Arquivo anual 24 de maio de 2020

Conheça Rubens Alves, o melhor cronista do Brasil

Biografia de Rubem Alves

Rubem Alves (1933-2014) foi teólogo, educador, tradutor, psicanalista e escritor brasileiro. Autor de livros de filosofia, teologia, psicologia e de histórias infantis.

Rubem Alves nasceu na cidade de Boa Esperança, em Minas Gerais, no dia 15 de setembro de 1933. Em 1945 muda-se com a família para o Rio de Janeiro. Criado em uma família protestante, tornou-se pastor.

Formação

Entre 1953 e 1957 cursou Teologia no Seminário Presbiteriano de Campinas, São Paulo. Em 1958 mudou-se para a cidade de Lavras, Minas Gerais, onde exerceu a função de pastor até 1963.

Ainda em 1963, Rubem Alves foi estudar em Nova York, retornando em 1964, com o título de Mestre em Teologia, pela Union Theological Seminary.

O Teólogo

Em 1968, perseguido pelo regime militar, acusado de subversivo, Rubem Alves, a mulher e os filhos seguiram para os Estados Unidos, onde no Seminário Teológico de Princeton, escreveu sua tese de doutorado: “Por Uma Teologia da libertação”.

Rubem foi o primeiro a usar essa expressão, baseada em uma corrente de pensamento, defendida por teólogos protestantes e católicos, que afirmava que Deus e a Bíblia tinha preferência pelos pobres e que, as religiões deveriam se posicionar ao lado dos oprimidos.

A tese foi transformada em livro, publicado nos Estados Unidos, com o título de “Teologia da Esperança Humana”, por sugestão do editor.

Essa corrente ganhou força nas décadas de 70 e 80. O livro só pode ser editado no Brasil depois da ditadura militar, em 1987. Com o título “Da Esperança”. A publicação com o título original “Por Uma Teologia da Libertação” só saiu no Brasil em 2012.

Sua posição liberal trouxe sérios problemas no seu relacionamento com o protestantismo histórico e especialmente com o presbiterianismo. De volta ao Brasil, magoado com seus companheiros pastores, que desconfiavam de suas ideias, se viu obrigado a abandonar o pastorado.

Rubem Alves rompeu com a Igreja Presbiteriana do Brasil em 1970, e afirmou:

“Sempre entendi que o Evangelho é um chamado à liberdade. Não encontro a liberdade na Igreja Presbiteriana do Brasil. É hora, portanto, de buscar a comunhão do Espírito fora dela”.

Professor

De volta ao Brasil, nos anos 70, Rubem Alves passou a lecionar filosofia na Universidade de Campinas (Unicamp). Ocupou diversos cargos, entre eles, o de Diretor da Assessoria Especial para Assuntos de Ensino, de 1983 a 1985.

Psicanalista

Nos anos 80, tornou-se psicanalista através da Sociedade Paulista de Psicanálise. Passou a escrever nos grandes jornais sobre comportamento e psicologia.

Rubem Alves, depois de aposentado, investiu seu tempo em um restaurante para exercer seu gosto pela gastronomia. O local era também usado para eventos culturais que envolviam cinema, pintura e literatura.

Rubem Alves é autor de 120 títulos, de assuntos variadíssimos – de pedagogia a literatura infantil, passando pela filosofia e culinária.

Outras Obras de Rubem Alves

  • O Que é Religião? (filosofia e religião)
  • A Volta do Pássaro Encantado
  • O Patinho que não Aprendeu a Voar (livro infantil)
  • Variações Sobre a Vida e a Morte (teologia)
  • Filosofia da Ciência (filosofia e conhecimento científico).

Rubem Alves faleceu em Campinas, São Paulo, no dia 19 de julho de 2014.

Frases de Rubem Alves

  • Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.
  • A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.
  • A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente.
  • Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
  • Aprenda a gostar, mas gostar mesmo, das coisas que deve fazer e das pessoas que o cercam. Em pouco tempo descobrirá que a vida é muito boa e que você é uma pessoa querida por todos.
  • Aquilo que está escrito no coração não necessita de agendas, porque a gente não esquece. O que a memória ama fica eterno.
  • O tempo pode ser medido com as batidas de um relógio ou pode ser medido com as batidas do coração.

 

 

As informações retiradas da E-biografia

Dicas de Português na Quarentena: “há, a ou à?” (Ortografia e Crase) – Prof.ª Renata Barcellos

 

Renata Barcellos Barcellos tem graduação em Letras/Francês, pela Universidade Federal Fluminense (1996), mestrado em Letras  (2003), doutorado em ESTUDOS DE LINGUAGEM pela pela mesma Universidade (2008) e Pós-doutorado em Língua Portuguesa pela UFRJ (2015).
Atualmente ela é  professora na UNICARIOCA de Comunicação, Expressão e de Oficina no Colégio Estadual José Leite Lopes. Também leciona Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Produção textual no Colégio Estadual Chico Anysio.
Renata é autora das obras “Gramática contextualizada”,  “Itens do Novo Enem”, “Barcellos em prosa e verso” e “Barcellos e Viana: um encontro”. Também é coautora de Antologias poéticas e de diversos artigos sobre o ensino da Língua Portuguesa, além de ser também colunista do Portal Sem Fronteiras (BarcellArtes) e do Pauta Nossa (Agenda Cultural ).
As informações foram tiradas Escavador.
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Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor

Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor.”

 

Clarice Lispector

 

“Faça que seu próprio medo tenha medo de você” – Bráulio Bessa

Que o medo de chorar
não lhe impeça de sorrir.
Que o medo de não chegar
não lhe impeça de seguir.
Que o medo de falhar
não lhe faça desistir.

Que o medo do que é real
não lhe impeça de sonhar.
Que o medo da derrota
não lhe impeça de lutar.
E que o medo do mal
não lhe impeça de amar.

Que o medo de cair
não lhe impeça de voar.
Que o medo das feridas
não lhe impeça de curar.
E que o medo do toque
não lhe impeça de abraçar.

Que o medo dos tropeços
não lhe impeça de correr.
Que o medo de errar
não lhe impeça de aprender.
E que o medo da vida
não lhe impeça de viver.

O medo pode ser bom
serve pra nos alertar,
tem função de proteger,
mas pode nos ensinar
que às vezes até o medo
vem pra nos encorajar…

Repare,

Se há medo de perder,
é sinal para cuidar.
Se há medo de desistir,
é sinal para tentar.
Se há medo de ir embora,
é sinal para ficar.

Se há medo da maldade,
é sinal para amar.
Se há medo do silêncio,
é sinal para falar.
Se o silêncio insistir,
é sinal para cantar.

Se há medo do escuro,
é sinal para iluminar.
Se há medo de um erro,
é sinal para caprichar.
Se há medo, meu amigo,
é sinal para enfrentar.

Toda coragem precisa
de um medo pra existir.
Uma estranha dependência
complicada de sentir.
A coragem de levantar
vem do medo de cair.

Use sempre a coragem
para se fortalecer.
E quando o medo surgir
não precisa se esconder.
Faça que seu próprio medo
tenha medo de você.

 

Bráulio Bessa, Poesia que transforma.

 

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Poetas homenageiam a cidade de Condeúba

Em comemoração aos 159 anos de emancipação política da cidade de Condeúba, interior da Bahia, os poetas Leandro Flores e Antônio Santana fizeram homenagens a essa encantadora cidade, confira:


 

 

 

BEM VINDO À CONDEÚBA

 

Declaro o meu amor

A esse lugar tão encantador

Que se chama Condeúba.

Cidade mãe, cidade linda,

Para quem já conhece.

Para quem não conheceu ainda,

Condeúba tem muito a nos ensinar.

Sua história, seu povo,

Sempre tem algo a contar.

Venha visitar Condeúba,

Você vai se apaixonar.

Pela cultura, pela história,

Pela beleza desse povo:

Grande de alma e coração.

Condeúba é uma joia perdida,

Escondida nas entranhas

Desse imenso sertão.

(Leandro Flores)

Condeúba é a cidade de coração do poeta. Foi lá onde Leandro passou a maior parte de sua vida e escreveu suas mais belas histórias, como no texto acima, escrito em 2014, evidentemente, sem o clima de “porteira fechada”, como este que estamos vivendo por conta da COVID-19. Mas, de toda forma, passado essa fase ruim, certamente a cidade terá o maior prazer em receber as pessoas, sempre com boas-vindas, igualzinho no poema.

Leandro Flores é fundador e produtor dos Projetos ligados ao Café com Poemas.

 

Jornalista, Sertanista, Comendador, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.

É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…

 


Antônio Santana
Também, quem homenageou Condeúba foi o poeta Antônio Santana, nosso coordenador local do Movimento Cultivista (Café com Poemas). Morador da cidade há vários anos, Santana é um declarado amante da cidade. Escreveu vários livros e é um incansável articulador cultural na região. Confira a homenagem: 

 


 

 

CONDEÚBA

Do chão seco sem chuva
Da mata verde como uma uva
Do inverno que chega sem chuva
Do verão sem vento com resfriamento.

A primavera dos bons momentos
Um rio que seca sem ressentimento
Um convite de casamento
A tradição dos velhos tempos.

O barro seco do esgotamento
O discurso do juramento
Da barragem de cimento
Condeúba do meu pensamento.

Da mata sem idade
Do povo da saudade
Do baile da terceira idade
No Centro Cultural da cidade.

(António Santana)

 

 

 


 

homenagem santana a Condeúba poeta café com poemas

homenagem santana a Condeúba poeta café com poemas

 

Antonio Santana é também Coordenador do Mov. Café com Poemas em Condeúba/BA

Antônio da Cruz Santana nasceu na cidade de Saubara, na Região do Recôncavo Baiano, em 9 de abril de 1971. Em sua cidade natal, fez o curso primário, na Escola Estadual Professor Caio Moura, e o ginásio, no Centro Educacional Cenecista de Saubara.

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Dia da enfermagem: Por trás das máscaras, profissionais dedicados a cuidar do próximo

Hoje é celebrado o Dia Internacional da Enfermagem e a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou 2020 como o ano internacional dos enfermeiros, mas os profissionais não veem muito o que comemorar. Afinal, uma das categorias que está na linha de frente do combate ao coronavírus tem sentido e vivido de perto os efeitos da pandemia, com a falta de equipamentos de Proteção Individual (EPIs), perda de amigos de trabalho e distância necessária da família.

Em tempos de pandemia, esses profissionais, que sempre estiveram na tal “linha de frente” dos atendimentos de saúde, finalmente parecem ter sua importância reconhecida. Afinal, são eles que se arriscam diariamente à contaminação por uma doença ainda sem cura ou vacina, para salvar os outros.

Os profissionais de enfermagem – enfermeiros, técnicos e auxiliares – são fundamentais para a garantia de uma assistência segura e de qualidade nos serviços de saúde. Eles estão 24 horas por dia ao lado dos pacientes e em todas as fases da vida, desde o nascimento.

Por isso, e também pelo que representam nesse momento de pandemia causado pelo novo Coronavírus, os dias 12 e 20 de maio, considerados o Dia do Enfermeiro e do Técnico e Auxiliar em enfermagem, devem ser lembrados e comemorados por todos.

enfermeiros 12 de maio café com poemas

Esta é a equipe incansável do Pronto Socorro Nossa Senhora Aparecida. Os profissionais estão 24h por dia nessa luta contra o Covid-19! Foto: Divulgação

NÃO ME IMAGINO EM OUTRA CARREIRA 

A enfermeira Fernanda Dlugokenski, que atua na UTI Neonatal do Hospital de Caridade de Erechim, destaca que a profissão de enfermeira, além de promover o cuidado ao paciente, também deve ser o ponto de equilíbrio da equipe. “Afinal, ninguém faz nada sozinho”, assegura. Segundo ela, é necessário se capacitar e repassar seu conhecimento aos liderados. Para a enfermeira, que está no HC há mais de 15 anos, uma das principais qualidades de um profissional da enfermagem é a empatia – colocar-se no local do outro. “O paciente confia sua vida ao enfermeiro”, ressalta Fernanda.

Ela conta que sua história com o HC iniciou antes de nascer. Sua mãe trabalhou 35 anos no Hospital e ela lembra de andar pelos corredores quando criança. Antes de ser enfermeira, foi técnica de enfermagem. Seu cargo foi conquistado por meio de uma seleção interna, após ter concluído a graduação em Enfermagem. Para ela, o valor da profissão está no cuidar do outro. Por isso, afirma: “Não consigo pensar em outra carreira para minha vida”.

PACIENTE QUER ATENÇÃO

A técnica em enfermagem da Maternidade do HC, Fabíola Brigida Bury, destaca que a sua profissão, por estar na linha de frente do cuidado, tem entre as atribuições oferecer suporte físico e emocional tanto para os pacientes como para os seus familiares. Segundo ela, três pontos são fundamentais para o exercício da profissão: ética, profissionalização e humanização. Fabíola também reforça que, muitas vezes, é necessário se colocar no lugar do paciente para compreender sentimentos e angústias, conhecer a personalidade para poder realizar o cuidado da melhor forma. “Na maioria das vezes o paciente não precisa somente de medicação, mas de alguém para lhe ouvir. Por isso, nós não cuidamos apenas do lado físico do paciente, mas também do emocional”, sentencia Fabíola.

HC: SUA SEGUNDA FAMÍLIA

A auxiliar de enfermagem da unidade de internação B, Beatriz Rita Ceconello de Oliveira, desde cedo já sabia o que queria para a sua vida: cuidar das pessoas. E é isso que a realiza. Há 37 anos dentro do Hospital de Caridade, Beatriz afirma que dá uma atenção especial à chegada do paciente à clínica. “Minha primeira preocupação é recebe-lo bem e acomodá-lo, assim como a sua família”, comenta. Segundo ela, cada paciente tem uma história para contar e ele gosta, especialmente, de ser ouvido. Tendo trabalhado em diversos setores do Hospital, iniciou na Copa e estudou para se tornar auxiliar, passando 15 anos na UTI, Beatriz sorri com os olhos e afirma que o HC é a sua segunda família.

MEDOS

Apesar de não estarem na unidade de internação Covid, Fernanda, Fabíola e Beatriz participaram de treinamentos oferecidos pelo HC para o enfrentamento do novo Coronavírus. Graças a isso, elas sabem que se for preciso estão preparadas para atenderem pacientes com a doença. “Nos sentimos seguras”, resumem as profissionais que destacam a força da equipe do HC, e também os cuidados do hospital com seus colaboradores e pacientes.

 

As informações são do site: cliccamaqua

Ela ama ser mãe, mas ama também ser mulher

Ela gosta sim de flores, gosta de carinho, de um mimo; de ter um dia só para ela, de se sentir importante, amada… 
Gosta das mensagens que recebe no Whatsapp. Dos posts lindos que encontra no Facebook. Dos poemas e homenagens feitos pelos poetas. Tudo isso é bom. Mas o que ela mais valoriza de fato são as atitudes diárias. O respeito por parte de quem lhe diz palavras bonitas em seu aniversário ou em datas como agora no dia das mães. Ela quer ser valorizada como mulher. Como alguém que também precisa ser percebida, admirada, levada para certos lugares. Quer ter o direito de não se sentir forte o tempo todo, sair um pouco da realidade. Da condição inevitável de ser a alavanca, coluna principal do mundo. Ela não aguenta mais esse rótulo de heroína. De super mulher. De ter de ser forte em tudo e com todos. Ela só quer alguém para dividir o peso de tudo aquilo que carrega. Quer brincar com os filhos até cansar. Sorrir escandalosamente feliz ao lado de alguém, sem essas preocupações de tudo.
Ela quer ter paz, momentos de diversão com as amigas. Chorar, às vezes, quando preciso e ser resgatada, acalentada, compreendida…

É claro que ela ama ser mãe, mas ama também ser mulher.
E ambas as condições se completam em uma só vontade: de ser apenas ela mesma, como mãe e como mulher. Sem rótulos e sem paradoxos.

 

*Texto escrito por Leandro Flores. É livre a reprodução, porém, é obrigatório citar as devidas referências de autoria e fonte.

 

Imagem: Anastasia Gepp/Pixabay

 

Autor

Leandro Flores é fundador e produtor de todos os Projetos ligados ao Café com Poemas até aqui.

 

Jornalista, Sertanista, Comendador, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.

É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…

 

 

UMA CARTA PARA MINHA MÃE

Querida mãe,

Que fase, né! Imagine, eu não poder passar aí para te dá aquele abraço de sempre, para comemorar contigo esse dia que é todo seu! Todo nosso.

Imagine, mãe, ter que passar esse dia tão especial distante de ti! Sem a família toda reunida no sofá, sem almoço de domingo, sem selfs e correria de menino pela casa. Como meu coração não fica em saber que esse dia especial vai ser desse jeito… de longe… sem colo, sem grude, sem seus afagos de mãe.

Mas, apesar da distância, apesar do abraço virtual e, sem aquele cheiro de proteção que só a senhora tem, saiba que te amo muito. E não vai ser um vírus que vai nos separar, que vai nos impedir de sentir a sua presença em todos os instantes.

Que Deus te proteja de todas as angustias destes tempos!

Sossegue teu coração e se cuide!

Feliz dia das mães.

 

*Texto escrito por Leandro Flores. É livre a reprodução, porém, é obrigatório citar as devidas referências de autoria e fonte.

 

Autor
 

Leandro Flores é fundador e produtor de todos os Projetos ligados ao Café com Poemas.

 

Advogado, Jornalista, Sertanista, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.

É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…

 

Flavio Migliaccio é encontrado morto em sítio

Flávio Migliaccio, de 85 anos, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (4), em seu sítio, em Rio Bonito. A coluna confirmou a informação com Sylvio Guerra, advogado do ator: “Liguei para o Marcelo Migliaccio, filho de Flávio, que disse que recebeu uma ligação do caseiro dizendo que o Flavio tinha falecido. Ele está na estrada, à caminho do sítio, e ainda não sabe a causa da morte do pai”, informou Sylvio. 

Foto: Reprodução

Na tarde de domingo (3), ele foi visto passeando pela Urca. Amigos dizem que ele decidiu pegar um táxi e ir para o sítio da família, que fica num local conhecido como Serra do Sambê. Nesta manhã, policiais do 35º BPM (Rio Bonito) foram acionados e já estão no local. 
Seu último trabalho na TV foi em 2019, em ‘Órfãos da Terra’, onde ele fazia o Mamede Aud. Flávio é muito conhecido pelo seu papel de Xerife na série de TV brasileira ‘Shazan, Xerife e Cia’, e pelo papel de Tio Maneco, na série exibida pela TVE. Na Rede Globo pôde ser visto com grande destaque nas novelas ‘Rainha da Sucata’, ‘Perigosas Peruas’, ‘A Próxima Vítima’, ‘Senhora do Destino’ e ‘Passione’, entre muitas outras.
Carreira 
Flávio Migliaccio nasceu no bairro do Brás, São Paulo, em 26 de agosto de 1934. O primeiro trabalho na Globo foi em 1972. Atuou em inúmeras novelas e minisséries, além de seriados e programas de humor. Morreu em maio de 2020.

Flávio não se furta de trocar ideias com autores, dar palpites na direção e até ajudar a criar, ele mesmo, seus figurinos. “Eu não fico chateado por pegar um papel pequeno. A única coisa que me incomoda na televisão é a falta de humor do diretor e da equipe. Eu gosto de brincar, de ficar num ambiente alegre”. E foi assim no elenco de Caminho das Índias (2009), de Gloria Perez, primeira novela brasileira a conquistar o Prêmio Emmy Internacional. Na trama, o ator viveu o indiano Karan.

Seu pai era barbeiro, e a mãe cuidava dele e de seus 16 irmãos. Ele relembra, emocionado, que seu pai tocava violino e os filhos improvisavam instrumentos, para concertos noturnos. A mãe colocava um lençol branco na janela e, com luz indireta, as crianças faziam sombras para os vizinhos assistirem. “Sempre vivemos nesse clima da arte de representar, de tocar. Meu pai queria que eu fosse barbeiro, até tentou me ensinar a profissão. Ele reunia todos os mendigos da nossa rua e fazia aquela fila, para eu cortar o cabelo e fazer a barba deles. Eram minhas cobaias. Mas acabei não aprendendo, eu queria mesmo era ser artista. Uma vez, fui assistir a um espetáculo numa igreja e percebi que um dos atores era muito ruim. Não gostei dele de jeito nenhum. Então, fiz uma coisa que não deveria ter feito: esperei terminar o espetáculo e fui falar com o diretor. Disse que o cara era muito ruim e que eu faria melhor. O diretor me deu o papel do cara. Fiz, foi legal e comecei a gostar. E foi assim que estreei como ator amador”, conta.

Foto: Memória Globo

Em 1954, Flávio Migliaccio fez o curso de teatro do italiano Ruggero Jacobbi. Ao final, o diretor encaminhou o jovem ator para o grupo amador Teatro Paulista do Estudante, onde conheceu Oduvaldo Vianna Filho e Gianfrancesco Guarnieri. Dali para a profissionalização com o Teatro de Arena, de Zé Renato, foi um passo. Flávio Migliaccio participou de uma série de peças, inclusive levando sua irmã, a atriz Dirce Migliaccio, para o grupo.

Com Dirce Migliaccio, no Teatro de Arena, atuou nas peças A Revolução na América do Sul, de Augusto Boal, Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, e Chapetuba Futebol Clube, de Oduvaldo Vianna Filho. Muitos anos depois, em 1999, dividiria novamente o palco com a irmã em Os Ratos do Ano 2030. Ainda no Arena, teve encenada a peça de sua autoria Pintando de Alegre.

Chegou a fazer pequenas pontas na TV Tupi, e atuou em dois longas-metragens de Roberto Santos – O Grande Momento (1958) e A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1965). Em 1962, participou de Cinco Vezes Favela, atuando em um episódio e escrevendo o roteiro de outro, com Leon Hirszman. No ano seguinte, estreou como roteirista e diretor em Os Mendigos.

Flávio Migliaccio foi convidado, em 1972, pela Globo para atuar em O Primeiro Amor, novela de Walther Negrão, onde viveu Xerife, um sucesso que o acompanha até os dias de hoje. “Eu havia feito um trabalho com Paulo José no cinema, em Como Vai, Vai Bem? Cada um fazia uns dez personagens. Foi um dos trabalhos em cinema que mais gostei de fazer. E como fizemos esse trabalho juntos, Daniel Filho nos chamou para viver a dupla Shazan e Xerife”, conta. “O público imediatamente adotou os dois personagens. A partir daí, passei a viver com uma criança no colo. Isso foi incrível! Eu não ficava mais sem uma criança pulando no meu pescoço”, completa.

O sucesso foi tamanho que a Globo criou o seriado Shazan, Xerife & Cia., que ficou no ar de 1972 a 1974. Foi uma das primeiras vezes na história da televisão brasileira que personagens de uma novela ganhavam um programa próprio. Curiosamente, a dupla foi reeditada em 1998, em uma participação especial na novela Era uma Vez…, também de Negrão, que assim homenageava os 25 anos dos dois personagens tão queridos pelo público. Flávio não quis perder o filão encontrado ao viver Xerife e, baseado no personagem, criou o Tio Maneco, que lhe rendeu alguns longas-metragens produzidos, dirigidos e estrelados por ele, como As Aventuras do Tio Maneco (1971), O Caçador de Fantasmas (1975) e Maneco, o Super Tio (1978). O filme de 1971, inclusive, foi vendido para nada menos do que 31 países e lhe rendeu um prêmio em um festival de cinema infantil na Espanha. Além disso, levou o personagem para a TV Educativa, na forma de seriado, sendo exibido por anos.

Flávio Migliaccio também se dedicou com afinco à televisão. Ao todo, participou de mais de 30 novelas e minisséries, fazendo sucesso com vários personagens marcantes, como o pão-duro Moreiras, em Rainha da Sucata, de Silvio de Abreu (1990), o feirante Vitinho, em A Próxima Vítima, do mesmo autor (1995) – quando, aliás, foi premiado como melhor ator coadjuvante pela Associação Paulista de Críticos de Arte naquele ano –, o impagável Fortunato, em Passione, mais uma vez de Silvio de Abreu (2010), e o turco Chalita, da série Tapas & Beijos (2011), de Cláudio Paiva. Mais recentemente, interpretou o veterinário Josias em Êta Mundo Bom! (2016) e fez sucesso como o imigrante palestino Mamede de Órfãos da Terra (2019).

 

 

Tio Vitinho, de A Próxima Vítima, foi seu personagem preferido, revela. “Foi o que mais combinou comigo. Eu bolei uma coisa que considero uma das maiores criações que tive como ator, e colaborei com o texto assim: bolei que ele vivia com o travesseiro e a roupa de capa embaixo do braço, porque não tinha lugar para dormir. Comecei a desenvolver isso, a fazer uma cena dramática segurando o travesseiro; ficava engraçado. Em O Amor Está no Ar (de Alcides Nogueira, 1997), eu era um açougueiro e tinha bronca de um determinado personagem. Em dado momento, eu o ameacei dizendo algo que não estava no texto: ‘Você já ouviu falar no crime da mala? Foi um açougueiro.’ A partir daí, Alcides embarcou na ideia, e eu ficava com uma mala para ameaçar o cara o tempo todo”, conta. Ele também gosta de destacar o período em que atuou no humorístico Viva o Gordo. “Foi uma experiência maravilhosa. Porque tinha humor na criação, o ambiente de trabalho era muito gostoso. Era tudo trabalho de equipe, gostoso de fazer. Eu fazia alguns quadros fixos. Fiz simplesmente uma árvore. Era difícil vestir aquela roupa de árvore, mas nunca reclamei”, conta, pontuando que chegou a redigir quadros para o programa, assim como para Chico Anysio.

Flávio já atuou, dirigiu, produziu, escreveu e uma charge sua até já foi premiada, nos anos 1970, em um salão de humor promovido pela Universidade Mackenzie, em São Paulo. Também tem atuação reconhecida no cinema, como em Os Porralokinhas (2007), de Luis Farias, quando reviveu Tio Maneco. Em 2019, gravou uma participação no filme Hebe, de Maurício Farias.

 

As informações foram retiradas de FÁBIA OLIVEIRA e MEMÓRIA GLOBO

Dicas de Português na Quarentena: Desvios de Linguagem (Queísmo) – Prof.ª Renata Barcellos

 

Renata Barcellos tem graduação em Letras/Francês, pela Universidade Federal Fluminense (1996), mestrado em Letras  (2003), doutorado em ESTUDOS DE LINGUAGEM pela mesma Universidade (2008) e Pós-doutorado em Língua Portuguesa pela UFRJ (2015).
Atualmente ela é  professora na UNICARIOCA de Comunicação, Expressão e de Oficina no Colégio Estadual José Leite Lopes. Também leciona Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Produção textual no Colégio Estadual Chico Anysio.
Renata é autora das obras “Gramática contextualizada”,  “Itens do Novo Enem”, “Barcellos em prosa e verso” e “Barcellos e Viana: um encontro”. Também é coautora de Antologias poéticas e de diversos artigos sobre o ensino da Língua Portuguesa, além de ser também colunista do Portal Sem Fronteiras (BarcellArtes) e do Pauta Nossa (Agenda Cultural ).
As informações foram tiradas Escavador.
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