Arquivo anual 27 de dezembro de 2020

Mãe morre com covid-19 após festa; filha faz apelo: evitem grandes reuniões

A morte da mãe, Joginder Kaur, de 67 anos, vítima de covid-19, fez Dalvinder Kaur Kelly fazer um apelo às pessoas: evitem ir a grandes reuniões. Joginder contraiu a doença após ir a um casamento da família em Derby, no Reino Unido, onde mais de 50 pessoas estavam presentes. Segundo disse a filha ao jornal “The Mirror”, a mãe “se sentiu pressionada a ir” ao evento.

“Minha mãe ainda deveria estar aqui, mas ela se sentiu pressionada a ir. Se você está preocupado, não fique quieto – fale. É tão sem sentido. Minha mãe passou do casamento para ser internada no hospital em menos de 10 dias. Algumas semanas depois, estávamos organizando seu funeral. A covid está destruindo vidas. Gostaria que as pessoas pensassem sobre o que estão fazendo”, declarou Dalvinder. O casamento aconteceu no dia 19 de setembro, quando as medidas de restrições no Reino Unido impediam a reunião de mais de 30 pessoas. Joginder foi internada no dia 24, no hospital Queen Elizabeth, em Birmingham. Ela morreu seis dias depois. “Só quero dizer às pessoas para não irem a grandes. , ressaltou Dalvinder. A família começou uma campanha para arrecadar fundos para o hospital. “Em seus últimos dias, minha mãe foi cuidada por médicos e equipes de enfermagem incríveis”, completou ela.

 

Imagem mereamente ilustrativa. Autoria é de Engin Akyurt

Informações: Uol

Inscrições para o Projeto Cartas e Depoimentos 2020 são adiadas

Você que ainda não se inscreveu no projeto Cartas e Depoimentos 2020 essa é a sua última oportunidade. As inscrições foram prorrogadas para o dia 05 de janeiro de 2021. No primeiro edital, a data limite para realização das inscrições era até o dia 22/12/2020.

Para o idealizador e coordenador do projeto Leandro Flores, o adiamento do prazo é para possibilitar que mais pessoas participem e que as experiências de natal e ano novo (em quarentena) possam ser traduzidas em cartas e inspirações.

Está sendo muito bom poder usar as palavras para traduzir o nosso estado de espírito em tempos tão difíceis como estes que estamos vivendo.  Poder falar de várias coisas, nos conhecer através das cartas, soltar a imaginação com os personagens é como se fosse uma válvula de escape para poder fugir da realidade tenebrosa que estamos vivendo. É uma experiência marcante.

Leandro diz ainda que após o encerramento das inscrições o participante inscrito ainda poderá enviar e receber as cartas. Mas que, independente da seleção  das cartas que comporão a coletânea, nada impede que o projeto continue e que as pessoas possam trocar cartas entre si em datas futuras, sem compromissos com publicações.

Se a pessoa escreveu, durante a participação no projeto, vamos supor… 50 cartas, isso não significa que todas elas irão fazer parte da coletânea (impressa). Vai depender de quantas páginas ele ou ela irá escolher participar.  Essa troca de correspondência no projeto é gratuita e o ideal é que todos escrevam o máximo de cartas possíveis.

O projeto funciona da seguinte maneira: em um primeiro momento, o participante deverá encaminhar (no ato da inscrição) um depoimento (não se trata de biografia) e deverá, de maneira sucinta, falar um pouco de si, seus gostos, suas preferências, seu estilo de vida, seus sonhos, experiências, fantasias  e o desejo de conhecer pessoas através das cartas. Esse depoimento será publicado em um grupo privado no Facebook (item 1. IV do edital abaixo), composto apenas pelos participantes do projeto e será usado como troca de informação e interação social.

Depois, cada um, vai escrever quantas cartas quiser, porém, diferente de outras edições, o envio será apenas entre os participantes e por e-mail. Será necessário que o PARTICIPANTE encaminhe também, além do destinatário, uma cópia para o e-mail: projetocartasedepoimentos@gmail.com para que a mesma fique registrada junto ao projeto e possamos publicá-la no site ou na coletânea (livro).

O objetivo é reunir um material: Depoimentos Pessoais, Experiências, Impressões, relatos do dia a dia, em forma de Cartas ou Depoimentos (em textos escritos) sobre este momento que estamos enfrentando.

O Projeto teve início em 2013, com o livro “Tens Algo para Mim?” e de “Entrelinhas e Reticências” em 2014, com edições atualizadas (Disponíveis no site da editora NS Publicações), agora em 2020, o tema é “Quando o mundo acabou em 2020 – Cartas e Depoimentos na Quarentena”, porém, o participante poderá também escrever sobre outros assuntos, como o amor, amizade, fantasia (na construção de personagens), etc. Proibido conteúdos que violem direitos de terceiros ou incentivem a VIOLÊNCIA (qualquer que seja), a PEDOFILIA, o PRECONCEITO, o RACISMO ou provoquem discussões desnecessárias (ex. política, religiosa, ideológica, etc.).

As inscrições são gratuitas. 

Este projeto conta com o apoio da editora Novos Sabores – Publicações, Movimento Cultivista e Café com Poemas.

Confira abaixo, como participar:

 

O que o “Coronavírus” nos traz como lição em tempos de alienação social e reforço a estupidez

Eu acho que o universo tem sua maneira de restaurar as coisas para equilibra-las de acordo com suas próprias leis, quando elas são alteradas. Os tempos em que vivemos, cheios de paradoxos, alimentam o pensamento …

Numa época em que as mudanças climáticas atingem níveis preocupantes devido aos desastres naturais que estão ocorrendo, a China em primeiro lugar e muitos outros países depois são forçados a bloquear; a economia entra em colapso, mas a poluição diminui consideravelmente. A qualidade do ar que respiramos melhora, usamos máscaras, mas ainda respiramos …

Em um momento histórico em que certas políticas e ideologias discriminatórias estão surgindo em todo o mundo, aparece um vírus que nos faz experimentar que, num piscar de olhos, podemos nos tornar os discriminados, aqueles que não têm permissão para atravessar a fronteira, aqueles que transmitem doenças. Mesmo sendo branco, ocidental e com todos os tipos de luxos baratos que temos ao nosso alcance.

Em uma sociedade baseada na produtividade e no consumo, na qual todos passamos 14 horas por dia correndo, não sabemos muito bem para onde, sem descanso, sem pausa, de repente somos forçados a parar. Recolhidos em casa, dia após dia. Contando as horas de um período do qual perdemos o valor, se não for medido em algum tipo de remuneração ou em dinheiro. Ainda sabemos como usar nosso tempo sem uma finalidade específica?

No momento em que os pais, por motivos maiores, costumam delegar seus filhos a outras pessoas e instituições, o Coronavirus força as escolas a fecharem e nos obriga a buscar soluções alternativas, coloca os pais juntos aos seus filhos. Nos obriga a sermos família novamente.

Numa dimensão em que as relações interpessoais, a comunicação, a socialização, são realizadas no espaço virtual das redes sociais, dando-nos a falsa ilusão de proximidade, esse vírus nos tira a proximidade verdadeira e real: sem toques , beijos, abraços, tudo deve ser feito à distância, na frieza da falta de contato. Quanto de nós damos a esses gestos seu verdadeiro significado?

Numa fase social em que o pensamento sobre si mesmo se tornou a norma, esse vírus nos envia uma mensagem clara: a única maneira de sair disso é fazer ressurgir em nós a sensação de ajuda ao próximo, de pertencer a um coletivo, ser responsável e fazer parte de algo maior, que por sua vez, é responsável por nós. Co-responsabilidade: sentir que suas ações influenciam no destino das pessoas ao seu redor e que você também depende delas.

Vamos parar de procurar culpados ou nos perguntar por que isso aconteceu e começar a pensar sobre o que podemos aprender com tudo isso. Todos temos muito em que refletir e nos empenhar. Com o universo e suas leis, parece que a humanidade já está bastante endividada e que essa epidemia está chegando para nos explicar, a um preço caro.

Texto atribuido a psicóloga Francesca Morellimas.

(Cit. F. MORELLI, traduzido para o português)

Imagem: Pixabay 

Entrevista – Dez perguntas para um candidato a vereador em Condeúba

As eleições municipais vêm chegando e, com isso, surge a necessidade de conhecer as propostas dos candidatos a vereador no município de Condeúba.

Apesar do pouco tempo que falta para as eleições deste ano, abrimos um diálogo com os representantes a cargo eletivo do referido município. E nossa primeira abordagem vai ser com o candidato Antônio Santana.

Professor, poeta, escritor, Antônio da Cruz Santana nasceu na cidade de Saubara, na Região do Recôncavo Baiano, em 9 de abril de 1971. Em 2005, mudou-se para

Condeúba/BA, onde graduou-se em Pedagogia pela Faculdade Internacional de Curitiba – FACINTER. Nessa mesma cidade, fez pós-graduação em Gestão do Trabalho Pedagógico: supervisão e orientação escolar – EAD Lato Sensu e lecionou as disciplinas de História e Geografia no Ensino Regular e no Projeto – EJA (Educação de Jovens e Adultos), na Escola Estadual Tranquilino Leovigildo Torres. Nas eleições municipais de 2004, concorreu pelo PTC (Partido Trabalhista Cristão) ao cargo de vereador do município de Saubara/BA. Em 2008, também pelo PTC, concorreu ao mesmo cargo no município de Condeúba/BA. Cursou Teologia pela Diocese de Caetité/BA.

Participou do XXII Curso de Verão promovido pelo Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP) – PUC-SP, em janeiro de 2009, e do XXIII, em 2010. Lecionou Língua Portuguesa e Literatura Brasileira no Colégio Estadual de Condeúba, curso Ensino Médio, no período de 2010 a 2013. Exerceu a função de Vice-diretor na escola Municipal Eleutério Tavares, nos anos de 2013 e 2014. Participou, em 2015, do curso de

Capacitação para auxiliares das bibliotecas públicas da Bahia, realizado pelo Instituto Anísio Teixeira ISEC-BA; É membro-conselheiro do Conselho Municipal de Saúde de Condeúba-Ba e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Condeúba (BA). Suas poesias “Amor do Sertão” e “Condeúba Terra Boa” rendeu-lhe homenagem da Câmara Municipal de Vereadores de Condeúba/BA, em votação plenária do dia 16 de maio de 2007, com a Moção de Congratulação.

Antes de iniciarmos a entrevista, gostaríamos de deixar aberta também a possibilidade (convite) para outros candidatos ao cargo de Vereador poderem também se manifestar e responderem as mesmas perguntas direcionadas ao Candidato Antônio Santana. As perguntas foram retiradas com bases em outras entrevistas e de debates pertinentes às demandas políticas locais.

 

Perguntas:

1. Candidato, por que o senhor quer ser vereador?

R: Quero ser vereador para me comprometer em cumprir o papel do vereador de fato de legislador, de fiscalizador do Poder Executivo e propor projetos de lei que não onerem os cofres públicos do Município de Condeúba.

2 .  Qual será realmente a sua área de atuação? A quem o senhor representará de fato na política de Condeúba?

R: Pretendo, se eleito for, atuar nas áreas de Educação e de Cultura do Município. Agora, vou priorizar duas categorias que normalmente andam esquecidas que são: os adolescentes e os jovens com relação às políticas públicas como arte, cultura, desporto e lazer.

3. O senhor já tem um Projeto de Lei para apresentar nos primeiros dias de mandato? 

R: Um projeto pronto não. Eu tenho um esboço de um Projeto Musical Cantando na Praça, com o objetivo de valorizar os artistas do nosso município, e ao mesmo tempo, promover renda para pessoas do ramo comercial, bem como alegrar as nossas tardes e noites de sábado e domingo da cidade e também da zona rural.

4. O senhor faz campanha com dinheiro público, recursos próprios ou doação de pessoas físicas? Quanto deverá custar a sua campanha?

R: Estou fazendo esta campanha com muita dificuldade justamente por falta de dinheiro. Investir inicialmente R $ 200,00, e posteriormente recebi do Fundo Partidário pelo PSOL por meio de propaganda de santinhos. Sem veículo e sem condições financeiras, fiz grande parte da minha campanha caminhando pelas ruas e casas do centro da cidade pedindo votos.

5. O que o senhor pensa sobre a questão do meio ambiente para a cidade de Condeúba? Tem alguma proposta nesse sentido?

R: Penso que devemos cuidar das nossas matas, dos nossos rios, açudes e lagos para preservá-los e conservá-los como parte importante da natureza e para a sustentabilidade de gerações futuras de Condeúba.

PROPOSTA:
Criação de um Projeto de Lei Municipal de arborização e reflorestamento de todo o território municipal, aonde houver locais de desmatamento de matas e florestas devastadas pela ação humana.

6. O que Condeúba tem de melhor? E o que ainda falta melhorar, na opinião do senhor?

R – Condeúba tem de melhor: a hospitalidade e o acolhimento do seu povo. Falta melhorar em muitos aspectos, mas em especial a forma de Pensar e de Fazer POLÍTICA. Aqui, infelizmente, ainda se pratica um Sistema Político Oligárquico de perseguir, excluir e marcar pessoas quando se posicionam contrárias as ideologias do Gestor Municipal.

7. Sabemos que na questão cultural, Condeúba sempre foi uma cidade atrativa, com um produto artístico muito diversificado, com pessoas e artes a serem exploradas, porém, como a maioria das cidades pequenas, a cultura nunca foi o foco principal de motivação política. Como o senhor enxerga essa questão?

R: Sabemos que todo gestor público têm as suas prioridades, é claro que a cultura, não somente em Condeúba, como também em nível de Brasil, não se dá o merecido valor. Agora, espero, se eleito for, lutar por investimentos das políticas públicas, acima relacionados não por um favor do prefeito municipal, mas por um direito constitucional na aplicabilidade dos recursos destinados à cultura.

8. Qual a sua visão sobre a áreas sensíveis e de fundamental importância como a saúde, educação, infraestrutura? Por exemplo, é uma vergonha uma cidade como Condeúba em pleno século vinte um, ainda não ter uma rodoviária. Um lugar apropriado para embarque e desembarque, sujeitando-se às pequenas agências, onde pessoas e objetos se aglomeram em lugares inapropriados, sujeitos a todos os tipos de riscos e desconforto. O senhor pretende apresentar propostas nesse sentido? Ou até mesmo abrir audiências públicas para se buscar a viabilidade de propostas como essas?

R: Acredito que esta é uma questão de extrema necessidade para os usuários do transporte público de Condeúba. Irei me empenhar e lutar para que o mais breve possível a prefeitura possa construir esta rodoviária. Penso até mesmo que se dispensa audiência pública pela urgência, é claro que eu não sou contrário à convocação da mesma.

9. Candidato, diferente da politicagem que é a parte podre, onde as pessoas usam da política em benefício próprio ou de outrem. As pessoas, principalmente os jovens, precisam se inteirar da pratica saudável de fazer política, a começar que esta, nada mais é, do que o ato de escolher, exercer, cobrar, pensar. Porque se deixarmos o barco correr, pessoas oportunistas, ultrapassadas, politiqueiras sempre farão partes desse cenário e as coisas continuarão sempre do mesmo jeito. Qual a sua visão sobre a participação política em uma cidade como Condeúba?

R: Para mim, é sempre um desafio muito grande participar de um pleito eleitoral, por vários motivos:
O primeiro motivo é o financeiro, que infelizmente ainda dita a regra suja do jogo da troca e da compra de votos.
O segundo motivo é talvez o pior que é a falta de politização do nosso Povo que ainda define o VOTO não como um direito democrático, mas sim como um pagamento de favores intermináveis a determinado candidato (a) a vereador ( a) que infelizmente acontece em todo o município de Condeúba, inclusive no pensamento de alguns jovens que ainda acompanham a orientação política de seus pais.

10. Para concluirmos gostaria de perguntar qual a função de um vereador?

R: De acordo com a Lei Orgânica Municipal ( Promulgada em 1 de novembro de um 2018), no Art. 25.Cabe à Câmara Municipal, com sanção do prefeito, dispor sobre todas as matérias da competência do Município, especialmente sobre:

IX. Julgar anualmente as contas do prefeito e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;

XI. Fiscalizar e controlar, diretamente os atos do Poder Executivo, incluídos os de administração indireta;

XIII. Apreciar os atos de concessão ou permissão de serviços de transportes coletivos; dentre outras atribuições do ( a) vereador ( a).

PROPOSTAS:

Na Educação, lutar por uma remuneração digna para todos os professores e demais profissionais da educação do município;

Na Saúde, lutar sempre pela melhoria do atendimento médico, hospitalar e sanitário da população condeubense;

Na Cultura, reivindicações através de requerimentos ao Poder Executivo para a construção de um Centro Cultural com o objetivo de concentrar todos os pequenos e médios eventos de arte, dança e música, bem como a construção de um Ginásio de Esportes para uma prática esportiva com liberdade, conforto e segurança para atletas e profissionais da área.

 

Deixe aqui suas propostas e mensagem final.

 

R – A mensagem que eu deixo é de as eleições ocorram na maior transparência possível. Que o povo não só faça como promova justiça nas urnas eletrônicas no próximo domingo, 15 de novembro de 2020. Espero que saíamos vencedores, Ângela Cruz para Prefeita número 40, e o Professor SANTANA, vereador número 50888.
Muito obrigado, Leandro Flores pela oportunidade de ser entrevistado.

 

Nós que agradecemos, cadidato! E desejamos boa sorte! 

Mais uma vez, ressaltamos que o espaço, neste blog, está aberto também para outros candidatos a vereadores (no Município de Condeúba, nas eleições de 2020) que queiram se manifestar e apresentar suas propostas, seguindo a mesma dinâmica de perguntas oferecidas para esta entrevista.

O DIA EM QUE VAIARAM A VITÓRIA DE CHICO BUARQUE: A MÚSICA DE RESISTÊNCIA DE VANDRÉ E O FESTIVAL INTERNACIONAL DA CANÇÃO

O Maracanãzinho é preenchido de palmas. “Olha, sabe o que eu acho? Eu acho uma coisa só a mais: Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque de Holanda merecem o nosso respeito! – o público vai à loucura, as palmas se intensificam – A nossa função é fazer canções… a função de julgar, nesse instante, é do júri que ali está – as palmas se convertem à uma onda de vaias direcionadas ao júri – Por favor… – tentando conter as vaias e continuar – Tem mais uma coisa só: pra vocês que continuam pensando que me apoiam vaiando – começam os gritos “É marmelada! É marmelada!” – Gente! Gente, por favor! Olha, tem uma coisa só: A vida não se resume em festivais!“.

GERALDO VANDRÉ FESTIVAL 1967 CENSURA PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES CAFÉ COM POEMAS

Geraldo Vandré no Festival (Reprodução)

É assim que começa a apresentação final de Geraldo Vandré que, com apenas dois acordes, levanta o estádio com seu sucesso “Pra não dizer que não falei das flores”, famoso pelo apelido “Caminhando e Cantando”, ou a “marsellesa brasileira”. Neste momento, Vandré entrou para a História da Música Brasileira.

O momento em questão é o famoso Festival Internacional da Canção de 1968, realizado no Rio de Janeiro, como de costume, premiando as melhores canções da Música Popular Brasileira. Geraldo Vandré e Chico Buarque já eram conhecidos nesses eventos. Vandré se tornou famoso por um desses festivais, em 1966, quando enviou sua música Disparada, na voz de Jair Rodrigues. Chico era a personalidade do momento.

Em 1968, foram para a final duas músicas desses autores: Chico Buarque, associado com Tom Jobim, considerado o melhor músico na época, traz Sabiá, música  apresentada por Cynara e Cybele e que faz alusão à Canção do Exílio de Gonçalves Dias e fala da terra-arrasada e do exílio na ditadura, mas de maneira branda; enquanto isso, Vandré traz sua poesia musicada “Caminhando e Cantando“, que escreveu em um encontro com Hermeto Pascoal, numa clara convocação do povo contra as autoridades que querem mandar e, por isso, contra a ditadura.

Buarque, Jobim, Cynara e Cybele

Buarque, Jobim, Cynara e Cybele (reprodução)

Durante o Festival, ficou claro que a música de Vandré era a favorita. As universidades, as fábricas e as ruas cantavam sua letra e a declaravam hino de sua resistência, marcada pela resistência e pela poesia. Vandré, cada vez mais, era visto como principal artista subversivo pelo regime.

Uma das estrofes de sua música foi lida como afronta direta ao governo (e os grupos de poder que o formava): “Há soldados armados, amados ou não. Quase todos perdidos, de armas na mão. Nos quartéis lhes ensinam a antiga lição: de morrer pela pátria e viver sem razão”. A música de Vandré começa a ser associada à luta pela resistência pela maior parte da sociedade, por mais que Vandré diga que a interpretação dela, por mais que não esteja errada, não é tão simples assim.

No dia 29 de setembro daquele ano, foi consagrada a final do FIC. Porém, antes da conclusão final do júri, dois militares ligados ao policiamento político intervêm na discussão e coloca de maneira clara que Geraldo Vandré não poderia vencer o Festival com aquela música subversiva e claramente política. O clima na época era tenso, às vésperas do decreto que impõe o AI5, e o júri se submeteu à vontade dos interventores.

Na hora de declarar o vencedor da final, o clima era de animação e euforia. Quando o júri declara vencedora a Sabiá de Buarque e Jobim, o estádio volta a se encher de gritos de indignação e confusão. Imediatamente, o público começa a vaiar o júri, Chico, Tom e os policias presentes no recinto. Vandré, já entendido da situação, caminha até o palco, senta no banco, ajeita o microfone e bota o violão no colo. Ele não via sentido nas vaias, declarava que sua música não falava de política, mas sim de amor. Afinal, política se fazia com as mãos, não com a voz.

Geraldo hoje, após renegar seu legado como "Vandré" e Joan Baez (Reprodução) café com poemas

Geraldo hoje, após renegar seu legado como “Vandré” e Joan Baez (Reprodução)

Após acalmar o público com o discurso que marcou a história dos festivais de música, Vandré começa a cantarolar a introdução de sua mais famosa música. As vaias desorganizadas logo se tornam um coro que acompanha a melódica voz do paraibano, que começava “Caminhando e Cantando e seguindo a canção….

Meses depois, o AI5 é decretado. Vandré, contra a própria vontade, sai do Brasil pelo Uruguai e só voltará em 1973, completamente abalado pelo afastamento do país ao qual era tão apegado. Sua música, mais do que o próprio homem, ainda é lembrada pelas pessoas nas ruas. Sua melodia, simples e arquitetada, ainda faz parte do imaginário brasileiro quando se trata de canções de resistência e MPB. E, até hoje, seu ensinamento se faz presente: a vida não se resume em festivais.

Ouça o áudio desse dia marcante:

Fonte: AVENTURAS NA HISTÓRIA 

 

Morre Paulo Bonavides, jurista brasileiro e professor emérito da UFC

O jurista brasileiro e professor emérito da Universidade Federal do Ceará (UFC), Paulo Bonavides, morreu aos 95 anos, nesta sexta-feira, 30. Ainda não se sabe a causa da morte. O anúncio foi feito pelo atual reitor da universidade, Cândido Alburquerque, que lamentou a morte do colega. “O mundo perdeu o seu maior constitucionalista! A Universidade Federal do Ceará está de luto! Com muito pesar cumpro o dever de comunicar o falecimento do Prof. Paulo Bonavides”, escreveu Albuquerque no Facebook.

Paulo Bonavides nasceu em 10 de maio de 1925, em Patos, na Paraíba. Filho de Fenelon Bonavides e Hermínia Bonavides, foi casado com Yeda Satyro Benevides e deixa sete filhos: Paulo, Márcio, Clóvis, Vera, Gláucia, Doralice e Amarília.

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História

Paulo Bonavides é um destacado jurista brasileiro, lecionando por três décadas na Universidade Federal do Ceará, onde era professor emérito desde 1991. Um dos constitucionalistas mais respeitados do País, é autor de (dentre várias outras obras) Ciência Política e Curso de Direito Constitucional, duas das doutrinas mais tradicionais do pensamento jurídico brasileiro. Iniciou seus estudos jurídicos, em 1943, na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ, onde bacharelou-se em 1948. Durante a graduação, cursou também a Harvard University, entre 1944 e 1945.

Sua influência no pensamento jurídico nacional e internacional o levou a inúmeras condecorações, sendo Doutor honoris causa pela Universidade de Lisboa, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidad Nacional de Córdoba, Universidad Inca Garcilaso de la Vega e Universidade de Fortaleza. Também é comendador das maiores honras jurídicas do cenário nacional, a Medalha Rui Barbosa da Ordem dos Advogados do Brasil e a Medalha Teixeira de Freitas do Instituto dos Advogados Brasileiros, além de várias outras, como o Grande-Colar do Mérito do Tribunal de Contas da União, a Medalha da Abolição do Governo do Estado do Ceará, a Medalha Clóvis Beviláqua doTribunal de Justiça do Estado do Ceará etc.

Sobre a obra de Paulo Bonavides, existem várias fontes a serem consultadas, destacando-se a sua biografia: “Paulo Bonavides”, escrita por Antônio Carlos Klein (Fortaleza, Edições Demócrito Rocha, 2003); e a tese do professor Dimas Macedo: ‘”El Pensamiento Político de Paulo Bonavides”‘ (México: Universidade de Puebla, 2010), publicada no Brasil pela Editora Malheiros, de São Paulo, com o titulo: “Estado de Direito e Constituição – O Pensamento de Paulo Bonavides”. As informações sobre a biografia de Bonavides são do site especializado Jusbrasil.

Fonte:  Jornal Opovo

Projeto Cartas e Depoimentos abre novas inscrições. Veja como participar!

Em meio ao século XXI, com a tecnologia cada vez mais avançada e com tantas formas de comunicação como: SMS, WHATSAPP, CHAT, FACEBOOK, E-MAIL etc., as velhas práticas de troca de correspondência via CORREIOS acabam sendo quase que um procedimento do passado. Mas, quem já viveu essa experiência de receber ou escrever uma CARTA ou um BILHETINHO a alguém, independente do assunto abordado, jamais esqueceu essa magia.

Imagine acordar de manhã, verificar a CAIXA DE CORREIOS antes de tomar o café e descobrir que alguém se lembrou de você, enviando-lhe uma cartinha repleta de palavras carinhosas!

Pois é. Depois do sucesso em 2013, com o livro “Tens Algo para Mim?” e de “Entrelinhas e Reticências” em 2014, com edições atualizadas (Disponíveis no site da editora NS Publicações), o Projeto Cartas e Depoimentos retorna, agora com o tema: “Quando o mundo acabou em 2020 – Cartas e Depoimentos na Quarentena”.

O objetivo é reunir um material: Depoimentos Pessoais, Experiências, Impressões, relatos do dia a dia, em forma de Cartas ou Depoimentos (em textos escritos) sobre este momento que estamos enfrentando.

O projeto funciona da seguinte maneira: em um primeiro momento, o participante deverá encaminhar (no ato da inscrição) um depoimento (não se trata de biografia) e deverá, de maneira sucinta, falar um pouco de si, seus gostos, suas preferências, seu estilo de vida, seus sonhos, experiências, fantasias  e o desejo de conhecer pessoas através das cartas. Esse depoimento será publicado em um grupo privado no Facebook (item 1. IV do edital abaixo), composto apenas pelos participantes do projeto e será usado como troca de informação e interação social.

Depois, cada um, vai escrever quantas cartas quiser, porém, diferente de outras edições, o envio será apenas entre os participantes e por e-mail. Será necessário que o PARTICIPANTE encaminhe também, além do destinatário, uma cópia para o e-mail: projetocartasedepoimentos@gmail.com para que a mesma fique registrada junto ao projeto e possamos publicá-la no site ou na coletânea (livro).

Este projeto conta com o apoio da editora Novos Sabores – Publicações, Movimento Cultivista e Café com Poemas. 

Confira abaixo, como participar:

 

Fonte: Projeto Cartas e Depoimentos

Chegamos a 20 mil curtidas no facebook!

Hoje, dia 20 de outubro (dia do poeta) chegamos ao número de 20 mil curtidas na página do Café com Poemas e mais de Um milhão e quinhentos de engajamento – só este mês.  Em junho, deste ano, Chegamos a 10 mil. 

O nosso projeto conta com a plataforma de publicações que envolve, perfil no instagram, página no Facebook e o site. Além de editoração de livros, projetos particulares e sociais como o Movimento Cultivista Brasileiro (presente em algumas cidades na Bahia e em outros estados), Projetos Cartas e Depoimentos, que em breve, estaremos lançando uma nova edição, entre outros.    

É uma comemoração em dose dupla, primeiro porque, o motivo de todo esse sucesso é a poesia, o café, o poema! Café com Poemas é a mistura perfeita da cultura, dos cheiros, dos sabores, da efervescência (ebulitiva) do CAFÉ, com a sutileza da POESIA!

E, no dia do poeta, nada melhor do que comemorar com poesia (veja abaixo, uma homenagem minha ao dia do poeta). 

Estamos felizes por esse sucesso. Vinte mil é apenas o começo. Queremos mais, bem mais! Queremos que a poesia seja o centro do mundo, o ingrediente perfeito para suavisar estes tempos tão difíceis que estamos enfrentando. Como disse muito bem o poeta Vinícios de Moraes: “Só a poesia pode salvar o mundo de amanhã”.

É com essa sintonia que comemoramos mais este dia tão importante na vida de todos nós que escrevemos. Fico com Vínícius porque a poesia traduz os tempos e eterniza os poetas! Ainda bem que existem esses seres alados para nos fazerem lembrar de como é deliciosa essa vida, como vale a pena viver, acreditar, sonhar, apaixonar-se!

Parabéns, poetas! Parabéns Café com Poemas! Que venham mais e mais inspirações!

 

Leandro Flores

(Poeta, jornalista, editor do site e idealizador do Café com Poemas)

https://www.youtube.com/watch?v=hc-9JvjC-1c&t=2s