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Repudiar um comportamento criminoso não é intolerância. É decência. E ninguém precisa se sentir culpado por ser decente.

Precisa, sim. Você precisa ser legal. O mundo já tem canalha demais fazendo das suas por aí. Quem já era mau soltou o freio de mão e despencou ladeira abaixo rumo à mais pura e simples safadeza. Agora anda cruel em franco descaramento. A quem ainda resta um pouquinho de consciência, é urgente cometer bondades em brutal atrevimento.

Tem gente por aí achando bonito ser grosseiro, brigão, vingativo. Não, isso não é bom! Tanta desculpa de “bateu, levou” e tanto pretexto de “olho por olho” fazem de nós pouco menos que bichos tomados de raiva, perdidos no caminho, sem rumo e sem jeito de voltar para casa. Passou da hora de contrabalançar essa história.

Não se pode estar à vontade onde tanta gente perdeu o pudor de agredir. Não se pode concordar com quem disfarça de “democracia” a mais descarada sanha de defender a tortura, a homofobia, o fascismo. Ninguém tem o direito democrático de defender o racismo, por exemplo, como se falasse de uma mera preferência inofensiva. Para escrotidão não há tolerância possível.

Ninguém precisa ser legal com todo mundo, não. Sobretudo com quem, por descuido ou por maldade, anda à vontade no papel de malfeitor. É urgente mandar às favas quem botou pra fora as asinhas fascistas. Sem medo de perder um “amigo” aqui e ali. Que vão! Se você acredita no que diz e no que pensa, não há o que perder. Já vai tarde quem acha justo manipular, mentir, inverter valores. Repudiar um comportamento criminoso não é intolerância. É decência. E ninguém precisa se sentir culpado por ser decente.

Tem gente em todo canto agindo como se os incapazes de aceitar que o vizinho espanque a mulher fossem os reais canalhas, só porque não respeitam a “intimidade” do casal. Não pode, não.

Quanta gente fazendo sujeira à luz do dia, bandalheira em frente às câmeras, safadeza com plateia! Quanta gente se orgulhando de ser vil sob o aplauso de quem não se importa de ser torpe. Alguém precisa fazer alguma coisa e precisa fazer já.


Foto: Pixabay 

Mãos à obra! Sem mais o quê, com toda a honestidade de nossa alma, sejamos delicados petulantes. Gentis insolentes! Simpáticos desaforados! Provoquemos arroubos de gratidão em toda gente que nos cruzar o caminho!

Assim, incapaz de ignorar nossas demonstrações de afeto, toda pessoa perdida em crueldade que ainda tiver um restinho de bondade no coração haverá de nos ouvir. E então, bombardeada de afeição, ela será obrigada, senão a revidar com mais afeto, a pensar no assunto com seriedade.

Sejamos firmes e um milagre há de acontecer à luz do dia, despudorado e incrível. Será uma graça despencada do céu sobre nós. Um milagre bonito, desses que acontecem quando a gente se vê no outro, se reconhece em seus acertos, se envergonha dos erros alheios. Um milagre de empatia e compaixão. Sejamos assim.

Sem pretensão nenhuma de santidade, sem o menor desejo de agradar o planeta inteiro, sejamos bons, façamos melhor.

Não é preciso ser legal com todo mundo. É preciso ser legal! E isso quer dizer que uns vão gostar, outros vão odiar. Não importa. Façamos assim mesmo o que acharmos certo. Nem que seja só para ver o que acontece, sejamos legais! Façamos uma força, tentemos. Sejamos melhores do que somos agora. E depois a gente vê o que faz.

Fotos: Pixabay

Escrito por: ANDRÉ J. GOMES

Fonte: https://osegredo.com.br/

“Ninguém se apaixona pela pessoa errada, apenas se encanta por ilusões que ela mesmo inventa”

Por SIMONE GUERRA

Ninguém se apaixona pela pessoa errada, a verdade é que inventamos expectativas e ilusões maravilhosas com relação a quem estamos envolvidos.

Essa coisa de amor à primeira vista, não sei, não entendo. Isto nunca aconteceu comigo, talvez por acreditar que amor não é encantamento, mas sim, vivência. Desconfio de coisas fantásticas demais. Perdi a ilusão com os contos de fadas, quando descobri que tapete mágico servia apenas para deslizar, que castelo era solitário demais e que príncipe não passava de um homem normal qualquer. Percebi que tudo que li nos romances ou assisti na TV, apenas foram inventadas para nos fazer sonhar e aliviar algumas rotinas.

Desilusão não faz ninguém amargo, é você que permite se envenenar. Desilusão serve para amadurecermos e crescermos também.

Até as negatividades da vida são lições para melhorar o nosso eu. Inventamos, criamos e vivemos nossos dias. Todo mundo cria expectativas em relação às pessoas e à vida. 

Nem sempre somos pés no chão como deveríamos, porque criamos ilusões e investimos nessas falsas realidades. Quando estamos apaixonados ou encantados por alguém, vemos beleza onde não tem, vemos humor em piadas sem graça e qualidades demais onde não existe, porque os sentimentos têm essas cegueiras estranhas.

Às vezes, levamos muito tempo para perceber que aquele amor não passa de um gostar intenso, que aquele paquera não passa de mais uma bobagem, que aquela pessoa que você apostou até o último centavo, não passa é isso tudo. Criamos tantas expectativas em relação a alguém, que até inventamos para nós mesmas que é bom. Acreditamos em tantas ilusões perdidas, e não temos o controle disso, muitas vezes. Ainda não foi inventado um botão para deletar ilusões que inventamos e que servem apenas para nos trapacear, infelizmente.

Apaixonamos algumas vezes, talvez milhares de vezes, e cada ilusão é diferente, porque nossas perspectivas mudam de pessoa para pessoa. Inventamos um gostar íntimo para cada pessoa que passa em nossa vida e inventamos ilusões diferentes para cada um.

Ninguém é igual, similar ou genérico, cada pessoa é única e sem restrições, até que apareça algum mal-estar para atormentar.

A realidade é muito diferente daqueles contos de fadas. A desilusão marca a gente para sempre. Viver é acertar e errar; é apostar, ganhar e perder; é ser real e fantasia; é inventar ilusões boas e ruins; é trapacear e jogar… viver é também inventar problemas, principalmente, quando cismamos com alguém que não passa de ninguém.

Ninguém se apaixona pela pessoa errada, a verdade é que inventamos expectativas e ilusões maravilhosas com relação a quem estamos envolvidos. Quando nos envolvemos com alguém, não medimos o encantamento, muito menos prevemos se vai ser bom ou não; criamos ilusões para que essa pessoa se torne especial.

Eu não acredito em amor à primeira vista, é verdade, mas acredito piamente na possibilidade de um amor para sempre. Inventei muitas ilusões e vivi todas elas, e não me arrependo, porque quem não investe em um alguém especial, perde a chance de conhecer uma pessoa inesquecível ou não aprende a escapar de mais uma desilusão.

Como diz uma música que a Marília Mendonça canta: “Ninguém se apaixona pela pessoa errada, apenas se encanta por ilusões que ela mesma inventa.”

Foto: Pixabay

Fonte: https://osegredo.com.br/