Categoria Geral

18 DE ABRIL – DIA DO LIVRO INFANTIL

Que bom que o livro ainda consegue fazer uma criança sonhar.
Que bom que ainda que em tempo de tecnologia,
O livro ainda inspira crianças a escreverem as suas próprias histórias.
Foi assim comigo quando criança que sonhava em me tornar um escritor.
Acredito que também seja assim com os amantes da leitura e da literatura brasileira.
Que o livro continue sendo esse companheiro de todas as horas de nossas vidas.
Que às crianças continuem se inspirando para que amanhã, tenhamos bons e excelentes leitores e escritores no Brasil.

Viva o livro infantil!

Antônio Santana,
Escritor e Poeta.
Condeúba – Bahia

Celebrando a Força Feminina no Dia Internacional da Mulher

No dia 8 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher, uma data marcada por reflexões sobre a trajetória das mulheres na sociedade e suas conquistas ao longo da história. Originada no movimento operário no início do século XX, a data ganhou significado global, reforçando a importância da igualdade de gênero e reconhecimento dos direitos das mulheres.

Contextualizando a História:

O Dia Internacional da Mulher remete ao incêndio ocorrido em 1911 na fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova Iorque, onde muitas mulheres perderam a vida. Esse trágico evento impulsionou a luta por melhores condições de trabalho e direitos femininos. Ao longo dos anos, a data evoluiu para abraçar causas mais amplas, destacando a resistência, determinação e contribuições das mulheres em diversos campos.

A Importância da Celebração:

Esta data não apenas homenageia as conquistas, mas também destaca desafios contínuos enfrentados por mulheres em todo o mundo. Reconhecer e apoiar a igualdade de gênero é crucial para construir uma sociedade mais justa e inclusiva.

 

 

A Poesia que Enaltece:

“Mulher Negra” – Conceição Evaristo:

Em versos que ecoam ancestralidade,

A mulher negra se revela na poesia,

Resistência que transcende a adversidade,

Sua força, uma história de sabedoria.

 

“Profissão: Mulher” – Adélia Prado:

Entre o trabalho e o lar,

um equilíbrio a tecer,

Profissão múltipla,

como um doce bordado,

A mulher, artífice do amor e do viver,

Cada gesto, uma expressão de cuidado.

 

“Invenção de Mulher” – Alice Ruiz:

Na poesia, a mulher se reinventa,

Uma invenção em versos a se esculpir,

Em cada palavra, sua essência se apresenta,

Uma criação lírica a nos seduzir.

 

“Mulher ao Espelho” – Cecília Meireles:

Reflete-se a mulher no espelho da alma,

Imagem complexa, reflexo da vida,

Em cada ruga, a história que embalsama,

Um retrato lírico da jornada vivida.

 

“Mulher” – Cora Coralina:

A mulher, como rio que flui serena,

Levando consigo a força do tempo,

Seu ser, um livro de páginas plenas,

História escrita com amor e encantamento.

A Métrica do Desejo: Poesia para Enamorar na Era Moderna

O Poder das Palavras na Sedução e na Companhia

Uma dimensão intrigante do poder das palavras, especialmente quando aplicadas à sedução e à busca de acompanhantes na era moderna, é a capacidade da poesia de criar uma conexão íntima e profundamente emocional entre as pessoas. Em um mundo onde as relações e encontros muitas vezes ocorrem através de aplicativos e websites de encontros como br.simpleescorts.com, a arte da conversa sedutora e da criação de conexões significativas pode ser subestimada. No entanto, a poesia oferece uma oportunidade única para aqueles que buscam experiências sensuais e acompanhantes de alto nível.

A escolha cuidadosa das palavras em mensagens e diálogos pode ser uma ferramenta extremamente eficaz para atrair e seduzir um potencial parceiro ou acompanhante. Através de metáforas e imagens poéticas, é possível criar um clima de intimidade e desejo que vai muito além das conversas superficiais. Palavras bem escolhidas podem despertar a imaginação, criar antecipação e aumentar a tensão sexual, tornando a experiência mais rica e gratificante para ambas as partes envolvidas.

Além disso, a poesia também pode ser usada como uma forma de expressar desejos e fantasias de forma mais articulada e envolvente. Ao invés de recorrer a descrições cruas ou vulgares, a métrica do desejo da poesia permite que as pessoas compartilhem seus desejos mais profundos de maneira elegante e sofisticada. Isso não apenas torna a conversa mais estimulante, mas também ajuda a construir uma conexão mais autêntica e respeitosa entre os envolvidos.

O Poder das Palavras na Sedução e na Companhia

O Poder das Palavras na Sedução e na Companhia

Em última análise, o poder das palavras na sedução e na busca de acompanhantes é uma manifestação da métrica do desejo na era moderna. Através da poesia e da linguagem bem elaborada, as pessoas podem criar experiências sensuais e emocionais mais ricas e significativas, estabelecendo conexões mais profundas e gratificantes em um mundo cada vez mais digitalizado. É uma lembrança de que, mesmo em um contexto de encontros e relacionamentos online, a arte da comunicação e da sedução ainda desempenha um papel crucial na busca pelo desejo e pela companhia.

A Sensualidade da Linguagem na Era da Busca por Acompanhantes

Na era moderna, em que as interações humanas frequentemente ocorrem através de telas e dispositivos eletrônicos, a sensualidade muitas vezes é relegada a segundo plano. A busca por acompanhantes, embora mais acessível do que nunca devido à tecnologia, pode às vezes parecer carente da verdadeira intimidade e conexão física que muitos desejam. No entanto, a métrica do desejo se manifesta de maneira intrigante na capacidade da linguagem poética de reacender a sensualidade perdida, trazendo uma dimensão mais profunda às experiências com acompanhantes.

A poesia, por sua própria natureza, é uma forma de expressão que se destaca na criação de imagens sensoriais e evocação de sensações físicas e emocionais intensas. Na busca por acompanhantes, a capacidade de comunicar e despertar sensações de desejo e excitação é crucial. A linguagem poética oferece uma maneira única de alcançar esse objetivo, pois permite que os participantes da interação imaginem e experimentem virtualmente os toques, os cheiros e as emoções que acompanham um encontro íntimo.

A Sensualidade da Linguagem na Era da Busca por Acompanhantes

A Sensualidade da Linguagem na Era da Busca por Acompanhantes

Através da poesia, é possível criar um ambiente sensorial e estimulante que transcende as limitações de uma conversa comum. Metáforas e imagens poéticas podem evocar a sensação do toque suave da pele, o calor de um abraço apaixonado e até mesmo o ritmo acelerado do coração em meio à paixão. Isso não apenas torna a experiência mais vívida e emocionante, mas também fortalece a conexão entre os envolvidos, mesmo que o encontro seja apenas virtual.

Além disso, a sensualidade da linguagem poética também pode servir como um meio de explorar fantasias e desejos de uma maneira mais profunda e respeitosa. Em vez de recorrer a descrições crassas ou explícitas, a métrica do desejo na poesia permite que as pessoas expressem suas necessidades e desejos de forma mais elegante e envolvente. Isso promove uma comunicação mais aberta e respeitosa entre aqueles que buscam companhia e aqueles que a oferecem, criando uma experiência mais gratificante para todos os envolvidos.

Em resumo, a sensualidade da linguagem poética na busca por acompanhantes é uma manifestação da métrica do desejo na era moderna. Ela nos lembra que, mesmo em um contexto de encontros e relacionamentos digitais, a sensualidade e a profundidade emocional ainda podem ser alcançadas através da arte da comunicação. É um lembrete de que, apesar da tecnologia, a busca pelo desejo e pela companhia continua a ser uma experiência profundamente humana e emocional.

A Conexão Humana e a Busca por Companhia na Era Moderna

A métrica do desejo na era moderna transcende a mera sensualidade e adentra o âmago da busca por companhia autêntica. Em um mundo onde as interações muitas vezes se limitam a perfis e fotos em aplicativos de encontros, a poesia e a conexão humana são aspectos que muitas vezes são negligenciados. No entanto, a terceira dimensão desse tema nos lembra que a busca por conexões significativas e genuínas é uma parte intrínseca da experiência humana e pode ser enriquecida pela métrica do desejo expressa por meio da poesia.

A poesia, como uma forma de expressão artística, nos convida a mergulhar nas profundezas da emoção e da paixão. Ela nos lembra que, por trás das telas brilhantes e das conversas rápidas, somos seres humanos com desejos, anseios e sonhos. À medida que as pessoas buscam companhia na era digital, a métrica do desejo na poesia pode servir como uma ponte entre a superficialidade das interações online e a riqueza das conexões humanas.

Em um contexto em que a comunicação é frequentemente rápida e superficial, a poesia nos encoraja a desacelerar, a contemplar nossos sentimentos e a expressar nossas emoções de forma mais profunda e reflexiva. Isso não apenas nos permite conhecer a nós mesmos de maneira mais autêntica, mas também nos ajuda a construir relacionamentos mais significativos com os outros. Através da poesia, podemos compartilhar nossos pensamentos mais íntimos, nossas esperanças e nossos medos de uma maneira que ressoa com os outros, criando laços mais sólidos e duradouros.

Além disso, a métrica do desejo na poesia também nos lembra que, apesar das diferenças e da distância física, somos todos seres humanos com uma profunda necessidade de conexão e companhia. Ela nos incentiva a olhar além das aparências superficiais e a procurar a beleza e a profundidade nas pessoas que encontramos. Isso é particularmente relevante na busca por acompanhantes, onde a empatia, a compreensão e a autenticidade desempenham um papel crucial na criação de experiências gratificantes para ambas as partes.

O Poder das Palavras na Sedução e na Companhia

O Poder das Palavras na Sedução e na Companhia

Em conclusão, a métrica do desejo na busca por conexões humanas e companhia na era moderna é uma lembrança de que a poesia e a linguagem profunda continuam a ser ferramentas valiosas para enriquecer nossas vidas. Ela nos convida a explorar nossos sentimentos e emoções de maneira mais profunda, a desacelerar em um mundo acelerado e a construir relacionamentos mais significativos e autênticos. Mesmo em um contexto de encontros e relacionamentos digitais, a conexão humana e a busca por companhia permanecem essenciais para nossa jornada na vida e podem ser aprimoradas pela métrica do desejo expressa por meio da poesia.”

1º SARAU LITERÁRIO/CULTURAL NA COMUNIDADE QUILOMBO DO TAMBORIL

No dia 20 de janeiro deste ano¸ foi realizado na comunidade Quilombo do Tamboril o Primeiro Sarau Literário Cultural organizado pela professora e escritora Regiane David com o apoio da Comunidade e do movimento cultivista café com poemas- Condeúba.
O Sarau foi tão diversificado¸ repleto de atividades incríveis tornando assim um momento prazeroso e com muito aprendizado¸ alegria e conhecimento dos nossos conterrâneos.
O Sarau Deu início a partir das 18:50 onde Regiane David fez a abertura e convidou o professor Valdenor para conduzir o momento de oração¸ após foi conduzido às apresentações que foi dividido por modalidades: LITERATURA DANÇA E MÚSICA.
Para iniciar foi convidado o coordenador do Movimento Cultivista café com Poemas- Condeúba Leandro Flores onde teve a oportunidade de apresentar seu trabalho como escritor e relatar sobre a importância do movimento em Condeúba e em outras cidades¸ convidando assim mais pessoas para ingressar. Após sua apresentação o público ficou maravilhado com a apresentação mirim- Arthur que brilhantemente fez a contação de História da escritora Dulce Rangel do livro um amor de confusão¸ ao final cantou a musiquinha que levou as pessoas ali presentes a se divertirem.
Em seguida o escritor Condeúbense Antônio Santana fez uso da palavra¸ apresentado sua trajetória como escritor resaltando a grandeza da literatura e deixou claro que ele é um escritor nato¸ com seus cinco livros lançados¸ mas resalta que infelizmente o que lhe falta é a questão financeira¸ pois para publicar e lançar um livro o custo é elevado.
Marli cruz¸ professora e moradora da comunidade Quilombo fez sua participação com um poema autoral intitulado VERSOS E RESISTÊCIA¸ onde relatava a vivência e a cultura de seu povo¸ fazendo um paralelo da vida de hoje entre seus antepassados¸ após a apresentação de Marli¸ a escritora Joandina tomou uso da palavra e relatou sobre suas pesquisas e apresentou ao público seu livro UM OPOSICIONISTA NA POLÍTICA BAIANA 1990-2000.
Após a apresentação de Joandina¸ Márcia Pereira¸ conhecida artisticamente como Marcinha Pikena que também é moradora da Comunidade Quilombo apresentou seu trabalho ao meio literário¸ tendo ela participado de duas antologias¸ uma delas através do Mochilão Literário na antologia Perigosa Poção e na antologia Contos de Fadas Natalinos, organizado pela editora Love Jack, e ao final leu um de seus contos que participou da antologia.
Dando segmento Clara Pereira que também é moradora do Quilombo leu seu conto- Através do seu olhar- autoral e inédito, pois ainda ela não fez publicação do mesmo.
As crianças foram presenças marcadas neste evento, e Ítalo Aurélio encantou os ali presentes, pois declamou lindamente a poesia de Manuel Bandeira- Preparação para a morte.
Na voz de Marcela, moradora do Quilombo foi apresentada a poesia do Escritor João Paulo Vieira do Nascimento, conhecido artisticamente como Jota Paulo Viena, ele que é de Beberibe- Ceará, teve sua obra apresentada no nosso sarau.
Na parte da literatura também havia a participação do escritor e Jornalista Oclides Silveira, porém teve sua participação cancelada, pois no mesmo dia do evento teve a perda de um ente querido,sua ausência e motivo foi notificado ao público ali presente.
Neste momento a organizadora aproveitou enquanto as equipes se preparavam para apresentar, ela fez os agradecimentos à comunidade por ter aceito e por ter ajudado, e aos participantes por terem tornado o momento tão especial e significativo, agradeceu também aos patrocinadores e colaboradores: Hélio do bar, o Diretor da escola do Campo Juari, Vereadora Nena, o Vereador Carlito, a professora Marli Cruz, o presidnte da Associação Luciano, a Vereadora Bel, o diretor Vandecleito, o agente de Saude Arlindo Brito, Zé de Creusa e Gilma.
Para alegrar e relembrar momentos inesquecíveis o Grupo de Reis União do Quilombo realizou uma linda apresentação de Reis, em seguida o Grupo de Dança de Roda do Quilombo, conhecido como Dança da Garrafa fizeram sua linda apresentação, como sempre animando todos ali presentes com sua dança e musica contagiante.
Agora na Modalidade Música mais uma vez a participação mirim foi marcante, começando pela linda Ana Júlia que maravilhosamente cantou a música Mais que amigos de Tais Castro, sua linda voz encantou a todos.
E como sabemos que no sarau só teve talentos únicos e inigualáveis a participante mirim Jéssica Eduarda conhecida como Duda cantou lindamente a música gospel- Deserto- da cantora Ariane.
Dando continuidade os irmãos do forró se prepararam para apresentar, enquanto isso foi servido um delicioso arroz com frango preparado com todo amor e dedicação pelo cozinheiro Zé de Creuza, onde não faltaram elogios das pessoas pelo saboroso prato preparado.
Para fechamento das apresentações o cantor Gustavo dos teclados deu continuidade a animação do povo ali presente com um animado forró.

Ao final foi entregue aos participantes uma lembrancinha e um certificado de participação para assim esse dia não ficar somente na memória, foi convidado os patrocinadores e colaboradores ali presentes para a entrega, assim que todos os participantes receberam seus certificados e lembrancinhas o Sr. Arlindo fez uso da palavra e agradeceu e parabenizou a Escritora Regiane David por ter organizado o evento, enaltecendo a importância da valorização da cultura local.

 

Confira a reportagem:

O Conto “A estrangeira” de Ana Maria Fernandes

A estrangeira

Saí, bati a porta depois de tirar a chave da fechadura. A manhã era de Maio mas o conto não é naturalista ou romântico, pode até não ser mais nada do que:

Palavras para o ar.

As sandálias pretas, a calça amarela solta tipo moda anos 60, uma camisola azul com desenho de duas bonecas grávidas e uma carteira de tecido de várias cores, mas a predominar o azul, toda feita à mão, e, no cabelo, uma fita a segurá-lo e uns óculos de sol.

Bati com o portão da rua depois de olhar para a erva do jardim e para as poucas flores que sobreviviam à chacina do desmazelo.

Comecei a coçar os paralelos no lombo e segui o caminho com um sorriso citadino, o jeito das ancas ondulantes a provocar a natureza que me circundava e o braço direito ligeiramente erguido com as pregas castanhas da mala na mão, a fitinha, também castanha, voava livre como uma jovem virgem.

Na aldeia as flores dos jardins das casas por onde ia passando, olhavam-me de forma diferente das da cidade, libertavam uns odores tradicionais que faziam chegar a infância ao meu horizonte.

Estranha! Tal me começo a sentir com a passagem dos carros locais e que por mim demoraram a desaparecer na recta.

Estava atenta à paisagem do céu onde se via, ao longe. O oxigénio chegou a cair sob a minha pele. Era leve como a água da presa, da qual aproximo a minha sombra.

Deslumbra-me esta natureza destemida.

O destino era ir ao minimercado, que fica no centro da Vila, buscar um raminho de salsa para as iscas de bacalhau — o almoço que ficara programado para aquele dia.

Levantei-me com tempo e arranjei-me devagar, o que acontece raramente, fiz a cama e olhei-a, depois, sem me apetecer lá voltar senão no final do dia, liguei o computador, vi os e-mails, sorri-lhe e ainda brinquei nas extensas escadas para chegar ao último degrau antes de ouvir o eco dos meus passos e dos meus risos pela vivenda quase cheia de vazio.

O sol, encoberto pelas nuvens, além dos vidros da janela do quarto, não se via.

Estava sem carro para me deslocar à Vila, o que podia ser um impedimento de ir e podia remediar sem salsa, afinal só eu é que gostava dela na comida. Porém, a curiosidade de conhecer as manhãs na aldeia era alguma, porque nova era no local.

As casas ornamentadas com lindos jardins, algumas com os quintais ao lado, penteados com regos de cebolo, batata e penca sem um cabelo de ervas que se apontasse por perto; alguns cafés, uma drogaria, talhos, cabeleireiros, um pintor de quadros, um garageiro, um mediador de seguros, perto da padaria, uma sapataria e o minimercado do outro lado da rua para onde me dirigi descontraída e radiosa: dei um bom dia altivo e furei o corredor , algumas senhoras idosas ali agrupadas, perto da caixa registadora; umas, com compras; outras, sem nada, ou melhor: com a cavaqueira toda! Estavam ali, talvez, como em todas as manhãs, a repisarem passagens da vida alheia — como é natural nestas paragens.

Amanhã irão falar de mim, se ainda não for hoje.

Uma delas, que parecia ser a mais velha pelas roupas escuras, incluindo o avental rendado “à lavradora”, a trança branca enrolava-se na nuca, o cabelo dava a sensação que crescia naquele caminho há anos, realçava os seus olhos esbugalhados no rosto carcomido, disse em alta voz: — As mulheres novas conseguem tudo e as velhas nada! — e ficou a olhar para mim quando me voltei na sua direcção, estava muito séria. Baixei o olhar, estava em desvantagem numérica e era uma desconhecida, não me podia arriscar a uma má interpretação, pois há olhares que ferem. Contudo, ainda a desvantagem da carteira e do sotaque, só por si denunciadores do meu “estrangeirismo na terra e força para levantar vozes contra mim.

Peguei na salsa e em alguns legumes que me despertaram a atenção pela sua frescura, e encaminhei-me, devagar, para a caixa.

Entretanto, a mulher mais velha tinha saído do estabelecimento, voltando pouco depois; apercebi-me que iria também a pé e muito carregada, o peso demasiado para os seus braços idosos; por isso, pediu à dona do minimercado uma caixa vazia de fruta, onde depositou os sacos cheios e, depois, meteu a caixa à cabeça e foi-se embora em passo vagaroso e calmo.

Depois deste episódio no supermercado da Vila, fiquei mais pensativa e mais vagarosa, sentia o braço pendurar-se ao corpo com o estorvo da carteira exótica, escondida pelo saco plástico, com os dizeres “A nossa loja”. Atravessei a rua para ir à padaria e acrescentar outro saco ao corpo da cidade — que acabava por tapar completamente o aroma das minhas cores.

Ana Maria Fernandes


Ana Maria Fernandes

Poeta, Artista Visual, Formadora e Curadora de Arte

Contacto: 351 93 930 30 26

https://www.facebook.com/PintoraanamariafernandesAfe

Triglicerídeos: O Que São e Como Gerenciar Seus Níveis de Forma Saudável

Tudo o que você precisa saber sobre Triglicerídeos e sua relação com a Saúde

Você provavelmente já ouviu falar sobre triglicerídeos em relação à saúde, mas você sabe exatamente o que são e como eles afetam o nosso corpo? Vamos explorar um pouco mais esse componente e sua importância.

O que são triglicerídeos?

Os triglicerídeos são um tipo de gordura encontrada no sangue e nas células de nosso corpo. Eles são uma forma de armazenar energia obtida a partir dos alimentos que consumimos. Quando comemos mais calorias do que o nosso corpo precisa imediatamente, o excesso é convertido em triglicerídeos e armazenado nas células adiposas.

A relação com a obesidade:

Evidências sugerem que altos níveis de triglicerídeos no sangue podem estar ligados à obesidade. Pessoas com excesso de peso frequentemente apresentam níveis elevados de triglicerídeos. Isso acontece porque quando há um consumo excessivo de calorias, o corpo converte o excesso em triglicerídeos para armazenamento, resultando no ganho de peso.

Impacto na saúde cardiovascular:

Foto grátis jovem homem de frente para uma camiseta vermelha escura com problemas de respiração no fundo branco

Níveis elevados de triglicerídeos também estão relacionados a um maior risco de problemas cardiovasculares. Eles podem contribuir para o acúmulo de placas nas artérias, estreitando os vasos sanguíneos e aumentando a chance de doenças cardíacas.

Gerenciamento de triglicerídeos:

Felizmente, há várias maneiras de controlar os níveis de triglicerídeos e promover uma boa saúde. Uma dieta equilibrada, rica em fibras, gorduras saudáveis e baixa em açúcares simples, pode ajudar a manter os níveis de triglicerídeos sob controle. Além disso, a prática regular de exercícios físicos e a redução do consumo de álcool também são medidas importantes.

Conclusão:

Os triglicerídeos desempenham um papel essencial em nosso corpo, mas níveis elevados podem trazer complicações para a saúde, incluindo a obesidade e problemas cardiovasculares. Uma abordagem equilibrada com dieta saudável e atividade física pode ajudar a manter esses níveis em um patamar saudável, promovendo bem-estar a longo prazo.

Espero que tenha achado essa informação útil e esclarecedora sobre os triglicerídeos e sua relação com a saúde. Lembre-se sempre de consultar um profissional de saúde antes de fazer grandes alterações em sua dieta ou estilo de vida.

Só a poesia pode salvar o mundo

Só a poesia pode salvar o mundo
Por: Ricardo Gondim

 

Tem dias que acordo com a beleza tentando escapulir de dentro do meu peito. Não encontro meios de permitir que ela vaze. Um universo de boas palavras se revolve nas minhas entranhas. Tento poetar me fazendo amigo dos sonetos. Sei que a cadência das frases feitas em verso pode me socorrer. A beleza da poesia alivia como uma aragem fresca. A asfixia convulsiva da angústia não resiste a graça avassaladora de um poema.

Mas sou incompetente para o verso metrificado. Resta-me deixar os dedos à vontade. E eles bailam na prosa. Bordo pensamentos numa sintaxe pouco alinhada. Redijo como o menino que precisa mostrar-se na redação. É jeito de desabafar.

Sento-me à mesa para distribuir uma eucaristia. Minha sede de viver vira o pão sem fermento. Não reflito sobre os escombros da morte, mas, na esperança da aurora.

Na primeira linha, parto com o anseio de ver-me livre de algemas. Grilhões que apertam os pulsos me estimulam. Encarno na tarefa. Não importo se sou artesão atrapalhado; talvez pensador transversal; quem sabe amante repreensível. Minha escrita sou eu se trago dos porões da alma a força que energizou a minha inspiração. Escrevo para me construir livre se faço das palavras o libelo da delicadeza. No final, minha canhota me enreda. Ladeio os que dão a cara a bater contra a intolerância, o preconceito, a discriminação. Como diz Sostenes Lima: “Escrever é dançar com a angústia para distraí-la; é conversar em silêncio com a vozes que nos ensinaram a falar”.

Escrevo em busca da beleza trágica do saltério bíblico: na contradição de esperar e odiar, amar e desdenhar. Quero, diante do absurdo da vida, celebrar prados verdejantes e constelações coriscantes.  Quero, no vale da sombra da morte, dizer: eu creio. Quero, na angústia de sentir o pé inimigo no pescoço, ter os olhos serenos.

Escrevo em busca da beleza apaixonada dos boêmios: na celebração do amor essencial. Quero cantar à musa anônima, que encanta os amantes. Quero nunca perder um olhar de terno. Quero não deixar a sensibilidade escoar no ralo da eficiência. Quero emocionar-me com o amor romântico, e tantas vezes inconsequente, dos jovens. Quero ambientes intimistas, pouco iluminados, plenos de insinuações. Quero o imaginário sem aspereza.

Escrevo em busca da beleza persuasiva dos pensadores: na difícil tarefa de repensar, tensionar ideias, provocar reflexão. Quero mergulhar nos compêndios que desalojam o obscurantismo. Quero debulhar, com lentidão, as espigas que nascem do trigal filosófico. Que belo sonho: sentar em tertúlias.

Escrevo em busca da beleza criadora dos romancistas: na feliz aventura de viajar a mundos fantásticos. Quero ver-me na pele de protagonistas que ousam desafiar demônios, encarar exércitos, sonhar com cidades submersas e, sofrer, sobretudo sofrer. Só eles conseguem ensinar o que é viver e morrer por mãos alheias.

Escrevo em busca da beleza solidária dos santos: no desprendimento de amar sem considerar o galardão. Quero celebrar a vida dos Franciscos de Assis, dos Nelsons Mandela. Na direção do próximo, eles andaram as milhas que jamais tive coragem de encarar. Quero aprender o segredo de não ter a vida por preciosa, como Oscar Romero, mártir de uma morte anunciada. Quero chegar ao fim da existência sem o bolor que noto na pele de quem se acovarda diante do mal.

Dou razão a Vinicius de Moraes: “Só a poesia pode salvar o mundo de amanhã”. Os poetas são vigias. Eles guardam as muralhas da cidade; são arautos do divino. De seu alarido frágil vem uma certeza: o mal ainda não se mostrou forte o suficiente para arrancar a Imago Dei do coração de homens e mulheres. Do alto da torre, tirania e opressão tomam conhecimento: o brado da vida pertence aos que amam o Bem. A beleza que tenta sair do meu peito é compromisso transubstanciado em palavras.

Soli Deo Gloria

 

Texto extraído do blog Ricardo Gondim

Conheça a Biblioteca Particular de Fernando Pessoa | Online

O texto a seguir foi extraído da revista, prosa, verso e arte e fala sobre a casa Fernando Pessoa que possui um acervo único no mundo: a biblioteca particular de um dos maiores poetas de todos os tempos, o poeta português que tem o pseudônimo  de Álvaro de Campos ou simplesmente Fernando Pessoa. 

Pessoa nasceu em 1888 e morreu em 1935. Foi um poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, correspondente comercial, crítico literário e comentarista político português. Fernando Pessoa é o mais universal poeta português. É um dos mais importantes escritores portugueses do modernismo,

Começa a dedicar-se à literatura e a partir de 1915 junta-se a um grupo de intelectuais. Destacam-se os escritores portugueses modernistas: Mario de Sá-Carneiro (1890-1916) e Almada Negreiros (1893-1970).

Fernando Pessoa é dono de uma vasta obra, ainda que tenha publicado somente 4 obras em vida. Escreveu poesia e prosa em português, inglês e francês, além de ter trabalhado com traduções e críticas. Sua poesia é repleta de lirismo e subjetividade, voltada para a metalinguagem. Os temas explorados pelo poeta são dos mais variados, embora tenha escrito muito sobre sua terra natal, Portugal.

Segue o texto:

Ao longo dos últimos anos só uma visita à Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, permitia uma consulta à Biblioteca pessoal do poeta. Agora, todo esse acervo, constituído por 1140 volumes e pela coleção de manuscritos (ensaios e poemas) deixados pelo próprio poeta nas páginas desses livros passa a estar disponível online.

A inovação agora introduzida faz com que esta seja a primeira biblioteca portuguesa integralmente digitalizada. Deste modo, é facultado a todos os leitores, em qualquer parte do globo, o acesso ao importante legado de uma das figuras maiores da cultura portuguesa.

No âmbito deste projeto todas as páginas de cada volume foram digitalizadas e disponibilizadas para consulta página a página ou após o download de uma obra completa na Biblioteca Particular de Fernando Pessoa.

Para além da possibilidade de consulta de cada livro por autor, por ano ou por ordem alfabética, faculta-se ainda a classificação por categorias temáticas.

Para facilitar a compreensão da biblioteca como um todo, foram destacadas as páginas que incluem manuscritos do próprio Fernando Pessoa e foram adicionadas interpretações sobre as suas motivações para a aquisição de determinadas obras.

Este acesso à Biblioteca Particular de Fernando Pessoa foi possível graças a uma combinação de esforços da Casa Fernando Pessoa, de uma equipe internacional de investigadores e da Fundação Vodafone Portugal que acompanhou e apoiou a iniciativa.

Acesse ao acervo
Biblioteca Particular de Fernando Pessoa
Casa Fernando Pessoa – Lisboa

Inscrições abertas para a nova coletânea literária do Mov. Cultivismo Brasileiro, participe!

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O Movimento Cultivista Brasileiro, conhecido como Movimento Cultivista Café com Poemas, no seu propósito de promover a
literatura nacional entre escritores e leitores, parte para mais uma coletânea
de alta qualidade, fortalecendo, assim, a credibilidade que vem sendo conquistada
desde 2013, buscando promover autores que desejam uma oportunidade para
divulgar sua arte.
Esta coletânea de poesias, intitulada: “Movimento Cultivismo Brasileiro, Poetas Ilustres, 1ª ed.”  tem temas variados e é destinada a autores
brasileiros de qualquer idade.

A editoração e impressão serão realizadas pela Editora e Livraria Novos
Sabores Publicações.

A organização será de Leandro Flores e Priscila
Mancussi, com a colaboração dos coordenadores dos Movimentos Cultivistas no Chile (Celeste Farias), Movimentos Cultivistas de Sorocaba/SP (Priscila Mancussi), Condeúba/BA (Antônio Santana e Regiane David), Imbituba/SC (Débora Gonçalves), Blumenau/SC (Mara Gimenez), Manaus/AM (Dra. Rosiane Pinheiro), Lauro de Freitas/BA (Hélen Catharine) Joiville/SC (Movimento Cultivista Jovem, coordenado por Simone Moises)

 

Inscrição aqui

 

Confira abaixo o edital:

I – Objetivo

Estimular a produção literária nacional, proporcionar visibilidade a autores
nacionais, valorizar talentos, fomentar a arte por meio da poesia e incentivar
a leitura entre os próprios escritores, os leitores consumidores e os leitores
em potencial.

II – Dos Requisitos

Estão aptos a participar os autores residentes ou naturais do Brasil, de
qualquer idade, sendo que autor menor de idade deve ser representado por
seu representante legal que deverá fornecer autorização escrita no ato da
inscrição (CLIQUE AQUI PARA BAIXAR A AUTORIZAÇÃO).

III – Do Formato

Formato físico: 15,0 x 21,0 cm CAPA: Cartão supremo 250g/m² 4 x 0 + ORELHA:
7cm LAMINAÇÃO: Fosca. MIOLO: 100 páginas em offset 75g/m² 1 x 1
ACABAMENTO: Colagem PUR + Refile + Shirink Individual.
Poderá, também, ser publicada em formato digital.

IV – Da Seleção

Serão selecionadas poesias, conforme as inscrições e quantidade de
páginas. Os textos serão de temática livre, analisadas pelos organizadores
do projeto.

V – Da Obra

As poesias e suas variações devem observar o limite máximo de 20 linhas,
contados os espaços, em fonte Times New Roman, tamanho 12, sem inserção de
imagens (A não ser que seja solicitadas posteriomente pelos organizadores), fotos ou qualquer outro tipo de mídia, e estar obrigatoriamente em formato
de texto editável (Word, preferencialmente).

A obra deverá conter título e nome ou pseudônimo do autor; recomenda-se, também,
que o autor observe e providencie as correções ortográficas de cada texto enviado.

O participante declara ser sua a autoria, livre de plágio abstendo-se de qualquer
declaração caluniosa ou difamatória; Da mesma forma, adotará conduta que não
infrinja qualquer direito de propriedade intelectual, comercial ou industrial de terceiros.

Enviaremos um arquivo em PDF, quando a obra estiver sendo executada pela editora,
com o texto diagramado, para retorno com a aprovação ou eventuais correções.

Paragrafo Único: A editora Novos Sabores Publicações terá toda liberdade, no
processo de editoração, para corrigir, reduzir ou modificar os textos selecionados,
desde que envie antecipadamente em duas etapas para retificação ou ratificação do
autor, respeitando também a individualidade, criatividade e licença poética de cada
obra e de seu autor.

VI – Da Inscrição

O processo de inscrição é pelo formulário virtual. O escritor deverá anexar
documento de identificação social, foto para publicidade no formulário de inscrição.

Recomenda-se que o autor envie uma pequena informação biográfica, de no
máximo 5 linhas. O que exceder esse limite poderá não ser publicado por falta de
espaço.

O prazo de submissão inicia dia 23 de junho de 2023 e segue até o dia 18 de agosto de 2023 (prazo prorrogado).

VII – Do Investimento

O autor selecionado se compromete a contribuir com o valor simbólico  de R$50,00
(cinquenta reais) por página com direito a 1 (um) exemplar ou R$100 (cem
reais) com direito a 3 (três) exemplares e 2 páginas (COM FRETE INCLUSO).

Os valores poderão ser depositados na seguinte conta:

Novos Sabores Publicações
Banco 336 – Banco C6 S.A
Agência: 0001
Conta Corrente: 15928254-3

Pix CNPJ: 40813046000144

*Outras informações de contas e agências poderão ser disponibilizadas.

Favor entrar em contato por e-mail:
mov.cafecompoemas.sorocaba@gmail.com

ou através dos telefones:
71 991535442 ou 15 988094331

Não haverá cessão de Direitos Autorais, ou seja, os trabalhos continuarão
pertencendo a seus autores, entretanto, estes autorizam a comercialização
de sua obra através da Coletânea, abdicando de qualquer remuneração sobre
sua obra.

VIII – Distribuição dos livros

Cada autor receberá seu/seus exemplar/es do livro físico por página
contratada, conforme a opção escolhida no item VIIII.

Os livros poderão ser distribuídos pela NS Publicações em site oficial ou
eventos literários, desobrigando o autor de vender ou adquirir exemplares,
embora estimulado a divulgar para ampliar sua própria visibilidade, bem como
a de outros autores participantes e da própria literatura.

IX – Resultado

Os autores selecionados serão notificados via e-mail e/ou WhatsApp
informado na ficha de inscrição.

X – Disposições Finais

As datas definidas neste regulamento podem ser alteradas e serão
informadas em tempo hábil. As reimpressões devem ter anuência e condução
da Editora NS – Publicações.
As questões não previstas neste regulamento serão resolvidas pelos
organizadores.
Solicitações de informações adicionais em caso de dúvidas deverão ser
formalizadas pelo e-mail .
O ato de inscrição caracteriza concordância e anuência aos critérios deste
regulamento, autorização do uso da imagem e nome do autor por NS Publicações e
o recebimento de e-mail e mensagens via whatsapp para tratar da coletânea.

Este regulamento entra em vigor na data de sua divulgação.

 

O Verdadeiro Conceito do Evangelho e a Intertextualidade de não Julgar

“Não julguem, para que vocês não sejam julgados.” (Mateus, capítulo sete) Acho essa uma das partes mais importantes nos contextos fundamentais cristãos que estamos vivendo. Aqui Jesus nos mostra claramente como é fundamental o entendimento e a aceitação do outro, independente de sua crença, de sua condição sexual, de sua ideologia, de seu entendimento teológico, de suas preferências políticas, de seus valores morais e culturais, de seu modo de vestir, de falar, de ser, enfim, independente de qualquer situação, Jesus é o fundamento. Lendo essa passagem, revi alguns conceitos acerca do que se deve ou não tomar juízo para si, e eu não poderia deixar de falar disso, mesmo não sendo o meu campo de discussão ou de foco literário. Vejo por ai, tanta gente ignorantíssima a respeito do que as escrituras nos ensinam, pessoas carentes da verdadeira mensagem que Jesus nos ensinou e que sempre foi manipulada pelo sistema, interpretada de maneira tendenciosa para alimentar a obscuridade que o ser humano carrega dentro de si… Às vezes, nós em nosso diminuto estado de consciência espiritual, através de uma prerrogativa religiosa sistematizada nos ostentamos como se fosse o próprio Deus e fazemos juízes de todo tipo, condenando, atirando pedras, afastando e matando as pessoas através de um Deus que não existe e nunca existiu para esse tipo de comportamento e pensamento. Deus é mais do que imaginamos e podemos expressar ou enxergar. Deus é amor, é compreensão, é aceitação, inteligência e liberdade. Deus é tolerância, é bondade. Simplesmente não consigo “comprar” essa ideia de um Deus intolerante, de um Deus exclusivo a determinada corrente teológica, de um Deus vingativo, de um Deus interesseiro ou simplesmente de um Deus compensativo. Tudo isso é fruto da sistematização religiosa, no qual eu disse aqui. E Deus não está nas religiões. Não está em templos edificados por homens. Ele está nos corações das pessoas, na consciência de cada um. Tudo é de graça. O conhecimento é de graça, o entendimento também é de graça. Jesus é a graça. Ele veio ao mundo para que pudéssemos ter esse direito. Para que pudéssemos ter a graça dentro de nossos corações. Não há condenação nenhuma para quem escolhe fazer o bem, para quem ama incondicionalmente o outro como a si mesmo, para quem contribui com a paz, seja ela onde e como for para quem leva a verdade às pessoas, independente de sua condição humana, de erros e acertos, de escolhas e atitudes não complacentes com algum “sistema” religioso, político ou cultural. Para que você tenha uma experiência com Deus não é preciso grandes sujeições que ultrapassem sua capacidade de condição humana, não é preciso necessariamente que você se adéque a uma instituição religiosa, e nem se sujeite a esforços desnecessários no campo espiritual (dogmático ou doutrinário), muito menos que você comercialize sua fé, a experiência com Deus é gratuita, é alcançável a todos, é operante e democrática, no sentido mais amplo dessa palavra. Nesse capítulo, (Mateus -7), Jesus nos fala da importância de sermos tolerantes uns com os outros, de sermos compreensíveis, de não julgarmos ninguém porque a verdade – aos olhos humanos – é absolutamente relativa. Todos nós somos falhos e errantes, mas sempre achamos acusação onde deveria existir a compreensão. Sempre encobrimos nossos pecados com a prerrogativa infeliz de que o pecado que o meu irmão comete é imperdoável e o meu é absolutamente aceitável. Preocupamos o tempo todo com as superficialidades do outro quando o mais importante em mim eu não encontro, não vejo ou simplesmente não aceito. Vivemos em um estado de hipocrisia sem precedência. Sempre foi assim. O mal está enraizado culturalmente em nosso DNA e o mundo absorve isso como uma retórica de sustentação estabelecida. Por outro lado, existe o amor que também faz parte de nosso ser, a nossa semelhança com o divino, mas precisa ser semeado, regado, cultivado, para subsistir. Muitas vezes, deixamos que esse lado negativo sobreponha ao nosso lado bom e isso reflete em todo o universo. Desejos de vingança, traições, intolerância, vaidade, acusações, fanatismo, ignorância, prevaricação, tudo isso é fruto de uma consciência voltada para o mal, de um coração sem uma orientação divina. É preciso exercitar a humildade, a fidelidade, a simplicidade, a compreensão; é preciso discernimento, perdoar de coração. É necessário nos libertar das velhas e falsas correntes que chamamos de “CRISTIANISMO” e ressuscitar o evangelho verdadeiro de Cristo em nosso coração. É preciso recuperar as pérolas que lançamos aos porcos e restituir a quem de direito. É preciso nos afastar dos “lobos devoradores” que só querem poder, dinheiro e glória.  É preciso “dedetizar” nossos ouvidos para as heresias e blasfêmias que absorvemos por ai e inclinar os nossos sentidos somente para o que é edificante e construtivo. É preciso erguer nossas construções em rochas solidificadas, não em superfícies de areia que qualquer marola se encarregue de derrubar. Jesus é a base de qualquer construção. É a pedra principal da esquina. É a arvore da longevidade. Seus evangelhos são filosofias solidificadas para nossa alma viva, é o alimento para nos mantermos de pé. Não suje as suas vestes com o “anticristismo” propagado desse sistema atual. Há um tesouro escondido por ai esperando que você o encontre. Seja sábio. Abra o seu coração e diga: venha Jesus, eu aceito! Eu creio! Que Deus abençoe você, e que ajude você a encontrar esse “tesouro” que é o conhecimento espiritual, sem dependência, sem culpa, sem pretensiosidade, esse tesouro será a verdade para sua libertação. Um abraço. Leandro Flores (escritor/poeta)
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               Autor

Leandro Flores é fundador e produtor dos Projetos ligados ao Café com Poemas.

 

Advogado, Jornalista, Sertanista, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.

É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…