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Seleção de Poemas para o Dia dos Namorados

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Felicidade a todos os namorados!

Aos que estão felizes nesse momento, aos que já foram felizes, aos que terminaram, mas ainda querem voltar. Aos que se conheceram há pouco tempo, mas que se amam como velhos namorados. Aos solteiros, que sofrem silenciosamente, aos que ainda não perderam a esperança de encontrar um alguém, aos que sonham com a felicidade. Aos que lutam por ela. Felicidade também para os casados que não permitiram que a rotina, que as dificuldades da convivência pudessem alterar o amor que sentiam antes. Que mantêm a chama do amor desde o primeiro dia que se conheceram.

Enfim, parabéns a toda humanidade que precisa mais fazer amor, ter amor, construir amor.

Confira alguns poemas que se encaixam perfeitamente (nos braços e abraços) daqueles que se amam:

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Pensando em Você

Quando penso em você me sinto flutuar, me sinto alcançar as nuvens, tocar as estrelas, morar no céu… Tento apenas superar a imensa saudade que me arrasa o coração, mas, que vem junto com as doces lembranças do teu ser. Lembrando dos momentos em que juntos nosso amor se conjugava em uma só pessoa, nós… É através desse tal sentimento, a saudade, que sobrevivo quando estou longe de você. Ela é o alimento do amor que encontra-se distante… A delicadeza de tuas palavras contrasta com a imensidão do teu sentimento. Meu ciúme se abranda com tuas juras e promessas de amor eterno. A longa distância apenas serve para unir o nosso amor. A saudade serve para me dar a absoluta certeza de que ficaremos para sempre unidos… E nesse momento de saudade, quando penso em você, quando tudo está machucando o meu coração e acho que não tenho mais forças para continuar; eis que surge tua doce presença, com o esplendor de um anjo; e me envolvendo como uma suave brisa aconchegante… Tudo isso acontece porque amo e penso em você…

Desconhecido

Nota: Embora o poema seja habitualmente atribuído a William Shakespeare, não existem evidências acerca da sua autoria.

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Bilhete Se tu me amas, ama-me baixinho Não o grites de cima dos telhados Deixa em paz os passarinhos Deixa em paz a mim! Se me queres, enfim, tem de ser bem devagarinho, Amada, que a vida é breve, e o amor mais breve ainda…

Mario Quintana , Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 2005. p. 474.

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Vamos encher este mundo de amor

Vamos esvaziar todo estoque de mau humor,

De ódio, de falta de esperança, de azar, de pessimismo;

Vamos sabotar a mentira, o preconceito, o racismo,

A falta de empatia, o egoísmo;

Vamos abastecer os olhos de poesia,

O coração de melodia, o ar de alegria…

Vamos transmitir somente os bons sentimentos,

As boas notícias, o que realmente faz sentido;

Fazer de nosso jeito;

Espalhar o amor,

Viver as nossas diferenças

E respeitar o que não nos diz respeito.

Vamos, todos juntos, fazer diferente,

Reconstruir dessas ruínas da fatalidade,

Um mundo sem o instinto primitivo da maldade;

Agora é hora,

O universo nos dá uma nova chance

De viver com dignidade

Para construir um futuro diferente,

Sem olhar os erros do presente

E reconstruir uma nova realidade.

Leandro Flores

 

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Todas as vezes que te vi, nesses últimos quatro ou cinco anos, eu sempre me apaixonei por você.

Eu sempre estive pronta pra começar algo, pra tomar um café de verdade, pra passear de mãos dadas no claro, pra poder te apresentar ao sol sem receber mensagens de gente louca ou olhares curiosos, pra escutar uma piada nova.

E você sempre ignorou esse fato, seguindo seu caminho que sempre é interrompido pelo vazio da sua camiseta fedendo a churrasco.

Eu nunca vou entender. Eu nunca vou saber porque a vida é assim.

Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro.

Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais.

Eu só sei que agora eu vou tomar um banho, vou esfregar a bucha o mais forte possível na minha pele e vou me dizer pela milésima vez que essa foi a última vez que vou ficar sem entender nada.

Mas aí, daqui uns dias, igual faz há uns cinco ou seis anos, você vai me ligar.

Querendo pegar aquele cineminha, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor.

Me querendo no escuro. E eu vou topar.

Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer.

Apenas porque você me lembra o mistério da vida.

Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.

 

 

Tô com vontade de uma coisa que eu não sei o que é: Contos e crônicas

Tati Bernardi.

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Quero ser tua, quero que você seja meu.

Quero poder sempre te amar e ouvir o quanto sou amada,

quero poder acordar com você me enchendo de beijo ou simplesmente

acordar pra ver o quanto é lindo você dormindo.

Mas do meu lado, eu quero você do meu lado. Será que ninguém entende?

Tudo bem, tem até uns carinhas legais me procurando por aí,

mas nenhum deles sequer tem a capacidade de se parecer um pouquinho com você.

Nenhum deles lembra seu jeito doce de encarar a vida e de me acalmar.

Nenhum deles me faz rir como você faz.

Agora vocês me entendem? Agora sabem porque eu choro?

Porque não quero que passe.

Eu quero poder acreditar que aquela sua jura de amor eterno é verdadeira.

Desconhecido

Nota: Embora o poema seja habitualmente atribuído a Caio Fernando Abreu, não existem evidências acerca da sua autoria.

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Fonte: NS Publicações

 

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Frases – Mario Quintana

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“Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas.”


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“Eles passarão… eu passarinho”, conheça o significado do ‘Poeminho do Contra’, de Mario Quintana

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Embora seja formada por apenas quatro versos, Poeminho do Contra é uma das composições mais populares de Mario Quintana.

É também um dos seus poemas que mais se destaca pela mensagem que transmite ao leitor. Os versos “Eles passarão…/ Eu passarinho” se tornaram imensamente famosos e queridos entre o público brasileiro.

Quer entender melhor o poema e a sua complexidade? Confira a nossa análise.

Poeminho do Contra

Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão…
Eu passarinho!

Análise e interpretação do Poeminho do Contra

A composição assume uma forma simples e popular, a quadra, rimando o primeiro verso com o terceiro e o segundo com o quarto (A-B-A-B). O registro de linguagem é também bastante acessível e próximo da oralidade.

Versos 1 e 2

Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho

Começando pelo próprio título, o poema se declara “do contra”, afirmando assim que desafia ou resiste a alguma coisa.

Logo no primeiro verso encontramos uma explicação: o que incomoda eu-lírico são aqueles que estão “atravancando” o seu caminho.

Se estabelece, assim, uma dinâmica de “eu versus eles”. O sujeito é apenas um e enfrenta, sozinho, uma espécie de inimigo coletivo (“todos esses que aí estão”).

Podemos assumir que o eu-lírico se refere a seus inimigos, mas pode também estar mencionando os problemas e obstáculos que têm surgido na sua vida.

Versos 3 e 4

Eles passarão…
Eu passarinho!

Os dois versos finais são os mais conhecidos do poema, estabelecendo uma espécie de lema que podemos adotar para a nossa vida. Trata-se de um jogo de palavras entre o grau aumentativo de “pássaro” e o verbo “passar” conjugado no futuro.

O fato de serem palavras homônimas (que se dizem e escrevem da mesma forma) confere uma dupla interpretação para essa passagem.

Por um lado, podemos pensar que se trata do substantivo “pássaro” em graus diferentes. Assim, o sujeito poético estaria indicando que, na sua visão, os obstáculos são maiores do que ele, que é apenas um “passarinho”.

Por outro lado, “passarão” pode ser lido como uma conjugação futura do verbo “passar” (terceira pessoa do plural). Isso indicaria que todos os seus problemas são efêmeros e, eventualmente, irão se dissipar.

Deste modo, o sujeito pode ser comparado a um “passarinho”, sinônimo de liberdade e de leveza.

Significado do Poeminho do Contra

Poeminho do Contra é uma composição que carrega mensagens fortes de otimismo e esperança, nos lembrando que devemos ficar de bem com a vida.

Como é comum na sua poesia, Quintana se serve de uma linguagem singela e de exemplos do cotidiano para transmitir reflexões profundas e cheias de sabedoria.

Através destes versos, o autor imprimiu um caráter motivacional no seu Poeminho do Contra que serve de inspiração para muitos de nós.

A composição nos convida a continuar lutando, resistindo, apesar de todos os obstáculos no caminho. Mais que isso, o poema vem nos lembrar de uma lição vital: mesmo quando tudo parece estar perdido, precisamos confiar em nós mesmos e na vida.

Deste modo, o poeta sublinha as capacidades humanas de resiliência e superação, como se dissesse ao seu leitor: “Não desista!”.

Contexto histórico da criação

Existem alguns fatores históricos importantes que devemos considerar quando interpretamos o Poeminho do Contra.

A composição foi criada ainda durante o período da Ditadura Militar Brasileira. Na época, a censura cortava e apagava tudo o que poderia ser “subversivo” ou “perigoso” para o regime.

Quintana escrevia para o jornal Correio do Povo e um dos seus textos foi censurado. Acredita-se que esta pode ter sido a motivação por trás do poema, que transmite ideias de esperança e liberdade.

Outra coisa que pode ser relevante é a difícil relação entre Mario Quintana e a Academia Brasileira de Letras. O escritor se candidatou três vezes, entre o final dos anos 70 e começo da década de 80. De todas as vezes acabou sendo preterido face a outros autores.

Naquele tempo, se especulava que os critérios de escolha poderiam não estar apenas relacionados com a criação literária, mas também com questões políticas e sociais.

A este respeito, Quintana declarou:

Só atrapalha a criatividade. O camarada lá vive sob pressões para dar voto, discurso para celebridades. É pena que a casa fundada por Machado de Assis esteja hoje tão politizada. Só dá ministro.

Uma das teorias mais fortes acerca do Poeminho do Contra é a que o encara como uma resposta para os intelectuais e críticos que continuavam questionando a qualidade e o valor do trabalho de Quintana.

Sobre Mario Quintana

Mario Quintana (1906 — 1994) foi um notório poeta e jornalista brasileiro que continua sendo extremamente popular entre o público nacional.

Conhecido como “o poeta das coisas simples”, o autor parece, em cada composição, conversar com o leitor usando uma linguagem coloquial, próxima da oralidade.

Retrato do autor Mario Quintana.

Oscilando entre um tom mais doce ou mais irônico, suas composições muitas vezes carregam reflexões profundas ou até mesmo lições de vida, como é o caso de Poeminho do Contra.

Amado entre os adultos, o escritor também faz sucesso com o público infantojuvenil, para quem escreveu obras de poesia como Nariz de Vidro.

Fonte: Cultura Genial