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“Faça que seu próprio medo tenha medo de você” – Bráulio Bessa

Que o medo de chorar
não lhe impeça de sorrir.
Que o medo de não chegar
não lhe impeça de seguir.
Que o medo de falhar
não lhe faça desistir.

Que o medo do que é real
não lhe impeça de sonhar.
Que o medo da derrota
não lhe impeça de lutar.
E que o medo do mal
não lhe impeça de amar.

Que o medo de cair
não lhe impeça de voar.
Que o medo das feridas
não lhe impeça de curar.
E que o medo do toque
não lhe impeça de abraçar.

Que o medo dos tropeços
não lhe impeça de correr.
Que o medo de errar
não lhe impeça de aprender.
E que o medo da vida
não lhe impeça de viver.

O medo pode ser bom
serve pra nos alertar,
tem função de proteger,
mas pode nos ensinar
que às vezes até o medo
vem pra nos encorajar…

Repare,

Se há medo de perder,
é sinal para cuidar.
Se há medo de desistir,
é sinal para tentar.
Se há medo de ir embora,
é sinal para ficar.

Se há medo da maldade,
é sinal para amar.
Se há medo do silêncio,
é sinal para falar.
Se o silêncio insistir,
é sinal para cantar.

Se há medo do escuro,
é sinal para iluminar.
Se há medo de um erro,
é sinal para caprichar.
Se há medo, meu amigo,
é sinal para enfrentar.

Toda coragem precisa
de um medo pra existir.
Uma estranha dependência
complicada de sentir.
A coragem de levantar
vem do medo de cair.

Use sempre a coragem
para se fortalecer.
E quando o medo surgir
não precisa se esconder.
Faça que seu próprio medo
tenha medo de você.

 

Bráulio Bessa, Poesia que transforma.

 

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UMA CARTA PARA MINHA MÃE

Querida mãe,

Que fase, né! Imagine, eu não poder passar aí para te dá aquele abraço de sempre, para comemorar contigo esse dia que é todo seu! Todo nosso.

Imagine, mãe, ter que passar esse dia tão especial distante de ti! Sem a família toda reunida no sofá, sem almoço de domingo, sem selfs e correria de menino pela casa. Como meu coração não fica em saber que esse dia especial vai ser desse jeito… de longe… sem colo, sem grude, sem seus afagos de mãe.

Mas, apesar da distância, apesar do abraço virtual e, sem aquele cheiro de proteção que só a senhora tem, saiba que te amo muito. E não vai ser um vírus que vai nos separar, que vai nos impedir de sentir a sua presença em todos os instantes.

Que Deus te proteja de todas as angustias destes tempos!

Sossegue teu coração e se cuide!

Feliz dia das mães.

 

*Texto escrito por Leandro Flores. É livre a reprodução, porém, é obrigatório citar as devidas referências de autoria e fonte.

 

Autor
 

Leandro Flores é fundador e produtor de todos os Projetos ligados ao Café com Poemas.

 

Advogado, Jornalista, Sertanista, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.

É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…

 

Homenagem aos Profissionais da Saúde

Agradecer é a palavra de ordem neste momento difícil que atravessamos. Os nossos médicos, enfermeiros e todos os outros profissionais de saúde estão se esforçando como nunca e merecem nosso agradecimento.

Vocês são incríveis, autênticos lutadores, as pessoas que nos salvam e nos ajudam a viver melhor. É maravilhoso compartilhar este mundo com vocês, aliás, a vida só vale a pena assim.

Um agradecimento sincero e votos de sucesso nesta batalha que enfrentamos, nesta luta que só terá fim porque vocês são os melhores profissionais deste mundo.

 

Gratidão aos médicos e médicas que fazem o mundo mais seguro

 

Por tudo que eles fazem, pelos desafios vencidos diariamente, por tudo, queridos médicos, vocês têm a minha gratidão. Esta é uma profissão nobre, difícil e muito honesta.

Vocês, médicos e médicas, são capazes de salvar o mundo. A dedicação de vocês é muito importante para todas as pessoas e é por isso que devemos sempre agradecer.

Tenho muita gratidão e hoje quero deixar aqui minha homenagem a todos os médicos e médicas que estão por aí lutando contra doenças e fazendo do mundo um lugar mais seguro.

 

Gratidão aos enfermeiros e enfermeiras que cuidam de nós

 

Além de parabenizar, eu quero agradecer pelo trabalho impecável dos enfermeiros. Estas pessoas são realmente profissionais incríveis que merecem todo o nosso respeito.

São os enfermeiros que estão lá cuidando diariamente das pessoas, segurando suas mãos, garantindo que ninguém esteja só. Além de cuidar da nossa saúde, dão o afeto necessário em momentos difíceis.

Enfermeiros e enfermeiras do mundo, vocês estão de parabéns por serem profissionais atentos e dedicados. Nós devemos muito a vocês e agradecemos por tudo que fazem.

Parabéns por esta profissão difícil e muito honrada!

 

Fonte: Mundo das Mensagens

Cordel de Moraes Moreira para Caculé/BA

OBRIGADO CACULÉ

Considero Caculé
A minha segunda terra
Quem já falou de verdade
Aqui e agora não erra
É muito amor e respeito!
Explode dentro do peito
O som do grito que encerra

Posso dizer que o destino
Comigo foi magnífico
Partindo de Ituaçu
Pra cursar o científico
Sem sequer imaginar
Que tudo iria mudar
Cheguei dizendo: eu fico

E desde o primeiro ano
Intensamente vivido
Por doutor “Vespasiano”
Fui super bem recebido
E como quem evolui
Em pouco tempo eu já fui
Ficando desinibido

A minha primeira casa
Preste atenção me acompanhe
Foi a casa do “Seu” Seixas
Colega da minha mãe
Se nada aqui eu invento
Pra lá, bem pra lá de atento
Que a memória me apanhe

Gozava da simpatia
Dos mestres, dos professores
Também das moças bonitas
Por quem morria de amores
Amigo da mocidade
De todos lá cidade
Das senhoras, dos senhores

Já era amante da música
Meus companheiros cantavam
Aula de educação física
Seresteiros se atrasavam
“Deba” mostrava o relógio…
Ele e o professor Eustórgio
Quase sempre aliviavam

Pude também estudar
Na escola do bom boêmio
Gostava de uma cachaça
Não era nada abstêmio
Violão era o instrumento
“Arnunice” era um talento
Mestre “Dudula” é um gênio

Lá no Hotel Livramento
Onde pude me hospedar
Fiquei um tempo e parti
Pra casa de dona Iaiá,
Vivi momentos tranquilos
Sendo amigo dos seus filhos
De todos que estavam lá

Zé Clemente era um colega
O mais chegado, o mais intimo
Acompanhava as loucuras
Impondo sempre o seu ritmo
Me apaixonei por Dalbinha
Pensei que ela fosse minha
Que sentimento legítimo!

Ao lado morava Nina
A minha nova paixão
Digo que sua beleza
Tamanho não tinha não
Mas num momento solene
Me lembro bem, foi Marlene
Dona do meu coração

Mesmo sem falar de todas
Não fica fora nenhuma
Bem vivo aqui na memória
O Cheiro de cada uma
No mar da minha existência
Navegam sim, com frequência
Sem se perderem na espuma

Chegou a vez dos amigos:
Eu não me esqueço, ora veja
De Abdenor e Maroca
Ali na Praça da Igreja
Dilma, Celsa e Celeide
Cada qual era uma lady
Que a minha saudade beija

Dirceu, Sessé, Roseli
Era grande essa família
Eu quase fui adotado
Vejam que maravilha
Foi rica essa convivência
De tanta inteligência
Feliz de quem compartilha

Jogava a minha sinuca
Lá no bar de seu “Nozinho”
Em meio a tantos parceiros
Eu não estava sozinho
Pagava a conversa fiada
Mandavam minha mesada
Dona Nita e Seu Dadinho

Pra falar de todo mundo
Sei que vai faltar papel
Meu Deus, são muitas figuras
Não cabem num só Cordel
Queria contar uns causos
Pois todos merecem aplausos
E eu tiro até meu chapéu.

No fim daquele três anos
A coisa ficou bem séria
Caí na segunda época
Em duas ou três matérias
Tendo que passar por crivos
Meti a cara nos livros
E até que enfim tive férias

Já me sentia um músico
Mesmo que um autodidata
Foram muitas as lições
Que eu aprendi com a nata
Quem batia uma viola
Nunca fez de radiola
Uma linda serenata

Já tendo o segundo grau
Apesar de tanta súplica
Eu tirei um bom proveito
Lá daquela escola pública
Chegando na capital
Percebi que andava mal
A nossa velha república

Enquanto que a medicina
Não abria a inscrição
Fiz teste no Seminário
Mostrei minha aptidão
Pra não perder a viagem
Matriculei de passagem
No curso de percussão

Ali encontrei Tom Zé
Que era mestre e aluno
Aproveitei o que pude
E num momento oportuno
Eu conheci o Galvão
E aí a composição
Pode tomar outro rumo

Já era sessenta e sete
E o destino fez seus planos
Nas ruas de Salvador
Nascem os Novos Baianos
Voando num céu Azul
Logo parti para o sul
Junto com aqueles manos

Perdoem a minha ausência
O compromisso me fez
Estar em outros lugares
E não aí com vocês
Mas vou dizer a verdade
Em outra oportunidade
Não tem senão, nem talvez.

Aí me joguei na vida
E precisava ter fé
A nossa carreira artística
Já começava a dar pé
Foi quando falei e disse
De Dudula e de Arnunice
Meus mestres de Caculé

Eu nunca fui de esquecer
Os meus momentos felizes
Nem também de abandonar
Minhas profundas raízes
Cumprindo assim meu papel
Permanecendo fiel
A todas essas matrizes

Que venham as homenagens
Cantemos todos em coro
Na festa do Interior
Na festa que é um estouro
As coisas andam no GV trilho
Já que o prefeito é o filho
Do saudoso Chico Louro

MORAES MOREIRA, São João de Caculé, 2011;

Crônica: A noite da última Ceia – Carlos Vidal

 

Chegou semana Santa no meio de uma pandemia e, sinto na fraqueza um paradoxal sentimento de união com a humanidade.

Uma Semana Santa na carne

Gostaria de não ter tido que experimentar desta maneira este dom, até que gostaria de ter continuado na quarentena da minha alma para não me contaminar de compaixão com aquele que sofre no outro lado do mundo. É verdade, gostaria de não ter tido que experimentar dessa maneira este dom, há comunhão no encerro e isolamento social nestas pandemias.

Nas últimas semanas tenho observado o tempo passar com uma lógica esquisita. Caótico, às vezes rápido e furioso descendo como a lama de Brumadinho de jornais e folhas digitais, e outras vezes devagar, denso e pastoso como si ele mesmo estivesse reticente a avançar e deixar para trás o que sou hoje, me segurando na própria solidão e miséria.

Sim, é a partir deste esboço interior do que estou vivendo que quero confessar e escrever neste tríduo Pascoal de Semana Santa. Porque há Graça, só que desta vez acho ela em um presente sublime tão difícil para aceitar. Um envelope que se apresenta em devaneios entre o prazer e a dor.

A Graça é um presente no presente

Sim, é muito difícil de aceitar este presente-presente. Sei pela minha fé que há Graça que não pode calar, no entanto, experimento em silêncio minha fraqueza na impotente quietude da quarentena. É difícil acolher o presente-presente, sei porque os meus braços tremem de medo quando percebo o colo do meu torturador [hoje invisível-visível] neste presente-presente.

É difícil acolher o presente-presente. Ainda mais quando ligo a televisão e enxergo discursos à nação que se tem tornado em traição explícita à própria tarefa do Estado, o Bem Comum. É angustiante a exaltação da “miraculosa” cloroquina em desprezo aos tempos científicos da experimentação de um medicamento. É frustrante ouvir e ler constantemente sobre o narcísico poder messiânico da caneta que pode decidir por nossas vidas.

-Que as famílias tomem conta dos seus Idosos! Não é rol do Estado cuidar destes seres improdutivos para a economia- ecoa a maldade do ser humano entre as almas perdidas e desconcertadas. Um povo que se devaneia em uma política que virou torcida de futebol. Só que, acho que a falta de jogos e encontros parece ter contribuído ao esquecimento do amor pelo time, enfim, me parece que o ódio que conduz é maior.

 

Outra pandemia estava escondida

Certamente, o Coronavírus não é a única pandemia que se espalha entre nossa humanidade. Observo que, também, há maldade que preambula pelas ruas, tanto físicas como cibernéticas. Esta doença mundial antes estava escondida, e hoje, aparece perante do quebre do status quo que era mantido pelo capital.

Entre surdos e cegos panelaços a favor ou contra, estou com medo. Às vezes parece que somente é o ódio o que mobiliza as ações dos frustrados cidadãos, outras vezes, porque sinto que esse ódio também chegou a mim. A Pandemia escondida já estava em mim, o álcool gel comprado em excesso foi insuficiente para me liberar, ao contrário, essa exageração era um sintoma. Além disso, parece que já estava doente e não sabia, passei muitos anos da minha vida me lavando das culpas e responsabilidades pelos outros para assim manter ritualmente minha alma asséptica dos que achava inferiores ou sujos.

Outra pandemia estava escondida e apareceu em mim. Nestes dias comecei a sentir tosse seca, falta de ar, febre alta e vontade de acabar com todos. Estou contaminado, minha garganta dói pelas palavras de misericórdia e carinho que não disse e, o peito, já não respira direto porque perdeu sua capacidade no costume egoísta de não compartilhar o mesmo ar com os demais.

A quarentena teve, aliás, está tendo, um efeito que nem diria secundário senão que essencial e primário. Este tempo com sua lógica tão esquisita, me está mostrando outra pandemia que estava escondida e somente hoje começou a se mostrar em nós.

 

 A noite da última Ceia

Têm sido inúmeras as noites em que perdi o sono, a vontade de dormir e sonhar para ficar acordado. À noite, eu quis me abraçar a aquilo que amo, e somente desde esse amor repousado e serenado no meio da escuridão é que me tenho animado a ler e analisar em diferentes línguas o que está acontecendo.

Minha fé me permite intuir que na mesa da última Ceia estamos todos e, que nos eventos que aconteceram depois deste tempo de noite e distanciamento social também. Portanto, acho um momento propício, sem missas, cultos ou reuniões, nos sentarmos à mesa para degustar o essencial, e que, embora do pouco material, poderemos achar dentro das paredes deste quarto da última Ceia em tempo de pandemia. Quero compartilhar com os poucos desta casa o que desejo com todos neste planeta, para me curar da pandemia que me adoeceu por tanto tempo sem nem saber.

Será quase uma cerimônia de exorcismo, de reconectarmos com a água batismal que nos uniu em Cristo tantos anos atrás. Deixaremos que quem esteja nosso lado seja aquele que me lave os pés, para eu aprender, e para, daqui em diante, não me enaltecer. Simbolicamente, esta (s) noite (s) da última Ceia quero trocar o lavado de mãos pelos pés, quero apreender o que significa me colocar de joelhos e reconhecer com fofura o que há de bom no meu vizinho.

Em algum sentido, acho que este gesto profético contemporâneo de ficar em casa, nos ajudará a superar a pandemia que estava escondida. Vamos parar para fixar os olhos na vida que vem dos outros, e aceitar esse presente no presente do Cenáculo.

No entanto, sempre haverá um beijo de Judas (a Cristo) no meio de nós, e nesta semana Santa não tem sido diferente. São as nossas lideranças preocupadas pela economia privada e desprezando o nosso bem comum. Mas, nesta Semana Santa espero acordar e não somente ficar fazendo a contagem crescente dos mortos e doentes.

Na (s) noite (s) da (s) última (s) Ceia (s) que estamos vivendo, não apagaremos as dores e as tristezas com ópio. Sabemos que continuaremos recebendo mensagens de ódio e desprezo à vida, pelos robôs pagos nas redes, mas não deixaremos nesta (s) noite (s) os nossos corações serem conquistados pela intenção do dinheiro dos ricos que moram no hiper topos Uranos, aqueles que usam e abusam da imagem do meu prato de comida para criar desinteresse pela minha própria vida e sair de casa nesta última ceia, pois, somente parando em casa, junto ao verdadeiro Messias, que começaremos a cura no amor do pão o do vinho, compartilhados na mesma mesa e velando no Getsêmani quanto for necessário para acompanhar e dispor a alma para vida na esperada ressurreição.

 

Carlos Vidal

Belo Horizonte, 09 de abril de 2020.

Frases – Leandro Flores

“Em tempos de infecção,
Que o amor seja o único
a se proliferar cem por cento
no coração das pessoas…”

Leandro Flores

Frases – Mario Quintana

“Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas.”


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Ela é uma moça de poses delicadas, sorrisos discretos e olhar misterioso

“Ela é uma moça de poses delicadas,

sorrisos discretos e olhar misterioso.
Ela tem cara de menina mimada,

um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor,

um jeito encantado de ser,
um toque de intuição e um tom de doçura.
Ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude,
uma solidão de artista e um ar sensato de cientista.
Ela é intensa e tem mania de sentir por completo,
de amar por completo e de ser por completo.
Dentro dela tem um coração bobo,
que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez.
Ela tem aquele gosto doce de menina romântica
e aquele gosto ácido de mulher moderna.”

—  Caio Fernando Abreu

 

Imagem de Uwe Kern por Pixabay

Conheça Caio Fernando Abreu, o poeta de “Morangos Mofados”

Infância e Juventude

Caio Fernando Loureiro de Abreu nasceu em Santiago do Boqueirão, no interior do Rio Grande do Sul, no dia 12 de setembro de 1948. Com seis anos escreveu seu primeiro texto. Em 1963, junto com a família, mudou-se para Porto Alegre onde cursou o colegial. Em 1966 publicou seu primeiro conto “O Príncipe Sapo”, na revista Cláudia. Nesse mesmo ano iniciou seu primeiro romance “Limite Branco”.

Em 1967, Caio Fernando Abreu ingressou nos cursos de Letras e de Artes Cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mas não se formou. Em 1968 mudou-se para São Paulo para ingressar na primeira redação da revista Veja, após ser selecionado em um concurso nacional. Nessa época, era assíduo frequentador dos bares da moda além de ser amigo do cantor Cazuza.

No começo dos anos 70 sendo perseguido pela ditadura militar, Caio Fernando Abreu leva uma vida errante. Em 1971, foi morar no Rio de Janeiro onde passou a trabalhar como pesquisador e redator das revistas Manchete e Pais e Filhos. Nesse mesmo ano, retorna para Porto Alegre onde é preso por porte de drogas.

Em 1973, fugindo do regime militar, Caio Fernando Abreu se exilou na Europa, morou em Londres e em Estocolmo, tendo que lavar pratos para se sustentar. Em 1974, volta para Porto Alegre e recomeça sua criação literária. Escreve para o teatro e colabora com diversos veículos de imprensa.

O Ovo Apunhalado (1975)

Em 1975, Caio Fernando Abreu lança seu terceiro livro, “O Ovo Apunhalado”, que apresenta 21 contos divididos em três partes: ALFA, BETA e GAMA. A obra reflete os acontecimentos que abalaram a sociedade na década de 70, período marcado pela ditadura militar. A obra sofre vários cortes da censura, mas mesmo assim, é considerado um dos melhores livros do ano e recebe menção honrosa do Prêmio Nacional de Ficção.

Morangos Mofados (1982)

Em 1982, Caio Fernando Abreu lança sua obra mais popular que o tornou conhecido: “Morangos Mofados” é um livro de contos que são verdadeiros curtas-metragens sobre a grande metrópole e os zumbis que habitam suas áreas de penumbra. No melhor livro do autor, ele encontra a medida justa para expressar a tragédia de uma geração entre o sufoco, a solidão isolada ou compartilhada, combatida a golpes de bebida, drogas, sexo hetero e homo, ou fuga suprema pela opção do suicídio.

Prêmios

Caio Fernando Abreu recebeu três vezes o Prêmio Jabuti, na Categoria Contos, Crônicas e Novelas com as obras: “O Triângulo das Águas” (1984), “Os Dragões Não Conhecem o Paraíso” (1989) e “As Ovelhas Negras” (1995). Em 1989 recebe o Prêmio Moliere, junto com Luiz Artur Nunes, com a peça “A Maldição do Vale Negro” (1988). Em 1990 publica seu último romance “Onde Andará Dulce Veiga?”, que em 1991 recebe o Prêmio da APC, de melhor romance do ano. A obra posteriormente foi adaptada para o cinema.

Doença e Morte

Em 1993, Caio Fernando Abreu passa a escrever crônicas semanais para o Estado de São Paulo. Em 1994 descobre que é portador do vírus da AIDS. Resolve declarar publicamente no jornal O Estado de S. Paulo, uma série de três cartas denominadas “Cartas para Além do Muro”, onde revela ser portador do vírus da AIDS.

Caio Fernando Abreu faleceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, no dia 25 de fevereiro de 1996.

Frases de Caio Fernando Abreu

  • Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências: desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem.

  • Estou me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Estou me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem.

  • A vida é feita de escolhas. Quando você dá um passo à frente, inevitavelmente alguma coisa fica para trás.

  • Mesmo sem compreender, quero continuar aqui onde está constantemente amanhecendo.

Obras de Caio Fernando Abreu

Limite Branco (1971)
O Ovo Apunhalado (1975)
Pedras de Calcutá (1977)
Morangos Mofados (1982)
Triângulo das Águas (1983)
As Frangas (1988)
Mel e Girassóis (1988)
Os Dragões Não Conhecem o Paraíso (1988)
A Maldição do Vale Negro (1988)
Onde Andará Dulce Veiga? (1990)
Ovelhas Negras (1995)
Estranhos Estrangeiros (1996)

 

Fonte: e-biografia

Seis boas notícias sobre o coronavírus

O avanço do coronavírus  em diferentes países fez a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar que a situação representa uma pandemia. Entretanto, há boas notícias relacionadas ao vírus. Confira:

1. A China obteve bons resultados no combate 

O número de casos diagnosticados na China está diminuindo e, segundo o presidente Xi Jinping, a epidemia está “praticamente detida” no país. Neste sábado (14), foram divulgados apenas 11 novos casos do novo coronavírus, e a maioria se refere a pessoas que vieram do Exterior. Quatro foram registrados na cidade de Wuhan, epicentro da covid-19, e sete correspondem a pessoas que vieram de fora da China. É o menor número de novos infectados desde o início da publicação de estatísticas sobre o novo coronavírus, em janeiro.

➤ Leia também: Primeiro paciente confirmado com coronavírus no Brasil está curado

2. A maioria das pessoas se recupera  

A maioria das pessoas infectadas se recupera dentro de semanas, como, por exemplo, o primeiro paciente diagnosticado com coronavírus no Brasil, que já está curado. Ele contraiu o vírus na Itália, teve o diagnóstico confirmado em 25 de fevereiro e foi tratado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O primeiro paciente diagnosticado no Rio Grande do Sul, em Campo Bom, também está curado e retornou ao trabalho. 

3. As medidas de prevenção são simples 

O vírus é facilmente inativado com cuidados simples de higiene, como a lavagem frequente das mãos com água e sabão. Superfícies podem ser higienizadas com etanol, peróxido de hidrogênio ou hipoclorito de sódio.

4. 80% das pessoas sofrem sintomas leves 

Conforme dados internacionais, cerca de 80% dos casos terão sintomas leves (febre baixa, tosse, dor de garganta e coriza). Para esses pacientes, o tratamento indicado é repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Para os outros 20%, pode ser necessária a internação hospitalar. 

5. As pesquisas avançam

Conforme dados internacionais, cerca de 80% dos casos terão sintomas leves (febre baixa, tosse, dor de garganta e coriza). Para esses pacientes, o tratamento indicado é repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Para os outros 20%, pode ser necessária a internação hospitalar. 

Em todo o mundo, especialistas se dedicam a entender o vírus e projetar uma vacina. O vírus foi identificado em 7 de janeiro, na China, e no dia 10, seu genoma já estava disponível, um importante passo para o desenvolvimento de uma vacina. Em 13 de janeiro, foi disponibilizado o teste de RT-PCR para detectar o vírus. 

6. As crianças quase não sofrem

Embora as crianças possam ser infectadas e transmitir o coronavírus, apenas 2,5% delas desenvolveram uma forma grave da doença, e 0,2%, uma forma crítica. A informação é de um relatório da missão conjunta China-OMS publicado no final de fevereiro. Em outro estudo publicado na sexta-feira (13) na revista Nature Medicine, os pesquisadores estabeleceram que, entre quase 4 mil pessoas que estiveram em contato com uma pessoa doente, 3,5% dos adultos foram infectados, mas apenas 1,1% das crianças.

As informações são: GAUCHAZH.

Imagem de Fernando Zhiminaicela por Pixabay