Dia da enfermagem: Por trás das máscaras, profissionais dedicados a cuidar do próximo

Dia da enfermagem: Por trás das máscaras, profissionais dedicados a cuidar do próximo

Hoje é celebrado o Dia Internacional da Enfermagem e a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou 2020 como o ano internacional dos enfermeiros, mas os profissionais não veem muito o que comemorar. Afinal, uma das categorias que está na linha de frente do combate ao coronavírus tem sentido e vivido de perto os efeitos da pandemia, com a falta de equipamentos de Proteção Individual (EPIs), perda de amigos de trabalho e distância necessária da família.

Em tempos de pandemia, esses profissionais, que sempre estiveram na tal “linha de frente” dos atendimentos de saúde, finalmente parecem ter sua importância reconhecida. Afinal, são eles que se arriscam diariamente à contaminação por uma doença ainda sem cura ou vacina, para salvar os outros.

Os profissionais de enfermagem – enfermeiros, técnicos e auxiliares – são fundamentais para a garantia de uma assistência segura e de qualidade nos serviços de saúde. Eles estão 24 horas por dia ao lado dos pacientes e em todas as fases da vida, desde o nascimento.

Por isso, e também pelo que representam nesse momento de pandemia causado pelo novo Coronavírus, os dias 12 e 20 de maio, considerados o Dia do Enfermeiro e do Técnico e Auxiliar em enfermagem, devem ser lembrados e comemorados por todos.

enfermeiros 12 de maio café com poemas

Esta é a equipe incansável do Pronto Socorro Nossa Senhora Aparecida. Os profissionais estão 24h por dia nessa luta contra o Covid-19! Foto: Divulgação

NÃO ME IMAGINO EM OUTRA CARREIRA 

A enfermeira Fernanda Dlugokenski, que atua na UTI Neonatal do Hospital de Caridade de Erechim, destaca que a profissão de enfermeira, além de promover o cuidado ao paciente, também deve ser o ponto de equilíbrio da equipe. “Afinal, ninguém faz nada sozinho”, assegura. Segundo ela, é necessário se capacitar e repassar seu conhecimento aos liderados. Para a enfermeira, que está no HC há mais de 15 anos, uma das principais qualidades de um profissional da enfermagem é a empatia – colocar-se no local do outro. “O paciente confia sua vida ao enfermeiro”, ressalta Fernanda.

Ela conta que sua história com o HC iniciou antes de nascer. Sua mãe trabalhou 35 anos no Hospital e ela lembra de andar pelos corredores quando criança. Antes de ser enfermeira, foi técnica de enfermagem. Seu cargo foi conquistado por meio de uma seleção interna, após ter concluído a graduação em Enfermagem. Para ela, o valor da profissão está no cuidar do outro. Por isso, afirma: “Não consigo pensar em outra carreira para minha vida”.

PACIENTE QUER ATENÇÃO

A técnica em enfermagem da Maternidade do HC, Fabíola Brigida Bury, destaca que a sua profissão, por estar na linha de frente do cuidado, tem entre as atribuições oferecer suporte físico e emocional tanto para os pacientes como para os seus familiares. Segundo ela, três pontos são fundamentais para o exercício da profissão: ética, profissionalização e humanização. Fabíola também reforça que, muitas vezes, é necessário se colocar no lugar do paciente para compreender sentimentos e angústias, conhecer a personalidade para poder realizar o cuidado da melhor forma. “Na maioria das vezes o paciente não precisa somente de medicação, mas de alguém para lhe ouvir. Por isso, nós não cuidamos apenas do lado físico do paciente, mas também do emocional”, sentencia Fabíola.

HC: SUA SEGUNDA FAMÍLIA

A auxiliar de enfermagem da unidade de internação B, Beatriz Rita Ceconello de Oliveira, desde cedo já sabia o que queria para a sua vida: cuidar das pessoas. E é isso que a realiza. Há 37 anos dentro do Hospital de Caridade, Beatriz afirma que dá uma atenção especial à chegada do paciente à clínica. “Minha primeira preocupação é recebe-lo bem e acomodá-lo, assim como a sua família”, comenta. Segundo ela, cada paciente tem uma história para contar e ele gosta, especialmente, de ser ouvido. Tendo trabalhado em diversos setores do Hospital, iniciou na Copa e estudou para se tornar auxiliar, passando 15 anos na UTI, Beatriz sorri com os olhos e afirma que o HC é a sua segunda família.

MEDOS

Apesar de não estarem na unidade de internação Covid, Fernanda, Fabíola e Beatriz participaram de treinamentos oferecidos pelo HC para o enfrentamento do novo Coronavírus. Graças a isso, elas sabem que se for preciso estão preparadas para atenderem pacientes com a doença. “Nos sentimos seguras”, resumem as profissionais que destacam a força da equipe do HC, e também os cuidados do hospital com seus colaboradores e pacientes.

 

As informações são do site: cliccamaqua

Ela ama ser mãe, mas ama também ser mulher

Ela gosta sim de flores, gosta de carinho, de um mimo; de ter um dia só para ela, de se sentir importante, amada… 
Gosta das mensagens que recebe no Whatsapp. Dos posts lindos que encontra no Facebook. Dos poemas e homenagens feitos pelos poetas. Tudo isso é bom. Mas o que ela mais valoriza de fato são as atitudes diárias. O respeito por parte de quem lhe diz palavras bonitas em seu aniversário ou em datas como agora no dia das mães. Ela quer ser valorizada como mulher. Como alguém que também precisa ser percebida, admirada, levada para certos lugares. Quer ter o direito de não se sentir forte o tempo todo, sair um pouco da realidade. Da condição inevitável de ser a alavanca, coluna principal do mundo. Ela não aguenta mais esse rótulo de heroína. De super mulher. De ter de ser forte em tudo e com todos. Ela só quer alguém para dividir o peso de tudo aquilo que carrega. Quer brincar com os filhos até cansar. Sorrir escandalosamente feliz ao lado de alguém, sem essas preocupações de tudo.
Ela quer ter paz, momentos de diversão com as amigas. Chorar, às vezes, quando preciso e ser resgatada, acalentada, compreendida…

É claro que ela ama ser mãe, mas ama também ser mulher.
E ambas as condições se completam em uma só vontade: de ser apenas ela mesma, como mãe e como mulher. Sem rótulos e sem paradoxos.

 

*Texto escrito por Leandro Flores. É livre a reprodução, porém, é obrigatório citar as devidas referências de autoria e fonte.

 

Imagem: Anastasia Gepp/Pixabay

 

Autor

Leandro Flores é fundador e produtor de todos os Projetos ligados ao Café com Poemas até aqui.

 

Jornalista, Sertanista, Comendador, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.

É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…

 

 

UMA CARTA PARA MINHA MÃE

Querida mãe,

Que fase, né! Imagine, eu não poder passar aí para te dá aquele abraço de sempre, para comemorar contigo esse dia que é todo seu! Todo nosso.

Imagine, mãe, ter que passar esse dia tão especial distante de ti! Sem a família toda reunida no sofá, sem almoço de domingo, sem selfs e correria de menino pela casa. Como meu coração não fica em saber que esse dia especial vai ser desse jeito… de longe… sem colo, sem grude, sem seus afagos de mãe.

Mas, apesar da distância, apesar do abraço virtual e, sem aquele cheiro de proteção que só a senhora tem, saiba que te amo muito. E não vai ser um vírus que vai nos separar, que vai nos impedir de sentir a sua presença em todos os instantes.

Que Deus te proteja de todas as angustias destes tempos!

Sossegue teu coração e se cuide!

Feliz dia das mães.

 

*Texto escrito por Leandro Flores. É livre a reprodução, porém, é obrigatório citar as devidas referências de autoria e fonte.

 

Autor
 

Leandro Flores é fundador e produtor de todos os Projetos ligados ao Café com Poemas.

 

Advogado, Jornalista, Sertanista, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.

É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…

 

Flavio Migliaccio é encontrado morto em sítio

Flávio Migliaccio, de 85 anos, foi encontrado morto na manhã desta segunda-feira (4), em seu sítio, em Rio Bonito. A coluna confirmou a informação com Sylvio Guerra, advogado do ator: “Liguei para o Marcelo Migliaccio, filho de Flávio, que disse que recebeu uma ligação do caseiro dizendo que o Flavio tinha falecido. Ele está na estrada, à caminho do sítio, e ainda não sabe a causa da morte do pai”, informou Sylvio. 

Foto: Reprodução

Na tarde de domingo (3), ele foi visto passeando pela Urca. Amigos dizem que ele decidiu pegar um táxi e ir para o sítio da família, que fica num local conhecido como Serra do Sambê. Nesta manhã, policiais do 35º BPM (Rio Bonito) foram acionados e já estão no local. 
Seu último trabalho na TV foi em 2019, em ‘Órfãos da Terra’, onde ele fazia o Mamede Aud. Flávio é muito conhecido pelo seu papel de Xerife na série de TV brasileira ‘Shazan, Xerife e Cia’, e pelo papel de Tio Maneco, na série exibida pela TVE. Na Rede Globo pôde ser visto com grande destaque nas novelas ‘Rainha da Sucata’, ‘Perigosas Peruas’, ‘A Próxima Vítima’, ‘Senhora do Destino’ e ‘Passione’, entre muitas outras.
Carreira 
Flávio Migliaccio nasceu no bairro do Brás, São Paulo, em 26 de agosto de 1934. O primeiro trabalho na Globo foi em 1972. Atuou em inúmeras novelas e minisséries, além de seriados e programas de humor. Morreu em maio de 2020.

Flávio não se furta de trocar ideias com autores, dar palpites na direção e até ajudar a criar, ele mesmo, seus figurinos. “Eu não fico chateado por pegar um papel pequeno. A única coisa que me incomoda na televisão é a falta de humor do diretor e da equipe. Eu gosto de brincar, de ficar num ambiente alegre”. E foi assim no elenco de Caminho das Índias (2009), de Gloria Perez, primeira novela brasileira a conquistar o Prêmio Emmy Internacional. Na trama, o ator viveu o indiano Karan.

Seu pai era barbeiro, e a mãe cuidava dele e de seus 16 irmãos. Ele relembra, emocionado, que seu pai tocava violino e os filhos improvisavam instrumentos, para concertos noturnos. A mãe colocava um lençol branco na janela e, com luz indireta, as crianças faziam sombras para os vizinhos assistirem. “Sempre vivemos nesse clima da arte de representar, de tocar. Meu pai queria que eu fosse barbeiro, até tentou me ensinar a profissão. Ele reunia todos os mendigos da nossa rua e fazia aquela fila, para eu cortar o cabelo e fazer a barba deles. Eram minhas cobaias. Mas acabei não aprendendo, eu queria mesmo era ser artista. Uma vez, fui assistir a um espetáculo numa igreja e percebi que um dos atores era muito ruim. Não gostei dele de jeito nenhum. Então, fiz uma coisa que não deveria ter feito: esperei terminar o espetáculo e fui falar com o diretor. Disse que o cara era muito ruim e que eu faria melhor. O diretor me deu o papel do cara. Fiz, foi legal e comecei a gostar. E foi assim que estreei como ator amador”, conta.

Foto: Memória Globo

Em 1954, Flávio Migliaccio fez o curso de teatro do italiano Ruggero Jacobbi. Ao final, o diretor encaminhou o jovem ator para o grupo amador Teatro Paulista do Estudante, onde conheceu Oduvaldo Vianna Filho e Gianfrancesco Guarnieri. Dali para a profissionalização com o Teatro de Arena, de Zé Renato, foi um passo. Flávio Migliaccio participou de uma série de peças, inclusive levando sua irmã, a atriz Dirce Migliaccio, para o grupo.

Com Dirce Migliaccio, no Teatro de Arena, atuou nas peças A Revolução na América do Sul, de Augusto Boal, Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, e Chapetuba Futebol Clube, de Oduvaldo Vianna Filho. Muitos anos depois, em 1999, dividiria novamente o palco com a irmã em Os Ratos do Ano 2030. Ainda no Arena, teve encenada a peça de sua autoria Pintando de Alegre.

Chegou a fazer pequenas pontas na TV Tupi, e atuou em dois longas-metragens de Roberto Santos – O Grande Momento (1958) e A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1965). Em 1962, participou de Cinco Vezes Favela, atuando em um episódio e escrevendo o roteiro de outro, com Leon Hirszman. No ano seguinte, estreou como roteirista e diretor em Os Mendigos.

Flávio Migliaccio foi convidado, em 1972, pela Globo para atuar em O Primeiro Amor, novela de Walther Negrão, onde viveu Xerife, um sucesso que o acompanha até os dias de hoje. “Eu havia feito um trabalho com Paulo José no cinema, em Como Vai, Vai Bem? Cada um fazia uns dez personagens. Foi um dos trabalhos em cinema que mais gostei de fazer. E como fizemos esse trabalho juntos, Daniel Filho nos chamou para viver a dupla Shazan e Xerife”, conta. “O público imediatamente adotou os dois personagens. A partir daí, passei a viver com uma criança no colo. Isso foi incrível! Eu não ficava mais sem uma criança pulando no meu pescoço”, completa.

O sucesso foi tamanho que a Globo criou o seriado Shazan, Xerife & Cia., que ficou no ar de 1972 a 1974. Foi uma das primeiras vezes na história da televisão brasileira que personagens de uma novela ganhavam um programa próprio. Curiosamente, a dupla foi reeditada em 1998, em uma participação especial na novela Era uma Vez…, também de Negrão, que assim homenageava os 25 anos dos dois personagens tão queridos pelo público. Flávio não quis perder o filão encontrado ao viver Xerife e, baseado no personagem, criou o Tio Maneco, que lhe rendeu alguns longas-metragens produzidos, dirigidos e estrelados por ele, como As Aventuras do Tio Maneco (1971), O Caçador de Fantasmas (1975) e Maneco, o Super Tio (1978). O filme de 1971, inclusive, foi vendido para nada menos do que 31 países e lhe rendeu um prêmio em um festival de cinema infantil na Espanha. Além disso, levou o personagem para a TV Educativa, na forma de seriado, sendo exibido por anos.

Flávio Migliaccio também se dedicou com afinco à televisão. Ao todo, participou de mais de 30 novelas e minisséries, fazendo sucesso com vários personagens marcantes, como o pão-duro Moreiras, em Rainha da Sucata, de Silvio de Abreu (1990), o feirante Vitinho, em A Próxima Vítima, do mesmo autor (1995) – quando, aliás, foi premiado como melhor ator coadjuvante pela Associação Paulista de Críticos de Arte naquele ano –, o impagável Fortunato, em Passione, mais uma vez de Silvio de Abreu (2010), e o turco Chalita, da série Tapas & Beijos (2011), de Cláudio Paiva. Mais recentemente, interpretou o veterinário Josias em Êta Mundo Bom! (2016) e fez sucesso como o imigrante palestino Mamede de Órfãos da Terra (2019).

 

 

Tio Vitinho, de A Próxima Vítima, foi seu personagem preferido, revela. “Foi o que mais combinou comigo. Eu bolei uma coisa que considero uma das maiores criações que tive como ator, e colaborei com o texto assim: bolei que ele vivia com o travesseiro e a roupa de capa embaixo do braço, porque não tinha lugar para dormir. Comecei a desenvolver isso, a fazer uma cena dramática segurando o travesseiro; ficava engraçado. Em O Amor Está no Ar (de Alcides Nogueira, 1997), eu era um açougueiro e tinha bronca de um determinado personagem. Em dado momento, eu o ameacei dizendo algo que não estava no texto: ‘Você já ouviu falar no crime da mala? Foi um açougueiro.’ A partir daí, Alcides embarcou na ideia, e eu ficava com uma mala para ameaçar o cara o tempo todo”, conta. Ele também gosta de destacar o período em que atuou no humorístico Viva o Gordo. “Foi uma experiência maravilhosa. Porque tinha humor na criação, o ambiente de trabalho era muito gostoso. Era tudo trabalho de equipe, gostoso de fazer. Eu fazia alguns quadros fixos. Fiz simplesmente uma árvore. Era difícil vestir aquela roupa de árvore, mas nunca reclamei”, conta, pontuando que chegou a redigir quadros para o programa, assim como para Chico Anysio.

Flávio já atuou, dirigiu, produziu, escreveu e uma charge sua até já foi premiada, nos anos 1970, em um salão de humor promovido pela Universidade Mackenzie, em São Paulo. Também tem atuação reconhecida no cinema, como em Os Porralokinhas (2007), de Luis Farias, quando reviveu Tio Maneco. Em 2019, gravou uma participação no filme Hebe, de Maurício Farias.

 

As informações foram retiradas de FÁBIA OLIVEIRA e MEMÓRIA GLOBO

Dicas de Português na Quarentena: Desvios de Linguagem (Queísmo) – Prof.ª Renata Barcellos

 

Renata Barcellos tem graduação em Letras/Francês, pela Universidade Federal Fluminense (1996), mestrado em Letras  (2003), doutorado em ESTUDOS DE LINGUAGEM pela mesma Universidade (2008) e Pós-doutorado em Língua Portuguesa pela UFRJ (2015).
Atualmente ela é  professora na UNICARIOCA de Comunicação, Expressão e de Oficina no Colégio Estadual José Leite Lopes. Também leciona Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Produção textual no Colégio Estadual Chico Anysio.
Renata é autora das obras “Gramática contextualizada”,  “Itens do Novo Enem”, “Barcellos em prosa e verso” e “Barcellos e Viana: um encontro”. Também é coautora de Antologias poéticas e de diversos artigos sobre o ensino da Língua Portuguesa, além de ser também colunista do Portal Sem Fronteiras (BarcellArtes) e do Pauta Nossa (Agenda Cultural ).
As informações foram tiradas Escavador.
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Dicas de Português na Quarentena: RECURSOS EXPRESSIVOS – Prof.ª Renata Barcellos

Renata Barcellos Barcellos tem graduação em Letras/Francês, pela Universidade Federal Fluminense (1996), mestrado em Letras  (2003), doutorado em ESTUDOS DE LINGUAGEM pela pela mesma Universidade (2008) e Pós-doutorado em Língua Portuguesa pela UFRJ (2015).
Atualmente ela é  professora na UNICARIOCA de Comunicação, Expressão e de Oficina no Colégio Estadual José Leite Lopes. Também leciona Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Produção textual no Colégio Estadual Chico Anysio.
Renata é autora das obras “Gramática contextualizada”,  “Itens do Novo Enem”, “Barcellos em prosa e verso” e “Barcellos e Viana: um encontro”. Também é coautora de Antologias poéticas e de diversos artigos sobre o ensino da Língua Portuguesa, além de ser também colunista do Portal Sem Fronteiras (BarcellArtes) e do Pauta Nossa (Agenda Cultural ).
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Homenagem aos Profissionais da Saúde

Agradecer é a palavra de ordem neste momento difícil que atravessamos. Os nossos médicos, enfermeiros e todos os outros profissionais de saúde estão se esforçando como nunca e merecem nosso agradecimento.

Vocês são incríveis, autênticos lutadores, as pessoas que nos salvam e nos ajudam a viver melhor. É maravilhoso compartilhar este mundo com vocês, aliás, a vida só vale a pena assim.

Um agradecimento sincero e votos de sucesso nesta batalha que enfrentamos, nesta luta que só terá fim porque vocês são os melhores profissionais deste mundo.

 

Gratidão aos médicos e médicas que fazem o mundo mais seguro

 

Por tudo que eles fazem, pelos desafios vencidos diariamente, por tudo, queridos médicos, vocês têm a minha gratidão. Esta é uma profissão nobre, difícil e muito honesta.

Vocês, médicos e médicas, são capazes de salvar o mundo. A dedicação de vocês é muito importante para todas as pessoas e é por isso que devemos sempre agradecer.

Tenho muita gratidão e hoje quero deixar aqui minha homenagem a todos os médicos e médicas que estão por aí lutando contra doenças e fazendo do mundo um lugar mais seguro.

 

Gratidão aos enfermeiros e enfermeiras que cuidam de nós

 

Além de parabenizar, eu quero agradecer pelo trabalho impecável dos enfermeiros. Estas pessoas são realmente profissionais incríveis que merecem todo o nosso respeito.

São os enfermeiros que estão lá cuidando diariamente das pessoas, segurando suas mãos, garantindo que ninguém esteja só. Além de cuidar da nossa saúde, dão o afeto necessário em momentos difíceis.

Enfermeiros e enfermeiras do mundo, vocês estão de parabéns por serem profissionais atentos e dedicados. Nós devemos muito a vocês e agradecemos por tudo que fazem.

Parabéns por esta profissão difícil e muito honrada!

 

Fonte: Mundo das Mensagens

Cordel de Moraes Moreira para Caculé/BA

OBRIGADO CACULÉ

Considero Caculé
A minha segunda terra
Quem já falou de verdade
Aqui e agora não erra
É muito amor e respeito!
Explode dentro do peito
O som do grito que encerra

Posso dizer que o destino
Comigo foi magnífico
Partindo de Ituaçu
Pra cursar o científico
Sem sequer imaginar
Que tudo iria mudar
Cheguei dizendo: eu fico

E desde o primeiro ano
Intensamente vivido
Por doutor “Vespasiano”
Fui super bem recebido
E como quem evolui
Em pouco tempo eu já fui
Ficando desinibido

A minha primeira casa
Preste atenção me acompanhe
Foi a casa do “Seu” Seixas
Colega da minha mãe
Se nada aqui eu invento
Pra lá, bem pra lá de atento
Que a memória me apanhe

Gozava da simpatia
Dos mestres, dos professores
Também das moças bonitas
Por quem morria de amores
Amigo da mocidade
De todos lá cidade
Das senhoras, dos senhores

Já era amante da música
Meus companheiros cantavam
Aula de educação física
Seresteiros se atrasavam
“Deba” mostrava o relógio…
Ele e o professor Eustórgio
Quase sempre aliviavam

Pude também estudar
Na escola do bom boêmio
Gostava de uma cachaça
Não era nada abstêmio
Violão era o instrumento
“Arnunice” era um talento
Mestre “Dudula” é um gênio

Lá no Hotel Livramento
Onde pude me hospedar
Fiquei um tempo e parti
Pra casa de dona Iaiá,
Vivi momentos tranquilos
Sendo amigo dos seus filhos
De todos que estavam lá

Zé Clemente era um colega
O mais chegado, o mais intimo
Acompanhava as loucuras
Impondo sempre o seu ritmo
Me apaixonei por Dalbinha
Pensei que ela fosse minha
Que sentimento legítimo!

Ao lado morava Nina
A minha nova paixão
Digo que sua beleza
Tamanho não tinha não
Mas num momento solene
Me lembro bem, foi Marlene
Dona do meu coração

Mesmo sem falar de todas
Não fica fora nenhuma
Bem vivo aqui na memória
O Cheiro de cada uma
No mar da minha existência
Navegam sim, com frequência
Sem se perderem na espuma

Chegou a vez dos amigos:
Eu não me esqueço, ora veja
De Abdenor e Maroca
Ali na Praça da Igreja
Dilma, Celsa e Celeide
Cada qual era uma lady
Que a minha saudade beija

Dirceu, Sessé, Roseli
Era grande essa família
Eu quase fui adotado
Vejam que maravilha
Foi rica essa convivência
De tanta inteligência
Feliz de quem compartilha

Jogava a minha sinuca
Lá no bar de seu “Nozinho”
Em meio a tantos parceiros
Eu não estava sozinho
Pagava a conversa fiada
Mandavam minha mesada
Dona Nita e Seu Dadinho

Pra falar de todo mundo
Sei que vai faltar papel
Meu Deus, são muitas figuras
Não cabem num só Cordel
Queria contar uns causos
Pois todos merecem aplausos
E eu tiro até meu chapéu.

No fim daquele três anos
A coisa ficou bem séria
Caí na segunda época
Em duas ou três matérias
Tendo que passar por crivos
Meti a cara nos livros
E até que enfim tive férias

Já me sentia um músico
Mesmo que um autodidata
Foram muitas as lições
Que eu aprendi com a nata
Quem batia uma viola
Nunca fez de radiola
Uma linda serenata

Já tendo o segundo grau
Apesar de tanta súplica
Eu tirei um bom proveito
Lá daquela escola pública
Chegando na capital
Percebi que andava mal
A nossa velha república

Enquanto que a medicina
Não abria a inscrição
Fiz teste no Seminário
Mostrei minha aptidão
Pra não perder a viagem
Matriculei de passagem
No curso de percussão

Ali encontrei Tom Zé
Que era mestre e aluno
Aproveitei o que pude
E num momento oportuno
Eu conheci o Galvão
E aí a composição
Pode tomar outro rumo

Já era sessenta e sete
E o destino fez seus planos
Nas ruas de Salvador
Nascem os Novos Baianos
Voando num céu Azul
Logo parti para o sul
Junto com aqueles manos

Perdoem a minha ausência
O compromisso me fez
Estar em outros lugares
E não aí com vocês
Mas vou dizer a verdade
Em outra oportunidade
Não tem senão, nem talvez.

Aí me joguei na vida
E precisava ter fé
A nossa carreira artística
Já começava a dar pé
Foi quando falei e disse
De Dudula e de Arnunice
Meus mestres de Caculé

Eu nunca fui de esquecer
Os meus momentos felizes
Nem também de abandonar
Minhas profundas raízes
Cumprindo assim meu papel
Permanecendo fiel
A todas essas matrizes

Que venham as homenagens
Cantemos todos em coro
Na festa do Interior
Na festa que é um estouro
As coisas andam no GV trilho
Já que o prefeito é o filho
Do saudoso Chico Louro

MORAES MOREIRA, São João de Caculé, 2011;

Dicas de Português na Quarentena: Pontuação – Prof.ª Renata Barcellos

Renata Barcellos Barcellos tem graduação em Letras/Francês, pela Universidade Federal Fluminense (1996), mestrado em Letras  (2003), doutorado em ESTUDOS DE LINGUAGEM pela pela mesma Universidade (2008) e Pós-doutorado em Língua Portuguesa pela UFRJ (2015).
Atualmente ela é  professora na UNICARIOCA de Comunicação, Expressão e de Oficina no Colégio Estadual José Leite Lopes. Também leciona Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Produção textual no Colégio Estadual Chico Anysio.
Renata é autora das obras “Gramática contextualizada”,  “Itens do Novo Enem”, “Barcellos em prosa e verso” e “Barcellos e Viana: um encontro”. Também é coautora de Antologias poéticas e de diversos artigos sobre o ensino da Língua Portuguesa, além de ser também colunista do Portal Sem Fronteiras (BarcellArtes) e do Pauta Nossa (Agenda Cultural ).
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Morre o ícone da música popular brasileira: Moraes Moreira

O cantor e compositor Moraes Moreira morreu na madrugada desta segunda-feira (13) aos 72 anos, em casa, no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro. Conforme a assessoria do artista, ele morreu por volta das 6h depois de sofrer um infarto agudo do miocárdio.

 

Segundo Eduardo Moraes, irmão do cantor, o corpo de Moraes Moreira foi encontrado após a chegada da empregada doméstica no apartamento em que ele morava. O artista vivia sozinho, segundo o irmão.

Ainda de acordo com a assessoria, as informações sobre o enterro não serão divulgadas para evitar aglomerações, recomendação de vários órgãos de saúde como prevenção à Covid-19.

Antonio Carlos Moreira Pires nasceu em Ituaçu, no interior da Bahia, em 8 de julho de 1947. Moraes Moreira começou tocando sanfona de doze baixos em festas de São João e outros eventos na cidade. Na adolescência aprendeu a tocar violão, enquanto fazia curso de ciências em Caculé, na região sudoeste da Bahia, em 1967.

Aos 19, ele foi para Salvador, onde começou a estudar no Seminário de Música da Universidade Federal da Bahia. Lá, ele conheceu seus futuros companheiros dos Novos Baianos, Luiz Galvão e Paulinho Boca de Cantor, além de Tom Zé.

Em 1968, eles criaram o espetáculo que deu origem aos Novos Baianos, Desembarque dos Bichos depois do Dilúvio Universal.

O grupo já tinha também a participação de Baby do Brasil (Baby Consuelo, na época) na voz e o guitarrista Pepeu Gomes quando foi participar do popular Festival da Música Popular Brasileira na TV em 1969, com a música “De Vera”, de Moreira e Galvão.

No ano seguinte, o grupo lançou seu disco de estreia, “Ferro na boneca”. Mas a grande obra deles viria após uma visita de João Gilberto à casa em que eles moravam juntos, já no Rio de Janeiro. Em 1972, eles lançaram o álbum “Acabou chorare”, que consagrou os Novos Baianos. O trabalho juntava samba, rock, bossa nova, frevo, choro e baião.

Com a regravação de “Brasil pandeiro”, de Assis Valente, além de “Preta pretinha”, “Mistério do planeta”, “A menina dança”, “Besta é tu” e a faixa título, todas de coautoria de Moraes Moreira, o álbum de 1972 é reconhecido como um dos melhores – senão o melhor – trabalho do pop brasileiro.

Foi um passo adiante do tropicalismo de Caetano, Gil e Tom Zé – no abraço ao rock e à psicodelia hippie, na fusão de ritmos brasileiros, na recusa a seguir padrões no período mais duro da ditadura militar.

O grupo foi morar em um sítio em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, onde seguiam a cultura hippie dos EUA e da Europa em plena ditadura militar brasileira. Lançaram ainda três discos, cujo sucesso não tão grande começou a gerar desentendimentos. Ele ficou no grupo de 1969 até 1975, quando saiu em carreira solo.

Carreira Solo

Em 1976, já em carreira solo, ele se tornou o primeiro cantor de trio elétrico, ao subir no trio de Dodô e Osmar, e cantou a música “Pombo correio”, sucesso na época.

Já em 1997, ele reuniu o grupo Novos Baianos para lançar o disco ao vivo Infinito Circular, com canções dos discos anteriores e algumas inéditas. Em 2007, Moraes Moreira publicou o livro A História dos Novos Baianos e Outros Versos, escrito em linguagem de cordel, que conta a história dos Novos Baianos.

Em 2017, ele lançou outro livro, o “Poeta Não Tem Idade”, com cerca de 60 textos sobre homenagens a Luiz Gonzaga, Machado de Assis, Gilberto Gil e muitos outros.

Nos últimos anos, Moraes Moreira se envolveu em shows de reunião dos Novos Baianos e também de trabalhos solo. O artista também se dedicou a trabalhos com o filho. No total, ele lançou mais de 60 discos entre a carreira solo, Novos Baianos, Trio Elétrico Dodô e Osmar, além da parceria com o guitarrista Pepeu Gomes.

Em março deste ano ele fez a última postagem no Instagram falando sobre a quarentena que o mundo vive por causa da Covid-19.

 

 

 

Fotos da carreira

 

 

Capada divulgação do livro “Poeta Não Tem Idade”, — Foto: Divulgação

 

Moraes Moreira foi homenageado no programa Som Brasil em 2009 — Foto: TV Globo / Zé Paulo Cardeal

 

Pepeu Gomes e Moraes Moreira nas gravações da novela ‘Tieta’ (1989), da TV Globo — Foto: Acervo TV Globo

 

Davi Moraes e Moraes Moreira tocam durante programa Som Brasil em 2009 — Foto: TV Globo / Zé Paulo Cardeal

 

*As informações são do  Portal G1 Bahia