Brasileiro com câncer terminal que tomava morfina todos os dias terá alta após método inédito aplicado por pesquisadores da USP. Esposa do paciente celebra e descreve situação como “inacreditável”
Vamberto Luiz de Castro, 62, funcionário público aposentado de Belo Horizonte, sofria de um linfoma terminal e tomava morfina todos os dias. Seu destino parecia tragicamente irreversível, mas ele receberá alta no próximo sábado (12).
Após ser submetido a um tratamento inédito na América Latina, o paciente deixará o hospital livre dos sintomas do câncer graças a um método 100% brasileiro baseado em uma técnica de terapia genética descoberta no exterior e conhecida como CART-Cell.
Os médicos e pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC-Fapesp-USP) do Hemocentro, ligado ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, apontam que o paciente está “virtualmente” livre da doença.
Os especialistas só não falam em ‘cura’ porque o diagnóstico final só pode ser dado após cinco anos de acompanhamento. Tecnicamente, os exames indicam a “remissão do câncer”.
Os pesquisadores da USP, apoiados pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), desenvolveram um procedimento próprio de aplicação da técnica CART-Cell.
A técnica está em fase de pesquisas e é pouco acessível. No EUA, os tratamentos comerciais já receberam aprovação e podem custar mais de US$ 475 mil.
Antes de ser submetido ao tratamento, Vamberto tentou quimioterapia e radioterapia, mas seu corpo não respondeu bem a nenhuma das técnicas.
Vamberto estava em fase terminal do câncer, com dose máxima de morfina. Ele deu entrada no dia 9 de setembro no Hospital das Clínicas em Ribeirão Preto (SP) com muitas dores, perda de peso e dificuldades para andar. O tumor havia se espalhado para os ossos.
Os médicos deram a Vamberto mais alguns meses de vida. Como uma última tentativa, os médicos incluíram o paciente em um “protocolo de pesquisa” e testaram a nova terapia, até então nunca aplicada no Brasil.
CART-Cell
O método CART-Cell consiste na manipulação de células do sistema imunológico para que elas possam combater as células causadoras do câncer. A estratégia consiste em habilitar células de defesa do corpo (linfócitos T) com receptores capazes de reconhecer o tumor. O ataque é contínuo e específico e, na maioria das vezes, basta uma única dose.
Segundo os médicos, Castro respondeu bem ao tratamento e logo após quatro dias deixou de sentir as fortes dores causadas pela doença. Após uma semana, ele voltou a andar.
Vamberto com a equipe médica do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (Foto: Divulgação/HCFMRP/Divulgação)
“Essa primeira fase do tratamento foi milagrosa. Não tem mais manifestação da doença, ele era cheio de nódulos linfáticos pelo corpo. Sumiram todos. Ele tinha uma dor intratável, dependia de morfina todo dia. É uma história com final muito feliz”, disse o hematologista Dimas Tadeu Covas.
Renato Luiz Cunha, outro dos responsáveis pelo estudo, explicou que a terapia genética consegue modificar células de defesa do corpo para atuarem em combate às que causam o câncer.
“As células vão crescer no organismo do paciente e vão combater o tumor”, disse Cunha. “E desenvolvemos uma tecnologia 100% brasileira, de um tratamento que nos EUA custa mais de R$ 1 milhão. Esperamos que ela possa ser, no futuro, acessível a todos os pacientes do SUS.”
O hematologista Rodrigo Calado, professor da FMRP-USP, afirma que “esse tratamento foi possível pelo investimento em pesquisa e formação de pessoas feito pela Fapesp e CNPq ao longo dos anos e que agora se traduz em um tratamento melhor e mais eficaz em casos de linfomas refratários.”
Esposa
Rosemary Castro, esposa de Vamberto, conta que foram dois anos de luta e pouquíssimas expectativas desde que o marido foi diagnosticado com a doença.
“É inacreditável, até porque são dois anos de luta e a gente não via nenhum resultado com quimioterapia ou radioterapia, e agora nesses exatos 30 dias que nós estamos aqui [Ribeirão Preto] a gente já vê uma mudança completa na saúde, na vida, em tudo dele”, diz.
“Meu marido sempre foi uma pessoa que gostava muito de praticar esporte, caminhada, uma saúde sempre muito impecável, não tinha vício nenhum. A gente não imagina nunca que de repente possa aparecer uma doença dessas que, de um minuto para outro, desestrutura tudo na vida da gente”, relata.
“Nise – O coração da Loucura”, dirigido por Roberto Berliner e estrelado por Gloria Pires, o longa, baseado no livro Nise – Arqueóloga dos Mares, do jornalista Bernardo Horta, traz um recorte acessível e emocionante da atuação da psiquiatra e sua defesa da arte como principal ferramenta de reintegração de pacientes chamados “loucos”.
Nise da Silveira, psiquiatra alagoana (1905-1999), enxergou a riqueza de seres humanos que estavam “no meio do caminho”. No meio do caminho entre o existir e a dignidade. No meio do caminho entre a loucura e a exclusão total. Entre o aceitável e o abominável.
Essa mulher se rebelou contra a psiquiatria que aplicava violentos choques para “ajustar” pessoas e propôs um tratamento humanizado, que usava a arte para reabilitar os pacientes.
Esquizofrênicos marginalizados e esquecidos puderam ser autores de obras hoje expostas no Museu de Imagens do Inconsciente, no Rio de Janeiro (RJ). A arte marcou o renascimento daquelas pessoas para a sociedade.
Os ensinamentos de Nise nos falam de uma atualidade que se repete a cada vez que a loucura é estigmatizada e polarizada: é ou não é louco(a). Cobramos de nós mesmos, o tempo todo: sejamos funcionais. Como se não pudéssemos falhar ou viver nossas escolhas fora da curva que definiram para nós.
Nise, essa senhorinha miúda, agigantou a humanidade ao cuidar de brasileiros rejeitados pelo sistema e isolados do convívio. A história dela já foi tema de documentários e do filme Nise – O Coração da Loucura, lançado em 2016 e disponível pela Netflix (Vale a pena assistir).
CENTRO CULTURAL DA SAÚDE/MINISTÉRIO DA SAÚDE
Depois de assistir ao filme, fica evidente, por meio de uma ficção que comove e mobiliza, o fato de que Nise terá sempre nosso respeito e admiração, pois tratou a loucura com carinho e fez dela um motor de vida.
Descobrir a história de Nise é encontrar um pouco de nós mesmos nos momentos em que parecemos não “caber” em nossa própria existência.
Como essa mulher fez a diferença no mundo, listamos algumas razões pelas quais ela merece ser convocada à nossa memória:
Ela foi uma mulher pioneira
Em 1926, ao se formar na Faculdade de Medicina da Bahia, Nise era a única mulher em uma turma de 157 alunos. Ainda na graduação ela apresentou o estudo Ensaio sobre a criminalidade da mulher no Brasil.
Ela deu voz à loucura
“Na época em que ainda vivíamos os manicômios e o silenciamento da loucura, Nise da Silveira soube transformar o Hospital Engenho de Dentro em uma experiência de reconhecimento do engenho interior que é a loucura”, explica à revista Cult Christian Ingo Lenz Dunker, psicanalista e professor titular do Instituto de Psicologia da USP.
Nise era uma defensora da loucura necessária para se viver. “Não se cura além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou lhes fazer um pedido: vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi com pessoas muito ajuizadas.”
Ela foi presa política
Nise ficou presa de 1934 a 1936, durante o Estado Novo, acusada de envolvimento com o comunismo. Ela foi denunciada por uma colega de trabalho, que era enfermeira. No presídio Frei Caneca, ela dividiu a cela com Olga Benário, a militante comunista alemã que na época era casada com Luís Carlos Prestes, lembra a revista Cult.
“(…) Lamentei ver a minha conterrânea fora do mundo, longe da profissão, do hospital, dos seus queridos loucos. Sabia-se culta e boa. Rachel de Queiroz me afirmara a grandeza moral daquela pessoinha tímida, sempre a esquivar-se, a reduzir-se, como a escusar-se a tomar espaço.”
Ela implementou a terapia ocupacional no manicômio
Em 1944, Nise passou a trabalhar no Hospital Pedro II, antigo Centro Psiquiátrico Nacional, no Rio de Janeiro. Ela se recusou a seguir o tratamento da época, que incluía choque elétrico, cardiazólico e insulínico, camisa de força e isolamento. Ao dizer “não”, a psiquiatra foi transferida, como “punição”, para o Setor de Terapia Ocupacional do Pedro II. A reportagem da revista Cult lembra que esse era um espaço desprestigiado na época.
Porém, essa transferência foi fundamental para a revolução que Nise provocaria na psiquiatria: foi nesse setor do hospital que ela implementou, junto com o psiquiatra Fábio Sodré, a Terapia Ocupacional no tratamento psiquiátrico.
Ela usou a arte para tratar problemas graves de saúde mental
Nise percebeu que as artes plásticas eram o canal de comunicação com os pacientes esquizofrênicos graves, que até então não se comunicavam verbalmente. As obras produzidas por eles davam “voz” aos conflitos internos que viviam.
Ela expôs as artes feitas pelos pacientes
Além do efeito terapêutico, as artes plásticas possibilitaram que os pacientes (ou clientes, como Nise gostava de chamá-los) se tornassem verdadeiros artistas.
A produção do ateliê do Setor de Terapia Ocupacional já tinha despertado a atenção de pesquisadores de saúde mental e médicos, mas críticos de arte também viram naqueles trabalhos obras artísticas dignas de exposição. Foram organizadas duas exposições internacionais e, em 1952, foi inaugurado o Museu de Imagens do Inconsciente, no Rio de Janeiro.
Em entrevista à revista Cult, Luiz Carlos Mello, diretor do Museu das Imagens do Inconsciente e autor da fotobiografia Nise da Silveira – Caminhos de uma Psiquiatra Rebelde, informa que o acervo pessoal de Nise da Silveira é tombado como Memória do Mundo da Unesco. “Com a criação do Museu, também como um centro de estudos e pesquisa, seu acervo atingiu mais de 360 mil obras e se tornou a maior e a mais diferenciada coleção desse tipo de arte no mundo. Suas principais coleções foram tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.”
Ela introduziu gatos e cachorros na rotina dos psicóticos
Nise encorajou os pacientes psicóticos a conviverem com gatos e cachorros. O resultado foi uma admirável promoção de afetividade com os bichinhos.
Ela revelou as emoções dos esquizofrênicos
Elizabeth Maria Freire de Araújo Lima, professora do Curso de Terapia Ocupacional da USP e autora do livro Arte, Clínica e Loucura: Território em Mutação, explica à revista Cult que Nise constatou que o mundo interno do esquizofrênico, considerado inatingível até então, poderia ser acessado, revelando as emoções desses pacientes por meio das artes plásticas. “Nise afirmava que o hospital colaborava com a doença e acreditava que caberia à terapêutica ocupacional parte importante na mudança desse ambiente.”
Ela chamou a atenção de Jung
Nise era uma devoradora de livros e tinha um interesse especial pela obra do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung. Ela escreveu uma carta para ele, pedindo ajuda para interpretar as mandalas que os pacientes desenhavam. A correspondência é relatada na fotobiografia Nise da Silveira – Caminhos de uma Psiquiatra Rebelde:
“A configuração de mandala harmoniosa, dentro de um molde rigoroso, denotará intensa mobilização de forças auto-curativas para compensar a desordem interna. Então pedi para que fotografassem algumas mandalas e as enviei com uma carta para C. G. Jung, explicando o que se passava. Foi um dos atos mais ousados da minha vida.”
Bernardo Horta, autor da biografia Nise — Arqueóloga dos Mares, diz à Cultque Nise “constata o que Jung afirmava: se para o neurótico – o que seria todos nós, segundo Freud – o tratamento é por meio da palavra, ou seja, a psicanálise, para o esquizofrênico, segundo Jung, a palavra não dá conta. Para esse paciente, o tratamento deveria ser pela imagem”.
Em 1957, Nise é convidada por Jung para passar um ano estudando com ele no Instituto Junguiano, na Suíça, além de expor o acervo do Museu de Imagens do Inconsciente no II Congresso Internacional de Psiquiatria. Na volta ao Brasil, em 1958, ela criou o Grupo de Estudos C. G. Jung no Rio de Janeiro, que coordenou até morrer, em 1999.
A Casa é lugar para o convívio afetivo e estímulo à criatividade dos psiquiátricos. A clínica funciona em regime aberto, sem fins lucrativos, à base de doações.
Ela ajudou a escrever a história da psiquiatria
Nise apontou falhas na psiquiatria, contestou práticas e demonstrou soluções, dando novos contornos e sentidos aos tratamentos e às relações entre psiquiatras e pacientes. Em seus 94 anos de vida, a alagoana publicou dez livros e escreveu uma série de artigos científicos.
Ela representa uma resistência atemporal
O psicanalista Christian Dunker, no Blog da Boitempo, reforça a atemporalidade dos feitos de Nise:
“Não me parece um acaso que, em meio ao momento de maior dissenção social que já vivemos, desde os anos de chumbo da ditadura militar, estejamos presenciando o maior retrocesso desde então registrado em matéria de saúde mental. A nomeação de Valencius Wursch Duarte Filho como secretário de saúde mental do Ministério da Saúde, em uma operação indecente de barganha política, é o retorno de tudo o que Nise demorou uma vida para desfazer. Passeatas, manifestações e mesmo a própria ocupação, que persiste há mais de dois meses, de uma das salas do Ministério, parecem não ter voz nem luz contra a volta das piores trevas psiquiátricas.”
“Duarte Filho foi diretor técnico do hospital psiquiátrico Casa de Saúde Dr. Eiras, fechado em 2012 depois de constatadas graves violações aos direitos humanos pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados”, escrevem os psicanalistas Antonio Lancetti e Maria Rita Kehl, e o psicólogo Aldo Zaiden, em um artigo na Folha de S. Paulo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Psicanálise, entre os profissionais de saúde, a indicação de Duarte Filho para o cargo é vista como um “retrocesso e uma ameaça real aos avanços conseguidos nos últimos anos com a Rede Nacional de Saúde Mental, que promoveu a substituição dos hospitais psiquiátricos pelos Centros de Atenção Psicossociais, organizados para oferecer atendimento intensivo, articulados a emergências psiquiátricas, residências terapêuticas e outras formas efetivas de reabilitação, beneficiando milhares de pessoas antes sujeitas a maus-tratos de toda ordem”.
Mais do que atual: Nise é urgente para a sociedade brasileira.
É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, é também Membro Correspondente da Academia de Letras e Artes de Feira de Santana/BA, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador Nacional e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em inúmeras antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações.
Recebeu o Título de Doutor Honoris Causa em Letras pela Reitoria Acadêmica do Seminário Teológico BOU-Bonhoeffer Open University e diversos outros PRÊMIOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS.
Leandro começou a sua carreira literária em abril de 2008 e, desde então, passou a escrever sobre diversos temas, sendo, inclusive, um dos poetas mais reproduzidos na internet, citado por juízes, acadêmicos (1, 2, 3, 4, 5,6, 7…), poetas, sites de frases e mensagens (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11….), políticos (Vereadores, Deputados, Prefeitos e até Ministro de Estado (aqui)), além de personalidades como Anderson Silva (confira aqui) e outros atletas pelo país. Sua frase mais famosa é: “O esporte é a ferramenta de inserção social mais eficaz, pois o resultado é imediato e as transformações são surpreendentes.”
Reconhecido por exaltar o sertão, em 2009, recebeu da Câmara de Vereadores de Condeúba/BA uma Moção de Congratulação pela participação em projetos na área da Literatura, pela promoção de eventos de propagação da arte e da cultura nessa região e em outros cantos do Brasil.
Em 2015, lançou em Belo Horizonte, pela Revista Café com Poemas, o MANIFESTO AO CULTIVISMO, resultado de alguns encontros, debates, estudos e pesquisas acerca da cultura e da arte CONTEMPORÂNEA no país.
São dez itens com sugestões e posicionamentos sobre o que os seus membros (artistas, ativistas culturais e simpatizantes) acreditam e referenciam como importantes para o Movimento (ao Cultivismo) Café com Poemas, arte e cultura em geral. A intenção foi levar, através dos compromissos firmados pelo Manifesto ao Cultivismo, o sabor da arte e da cultura a todos os interessados.
O Movimento cresceu e se estendeu em diversas cidades do país, como Cordeiros/BA, Rio de Janeiro/RJ (atualmente sem representantes), Condeúba/BA, Itapetinga/BA, Sorocaba/SP, Blumenau/SC, Imbituba/SC, Joinville/SC, etc.
Leandro é advogado, pós-graduando em Comunicação Digital e Mídias Sociais e é fundador e produtor dos Projetos ligados ao Café com Poemas e da editora Novos Sabores Publicações.
“O Prêmio Camões de Literatura é o mais importante da língua portuguesa. Ele foi instituído em 1988 pelos governos português e brasileiro, mas recompensa também autores de Angola, São Tome e Príncipe, Moçambique, Guiné Bissau ou Timor Oriental. A cada ano um escritor lusófono é consagrado pelo conjunto de sua obra.
O anúncio do prêmio a Chico Buarque foi feito em maio deste ano. Ele foi escolhido por um júri formado por Antônio Carlos Hohlfeldt e Antônio Cicero Correia Lima pelo Brasil; Clara Rowland e Manuel Frias Martins por Portugal; Nataniel Ngomane por Moçambique e Ana Paula Tavares por Angola.
Ministério da Cultura português confirma que cerimônia será em data ainda indefinida de 2020, em Lisboa”
Há quem diga que estar solteiro não é sinônimo de solidão. É verdade, você não precisa de outra pessoa para ser feliz, pois a felicidade está dentro de você; nos seus projetos e em suas conquistas, na sua saúde e em sua família. Por outro lado, já ouvi gente feliz dizer que gostaria de ter alguém, um amor para compartilhar a vida e os sonhos. E explicam que estão sozinhos por falta de opção, porque está cada vez mais difícil encontrar alguém que esteja disposto ao amor e ao relacionamento.
Excetuando os solteiros convictos, aquelas pessoas que escolheram não ter um compromisso com alguém, os sozinhos que ainda não encontraram seu par costumam sentir certa confusão quando a tristeza lhes invade. E quanto mais tempo passa, o amor se torna uma decepção.
O problema é que a desilusão fecha as portas para novas possibilidades. Ao fim do dia, acostumado a voltar sozinho para casa, para sua cama onde não há risos nem vozes, apenas o silêncio de estrelas distantes, você se acomoda. E também se questiona “O que eu tenho de errado?”.
Você perde o sono, perde o tempo que poderia aproveitar enquanto se afoga em dúvidas. Sua página em branco lhe espera, mas você hesita. É… dá medo.
Veja. O amor requer coragem e disposição. Amar é ousadia. Se você não estiver disposto a fazer um relacionamento dar certo, pode ser que ele nem comece.
Por outro lado, ao conhecer alguém interessante, se você for com muita sede ao pote, acaba sufocando aquele que não consegue administrar suas expectativas e sua carência afetiva. Por isso, precisa deixar as coisas acontecerem naturalmente.
Imagem: pixabay
Pode parecer paradoxal, mas o enlaço entre duas pessoas precisa vir do desprendimento delas, de uma independência dos dois, mas sem individualismo. Porque no mundo cada vez mais individualista em que vivemos, onde estamos nos perdendo uns dos outros e até mesmo de nossos próprios anseios, estamos nos acostumando a relações superficiais e rápidas, que camuflam a essência do amor. Estamos até correndo o risco de desistir de amar.
É certo que essa maturidade exige esforço e compreensão. E por mais que você queira ter a companhia de alguém, você também já sabe o que não quer. Não se permite se entregar a alguém que não ouve os seus desejos e não se interessa por sua vida, e que não ri contigo das loucuras que você pensa. O que você procura é alguém que te impulsione para frente, alguém que faça valer a pena deixar de ser solteiro.
Enquanto isso, você se dedica ao trabalho e às viagens que deseja fazer. Lê poemas, mesmo sem os entender totalmente. Procura olhar nos olhos mais vezes que olha para a tela do seu celular. Faz exercícios físicos regularmente. Pratica a paciência. Pratica a paciência outra vez. Cuida do seu animal de estimação. Ri até chorar. Depois chora até o peito parar de doer.
Salve seu coração. Não há nada de errado contigo. Também não há nada de errado em querer alguém que sinta a simplicidade da vida nas entrelinhas, um ser imperfeito como você e que desperte em ti a vontade de ser uma pessoa melhor a cada dia.
Não tem problema se outras pessoas não entendem por que você é seletivo. Desde que a seletividade não o impeça de perceber que o amor é possível. Confie nas suas escolhas. Seja espontâneo. Converse com as estrelas quando elas forem as únicas a lhe fazerem companhia.
É como uma oração. Um dia você saberá… Um dia alguém vai aparecer na sua vida e te fará entender por que você esteve sozinho até agora.
Para estimular o gosto pela leitura, nada melhor do que ouvir histórias contadas pelos adultos desde cedo. E o Itaú Unibanco, em conjunto com a Fundação Itaú Social, tem um projeto que se encaixa perfeitamente nessa proposta. Trata-se da campanha Leia para uma criança, que seleciona todos os anos livros infantis para serem distribuídos gratuitamente – para qualquer pessoa que faz o pedido pelo site do projeto, cliente do banco ou não, e também para bibliotecas públicas, organizações da sociedade civil e escolas.
A estimativa é de que 3,6 milhões de exemplares sejam distribuídos em 2019, totalizando1,8 milhão de kits com dois títulos enviados para famílias de todo o país. O poder de tais histórias é mostrar como meninos e meninas, por meio da leitura, podem alimentar sonhos de um futuro melhor para si mesmos e suas famílias, tornando objetivos que muitas vezes são distantes mais próximos da realidade.
As obras de destaque do Itaú
Com o foco em oferecer incentivo à leitura na primeira infância para crianças de todo o Brasil, a edição do Leia para uma criança 2019teve dois livros selecionados por meio de edital. “Léo e a baleia” inspira o cuidado com a natureza e o carinho pelos animais. Na trama, o menino desenvolve um forte laço com uma baleia após encontrá-la encalhada na praia. Ele decide dar um lar para o mamífero, fortalecendo sua relação com o pai, que é pescador.
Crédito: Divulgação Ressaltando o lado humano logo na infância, a história é recheada de aventura e diversão
Ressaltando o lado humano logo na infância, a história é recheada de aventura e diversão
O outro título é “O tupi que você fala”, mostrando de maneira curiosa como a influência indígena está presente no cotidiano das cidades. Palavras como paçoca, pipoca, Ipanema, abacaxi e açaí são oriundas do tupi, sendo assim, estão na boca do povo constantemente, muitas vezes sem que as pessoas saibam disso.
Crédito: Divulgação As palavras e a influência indígena estão mais presentes no dia a dia do que você pensa
As palavras e a influência indígena estão mais presentes no dia a dia do que você pensa
Os dois livros foram selecionados por meio de edital – as obras passam por uma curadoria de especialistas em literatura infantil, Organizações da Sociedade Civil, Secretarias de Educação, Cultura e Assistência Social, bem como Voluntários do Itaú Unibanco, adultos e crianças de diversas regiões do país.
Além disso, a formação de mediação de leitura “Infâncias e Leituras”, promovida pelo Itaú Social, está com inscrições abertas para uma nova turma – para participar, basta acessar https://polo.org.br/
Atuando desde 2010, o Leia para uma Criança já distribuiu mais de 54 milhões de unidades de livros físicos e cerca de 12 mil obras em braile expandida para pessoas com deficiência visual. Na ação de 2018, mais de 1,6 milhão de kits foram partilhados com famílias ao redor do território nacional. E não para por aí. O alcance do projeto transcende fronteiras, com ações de incentivo à leitura, formação de mediadores e distribuição de títulos infantis em países como Argentina, Chile, Colômbia e Paraguai.
Para saber mais e garantir seu kit, basta acessar o site oficial.
Essa é uma daquelas histórias para nos fazer acreditar na humanidade. Em meio a 5,5 milhões de crianças sem nome do pai no registro de nascimento que existem no país, segundo o IBGE, um carioca decidiu assumir a paternidade da filha de uma amiga. “É para que ela possa crescer com o amor de um pai”, disse Raphael Porto, pai de AnaFlor.
AnaFlor é filha da Brunna, que é super amiga de Amanda, noiva do Raphael. O pai biológico da garota nunca foi presente na vida dela e da mãe. Foi aí que AnaFlor escolheu preencher essa lacuna com aquela pessoa que mais agia como um verdadeiro pai no seu dia a dia.
“Eu frequentava bastante a casa da Brunna porque ela é muito amiga da Amanda e brincava muito com a AnaFlor porque sou apaixonado por criança. Até que um dia ela me chamou de pai no meio da sala. Ela me escolheu como seu pai”, relatou.
Isso aconteceu quando a AnaFlor tinha um ano e dois meses, e hoje, ela já tem dois anos de idade. “Foi um misto de responsabilidade e de realização de um sonho porque eu sempre quis ser pai e sempre disse que gostaria que a primeira filha fosse uma menina. No começo tive aquele espanto, aquele medo, mas no outro dia eu já estava maluco para vê-la de novo”, disse.
Depois disso, Raphael conversou com a namorada, Amanda, e com a mãe de AnaFlor, a Brunna, e decidiu que iria assumir a menina como a sua filha. “O meu pai sempre foi presente fisicamente, mas não me dava atenção, eu tive um abandono afetivo. Crescer sem pai, por mais que a mãe seja a melhor mulher do mundo, é muito ruim. E eu não quero que ninguém passe por isso, então pude transformar a vida de uma criança”, conta.
Arquivo Pessoal
Rotina
Raphael trabalha durante o dia e estuda à noite, então ele acompanha a rotina de AnaFlor por meio de chamadas de vídeo. Nos finais de semana, pai e filha fazem programas juntos. No próximo ano, AnaFlor vai entrar na escolinha, e Raphael vai arcar com parte das despesas.
Aceitação
A família e os amigos próximos entenderam e apoiaram a iniciativa e a própria noiva, Amanda, incentivou a decisão do Raphael e ficou feliz com a escolha. Na semana passada, ele fez uma postagem nas redes sociais explicando a situação. “Eu estava cansando de tanta gente me perguntando porque eu fiz isso e decidi explicar de uma vez na rede social, mas a repercussão foi muito grande de comentários negativos, mas principalmente positivos. Muita gente insinuou que eu era o pai biológico da AnaFlor, mas quando cheguei na vida dessa família, a AnaFlor já tinha nascido”, disse.
Exemplo
“Acho que vai ser muito bom ela crescer sabendo que tem um pai, que ela tem uma figura de pai presente, que vai ajudá-la em tudo o que ela precisar, que vai nesses eventos de colégio, que não vai deixá-la desamparada. Eu pensei muito pouco em mim e somente nela. Na minha vida, só aumentou gastos, preocupação, mas aumentou o amor. Você receber o amor de uma criança completamente inocente, você se sentir importante na vida de uma criança, que é a coisa mais pura que existe no mundo, não tem preço. Que isso possa servir de exemplo para que os pais biológicos cuidem dos seus filhos, e que as pessoas adotem porque tem muita criança precisando de amor e carinho no mundo”, finalizou Raphael.
Absorvente interno biodegradável para mulheres em situação de risco rende a Rafaella de Bona o prêmio alemão iF Design Talent Award 2019.
Uma estudante curitibana ganhou um prêmio de design mundial com um projeto voltado ao cuidado da higiene de mulheres em situação de rua. Rafaella de Bona, de 22 anos, desenvolveu um absorvente interno descartável, biodegradável, a partir de uma fibra de banana.
O projeto foi criado para a conclusão do curso de especialização em design com o tema “Soluções de impacto para o futuro”. Ela precisava escolher um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e decidiu trabalhar no primeiro: “Erradicação da pobreza”.
Foto: Divulgação
O projeto batizado de “Maria” concorreu ao lado de outros 4 mil, de 38 países, ao iF Design Talent Award 2019. Dos 39 vencedores de todo o mundo, a curitibana foi a única brasileira a receber o reconhecimento este ano. A ideia foi inspirada em uma iniciativa que existe na Índia e utiliza a fibra da banana para produzir absorventes femininos externos.
Rafaella aprimorou a proposta. Basicamente, o absorvente vem em um rolo e pode ser destacado e enrolado de acordo com a necessidade. Assim como os itens disponíveis no mercado, os tamanhos variam.
O objetivo agora é desenvolver um protótipo para fazer testes e avaliar a eficácia do produto.Mas para Rafaella, só o fato de chamar a atenção para o problema já é um grande passo do trabalho.
“O Menino do Pijama Listrado” é um filme ambientado na Alemanha nazista, baseado no livro de John Boyne, publicado em 2006. O livro narra a história de duas crianças que se encontram em um ambiente hostil. Um deles é filho de um soldado nazista de alto escalão (Bruno) e o outro é uma criança judia (Schmule). Ambos foram criados com valores e ideologias diferentes, mas o amor de um amigo era mais valiosos do que isso .
Em pleno holocausto, essas crianças deixaram suas ideologias de lado e começaram uma bela amizade cercada por uma enorme inocência que os levou a ter o relacionamento mais aplaudido e lembrado na tela grande. E por que todo esse sucesso? É que a história fala sobre a era mais desagradável, humilhante e horrível que a humanidade viveu. No entanto, e dada a posição existencial de cada criança, nada disso importava e os laços de amizade a cada dia mais se fortaleciam.
Psicologicamente, cada personagem tem uma perspectiva diferente do mundo ao seu redor. Então conheceremos em profundidade o comportamento dos personagens, especialmente o dos pequenos.
“O Menino do Pijama Listrado”: O que passava pela mente de cada um? A sociedade está envolvida em muitos problemas e o que gerou essa falta de controle se baseia principalmente em nosso comportamento. Quando criança, um dos valores mais prevalentes foi a honestidade e a consciência, isso nos fez ver o mundo com olhos de igualdade, sem diferenças ou superioridade. Portanto, a conexão com o filme e as crianças ganhou força na platéia. Mas como eles superaram suas diferenças do ponto de vista psicológico? Aqui está uma explicação:
O garoto de pijama listrado – Bruno, 8 anos Bruno é um personagem do filme, criado em um ambiente de ideologia nazista. Seus valores se concentravam em ver o outro como um inimigo da morte e, se ele era judeu, o sentimento era maior. Sua família era composta por um pai de alto escalão nas fileiras nazistas. Sua mãe, uma mulher convencional que seguiu as instruções do marido.
Sua irmã, em plena puberdade, muda o mundo das bonecas com símbolos nazistas e adota um comportamento alinhado à ideologia. O garoto Bruno, enquanto isso, é tão inteligente e atento que pode percebe certos conflitos e mudanças na família. Não apenas morava em uma casa nova, mas às novidades que o cercavam.
Sua curiosidade o leva ao fundo da fazenda, onde encontra Schmule, o garoto de pijama listrado. Ao vê-lo, ele percebe outros elementos além dele, como suas roupas, que não tinham cabelos e estavam desnutridos. Por tudo isso, o garoto Bruno procura ajudá-lo e cria uma bela amizade cheia de conflitos e dúvidas. No entanto, Bruno viu além e encontrou um novo amigo naquela vida desolada que ele tinha.
Por que isso aconteceu? Quando crianças, nosso comportamento é diferente de quando crescemos. Esquecemos as diferenças e nos concentramos em ser felizes. Para eles, esse processo de busca de bem-estar é mais simples, porque eles veem tudo igual. Não há discriminações e sua mente está focada em fazer amigos. Eles não vêem ideologias e seus valores se concentram na amizade, no compartilhamento e na ajuda.
“UMA COISA É CERTA, FICAR SE SENTINDO MISERÁVEL, NÃO TORNARÁ AS COISAS MAIS ALEGRES”.
Cena do filme O menino de pijama listrado
O garoto de pijama listrado – Schmule, 8 anos Para Schmule, a vida era diferente. Sua infância foi perturbada desde tenra idade, vivendo com medo a cada segundo. Mas esse sentimento desapareceu em segundos quando ele fortaleceu os laços com Bruno, seu amigo atrás das grades. Em sua mente, havia um bloco geral de tudo o que havia acontecido ou o que poderia acontecer.
No caso de Schmule, não havia espaço para planejamento futuro nem para viver um presente feliz . Não enquanto ele estava trancado em sua realidade. Bruno o fez escapar dela, fazendo com que qualquer ideologia existente desaparecesse. Para eles, sua amizade era superior a qualquer distância, barra ou valores propagados.
Essa criança tinha traumas e cicatrizes difíceis de curar por conta própria. A amizade com Bruno fez com que se sentisse valioso, fora de perigo e com muita coragem. Essa combinação de sentimentos e valores gerou uma força incrível que os levou a morrer juntos. Obviamente, sob o manto de uma bela amizade que superou qualquer tipo de obstáculo, mesmo o do Holocausto. O garoto de pijama listrado Como foi seu comportamento?
A infância de cada criança foi semelhante, sua maneira de agir e se comportar explica que suas vidas foram marcadas por ódio, confusão e desespero . Embora em Schmule, a criança judia, seus valores não tenham mais valor ou significado. Para ele, medo e confusão foram os que invadiram sua mente, gerando esse comportamento. Para Bruno, que brigou entre o que sua família lhes contou e o que viu, houve apenas confusão.
Aqui a honestidade prevaleceu porque ele entendeu o que era bom ou o que ele podia fazer e o que não era . Ele entendeu que deve fazer o que diz e não prometer algo que não será capaz de realizar. Ensinar esse valor às crianças é essencial e formará conhecimento, habilidades, sentimentos e emoções nelas. Tudo isso os levará a serem honestos.
“TEMOS QUE PROCURAR FAZER O MELHOR DE UMA SITUAÇÃO RUIM”.
Os psicólogos recomendam que a infância não seja perturbada por ideologias que apenas confundem e moldam uma criança de forma errada. É essencial transmitir-lhes valores e deixá-los crescer para que eles decidam com mais firmeza o que querem ser. Se você tiver problemas com seus filhos, procure os profissionais de psicologia que o guiarão para superar com mais segurança essa crise e o comportamento dos pequenos da casa.
Traduzido e adaptado do site Mente Assombrosa, escrito pela psicóloga venezuelana Cilaura Vilchez.
Uma parceria entre o Hospital San Rafael, de Madri (Espanha), e a revista especializada em futebol “Panenka” criou batas (roupões) hospitalares para que as crianças internadas lá possam melhorar o ânimo e se recuperar mais rapidamente.
Em vez do tradicional (e impessoal) verde, as batas reproduzem camisas de clubes de futebol espanhóis, com direito a patrocínio, número e nome de atletas – como os craques Lionel Messi, Sergio Ramos e Antoine Griezmann – nas costas.
O projeto, que se chama “Las batas más fuertes”, tem o objetivo de fazer com que as crianças, que sofrem as mais diferentes enfermidades, percebam a experiência hospitalar como algo que pode ser mais alegre. (vídeo aqui)