No caso de Schmule, não havia espaço para planejamento futuro nem para viver um presente feliz . Não enquanto ele estava trancado em sua realidade. Bruno o fez escapar dela, fazendo com que qualquer ideologia existente desaparecesse. Para eles, sua amizade era superior a qualquer distância, barra ou valores propagados.
Essa criança tinha traumas e cicatrizes difíceis de curar por conta própria. A amizade com Bruno fez com que se sentisse valioso, fora de perigo e com muita coragem. Essa combinação de sentimentos e valores gerou uma força incrível que os levou a morrer juntos. Obviamente, sob o manto de uma bela amizade que superou qualquer tipo de obstáculo, mesmo o do Holocausto. O garoto de pijama listrado Como foi seu comportamento?
A infância de cada criança foi semelhante, sua maneira de agir e se comportar explica que suas vidas foram marcadas por ódio, confusão e desespero . Embora em Schmule, a criança judia, seus valores não tenham mais valor ou significado. Para ele, medo e confusão foram os que invadiram sua mente, gerando esse comportamento. Para Bruno, que brigou entre o que sua família lhes contou e o que viu, houve apenas confusão.
Aqui a honestidade prevaleceu porque ele entendeu o que era bom ou o que ele podia fazer e o que não era . Ele entendeu que deve fazer o que diz e não prometer algo que não será capaz de realizar. Ensinar esse valor às crianças é essencial e formará conhecimento, habilidades, sentimentos e emoções nelas. Tudo isso os levará a serem honestos.
“TEMOS QUE PROCURAR FAZER O MELHOR DE UMA SITUAÇÃO RUIM”.
Os psicólogos recomendam que a infância não seja perturbada por ideologias que apenas confundem e moldam uma criança de forma errada. É essencial transmitir-lhes valores e deixá-los crescer para que eles decidam com mais firmeza o que querem ser. Se você tiver problemas com seus filhos, procure os profissionais de psicologia que o guiarão para superar com mais segurança essa crise e o comportamento dos pequenos da casa.
Traduzido e adaptado do site Mente Assombrosa, escrito pela psicóloga venezuelana Cilaura Vilchez.
Um cachorro escuta quatro vezes melhor que uma pessoa. Assim escuta a 8 metros o que o homem só escuta a 2 metros. Ele detecta a origem do som com precisão, em apenas 0,06 segundo.
Você nem entrou em casa e o cachorro já ouviu você chegando. Você mal acordou, pisou o pé dentro do chinelo e o cachorro já corre para a porta do seu quarto. Você vive querendo entender o que ele está descobrindo – porque ele flagra os sons de insetos, da água correndo, do vento mudando a sua direção, dos subterrâneos, das paredes. Escuta o que até aquele instante parece invisível.
De repente, a cabeça dele se inclina para um lado, como se ele estivesse de pé, em vigília, por um novo movimento. É um profeta do que surgirá. Pois alcança uma frequência entre 10 a 40.000 Hz, inacessível para a escala humana, presa entre 16 e 20.000 Hz.
Não são fantasmas, são ruídos vivos se formando em grandes distâncias.
O cachorro prostra-se em sentinela e late para algo que não aconteceu. Só não aconteceu para você, para ele aconteceu.
Antes do celular tocar, ele olha para o seu celular. Antes de algum objeto quebrar no chão, ele olha para os seus braços. Antes do interfone vibrar, ele olha para o interfone.
O cão tem uma hipersensibilidade auditiva. Um relâmpago é um terremoto para ele. Uma colisão de carros ao longe é uma colisão de trens.
O cachorro escuta, inclusive, a sua lágrima, antes de cair, o batimento do seu coração alterado, uma dor antes de ser palavra, e vem lamber o seu rosto e lhe oferecer conforto.
Dá para entender agora a violência que são os fogos de artifício para os cachorros?
As pessoas estão tão imbuídas no sistema estabelecido que não conseguem conceber alternativas aos critérios impostos pelo poder.
Para conseguir isso, o poder usa o entretenimento vazio, com o objetivo de aumentar nossa sensibilidade social e se acostumar a ver a vulgaridade e a estupidez como as coisas mais normais do mundo, incapacitando-nos de alcançar uma consciência crítica da realidade.
No entretenimento vazio, explora-se ao máximo a mesmice de conteúdos sem nexo, como se pode ver constantemente na televisão ou na exploração massiva de shows musicais com “cantores” pre fabricados para esses fins. O futebol também serve como objeto de alienação, sendo assim, através deste, uma maneira eficaz que tem o sistema estabelecido para abortar a sociedade.
Nesta subcultura do entretenimento vazio, o que é promovido é um sistema baseado nos valores do individualismo possessivo, no qual a solidariedade e o apoio mútuo são considerados algo ingênuo.
No entretenimento vazio, tudo é projetado de modo que o indivíduo suporte estoicamente o sistema estabelecido sem questionar. A história não existe, o futuro não existe; apenas o presente e a satisfação imediata que o entretenimento vazio procura.
Por isso, não é estranho que proliferem os livros de auto-ajuda, o autêntico slop psicológico, ou o misticismo de Coelho, ou variantes infinitas do clássico “como se tornar um milionário sem esforço”.
Em última análise, o que está envolvido no entretenimento vazio é a ideia de nos convencer de que nada pode ser feito: que o mundo é como é e é impossível mudá-lo, e que o capitalismo e o poder opressor do Estado são tão naturais e necessários como a força da gravidade em si. É por isso que é comum ouvir: “É algo muito triste, é verdade, mas sempre houve oprimidos pobres e ricos opressores e sempre haverá. Não há nada que possa ser feito “.
O entretenimento vazio alcançou a extraordinária façanha de tornar os valores do capitalismo também os valores daqueles que são escravizados por ele. Isso não é algo recente, La Boétie, no longínquo século 16, viu isso claramente, expressando seu estupor em seu pequeno tratado Sobre a servidão voluntária, em que ele afirma que a maioria dos tiranos perdura apenas devido à aquiescência de próprio tiranizado.
O sistema estabelecido é muito sutil, com suas estupidências forja nossas estruturas mentais e, para isso, usa o púlpito que todos temos em nossos lares: a televisão. Nela não há nada que seja inocente, em todos os programas, em todos os filmes, em todas as notícias, sempre exala os valores do sistema estabelecido, e sem perceber, acreditando que a vida real é assim, eles introduzem seus valores em nossas mentes.
Entretenimento vazio existe para esconder a relação óbvia entre o sistema econômico capitalista e as catástrofes que assolam o mundo. É por isso que há a necessidade de um espetáculo vazio: de modo que enquanto o indivíduo se recusa a chafurdar no lixo que o alimenta na televisão, ele não vê o óbvio, não protesta e continua a permitir que os ricos e poderosos aumentem seu poder e riqueza. enquanto os oprimidos do mundo continuam sofrendo e morrendo em meio a existências miseráveis.
Se continuarmos permitindo que o entretenimento vazio continue modelando nossas consciências e, portanto, o mundo à vontade, isso acabará nos destruindo. Porque o seu objetivo não é outro senão criar uma sociedade de homens e mulheres que abandonam os ideais e aspirações que os tornam rebeldes, para se contentarem com a satisfação de necessidades induzidas pelos interesses das elites dominantes. Assim, os seres humanos são despojados de toda a personalidade, transformados em animais vegetativos, sendo completamente desativados a velha ideia de lutar contra a opressão, atomizada em um enxame egoísta desenfreado, deixando as pessoas sozinhas e desligadas umas das outras mais do que nunca, absorvidas a exaltação de si mesmas.
Assim, dessa forma, os indivíduos não têm mais energia, para mudar as estruturas opressivas (que não são percebidas como tal), não têm mais força ou coesão social para lutar por um novo mundo.
No entanto, se quisermos reverter essa situação de alienação a que estamos sujeitos, apenas à luta permanece como sempre, só podemos nos opor a outros valores diametralmente opostos aos do vazio, para que surja uma nova sociedade. Uma sociedade em que a vida dominada pelo absurdo do entretenimento vazio é apenas uma lembrança dos tempos estúpidos em que os seres humanos permitiam que suas vidas fossem manipuladas de maneira tão obscena.
Artigo escrito por Fernando Navarro do site La Haine
*Não conseguimos identificar a autoria de algumas imagens usadas neste post.
Se você é rico, mas não é feliz terá que encontrar a sua verdadeira felicidade de outra maneira. Se for famoso, mas tem a impressão que está fazendo a coisa errada, mesmo obtendo êxito no que faz, terá que mudar a sua vida e fazer tudo diferente. Se estiver mantendo um relacionamento há anos, mas não tem certeza que realmente é a pessoa que quer passar o resto dos seus dias, então caia fora enquanto há tempo…
Jornalista, Sertanista, Comendador, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.
É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…
É ruim ter que dizer isso, né? O mundo parece que acaba naquele instante.
Você ter que concordar com algo que na verdade não queria concordar. Mas você concorda mesmo assim porque não tem outra escolha. Fazer o quê?
Às vezes, a gente quer tudo; ser famoso (a), ter muito dinheiro, ter várias namoradas (os), ser importante, ser feliz e esquece que nem tudo é do jeito que queremos. Logicamente não existe esse lance de predestinação. Acho que sonhos são conquistados e não herdados. Se quiser ser algo tem que lutar para ser e não aceitar que seu destino foi traçado e que você não pode mudá-lo porque alguém quis assim.
O que não pode é ser tudo ao mesmo tempo.
Se você é rico, mas não é feliz terá que encontrar a sua verdadeira felicidade de outra maneira. Se for famoso, mas tem a impressão que está fazendo a coisa errada, mesmo obtendo êxito no que faz, terá que mudar a sua vida e fazer tudo diferente. Se estiver mantendo um relacionamento há anos, mas não tem certeza que realmente é a pessoa que quer passar o resto dos seus dias, então caia fora enquanto há tempo…
Não deixe as coisas criarem raízes para retirá-las da sua vida, pois a dificuldade é maior depois para removê-las.
A felicidade está onde você se sente bem. E está com quem você se sente bem. Felicidade é ter sempre razão para sorrir. É viajar, falar besteira, encontrar com os amigos, tomar uma (cerveja) no barzinho da esquina, beijar na boca, fazer amor… enfim, ser feliz é fazer o que nos faz bem.
É simplesmente viver…
Mas temos que estar preparados para a infelicidade também, porque, se para ser feliz basta viver, para ser infeliz também.
Então, quando as coisas não saírem do jeito que você planejou, apenas diga: “Então tá, né! Fazer o quê?”
Jornalista, Sertanista, Comendador, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.
É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…
Precisa, sim. Você precisa ser legal. O mundo já tem canalha demais fazendo das suas por aí. Quem já era mau soltou o freio de mão e despencou ladeira abaixo rumo à mais pura e simples safadeza. Agora anda cruel em franco descaramento. A quem ainda resta um pouquinho de consciência, é urgente cometer bondades em brutal atrevimento.
Tem gente por aí achando bonito ser grosseiro, brigão, vingativo. Não, isso não é bom! Tanta desculpa de “bateu, levou” e tanto pretexto de “olho por olho” fazem de nós pouco menos que bichos tomados de raiva, perdidos no caminho, sem rumo e sem jeito de voltar para casa. Passou da hora de contrabalançar essa história.
Não se pode estar à vontade onde tanta gente perdeu o pudor de agredir. Não se pode concordar com quem disfarça de “democracia” a mais descarada sanha de defender a tortura, a homofobia, o fascismo. Ninguém tem o direito democrático de defender o racismo, por exemplo, como se falasse de uma mera preferência inofensiva. Para escrotidão não há tolerância possível.
Ninguém precisa ser legal com todo mundo, não. Sobretudo com quem, por descuido ou por maldade, anda à vontade no papel de malfeitor. É urgente mandar às favas quem botou pra fora as asinhas fascistas. Sem medo de perder um “amigo” aqui e ali. Que vão! Se você acredita no que diz e no que pensa, não há o que perder. Já vai tarde quem acha justo manipular, mentir, inverter valores. Repudiar um comportamento criminoso não é intolerância. É decência. E ninguém precisa se sentir culpado por ser decente.
Tem gente em todo canto agindo como se os incapazes de aceitar que o vizinho espanque a mulher fossem os reais canalhas, só porque não respeitam a “intimidade” do casal. Não pode, não.
Quanta gente fazendo sujeira à luz do dia, bandalheira em frente às câmeras, safadeza com plateia! Quanta gente se orgulhando de ser vil sob o aplauso de quem não se importa de ser torpe. Alguém precisa fazer alguma coisa e precisa fazer já.
Mãos à obra! Sem mais o quê, com toda a honestidade de nossa alma, sejamos delicados petulantes. Gentis insolentes! Simpáticos desaforados! Provoquemos arroubos de gratidão em toda gente que nos cruzar o caminho!
Assim, incapaz de ignorar nossas demonstrações de afeto, toda pessoa perdida em crueldade que ainda tiver um restinho de bondade no coração haverá de nos ouvir. E então, bombardeada de afeição, ela será obrigada, senão a revidar com mais afeto, a pensar no assunto com seriedade.
Sejamos firmes e um milagre há de acontecer à luz do dia, despudorado e incrível. Será uma graça despencada do céu sobre nós. Um milagre bonito, desses que acontecem quando a gente se vê no outro, se reconhece em seus acertos, se envergonha dos erros alheios. Um milagre de empatia e compaixão. Sejamos assim.
Sem pretensão nenhuma de santidade, sem o menor desejo de agradar o planeta inteiro, sejamos bons, façamos melhor.
Não é preciso ser legal com todo mundo. É preciso ser legal! E isso quer dizer que uns vão gostar, outros vão odiar. Não importa. Façamos assim mesmo o que acharmos certo. Nem que seja só para ver o que acontece, sejamos legais! Façamos uma força, tentemos. Sejamos melhores do que somos agora. E depois a gente vê o que faz.
Ninguém se apaixona pela pessoa errada, a verdade é que inventamos expectativas e ilusões maravilhosas com relação a quem estamos envolvidos.
Essa coisa de amor à primeira vista, não sei, não entendo. Isto nunca aconteceu comigo, talvez por acreditar que amor não é encantamento, mas sim, vivência. Desconfio de coisas fantásticas demais. Perdi a ilusão com os contos de fadas, quando descobri que tapete mágico servia apenas para deslizar, que castelo era solitário demais e que príncipe não passava de um homem normal qualquer. Percebi que tudo que li nos romances ou assisti na TV, apenas foram inventadas para nos fazer sonhar e aliviar algumas rotinas.
Desilusão não faz ninguém amargo, é você que permite se envenenar. Desilusão serve para amadurecermos e crescermos também.
Até as negatividades da vida são lições para melhorar o nosso eu. Inventamos, criamos e vivemos nossos dias. Todo mundo cria expectativas em relação às pessoas e à vida.
Nem sempre somos pés no chão como deveríamos, porque criamos ilusões e investimos nessas falsas realidades. Quando estamos apaixonados ou encantados por alguém, vemos beleza onde não tem, vemos humor em piadas sem graça e qualidades demais onde não existe, porque os sentimentos têm essas cegueiras estranhas.
Às vezes, levamos muito tempo para perceber que aquele amor não passa de um gostar intenso, que aquele paquera não passa de mais uma bobagem, que aquela pessoa que você apostou até o último centavo, não passa é isso tudo. Criamos tantas expectativas em relação a alguém, que até inventamos para nós mesmas que é bom. Acreditamos em tantas ilusões perdidas, e não temos o controle disso, muitas vezes. Ainda não foi inventado um botão para deletar ilusões que inventamos e que servem apenas para nos trapacear, infelizmente.
Apaixonamos algumas vezes, talvez milhares de vezes, e cada ilusão é diferente, porque nossas perspectivasmudam de pessoa para pessoa. Inventamos um gostar íntimo para cada pessoa que passa em nossa vida e inventamos ilusões diferentes para cada um.
Ninguém é igual, similar ou genérico, cada pessoa é única e sem restrições, até que apareça algum mal-estar para atormentar.
A realidade é muito diferente daqueles contos de fadas. A desilusão marca a gente para sempre. Viver é acertar e errar; é apostar, ganhar e perder; é ser real e fantasia; é inventar ilusões boas e ruins; é trapacear e jogar… viver é também inventar problemas, principalmente, quando cismamos com alguém que não passa de ninguém.
Ninguém se apaixona pela pessoa errada, a verdade é que inventamos expectativas e ilusões maravilhosas com relação a quem estamos envolvidos. Quando nos envolvemos com alguém, não medimos o encantamento, muito menos prevemos se vai ser bom ou não; criamos ilusões para que essa pessoa se torne especial.
Eu não acredito em amor à primeira vista, é verdade, mas acredito piamente na possibilidade de um amor para sempre. Inventei muitas ilusões e vivi todas elas, e não me arrependo, porque quem não investe em um alguém especial, perde a chance de conhecer uma pessoa inesquecível ou não aprende a escapar de mais uma desilusão.
Como diz uma música que a Marília Mendonça canta: “Ninguém se apaixona pela pessoa errada, apenas se encanta por ilusões que ela mesma inventa.”