Eu quero desaprender para aprender de novo.
Raspar as tintas com que me pintaram.
Desencaixotar emoções, recuperar sentidos.
Eu quero desaprender para aprender de novo.
Raspar as tintas com que me pintaram.
Desencaixotar emoções, recuperar sentidos.
Rubem Alves (1933-2014) foi teólogo, educador, tradutor, psicanalista e escritor brasileiro. Autor de livros de filosofia, teologia, psicologia e de histórias infantis.
Rubem Alves nasceu na cidade de Boa Esperança, em Minas Gerais, no dia 15 de setembro de 1933. Em 1945 muda-se com a família para o Rio de Janeiro. Criado em uma família protestante, tornou-se pastor.
Entre 1953 e 1957 cursou Teologia no Seminário Presbiteriano de Campinas, São Paulo. Em 1958 mudou-se para a cidade de Lavras, Minas Gerais, onde exerceu a função de pastor até 1963.
Ainda em 1963, Rubem Alves foi estudar em Nova York, retornando em 1964, com o título de Mestre em Teologia, pela Union Theological Seminary.
Em 1968, perseguido pelo regime militar, acusado de subversivo, Rubem Alves, a mulher e os filhos seguiram para os Estados Unidos, onde no Seminário Teológico de Princeton, escreveu sua tese de doutorado: “Por Uma Teologia da libertação”.
Rubem foi o primeiro a usar essa expressão, baseada em uma corrente de pensamento, defendida por teólogos protestantes e católicos, que afirmava que Deus e a Bíblia tinha preferência pelos pobres e que, as religiões deveriam se posicionar ao lado dos oprimidos.
A tese foi transformada em livro, publicado nos Estados Unidos, com o título de “Teologia da Esperança Humana”, por sugestão do editor.
Essa corrente ganhou força nas décadas de 70 e 80. O livro só pode ser editado no Brasil depois da ditadura militar, em 1987. Com o título “Da Esperança”. A publicação com o título original “Por Uma Teologia da Libertação” só saiu no Brasil em 2012.
Sua posição liberal trouxe sérios problemas no seu relacionamento com o protestantismo histórico e especialmente com o presbiterianismo. De volta ao Brasil, magoado com seus companheiros pastores, que desconfiavam de suas ideias, se viu obrigado a abandonar o pastorado.
Rubem Alves rompeu com a Igreja Presbiteriana do Brasil em 1970, e afirmou:
“Sempre entendi que o Evangelho é um chamado à liberdade. Não encontro a liberdade na Igreja Presbiteriana do Brasil. É hora, portanto, de buscar a comunhão do Espírito fora dela”.
De volta ao Brasil, nos anos 70, Rubem Alves passou a lecionar filosofia na Universidade de Campinas (Unicamp). Ocupou diversos cargos, entre eles, o de Diretor da Assessoria Especial para Assuntos de Ensino, de 1983 a 1985.
Nos anos 80, tornou-se psicanalista através da Sociedade Paulista de Psicanálise. Passou a escrever nos grandes jornais sobre comportamento e psicologia.
Rubem Alves, depois de aposentado, investiu seu tempo em um restaurante para exercer seu gosto pela gastronomia. O local era também usado para eventos culturais que envolviam cinema, pintura e literatura.
Rubem Alves é autor de 120 títulos, de assuntos variadíssimos – de pedagogia a literatura infantil, passando pela filosofia e culinária.
Rubem Alves faleceu em Campinas, São Paulo, no dia 19 de julho de 2014.
As informações retiradas da E-biografia