Categoria Literatura

Cordel de Moraes Moreira para Caculé/BA

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OBRIGADO CACULÉ

Considero Caculé
A minha segunda terra
Quem já falou de verdade
Aqui e agora não erra
É muito amor e respeito!
Explode dentro do peito
O som do grito que encerra

Posso dizer que o destino
Comigo foi magnífico
Partindo de Ituaçu
Pra cursar o científico
Sem sequer imaginar
Que tudo iria mudar
Cheguei dizendo: eu fico

E desde o primeiro ano
Intensamente vivido
Por doutor “Vespasiano”
Fui super bem recebido
E como quem evolui
Em pouco tempo eu já fui
Ficando desinibido

A minha primeira casa
Preste atenção me acompanhe
Foi a casa do “Seu” Seixas
Colega da minha mãe
Se nada aqui eu invento
Pra lá, bem pra lá de atento
Que a memória me apanhe

Gozava da simpatia
Dos mestres, dos professores
Também das moças bonitas
Por quem morria de amores
Amigo da mocidade
De todos lá cidade
Das senhoras, dos senhores

Já era amante da música
Meus companheiros cantavam
Aula de educação física
Seresteiros se atrasavam
“Deba” mostrava o relógio…
Ele e o professor Eustórgio
Quase sempre aliviavam

Pude também estudar
Na escola do bom boêmio
Gostava de uma cachaça
Não era nada abstêmio
Violão era o instrumento
“Arnunice” era um talento
Mestre “Dudula” é um gênio

Lá no Hotel Livramento
Onde pude me hospedar
Fiquei um tempo e parti
Pra casa de dona Iaiá,
Vivi momentos tranquilos
Sendo amigo dos seus filhos
De todos que estavam lá

Zé Clemente era um colega
O mais chegado, o mais intimo
Acompanhava as loucuras
Impondo sempre o seu ritmo
Me apaixonei por Dalbinha
Pensei que ela fosse minha
Que sentimento legítimo!

Ao lado morava Nina
A minha nova paixão
Digo que sua beleza
Tamanho não tinha não
Mas num momento solene
Me lembro bem, foi Marlene
Dona do meu coração

Mesmo sem falar de todas
Não fica fora nenhuma
Bem vivo aqui na memória
O Cheiro de cada uma
No mar da minha existência
Navegam sim, com frequência
Sem se perderem na espuma

Chegou a vez dos amigos:
Eu não me esqueço, ora veja
De Abdenor e Maroca
Ali na Praça da Igreja
Dilma, Celsa e Celeide
Cada qual era uma lady
Que a minha saudade beija

Dirceu, Sessé, Roseli
Era grande essa família
Eu quase fui adotado
Vejam que maravilha
Foi rica essa convivência
De tanta inteligência
Feliz de quem compartilha

Jogava a minha sinuca
Lá no bar de seu “Nozinho”
Em meio a tantos parceiros
Eu não estava sozinho
Pagava a conversa fiada
Mandavam minha mesada
Dona Nita e Seu Dadinho

Pra falar de todo mundo
Sei que vai faltar papel
Meu Deus, são muitas figuras
Não cabem num só Cordel
Queria contar uns causos
Pois todos merecem aplausos
E eu tiro até meu chapéu.

No fim daquele três anos
A coisa ficou bem séria
Caí na segunda época
Em duas ou três matérias
Tendo que passar por crivos
Meti a cara nos livros
E até que enfim tive férias

Já me sentia um músico
Mesmo que um autodidata
Foram muitas as lições
Que eu aprendi com a nata
Quem batia uma viola
Nunca fez de radiola
Uma linda serenata

Já tendo o segundo grau
Apesar de tanta súplica
Eu tirei um bom proveito
Lá daquela escola pública
Chegando na capital
Percebi que andava mal
A nossa velha república

Enquanto que a medicina
Não abria a inscrição
Fiz teste no Seminário
Mostrei minha aptidão
Pra não perder a viagem
Matriculei de passagem
No curso de percussão

Ali encontrei Tom Zé
Que era mestre e aluno
Aproveitei o que pude
E num momento oportuno
Eu conheci o Galvão
E aí a composição
Pode tomar outro rumo

Já era sessenta e sete
E o destino fez seus planos
Nas ruas de Salvador
Nascem os Novos Baianos
Voando num céu Azul
Logo parti para o sul
Junto com aqueles manos

Perdoem a minha ausência
O compromisso me fez
Estar em outros lugares
E não aí com vocês
Mas vou dizer a verdade
Em outra oportunidade
Não tem senão, nem talvez.

Aí me joguei na vida
E precisava ter fé
A nossa carreira artística
Já começava a dar pé
Foi quando falei e disse
De Dudula e de Arnunice
Meus mestres de Caculé

Eu nunca fui de esquecer
Os meus momentos felizes
Nem também de abandonar
Minhas profundas raízes
Cumprindo assim meu papel
Permanecendo fiel
A todas essas matrizes

Que venham as homenagens
Cantemos todos em coro
Na festa do Interior
Na festa que é um estouro
As coisas andam no GV trilho
Já que o prefeito é o filho
Do saudoso Chico Louro

MORAES MOREIRA, São João de Caculé, 2011;

Frases – Leandro Flores

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“Em tempos de infecção,
Que o amor seja o único
a se proliferar cem por cento
no coração das pessoas…”

Leandro Flores

Frases – Mario Quintana

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“Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas.”


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Ela é uma moça de poses delicadas, sorrisos discretos e olhar misterioso

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“Ela é uma moça de poses delicadas,

sorrisos discretos e olhar misterioso.
Ela tem cara de menina mimada,

um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor,

um jeito encantado de ser,
um toque de intuição e um tom de doçura.
Ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude,
uma solidão de artista e um ar sensato de cientista.
Ela é intensa e tem mania de sentir por completo,
de amar por completo e de ser por completo.
Dentro dela tem um coração bobo,
que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez.
Ela tem aquele gosto doce de menina romântica
e aquele gosto ácido de mulher moderna.”

—  Caio Fernando Abreu

 

Imagem de Uwe Kern por Pixabay

Paixões ao extremo levam à perdição

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Esse ambiente político/religioso é um campo minado de hipocrisia e desonestidade. 
Não há positividade em quem se apaixona aos extremos… Não há luz, nem verdades, em quem se posiciona estreitamente em um determinado lado e, sem preceitos, condena o outro com a única finalidade de se ter um algoz, com exclusiva pertinência de promoção factual. 

 

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Sim, agora ele (o opressor) é o porta-voz daquela parcela de rebanhos. Criou-se bando, organização e o seu único propósito é a representação político/partidária. 

Mesmo que a lucidez seja o meio termo, entre a razão e a fé, entre a Direita e a Esquerda, entre o dito “Sagrado” e o “Profano”, os extremistas preferem a representação, o confronto, a bandalheira.

Não podemos nos apaixonar por ideias fabricadas e retocadas, por “deuses” alheios (indiferentes a nossa realidade), por conceitos extremistas de contradições e negações que provoquem uma ‘desarmonia’ e que afetem as convicções das pessoas. 

Há um misto de possibilidades, mas sabemos que existe apenas uma verdade: aquela que se carrega em particular. 

Defenda tudo que acredita sim, mas faça isso com equilibro e com tolerância. Lute pelos os seus propósitos sim, mas sem ofensas. Sem prejudicar, nem invadir o direito do outro de pensar diferente do que você. 

É isso que Jesus gostaria que aprendêssemos quando disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos (Mateus 5:6).”

Há sempre uma recompensa para quem procede com justiça e retidão, sem extremismo suicida e sem paixão à ignorância.

 

 

*Texto escrito por Leandro Flores em 2016. É livre a reprodução, porém, é obrigatório citar as devidas referências de autoria e fonte.

Obs. Não conseguimos identificar a autoria da imagem. 

 

 

 

 

Leandro Flores é fundador e produtor de todos os Projetos ligados ao Café com Poemas.

É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…

Jornalista, Sertanista, Comendador, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.

Não existe amor impossível…

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“Não existe amor impossível, apenas pessoas incapazes de lutar por aquilo que chamam de amor. “

Autor Desconhecido

Fonte: Frases Maravilhosas

Se divertir x ficar velho…

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“A gente não para de se divertir quando fica velho; a gente fica velho quando para de se divertir.”

(Autor desconhecido)

Fonte: Frases Maravilhosas

‘Eu vejo poesia no povo’, diz Bráulio Bessa sobre a fonte de sua inspiração

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“Se o poeta popular vai para feira declamar poesia, eu vou para internet, que é uma feira grande, a maior do mundo, onde tem gente de todo lugar, não tem fronteiras e funciona 24h por dia. Vou fazer poesia, gravar vídeos, e compartilhar”. É assim que o cordelista cearense Bráulio Bessa define o seu fazer artístico.

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Quem foi Casimiro de Abreu

O cordelista cearense viu sua arte ganhar uma projeção inimaginável depois de se tornar colaborador fixo do programa Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo. “Às vezes me sinto até culpado, com um remorso, por ter tanta gente boa com quem eu aprendo, de quem eu sou fã, que se eu pudesse… Mas agradeço muito a oportunidade de através da poesia falar de tantos temas, de racismo, homofobia, perdão, educação, meio ambiente, semanalmente, às 11h, na TV aberta. E com poesia, que é esse bicho mal educado”, comentou.


Bráulio começou a escrever aos 14 anos, depois de conhecer a poesia de Patativa de Assaré em uma aula de literatura. Meses antes, ele tinha sido perguntado por outra professora o que queria ser quando crescer, mas não tinha resposta a pergunta, que continuou ressoando. “Depois de escrever o meu primeiro poema, fui até a professora e disse que queria ser poeta, e já tinha até escrito algo”, lembra.

“O que me bole é esse poder transformador, conscientizador, que existe na palavra, na poesia. Minha maior fonte de inspiração é gente, e aí sim transformar tudo isso em poesia. Olhar para cada um aqui, e perceber que existe poesia. Eu vejo poesia no povo!” – Bráulio Bessa

Texto reproduzido pelo site Correio24h e assinado por Marília Moreira

Foto: Divulgação

Conheça um pouco sobre o nosso “poeta do momento”, Bráulio Bessa

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O poeta cearense Bráulio Bessa mora no coração das massas. Ele é poeta, cordelista, declamador, palestrante brasileiro e mais recente escritor de livros. A história desse jovem é cheia de cultura nacional.

Biografia Bráulio Bessa

Bráulio Bessa nasceu no município de Alto Santo, no Sertão do Ceará, no ano de 1986. Com 14 anos aprendeu a amar a poesia de seu conterrâneo Patativa do Assaré (1909-2002). Depois que uma professora passou um trabalho escolar de pesquisa sobre o grande poeta de cordel.

Bráulio Bessa, “o neto de Dedé sapateiro”, como é conhecido em sua cidade natal. Entrou em contato com a poesia de Patativa e se tornou um “fazedor de poesias”, como ele mesmo se define. Com grandes sonhos, ingressou na faculdade, no curso de análise de sistemas, que lhe motivou a criar um movimento na internet para divulgar e defender o povo e a cultura nordestina, do preconceito que aflora no resto do país.

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No começo, para ser ouvido, Bráulio revolveu adaptar seus versos para o teatro da escola e logo estava conquistando prêmios em cidades vizinhas. A guinada se deu quando visualizou nas redes sociais uma espécie de feira moderna onde podia publicar vídeos de cordéis e poemas sobre vários temas, como medo, preconceito, amor, depressão, identidade. Foi quando percebeu não apenas o poder da internet, mas também a força das palavras.

Sinceridade e pureza

Em 2012, Bráulio criou o blog “Nação Nordestina”, que logo conquistou milhares de seguidores. Com a força do projeto e o objetivo de divulgar a literatura de cordel, o poeta reuniu sua paixão pela cultura popular, pela poesia matuta de cordel e a internet, e em sua cidade natal. Bráulio passou a gravar vídeos com frequência e postar suas poesias na mídia. Logo, seus vídeos conquistaram 30 milhões de visualizações.

Com estilo até pelas suas origens e influência, calcado na literatura de cordel, os poemas de Bráulio falam fundo no coração e mente das pessoas. Um ingrediente poderoso que salta aos olhos do leitor é a sinceridade e pureza da narrativa do poeta, que tem o dom de falar não o que as pessoas querem ouvir, mas o que precisam ouvir. São orações do cotidiano enfeitadas de palavras de incentivo, como aquele que o autor chama de seu clássico.

O sucesso de suas poesias chegou ao ambiente da televisão e Bráulio passou a se apresentar em programas de entrevistas. Onde declamava e contava suas histórias. Foi convidado pelo programa Encontro, da rede Globo e com o sucesso conquistado passou a ocupar semanalmente um quadro intitulado Poesia com Rapadura, em que o poeta declama cordéis e poesias, além de participar de bate-papo com os convidados.

Esse quadro no qual Bráulio declamava suas poesias se transformou em um livro. Os temas centrais da obra são dramas dos dias atuais, como a violência e o preconceito, passando pelo cancioneiro sertanejo e pelo amor.

O livro Poesia que Transforma

Em Poesia que transforma, Bráulio Bessa faz mais do que publicar poemas declamados no famoso Encontro com Fátima Bernardes. Ele conta a história por trás dos poemas ou casos da sua vida que refletem as linhas rimadas. Como era de se imaginar, não foi fácil para Bráulio ganhar a vida como poeta, tornar-se reconhecido nacionalmente. Mas não é só sobre as dificuldades e superações que o poeta nordestino fala em seu livro.

Bráulio aborda a importância da família, de ter raízes e asas, de ter pessoas a quem confiar o coração, de entender que o ser humano muda o tempo todo e a todo tempo. Porque quem é completo, perfeito é quem já está morto e não tem mais o que mudar. Bessa tem a voz suave, a narrativa com cheiro de café da tarde na varanda de casa. Essa voz mansa, que nos embala em casos da infância, da juventude e nos planos para o futuro.

Frases e Pensamentos de Bráulio Bessa

Sendo eu, um aprendiz
A vida já me ensinou que besta
É quem vive triste
Lembrando o que faltou

Magoando a cicatriz
E esquece de ser feliz 
Por tudo que conquistou

Afinal, nem toda lágrima é dor
Nem toda graça é sorriso
Nem toda curva da vida 
Tem uma placa de aviso
E nem sempre o que você perde
É de fato um prejuízo

O meu ou o seu caminho 
Não são muito diferentes
Tem espinho, pedra, buraco
Pra mode atrasar a gente

Mas não desanime por nada
Pois até uma topada
Empurra você pra frente

Tantas vezes parece que é o fim
Mas no fundo, é só um recomeço
Afinal, pra poder se levantar
É preciso sofrer algum tropeço

É a vida insistindo em nos cobrar
Uma conta difícil de pagar
Quase sempre, por ter um alto preço

Acredite no poder da palavra desistir
Tire o D, coloque o R
Que você tem Resistir

Uma pequena mudança
Às vezes traz esperança
E faz a gente seguir

Continue sendo forte
Tenha fé no Criador 
Fé também em você mesmo
Não tenha medo da dor

Siga em frente a caminhada
E saiba que a cruz mais pesada
O filho de Deus carregou


“Nem toda lágrima é dor, nem toda graça é sorriso, nem toda curva da vida tem uma placa de aviso, nem sempre que você perde é de fato um prejuízo.”

 


AMOR IDEAL 

Repare, que tanta gente no mundo 
Corre em busca de um amor
Alguém que seja ideal
Aquela altura
Aquela cor
Aquele extrato bancário
Aquele belo salário

A quem ligue para a idade
Para raça, religião
Mas quem busca perfeição
Não busca amor de verdade

O ideal é amar
Inclusive o diferente
Afinal, que graça tem 
Amar uma cópia da gente?

Procure sem ter critérios
O amor tem seus mistérios
E deixa a gente atordoado
Você sai para procurar
E ao invés de achar
Acaba sendo achado

E quando o amor lhe acha
Não tem para onde correr
Finda logo essa besteira
De mil coisas para escolher

Finda todo preconceito
É como se no seu peito
Coubesse o mundo inteiro
Com todo tipo de gente
E aceita que o diferente
É só alguém verdadeiro

Percebe que a estrada é repleta de amor
E você, nessa jornada, 
Vai sorrir, vai sentir dor
Vai errar e acertar
Na peleja para encontrar
Um sentimento real

E uma dica, companheiro
Se o amor for verdadeiro,
Já é o AMOR IDEAL.

 

“Acredite no poder da palavra “Desistir” tire o D coloque o R que você vai Resistir. Uma pequena mudança às vezes traz esperança e faz a gente seguir.”

Referência do texto Livraria Nobel e o site Pensador

Foto: Divulgação

Meu pé de Ipê – José Veríssimo

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Um pé, de pé, ainda em pé
É um pé amarelo, outro roxo
É um pé rosa, outro branco
Todos são a gosto, outros setembro
Meu pé de Ipê

É um cheiro, laço, um abraço
O elo do amarelo, o gosto do roxo
O poema do branco, todos coloridos
O amarelo do amigo
Meu pé de Ipê

É um renascer do ser nascer
Montanha amontoada no meu quintal
Flor temporona no meu olhar
Um beijo pra arrebentar a semente
E fazer florir, sem medo o doce desejo
Meu pé de Ipê

É na praça, de graça
No teatro, no texto
No poema, na caneta
Na boca, no beijo
Na barriga, no elo
No amarelo, texto e contexto
Meu pé de ipê

José Veríssimo

Fotos: internet