Crônica: A noite da última Ceia – Carlos Vidal

Crônica: A noite da última Ceia – Carlos Vidal

 

Chegou semana Santa no meio de uma pandemia e, sinto na fraqueza um paradoxal sentimento de união com a humanidade.

Uma Semana Santa na carne

Gostaria de não ter tido que experimentar desta maneira este dom, até que gostaria de ter continuado na quarentena da minha alma para não me contaminar de compaixão com aquele que sofre no outro lado do mundo. É verdade, gostaria de não ter tido que experimentar dessa maneira este dom, há comunhão no encerro e isolamento social nestas pandemias.

Nas últimas semanas tenho observado o tempo passar com uma lógica esquisita. Caótico, às vezes rápido e furioso descendo como a lama de Brumadinho de jornais e folhas digitais, e outras vezes devagar, denso e pastoso como si ele mesmo estivesse reticente a avançar e deixar para trás o que sou hoje, me segurando na própria solidão e miséria.

Sim, é a partir deste esboço interior do que estou vivendo que quero confessar e escrever neste tríduo Pascoal de Semana Santa. Porque há Graça, só que desta vez acho ela em um presente sublime tão difícil para aceitar. Um envelope que se apresenta em devaneios entre o prazer e a dor.

A Graça é um presente no presente

Sim, é muito difícil de aceitar este presente-presente. Sei pela minha fé que há Graça que não pode calar, no entanto, experimento em silêncio minha fraqueza na impotente quietude da quarentena. É difícil acolher o presente-presente, sei porque os meus braços tremem de medo quando percebo o colo do meu torturador [hoje invisível-visível] neste presente-presente.

É difícil acolher o presente-presente. Ainda mais quando ligo a televisão e enxergo discursos à nação que se tem tornado em traição explícita à própria tarefa do Estado, o Bem Comum. É angustiante a exaltação da “miraculosa” cloroquina em desprezo aos tempos científicos da experimentação de um medicamento. É frustrante ouvir e ler constantemente sobre o narcísico poder messiânico da caneta que pode decidir por nossas vidas.

-Que as famílias tomem conta dos seus Idosos! Não é rol do Estado cuidar destes seres improdutivos para a economia- ecoa a maldade do ser humano entre as almas perdidas e desconcertadas. Um povo que se devaneia em uma política que virou torcida de futebol. Só que, acho que a falta de jogos e encontros parece ter contribuído ao esquecimento do amor pelo time, enfim, me parece que o ódio que conduz é maior.

 

Outra pandemia estava escondida

Certamente, o Coronavírus não é a única pandemia que se espalha entre nossa humanidade. Observo que, também, há maldade que preambula pelas ruas, tanto físicas como cibernéticas. Esta doença mundial antes estava escondida, e hoje, aparece perante do quebre do status quo que era mantido pelo capital.

Entre surdos e cegos panelaços a favor ou contra, estou com medo. Às vezes parece que somente é o ódio o que mobiliza as ações dos frustrados cidadãos, outras vezes, porque sinto que esse ódio também chegou a mim. A Pandemia escondida já estava em mim, o álcool gel comprado em excesso foi insuficiente para me liberar, ao contrário, essa exageração era um sintoma. Além disso, parece que já estava doente e não sabia, passei muitos anos da minha vida me lavando das culpas e responsabilidades pelos outros para assim manter ritualmente minha alma asséptica dos que achava inferiores ou sujos.

Outra pandemia estava escondida e apareceu em mim. Nestes dias comecei a sentir tosse seca, falta de ar, febre alta e vontade de acabar com todos. Estou contaminado, minha garganta dói pelas palavras de misericórdia e carinho que não disse e, o peito, já não respira direto porque perdeu sua capacidade no costume egoísta de não compartilhar o mesmo ar com os demais.

A quarentena teve, aliás, está tendo, um efeito que nem diria secundário senão que essencial e primário. Este tempo com sua lógica tão esquisita, me está mostrando outra pandemia que estava escondida e somente hoje começou a se mostrar em nós.

 

 A noite da última Ceia

Têm sido inúmeras as noites em que perdi o sono, a vontade de dormir e sonhar para ficar acordado. À noite, eu quis me abraçar a aquilo que amo, e somente desde esse amor repousado e serenado no meio da escuridão é que me tenho animado a ler e analisar em diferentes línguas o que está acontecendo.

Minha fé me permite intuir que na mesa da última Ceia estamos todos e, que nos eventos que aconteceram depois deste tempo de noite e distanciamento social também. Portanto, acho um momento propício, sem missas, cultos ou reuniões, nos sentarmos à mesa para degustar o essencial, e que, embora do pouco material, poderemos achar dentro das paredes deste quarto da última Ceia em tempo de pandemia. Quero compartilhar com os poucos desta casa o que desejo com todos neste planeta, para me curar da pandemia que me adoeceu por tanto tempo sem nem saber.

Será quase uma cerimônia de exorcismo, de reconectarmos com a água batismal que nos uniu em Cristo tantos anos atrás. Deixaremos que quem esteja nosso lado seja aquele que me lave os pés, para eu aprender, e para, daqui em diante, não me enaltecer. Simbolicamente, esta (s) noite (s) da última Ceia quero trocar o lavado de mãos pelos pés, quero apreender o que significa me colocar de joelhos e reconhecer com fofura o que há de bom no meu vizinho.

Em algum sentido, acho que este gesto profético contemporâneo de ficar em casa, nos ajudará a superar a pandemia que estava escondida. Vamos parar para fixar os olhos na vida que vem dos outros, e aceitar esse presente no presente do Cenáculo.

No entanto, sempre haverá um beijo de Judas (a Cristo) no meio de nós, e nesta semana Santa não tem sido diferente. São as nossas lideranças preocupadas pela economia privada e desprezando o nosso bem comum. Mas, nesta Semana Santa espero acordar e não somente ficar fazendo a contagem crescente dos mortos e doentes.

Na (s) noite (s) da (s) última (s) Ceia (s) que estamos vivendo, não apagaremos as dores e as tristezas com ópio. Sabemos que continuaremos recebendo mensagens de ódio e desprezo à vida, pelos robôs pagos nas redes, mas não deixaremos nesta (s) noite (s) os nossos corações serem conquistados pela intenção do dinheiro dos ricos que moram no hiper topos Uranos, aqueles que usam e abusam da imagem do meu prato de comida para criar desinteresse pela minha própria vida e sair de casa nesta última ceia, pois, somente parando em casa, junto ao verdadeiro Messias, que começaremos a cura no amor do pão o do vinho, compartilhados na mesma mesa e velando no Getsêmani quanto for necessário para acompanhar e dispor a alma para vida na esperada ressurreição.

 

Carlos Vidal

Belo Horizonte, 09 de abril de 2020.

Frases – Leandro Flores

“Em tempos de infecção,
Que o amor seja o único
a se proliferar cem por cento
no coração das pessoas…”

Leandro Flores

Frases – Mario Quintana

“Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas.”


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Ela é uma moça de poses delicadas, sorrisos discretos e olhar misterioso

“Ela é uma moça de poses delicadas,

sorrisos discretos e olhar misterioso.
Ela tem cara de menina mimada,

um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor,

um jeito encantado de ser,
um toque de intuição e um tom de doçura.
Ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude,
uma solidão de artista e um ar sensato de cientista.
Ela é intensa e tem mania de sentir por completo,
de amar por completo e de ser por completo.
Dentro dela tem um coração bobo,
que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez.
Ela tem aquele gosto doce de menina romântica
e aquele gosto ácido de mulher moderna.”

—  Caio Fernando Abreu

 

Imagem de Uwe Kern por Pixabay

Conheça Caio Fernando Abreu, o poeta de “Morangos Mofados”

Infância e Juventude

Caio Fernando Loureiro de Abreu nasceu em Santiago do Boqueirão, no interior do Rio Grande do Sul, no dia 12 de setembro de 1948. Com seis anos escreveu seu primeiro texto. Em 1963, junto com a família, mudou-se para Porto Alegre onde cursou o colegial. Em 1966 publicou seu primeiro conto “O Príncipe Sapo”, na revista Cláudia. Nesse mesmo ano iniciou seu primeiro romance “Limite Branco”.

Em 1967, Caio Fernando Abreu ingressou nos cursos de Letras e de Artes Cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mas não se formou. Em 1968 mudou-se para São Paulo para ingressar na primeira redação da revista Veja, após ser selecionado em um concurso nacional. Nessa época, era assíduo frequentador dos bares da moda além de ser amigo do cantor Cazuza.

No começo dos anos 70 sendo perseguido pela ditadura militar, Caio Fernando Abreu leva uma vida errante. Em 1971, foi morar no Rio de Janeiro onde passou a trabalhar como pesquisador e redator das revistas Manchete e Pais e Filhos. Nesse mesmo ano, retorna para Porto Alegre onde é preso por porte de drogas.

Em 1973, fugindo do regime militar, Caio Fernando Abreu se exilou na Europa, morou em Londres e em Estocolmo, tendo que lavar pratos para se sustentar. Em 1974, volta para Porto Alegre e recomeça sua criação literária. Escreve para o teatro e colabora com diversos veículos de imprensa.

O Ovo Apunhalado (1975)

Em 1975, Caio Fernando Abreu lança seu terceiro livro, “O Ovo Apunhalado”, que apresenta 21 contos divididos em três partes: ALFA, BETA e GAMA. A obra reflete os acontecimentos que abalaram a sociedade na década de 70, período marcado pela ditadura militar. A obra sofre vários cortes da censura, mas mesmo assim, é considerado um dos melhores livros do ano e recebe menção honrosa do Prêmio Nacional de Ficção.

Morangos Mofados (1982)

Em 1982, Caio Fernando Abreu lança sua obra mais popular que o tornou conhecido: “Morangos Mofados” é um livro de contos que são verdadeiros curtas-metragens sobre a grande metrópole e os zumbis que habitam suas áreas de penumbra. No melhor livro do autor, ele encontra a medida justa para expressar a tragédia de uma geração entre o sufoco, a solidão isolada ou compartilhada, combatida a golpes de bebida, drogas, sexo hetero e homo, ou fuga suprema pela opção do suicídio.

Prêmios

Caio Fernando Abreu recebeu três vezes o Prêmio Jabuti, na Categoria Contos, Crônicas e Novelas com as obras: “O Triângulo das Águas” (1984), “Os Dragões Não Conhecem o Paraíso” (1989) e “As Ovelhas Negras” (1995). Em 1989 recebe o Prêmio Moliere, junto com Luiz Artur Nunes, com a peça “A Maldição do Vale Negro” (1988). Em 1990 publica seu último romance “Onde Andará Dulce Veiga?”, que em 1991 recebe o Prêmio da APC, de melhor romance do ano. A obra posteriormente foi adaptada para o cinema.

Doença e Morte

Em 1993, Caio Fernando Abreu passa a escrever crônicas semanais para o Estado de São Paulo. Em 1994 descobre que é portador do vírus da AIDS. Resolve declarar publicamente no jornal O Estado de S. Paulo, uma série de três cartas denominadas “Cartas para Além do Muro”, onde revela ser portador do vírus da AIDS.

Caio Fernando Abreu faleceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 25 de fevereiro de 1996.

Frases de Caio Fernando Abreu

  • Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências: desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem.

  • Estou me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Estou me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem.

  • A vida é feita de escolhas. Quando você dá um passo à frente, inevitavelmente alguma coisa fica para trás.

  • Mesmo sem compreender, quero continuar aqui onde está constantemente amanhecendo.

Obras de Caio Fernando Abreu

Limite Branco (1971)
O Ovo Apunhalado (1975)
Pedras de Calcutá (1977)
Morangos Mofados (1982)
Triângulo das Águas (1983)
As Frangas (1988)
Mel e Girassóis (1988)
Os Dragões Não Conhecem o Paraíso (1988)
A Maldição do Vale Negro (1988)
Onde Andará Dulce Veiga? (1990)
Ovelhas Negras (1995)
Estranhos Estrangeiros (1996)

 

Fonte: e-biografia

500 mil kits, num total de 5 milhões de testes rápidos para coronavírus chegam ao Brasil

O primeiro lote com 500 mil kits de teste rápido para o coronavírus (Sars-CoV-2) chegou ao Aeroporto Internacional de Guarulhos nesta segunda-feira (30). Mais 4,5 milhões de unidades restantes serão entregues ao longo do mês de abril, de acordo com a Vale, que adquiriu os kits e os doará ao governo brasileiro, que cuidará da sua logística de distribuição no país.

O teste, produzido pela empresa chinesa Wondfo, possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e permite ter um resultado em apenas 15 minutos.

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Os kits foram transportados em 417 caixas, somando 6,3 toneladas, e embarcados no Aeroporto Internacional de Guangzhou Baiyun, na província chinesa de Guangdong, na madrugada de domingo (29).

A Vale também está comprando de fornecedores chineses equipamentos de proteção individual, como óculos, luvas e máscaras, para médicos e enfermeiros. O material também será encaminhado ao governo brasileiro. O valor do investimento não foi informado.

“A Vale oferece essa ajuda à sociedade brasileira em um momento em que o país se une pela saúde e segurança das pessoas. Estamos lançando mão da nossa rede de logística na Ásia para trazer ao Brasil insumos que poderão fazer a diferença na vida das pessoas”, afirmou, em nota, o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo.

Chega ao Brasil primeiro lote de kits de teste rápido para novo coronavírus — Foto: Vale/Divulgação

Outras grandes empresas brasileiras têm anunciado doações para ajudar no combate ao coronavírus. Entre as companhias e grupos que já se ofereceram recursos em espécie ou em insumos ou infraestrutura estão Itaú, Gerdau, Ambev, Lojas Renner, Petrobras, Vale, MRV, Diageo, Marfrig, Unilever, PSA Peugeot Citroën, General Motors, Volkswagen e Moura.

As informações são do Portal G1.

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Boa Notícia – Mais de 127 mil pessoas foram curadas da Covid-19 até agora

No momento em que o número de mortos e infectados pelo novo coronavírus aumenta e países como Itália e Espanha avançam na contagem de seus mortos, cresce também outra estatística menos divulgada e bem mais alentadora: a dos curados. Em todo o mundo, pouco mais de 127 mil pessoas já se recuperaram da doença, segundo estudo da Universidade John Hopkins, dos Estados Unidos.

O resultado do trabalho corrobora informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que 80% das pessoas contaminadas se recuperam apenas no tratamento, sem precisar de internação e uso do respirador (entre 5% e 6%).

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Os curados são homens e mulheres, jovens, adultos e idosos, que apresentaram sintomas variados, desde tosse e falta de ar até perda de olfato. Depois de um período de isolamento total, sem sair de casa – incluindo os mais novos -, eles relatam o prazer de voltar a executar atividades do dia a dia, como estar com os amigos e com a própria família. Alguns são enfáticos: para eles, o isolamento social continua sendo necessário mesmo depois da cura, para evitar que a pandemia avance assustadoramente como em outros países.

Daniela Teixeira, 48 anos, advogada, uma das pessoas que contraíram a Covid-19 e foram curadas.
Imagem: Reprodução

“O pior sintoma é o medo”, afirma a advogada e conselheira federal da OAB Daniela Teixeira, de 48 anos, que contraiu a Covid-19 na Conferência Nacional da Mulher Advogada, realizada no Ceará, em 5 e 6 de março. “Fui homenageada na conferência, mas não vale o risco e o desespero que passei depois. Tinha de ter ficado em casa.” Ela reforça a recomendação da OMS para que as pessoas não saiam de suas casas nesse momento.

Na terça-feira, Daniela recebeu o resultado de seu último teste e não está mais doente. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal, onde mora, recomendou por precaução isolamento total até 31 de março. Depois, vida normal.

Com o aumento da demanda pelos testes de coronavírus, muitos infectados não chegam a fazer novo exame ao fim da quarentena. Segundo o Ministério da Saúde, a orientação para os que testam positivo é de respeitarem o período de 14 dias de isolamento. Depois, se não tiverem mais sintomas, já podem seguir as mesmas regras do restante da população.

Foi o caso da paulista Laísa Nardi, de 22 anos. Em fevereiro, depois de ter voltado de uma viagem por Itália e Espanha, ela começou a ter tosse, falta de ar e dor no corpo. “Achei que a dor fosse de carregar a mochila nas costas”, disse. Poucos dias depois de procurar atendimento médico, Laísa recebeu o resultado positivo do teste para o novo coronavírus. Ela ficou em isolamento com seu ex-namorado, com quem tinha entrado em contato depois da viagem, ao realizar sua mudança da casa dele.

“Fiquei de quarentena com o ex”, brincou. “No dia em que a minha quarentena acabou, andei 15 quilômetros no sol do meio-dia, sozinha, para ter certeza de que eu não estava mais trancada no meu quarto”, conta. Laísa já voltou a trabalhar.

O médico ortopedista Roberto Ranzini, de 54 anos, afirmou que quer se voluntariar para trabalhar em algum hospital de campanha depois de acabar sua quarentena. Ele atua no Hospital Israelita Albert Einstein, onde foi diagnosticado o primeiro caso da doença no País, e disse acreditar que possa ter contraído o vírus de algum paciente. Sem apresentar mais os sintomas iniciais que, para ele, incluíram letargia e diminuição do olfato, Ranzini continua seguindo o isolamento recomendado. “Temos de ter consciência da importância do isolamento, senão vai ter uma explosão de casos e o nosso sistema de saúde não vai aguentar.”

Embora ainda não existam estudos sobre o que acontece com pacientes depois que eles se curam, a esperança dele é a de que, no fim da quarentena, quando pretende ir de novo para a linha de frente da luta contra a doença, ele já esteja imunizado contra o vírus. De acordo com o infectologista Paulo Olzon, uma vez que a pessoa esteja recuperada do coronavírus, não há nenhuma restrição. “É vida normal.”

*Com informações do Estadão Conteúdo e do Portal Jovem Pan.

 

Palestinos e israelenses se unem contra Coronavírus

O coronavírus provocou uma trégua no Oriente Médio e uniu na mesma mesa palestinos e israelenses, um encontro pacífico que há anos nações e entidades do mundo todo buscavam, sem sucesso.

Juntos, representantes dos dois lados criaram um gabinete comum de operações para combater pandemia.

“Este é o momento de deixar de lado as nossas diferenças e trabalhar em conjunto contra a pandemia, que não distingue entre árabes e judeus”, disse um responsável da Autoridade Palestina.

 

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A criação do gabinete comum foi anunciada pelo porta voz da Autoridade Palestina, Ibrahim Milhem.

Ele disse que é uma medida de cooperação necessária para combater a propagação do novo coronavírus.

“As nossas fronteias comuns e relações não deixam espaço de hesitação para tomar medidas severas e cooperar ao mais alto nível para evitar a propagação do vírus”, afirmou Milhem.

Cooperação bilateral

Os primeiros casos da doença na região foram registrados no hotel Angel, em Beit Jala, no início do mês.

“As medidas que tomamos na área de Belém, depois de detectar os primeiros casos, foram feitas em coordenação com as autoridades israelitas”, revelou ao Jerusalem Post um responsável palestino da área da saúde.

Ele relembrou que Israel disponibilizou Kits de teste ao coronavírus e que as análises aos casos palestinos foram feitas em hospitais israelitas.

O chefe do departamento internacional da Administração Civil, Yotam Shefer, revelou que nas últimas três semanas o Gabinete do Coordenador para as atividades nos Territórios, em colaboração com o Ministério da Saúde, tem trabalhado para ajudar os palestinos nesta luta comum contra o coronavírus.

A cooperação com Israel é feita desde a área civil até a de segurança.

“Estamos falando de saúde, que é a nossa prioridade máxima”, explicou.

Doações

Para evitar o aumento do contágio do COvid-19, a Cisjordânia recebeu de Israel 20 toneladas de desinfetante, mais 400 kits de testes para detectar o vírus e outros 500 itens de proteção para as forças de segurança e equipes de saúde.

Agentes de saúde de ambos os locais estão trabalhando para conscientizar a população sobre o perigo da doença.

Começou também um controle da fronteira e dos trabalhadores que passam pelo local diariamente.

Israel contabilizava 500 casos confirmados do novo coronavírus, mas nenhuma morte pela doença, até a semana passada.

A Palestina teve 44 infectados pelo Covid-19 no mesmo período.

O grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, não vai permitir a entrada ou saída no enclave, fechando a fronteira com o Egito.

Com informações da RTP e do portal Sonoticiaboa

 

 

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EUA dizem que encontraram remédio que pode tratar coronavírus

Em pronunciamento nesta quinta-feira (19), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump disse que as drogas hidroxicloroquina e remdesivir podem ter bons resultados contra o coronavírus, com base em um estudo feito na China, e pediu velocidade de testes e possível aproção pela FDA (Food  and Drugs Administration), espécie de Anvisa do país. O discurso de Trump, inicialmente, deu a entender que os EUA tinham descoberto uma cura para o novo coronavírus, o que não aconteceu.

Na mesma conferência, um dos membros da FDA, Stephen Hahn, disse que o uso da droga ainda está em testes para avaliar como ela funciona e em que dose deve ser utilizada contra o coronavírus.

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A hidroxicloroquina já é usada no tratamento de malária e também vem sendo experimentada contra o novo coronavírus na França.

Durante a coletiva, Trump anunciou que, em breve, qualquer cidadão poderá comprar o medicamento, desde que tenham prescrição médica. A hidroxicloroquina também poderá ser distribuída em consultas e hospitais.

Para o presidente dos EUA, a vantagem de usar um medicamento já existente é ter a certeza de que ele já foi testado e aprovado. “Se você começa a desenvolver uma droga do zero, não sabe o que vai acontecer”.

“Os médicos vão distribuir o medicamento, os Estados também, vai ser excelente. Esse pode ser ou não o momento de virada”, afirmou Trump sobre os efeitos da droga no coronavírus ainda estarem sendo estudados.

 

“Estados individuais lidam com isso, médicos lidam com isso, acho que vai ser ótimo”, diz Trump. O governo continua estudando a droga. “Poderia ser um divisor de águas, e talvez não.”

A utilização dessa droga já havia sido sugerida por figuras importantes com Elon Musk, presidente da Tesla, e pelo fundador da Microsoft, Bill Gates.

Quarentena nos EUA

Sobre o crescimento de casos nos Estados Unidos, Trump disse que saberá somente se o distanciamento social de 15 dias precisa ser estendido “no décimo quarto dia”.

O presidente também afirmou que os locais mais afetados pelo vírus estão “trabalhando duro para fazer a quarentena” e que o “governo está se movimentando rapidamente para oferecer mais trabalho remoto”.

Vacina

Stephen Hahn, da FDA, também disse que os testes para uma vacina contra o coronavírus devem permitir sua utilização em até 12 meses. De acordo com Trump, esse é um foco da FDA.

A vacina em questão foi desenvolvida pela farmacêutica Moderna. Após o anúncio de Hahn, as ações da companhia subiram mais de 20%, de acordo com o site de notícias Bloomberg.

As informações são do portal de notícia EXAME.

 

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FGV, Senai e Udemy oferecem cursos online gratuitos para fazer durante a quarentena

Se você está em busca de estudar gratuitamente sem precisar sair de casa para impulsionar sua carreira e adquirir mais conhecimentos, saiba então que a FGV (uma das melhores faculdades do Brasil) oferece diversos cursos online gratuitos, abertos a todas as pessoas, sem restrições, com emissão de declaração de participação incluindo 5 cursos em espanhol.

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