O Dia do Advogado é comemorado anualmente em 11 de agosto.
Esta data homenageia os profissionais responsáveis em representar os cidadãos perante a justiça.
O Direito é a ciência das normas que regulam as relações entre os indivíduos na sociedade, e quando existe uma situação fora dessas normas, entra o trabalho do advogado, que é o de nortear e representar clientes em qualquer instância, juízo ou tribunal.
No dia 20 de junho se comemora o Dia do Advogado Trabalhista, especializado em defender assuntos relacionados às atividades trabalhistas.
Frases de Dia do Advogado para homenagear os defensores da justiça
Devemos toda nossa gratidão aos advogados do bem! Feliz dia do Advogado!
– “A profissão de advogado tem, aos nossos olhos, uma dignidade quase sacerdotal. Toda a vez que a exercemos com a nossa consciência, consideramos desempenhada a nossa responsabilidade. Empreitada é a dos que contratam vitórias forenses. Nós nunca nos comprometemos ao vencimento de causas, nunca endossamos saques sobre a consciência dos tribunais, nunca abrimos banca de vender peles de ursos antes de mortos.”
Na noite de 28 de dezembro de 1992, Daniella Perez (filha da escritora Glória Perez e que era estrela da novela “De Corpo e Alma”, um grande sucesso à época) estava voltando para casa após as gravações da novela quando seu carro foi fechado por outro carro… Do outro lado, saiu um homem que lhe deu um soco e a levou para um matagal. Esse homem era Guilherme de Pádua, um ator que fazia par romântico na mesma novela em que ela atuava, interpretando um personagem chamado Bira. Ele estava acompanhado da sua então esposa, Paula Thomaz.
Essa cena não fazia parte da novela em que ambos atuavam, nem de nenhuma outra ficção. Era uma cena real, de um enredo macabro, que envolveu o assasinato da atriz de uma forma cruel e assustadora.
Esse é o tema do vídeo, produzido pelo jornalista Leandro Flores,
Você já recebeu recomendações para coisas das quais comentou em uma conversa? Descubra se o celular pode ouvir o que falamos!
É possível que alguma vez você tenha se perguntado se o celular pode ouvir o que falamos. Afinal, já deve ter acontecido de receber a indicação de um produto ou serviço relacionado a algo que tenha comentado com alguém. Por esse motivo, muitos dos que afirmam estarem sendo gravados pelos smartphones defendem uma história: os conteúdos armazenados pelos aparelhos são categorizados e utilizados para o direcionamento de anúncios nos aplicativos e redes sociais. Mas será que isso é real?
De acordo com Walker Garcia, Analista de Segurança da Scunna CDC – empresa focada em segurança da informação –, a resposta é sim. Porém, em termos bem diferentes da maneira que imaginamos.
“Atualmente, não há comprovação de que nossos smartphones nos escutam para nos direcionar propaganda, por exemplo. Apesar de muito óbvio e assustador, não há provas concretas, apenas fortes indícios e teorias”, diz o especialista.
Por exemplo, em 2016, o Google se viu em meio a uma polêmica envolvendo a privacidade de seus usuários. Conversas privadas gravadas por smartphones durante o acionamento acidental do assistente de voz foram compartilhadas ilegalmente.
À época, a gigante da tecnologia admitiu que não só sua assistente pessoal, como também alguns dos seus funcionários ouviram gravações de usuários que disseram “Ok, Google”, expressão utilizada para ativar o recurso. Essa possibilidade, inclusive, está descrita na política de privacidade do Google.
Assim, o documento diz que “ocasionalmente, o Assistente será ativado quando você não pretendia, porque detectou incorretamente que você queria sua ajuda (como por um ruído que parece “Ei, Google”). Se isso acontecer, basta dizer Oi, Google, não era para você, e o Assistente excluirá o último item enviado ao Google”.
Permissões ou invasão de privacidade?
Diariamente, usuários de aplicativos concedem permissões de acesso a lista de contatos, microfone, câmera e configurações do sistema, sem pestanejar.
“O usuário pode permitir o acesso ao seu microfone ao instalar um aplicativo, dando permissões as quais o aplicativo não necessita para o seu funcionamento. Isso é muito comum. Mas o Google, especificamente, possui gravações de usuários que podem ser acessadas pelo próprio usuário em seu histórico de atividades”, alerta Walker.
Nesse cenário, o histórico de navegação, os dados de localização e o rastreamento de pixels nas telas fornecem informações. De fato, todas são suficientes para prever intenções de compras e dar a sensação que o celular pode ouvir o que falamos.
Mas existe outra estratégia pouco comentada, porém bastante utilizada por empresas de publicidade e marketing. Trata-se da investigação de conexões nas redes sociais para a previsão de interesses, também com base nas buscas de amigos próximos.
Porém, vale ressaltar que falhas de segurança nas plataformas também podem resultar em conteúdos coletados sem autorização. Além disso, agências governamentais com ferramentas sofisticadas de vigilância podem se aproveitar de possíveis brechas. É preciso estar atento à sua privacidade e direitos!
Lei Geral de Proteção de Dados
Com toda a certeza, nos últimos anos houve um grande progresso no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais. Com a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil, o uso das informações dos usuários por empresas foi regulamentado.
Agora ,é necessária a autorização do usuário e transparência por parte das organizações sobre o uso desses dados, cabendo sanções em caso de utilização indevida.
“Se o usuário estiver de acordo com a captura e utilização de seus dados, não há motivos para discordar. Mas acredito que o grande problema envolvido é a forma misteriosa como isso é feito, se é feito e por qual motivo”, comenta Walker.
O outro lado da história
Um grupo de especialistas em ciência da computação da Universidade de Northeastern e da Universidade de Boston, localizadas nos Estados Unidos, testou os 17 mil aplicativos mais populares para Android, dentre eles Facebook, Instagram e WhatsApp. O objetivo era esclarecer, de uma vez por todas, se o celular pode ouvir o que falamos.
Durante um ano, os pesquisadores utilizaram dez smartphones com programas de automatização de interações humanas, reproduzindo conversas sobre preferências de consumo para que os microfones dos aparelhos as captassem.
Porém, ao fim da pesquisa, não houve qualquer evidência de que esses aplicativos gravavam e replicavam esses áudios secretamente. Para a surpresa dos usuários mais desconfiados da tecnologia.
Ainda em dúvida se o celular pode ouvir o que falamos? Desative o recurso!
O especialista em Segurança também pontua a necessidade de atenção aos termos de uso.
“O usuário preocupado com sua privacidade deve estar atento aos termos de uso. Pois quando um serviço é gratuito, o preço por ele geralmente são os dados”, afirma.
Na página da central de privacidade do Google é possível conferir o histórico das vezes em que o seu smartphone armazenou a sua fala. Acessando esta página você consegue desativar ou ativar a gravação de áudios através do seu smartphone.
No caso do iPhone – considerado o celular mais vendido no mundo em 2021 – não é possível acessar e ouvir os comandos de voz gravados. Porém, desativar a Siri e outros recursos do iOS que podem acessar o microfone do seu celular apaga todos os áudios arquivados com a empresa. Se você se arrepender, também pode voltar atrás a qualquer momento.
Na seção de ajustes do seu iPhone, acesse a configuração Siri e Busca. Em seguida, desative as opções “Ouvir E aí, Siri” e “Pressionar botão lateral para Siri”. Depois, volte à tela principal do aplicativo, clique em “Ajustes” e vá até “Geral > Teclado”. Desative a opção “Ativar ditado”, se ela estiver ativada.
Contudo, o especialista reafirma a necessidade de estar atento às permissões concedidas nos aplicativos.
“Como forma de atenção, sugiro revisar as permissões de aplicativos. Por exemplo, a calculadora não precisa de acesso ao microfone, ao GPS ou aos seus arquivos. É algo comum concordar com muitas permissões para aplicativos simples como esses”, conclui o analista.
No Brasil, vivemos em um tempo sombrio e de constantes ameaças ou
ataques à democracia brasileira conquistada com muita luta e esforço por heróis
do passado e do presente. Para ilustrar e refletir um pouco mais acerca do texto
recorre-se ao filósofo Antonio Negri, onde ele diz que todas as transformações
que a sociedade tem sofrido, especialmente ao longo do século XX, tornaram
pouco úteis os conceitos clássicos da política. Sua tese central é de que, com a
consolidação do processo de globalização nas últimas décadas daquele século, a
noção de soberania centrada no Estado-nação declinou.
Para ele, assim como para outros filósofos contemporâneos, já não vivemos
a era moderna, e sim uma fase posterior, a pós-modernidade. Apesar de haver
cada vez mais riquezas circulando mundialmente, a desigualdade econômica e os
problemas dela decorrentes muitas vezes foram ampliados. Antonio Negri afirma
que o império não nasce da intenção de alguém ou algum grupo. O império vai se
construindo aos poucos, nos movimentos do jogo político das instituições sociais.
Em outras palavras, o império não é um organismo que se coloca além do
conjunto social, organizando-o e gerindo-o; ele brota do próprio meio social.
Na visão do escritor e poeta Antônio Santana, amar o Brasil, morar no Brasil
e ter orgulho de ser brasileiro\brasileira está cada dia mais complicado. Porque
quando se faz críticas a um determinado governo, instituição, entidade ou
segmentos da sociedade brasileira algumas pessoas dizem que somos
antidemocráticos ou opositores a uma determinada ideologia de qualquer
natureza. Entretanto, existe a ditadura democrática para aqueles\aquelas que
circulam dentro e fora da estrutura do PODER POLÍTICO, que compartilham das
arbitrariedades que porventura surgem naquele espaço o qual poucos fazem parte
das (chamadas panelinhas de governos), ou seja, aqueles\aquelas que se
calam por conveniências pessoais. Contudo, em outros segmentos desta mesma
sociedade, não existe muita diferença quanto ao tratamento no que pode e no que
não pode falar publicamente para não prejudicar a imagem “dos Poderosos”, nos
seus respectivos tronos passageiros no Brasil.
Vale ressaltar, que vivemos ora em um Estado Democrático de Direito, bem
como em outros momentos, em uma democracia ditatorial onde não podemos
nos manifestar ou falar certas verdades que muitas vezes não querem ou não
gostam de ouvi-las. No Brasil, infelizmente ainda vivemos à sombra do
coronelismo esquemático e sistemático que alimentam muitos vícios,
principalmente, o do silêncio. Que às vezes, o não falar significa respeitar e
concordar por medo de se posicionar perante uma tomada de decisão errada ou
equivocada do “chefe”, onde o cidadão é pressionado ou ameaçado a concordar
com o erro ao invés de denunciá-lo à Justiça.
Sendo assim, é mais do que necessário enquanto cidadãos e cidadãs, rever
os nossos conceitos no que diz respeito à palavra DEMOCRACIA, bem como
onde ela inicia e termina na vida em sociedade e de que maneira nós nos
comportamos no seu exercício no território brasileiro. É urgente buscarmos esse
entendimento para não corremos o risco de matarem os nossos sonhos, as nossas
ideologias, impedir a nossa liberdade de expressão, o nosso direito de ir e vir, e o
retrocesso do livre direito de escolha por meio do voto secreto e direto na urna
eletrônica.
Aos que estão felizes nesse momento, aos que já foram felizes, aos que terminaram, mas ainda querem voltar. Aos que se conheceram há pouco tempo, mas que se amam como velhos namorados. Aos solteiros, que sofrem silenciosamente, aos que ainda não perderam a esperança de encontrar um alguém, aos que sonham com a felicidade. Aos que lutam por ela. Felicidade também para os casados que não permitiram que a rotina, que as dificuldades da convivência pudessem alterar o amor que sentiam antes. Que mantêm a chama do amor desde o primeiro dia que se conheceram.
Enfim, parabéns a toda humanidade que precisa mais fazer amor, ter amor, construir amor.
Confira alguns poemas que se encaixam perfeitamente (nos braços e abraços) daqueles que se amam:
Pensando em Você
Quando penso em você me sinto flutuar, me sinto alcançar as nuvens, tocar as estrelas, morar no céu… Tento apenas superar a imensa saudade que me arrasa o coração, mas, que vem junto com as doces lembranças do teu ser. Lembrando dos momentos em que juntos nosso amor se conjugava em uma só pessoa, nós… É através desse tal sentimento, a saudade, que sobrevivo quando estou longe de você. Ela é o alimento do amor que encontra-se distante… A delicadeza de tuas palavras contrasta com a imensidão do teu sentimento. Meu ciúme se abranda com tuas juras e promessas de amor eterno. A longa distância apenas serve para unir o nosso amor. A saudade serve para me dar a absoluta certeza de que ficaremos para sempre unidos… E nesse momento de saudade, quando penso em você, quando tudo está machucando o meu coração e acho que não tenho mais forças para continuar; eis que surge tua doce presença, com o esplendor de um anjo; e me envolvendo como uma suave brisa aconchegante… Tudo isso acontece porque amo e penso em você…
Bilhete Se tu me amas, ama-me baixinho Não o grites de cima dos telhados Deixa em paz os passarinhos Deixa em paz a mim! Se me queres, enfim, tem de ser bem devagarinho, Amada, que a vida é breve, e o amor mais breve ainda…
Mario Quintana , Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 2005. p. 474.
Todas as vezes que te vi, nesses últimos quatro ou cinco anos, eu sempre me apaixonei por você.
Eu sempre estive pronta pra começar algo, pra tomar um café de verdade, pra passear de mãos dadas no claro, pra poder te apresentar ao sol sem receber mensagens de gente louca ou olhares curiosos, pra escutar uma piada nova.
E você sempre ignorou esse fato, seguindo seu caminho que sempre é interrompido pelo vazio da sua camiseta fedendo a churrasco.
Eu nunca vou entender. Eu nunca vou saber porque a vida é assim.
Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro.
Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais.
Eu só sei que agora eu vou tomar um banho, vou esfregar a bucha o mais forte possível na minha pele e vou me dizer pela milésima vez que essa foi a última vez que vou ficar sem entender nada.
Mas aí, daqui uns dias, igual faz há uns cinco ou seis anos, você vai me ligar.
Querendo pegar aquele cineminha, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor.
Me querendo no escuro. E eu vou topar.
Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer.
Apenas porque você me lembra o mistério da vida.
Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.
Tô com vontade de uma coisa que eu não sei o que é: Contos e crônicas
Respeito os Movimentos Sociais, sobretudo aqueles do passado, de conquistas importantes em relação a certos direitos (da mulher, por exemplo), porém, esses coletivos de hoje, radicalmente ideologizados, de certa forma, atrapalham e aumentam o preconceito à mulher quando passam a exigir, não uma igualdade de direito, que também sou a favor, mas uma reparação histórica à mulher (do grupo delas – porque as que pensam diferente estão fora desse rol de direitos), tornando-as superiores, detentoras de certos privilégios que o mundo de hoje pode oferecer!
É evidente que o atual estágio, as mulheres passam a figurar com mais propriedade do que o homem (esse século é delas), pela facilidade em saberem lidar com várias coisas ao mesmo tempo e buscarem alternativas, sobretudo no campo da qualificação pessoal para se situarem no mercado de trabalho e na vida. É evidente que ainda há muito preconceito em relação a mulher, à sua capacidade e, muitas das vezes, superioridade em determinadas funções. É evidente também que a violência contra a mulher ainda é uma coisa assustadora, apesar das políticas históricas que têm contribuído um pouco para amenizar isso. O assédio é algo que precisa ser combatido. O estupro ainda é uma realidade desgraçadamente presente nos cotidianos da sociedade brasileira, mas, como eu ia dizendo, o que alguns grupos ideológicos estão fazendo com essa causa, transformando isso em interesses pessoais, em frustações comportamentais de natureza partidariamente coletiva, de certa forma atrapalha a luta e contribui cada vez mais com a segregação de gênero e um aumento de grupos ultraconservadores (a exemplo do nosso “fabuloso” Bolsonaro e sua trupe).
No fundo, o que esse povo quer – falo dos ativistas – é colocar as pessoas em uma determinada trincheira lateral, onde as ideias acabam sendo diametralmente conduzidas pelos extremismos das representações. Quer dizer, você não pode ser sensato e defender o equilíbrio entre homens e mulheres, entre direitos e deveres, entre o justo e o injusto. O negócio é tomar partido, mesmo que aquilo implique em dissipação de cabeças pelo caminho. Ou seja: o que o dedo da coletividade apontar, o massacre é garantido – evidentemente com flashes e cliques para intimidar. Não há presunção de inocência, o importante é adjetivar, generalizar: “todo homem é um estuprador em potenciar”. “Não me dê flores, me dê respeito”, “vivermos uma cultura do estupro”. Ou ainda, como se fala no outro lado dos extremos, ao tentar definir uma mulher feminista: “vai cortar o cabelo do sovaco”,… como se toda mulher feminista fosse um estereotipo… “gorda e sapatão”, como se a própria ideologia definisse uma condição já pré-determinada.
É exatamente aí onde acaba a poesia. O mundo idealizado pelos extremistas, sejam eles “ultraconservadores ou feministas radicais” é um mundo sem poesia, sem leveza de alma. Tudo é uma questão de “politicamente correto” ou de uma opressão machista, de proteção ao “cidadão de bem” interposto pela família patriarcal. A semelhança é que ambos são hipócritas. Muitos que defendem a “família” querem na verdade manter uma ideologia de proteção ao preconceito e a estupidez de forma desenfreada e contínua. Ao mesmo tempo em que, quem generaliza uma causa e condena um gênero somente pela sua natureza de ser quer na verdade impor, não uma igualdade, mas uma superioridade absurda de opressão e de propriedade exclusiva da causa, de modo que, quem não faz parte daquele ciclo de pensamento (mesmo que seja mulher) é taxado como machista ou um estuprador em potencial. Na maioria das vezes são pessoas que não vivem a causa (neste caso, o termo poderia ser trocado para o “hipocritamente correto”). Ou, quando vivem, flertam com o extremo e com a banalização de qualquer principio, regra e ordem estabelecida (culturalmente ou não) pela sociedade e que o homem (ou a mulher) em seu aspecto antropológico considera como normal.
P.S. Este texto é para quem enxerga as coisas de uma maneira mais coerente e lúcida. É claro, se você pertencer um dos polos extremistas vai me criticar até me adjetivar de acordo com as suas objeções. Só digo uma coisa: Não adianta tentar me entender. Eu não estou do lado que você olha. Não sou extremo, nem periférico, sou do lado de dentro da razão.
Leandro Flores é fundador e produtor dos Projetos ligados ao Café com Poemas.
Advogado, Jornalista, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.
É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…
O Dia do Trabalho ou o Dia do Trabalhador é feriado nacional no Brasil e em vários outros países como Portugal, Rússia, França, Espanha, Argentina e etc.
Nesta data, homenageia-se a luta dos trabalhadores que foram responsáveis pela consagração dos direitos trabalhistas atuais. É um momento também para o trabalhador refletir sobre as reais condições trabalhistas, bem como as legislações, normas e demais regras de trabalho.
Origem do Dia do Trabalho
A história do Dia do Trabalho surgiu em Chicago, nos Estados Unidos, em 1º de maio de 1886, quando houve uma grande manifestação de trabalhadores para protestarem contra a jornada exaustiva de trabalho – que eram submetidos, chegando até 17 horas.
No Brasil, o Dia do Trabalho teve início no governo de Artur Bernardes, em 1925. A data foi instituída graças a uma pressão popular, sobretudo, a partir de uma greve geral que ocorreu em São Paulo, em 1917. Na ocasião, os comerciantes e operários da cidade permaneceram em greve durante vários dias, por conta das condições precárias de trabalho.
O Dia Mundial do Café é comemorado anualmente em 14 de abril.
A data homenageia uma das bebidas mais adoradas do mundo: o café! Seja ele carioca, pingado, cappuchino, americano ou expresso, o café é uma paixão mundial, sem dúvidas.
De acordo com o Sumário Executivo – Café, de setembro de 2021, documento da responsabilidade do Ministério da Agricultura Pecuária e Estabelecimento, o Brasil é considerado o maior produtor e exportador de café do mundo, seguido do Vietnã e da Colômbia. Que tal um Café com Poemas? Existe uma sintonia muito grande entre o café e a cultura de nossa sociedade. Café é um item praticamente indispensável para qualquer cidadão brasileiro, seja ele rico, pobre ou classe média. Café remete à inspiração, à degustação, à sofisticação, a sabores e também prazeres. É um elemento que combina com tudo, inclusive com livros, cultura e poemas. Portanto, Café com Poemas traz o equilíbrio perfeito entre a efervescência do café com a sutileza do poema. Café é a fonte de toda a nossa inspiração. Está presente em nossa marca, os nossos projetos, os nossos poemas e, principalmente, no nosso dia a dia.
BANDEIRA, Manuel. Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Cia. José Aguilar, 1967, p.281-282.
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Rotina noturna Uma poltrona um café um livro um cigarro o som de Elis, as lembranças de um amor as saudades de outros… a vontade de ouvir aquelas vozes nem que seja por um instante, buscando fantasmas no escuro buscando a imagem de um passado. Muda a música o pensamento viaja, vai em busca daquela… daquela que de longe fica perto perto no peito. Vem na memória as risadas, marcadas por um sorriso ecantador. Nesse momento descubro que palavras são poucas noites são curtas que a vida de tão grande fica pequena, para tantas vontades tantos sonhos contruídos. E principalmente para que estes se realizem
O branco açúcar que adoçará meu café nesta manhã de Ipanema não foi produzido por mim nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. Vejo-o puro e afável ao paladar como beijo de moça, água na pele, flor que se dissolve na boca. Mas este açúcar não foi feito por mim. Este açúcar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, [dono da mercearia. Este açúcar veio de uma usina de açúcar em Pernambuco ou no Estado do Rio e tampouco o fez o dono da usina. Este açúcar era cana e veio dos canaviais extensos que não nascem por acaso no regaço do vale. (…) Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este açúcar branco e puro com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 1980, p. 227-8.
Reprodução: Pensador.com
Calendarr. Acesso em: 14 de abril de 2022. <https://www.calendarr.com/brasil/dia-mundial-do-cafe/>
Infelizmente neste domingo, dia 03 de abril tivemos a notícia da morte da nossa tão admirada Lygia Fagundes Telles, considerada uma das mais notáveis escritoras brasileiras, destacando-se como uma grande contista e romancista.
E para homenageá-la, reunimos uma lista (com base numa lista, feita pelo site Folha de São Paulo) com alguns livros da extensa obra de Lygia Fagundes Telles, alguns dos quais nunca mais foram reeditados.
Porão e sobrado (1938)
Primeiro livro publicado por Fagundes Telles, em 1938, quando ela tinha quinze anos, com a ajuda do pai. Reúne nove contos, sendo que alguns já tinham saído em jornais da época, quando ela tinha treze anos. Já a partir do título, é possível perceber a consciência social que ela já tinha desde a adolescência. Tanto esse quanto Praia viva e O cacto vermelho foram renegados posteriormente pela escritora, nunca mais sendo reeditados.
Praia viva (1944)
Com dez contos, o livro só conseguiu ser publicado em 1944, embora ela tenha tentado lançá-lo anos antes. Não conseguia pois os editores com quem se encontrava estavam mais interessados em destacar sua beleza do que o seu trabalho, conforme se vê em uma carta que ela enviou a Erico Verissimo, em 9 de setembro de 1941, e que pode ser lida no site do Instituto Moreira Salles. Tanto esse quanto Porão e sobrado e O cacto vermelho foram renegados posteriormente pela escritora, nunca mais sendo reeditados.
O cacto vermelho (1948)
Lançado em 1948 e ganhador do Prêmio Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras, traz doze contos, entre os quais “O menino” e “A confissão de Leontina”, que voltaram a aparecer em Antes do baile verde, A estrutura da bolha de sabão e outras obras posteriores. Tanto esse quanto Porão e sobrado e Praia Viva foram renegados posteriormente pela escritora, nunca mais sendo reeditados.
Ciranda de pedra (1954)
Companhia das Letras. 224 pp. R$ 52,90
Primeiro romance de Fagundes Telles, que saiu em 1954, considerado por ela e pelo crítico Antonio Candido como o livro que marca a sua maturidade literária. Dividido em duas partes, conta a história de Virginia, uma menina que vive com a mãe, desquitada, que está à beira de um colapso mental. Suas duas irmãs mais velhas vivem com o pai em uma casa grande e confortável e com um jardim amplo. A segunda parte traz Virginia já mais velha tendo que lidar com familiares e amigos. A obra já tratava de temas como homossexualidade feminina, impotência sexual e vida sexual ativa da mulher. Foi duas vezes adaptado pela TV Globo como novela, uma em 1981 e outra em 2008.
Histórias do desencontro (1958)
É o retorno aos contos de Fagundes Telles, que reúne catorze histórias lançadas em 1958. Cinco desses contos foram publicados novamente em Antes do baile verde, entre os quais o famoso “Venha ver o pôr do sol”, sobre dois jovens que marcam o seu último encontro em um cemitério. A obra recebeu o prêmio de melhor livro de contos do Instituto Nacional do Livro.
Histórias escolhidas (1961)
Primeira antologia da escritora paulistana, publicada em 1961, trazendo seis contos de O cacto vermelho, oito de História do desencontro e dois inéditos: “O noivo” e “As cerejas”, um dos melhores exemplos de como a autora se utiliza do erotismo em seus contos, através da relação entre uma mulher e o sobrinho do seu marido, tudo narrado pelo ponto de vista de uma parente mais jovem. Aqui já se percebe uma prática que Fagundes Telles vai seguir ao longo da carreira: a revisão e alteração na escrita das histórias originais.
Verão no aquário (1963)
Companhia das Letras. 232 pp. R$ 59,90
O segundo romance de Fagundes Telles foi lançado em 1963, e conta a história de Raiza, uma moça que está apaixonada por um jovem rapaz que pretende se tornar padre. Ao mesmo tempo, ela desconfia de que ele esteja tendo um caso com sua mãe. Aqui é possível perceber claramente a influência do narrador machadiano, em especial o de Dom Casmurro, pois fica no ar a pergunta se a mãe de Raiza estava realmente tendo um caso com André. Essa influência também se estendeu para o cinema, pois Fagundes Telles, junto com Paulo Emilio Salles Gomes, escreveu o roteiro de Capitu, filme de 1968 dirigido por Paulo Cezar Saraceni, uma adaptação cinematográfica da obra-prima machadiana.
O jardim selvagem (1965)
A primeira edição desse livro de 1965 reúne doze contos, contendo alguns dos mais famosos da obra lygiana: “Antes do Baile Verde”, “A caçada”, “Meia-noite em ponto em Xangai”, “O Jardim Selvagem”; “A Medalha” e “O espartilho”, que foram republicados em livros posteriores. A segunda edição, lançada na década de 70, traz apenas cinco contos da versão original, mas posteriormente não foi mais reeditado.
Antes do baile verde (1970)
Companhia das Letras. 208 pp. R$ 52,90
O livro de contos mais conhecido da obra lygiana, lançado em 1970, reunindo inicialmente vinte contos, entre inéditos e já publicados, que foram revisados por Fagundes Telles a fim de atingirem suas melhores formas. O conto “Antes do baile verde” recebeu o Grande Prêmio Internacional Feminino para Contos Estrangeiros, em Cannes, na França, em 1969.
As meninas (1973)
Companhia das Letras. 304 pp. R$ 54,90
O romance mais famoso da obra lygiana foi lançado em 1973, com a publicação de um relato de tortura que Fagundes Telles recebeu em casa, escrito em um panfleto. O livro mostra a sofisticação que a narrativa da escritora alcançou através de quatro narradores: um narrador em terceira pessoa e três jovens universitárias — Lorena (a burguesinha rica que se apaixona por um homem mais velho casado), Lia (que se envolve com grupos clandestinos que combatem o regime militar) e Ana Clara (a mais bonita das três, que é modelo e dependente de drogas). Vencedor do prêmio Jabuti, em 1974. Foi adaptado em 1995 para o cinema, com direção de Emiliano Ribeiro, com Adriana Esteves, Drica Moraes e Cláudia Liz nos papéis das “meninas”.
Seminário dos ratos (1977)
Companhia das Letras. 184 pp. R$ 54,90
Publicado em 1977, hoje o livro, após revisões e alterações, traz, ao todo, treze contos, entre os quais “Tigrela” e “As Formigas”, um dos mais lidos da autora ao lado de “Venha ver o pôr do sol”. Ambos capturam bem a aura de estranhamento criada por Fagundes Telles em seus contos, em que não se sabe se há ou não algo sobrenatural acontecendo. O conto homônimo que dá título ao livro também traz uma aura de surrealismo a um tema mais claramente político.
Filhos pródigos/A estrutura da bolha de sabão (1978)
Companhia das Letras. 184 pp. R$ 54,90. Posf. Alfredo Bosi.
Lançado em 1978 com o título de Filhos pródigos, é uma seleção de nove contos que haviam sido publicados anteriormente em periódicos, antologias coletivas ou livros da própria autora, mas que estavam esgotados. Em 1991, foi reeditado (com um conto a menos do que no original) com o título de outro conto famoso: “A estrutura da bolha de sabão”.
A disciplina do amor (1980)
Companhia das Letras. 224 pp. R$ 49,90. Posf. Noemi Jaffe.
O primeiro livro da ficção memorialística de Lygia Fagundes Telles, publicado em 1980, contendo “miniaturas”, como esses textos fragmentários eram chamados por Carlos Drummond de Andrade. É um estilo que mistura biografia e invenção, chamados de “coleção de ‘biografemas’” por Noemi Jaffe, que escreveu o posfácio da edição mais recente da Companhia das Letras. Ganhador do Prêmio Jabuti e o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
As horas nuas (1989)
Companhia das Letras. 256 pp. R$ 54,90. Posf. José Paulo Paes.
Quarto e último romance publicado por Fagundes Telles, em 1989, em que a autora faz várias autorreferências a obras anteriores, seja na forma de paródia, seja em repetições de frases e imagens. O livro começa dando a ideia de que a protagonista é Rosa Ambrosio, uma atriz decadente, e seu gato, Rahul, que é um dos narradores. Mais adiante, a trama vira uma espécie de romance policial em que tenta-se descobrir a resolução do mistério do desaparecimento de uma das personagens do romance. Mas a resolução está em um conto anterior da autora.
A noite escura e mais eu (1995)
Companhia das Letras. 128 pp. R$ 47,90
O título faz referência a um verso de Cecília Meireles e é o último livro de contos “ficcionais” de Fagundes Telles, publicado em 1995. Traz nove contos, dentre os quais “Dolly” e “Anão de Jardim” (narrado justamente por um anão de jardim), considerado o “conto total” da obra lygiana.
Invenção e memória (2000)
Companhia das Letras. 144 pp. R$ 49,90
Publicado no ano de 2000, reúne quinze textos da ficção memorialística lygiana. Entre textos explicitamente autobiográficos (como “Rua Sabará, 400”, que trata da sua rotina com Paulo Emilio Salles Gomes, que foi seu companheiro até a morte dele, em 1977) e narrativas fantásticas, como a história de um vampiro norueguês que busca sua amada, uma indígena brasileira, Fagundes Telles mistura ficção e realidade com maestria.
Durante aquele estranho chá (2002)
Companhia das Letras. 160 pp. R$ 47,90
Uma reunião de textos breves, de origens, naturezas e épocas diversas, trazem vida às memórias de Lygia Fagundes Telles, em livro publicado originalmente em 2002. Traz suas conversas com Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre, visitas a Jorge Amado e Zélia Gattai, sua amizade com Hilda Hilst e um estranho diálogo com Jorge Luis Borges, passando por uma entrevista concedida à Clarice Lispector.
Passaporte para a China (2011)
Companhia das Letras. 112 pp. R$ 44,90
Relato de viagem realizada em 1960 para a China, em que Fagundes Telles fez parte da delegação brasileira convidada para comemorar o 11º aniversário do socialismo chinês. As 29 crônicas que compõem o livro, que saiu em 2011, são uma reunião dos textos que foram publicados por ela no jornal Última Hora, abordando desde paisagens, monumentos, roupas, costumes ao convívio com o povo chinês e detalhes do cotidiano. Conta ainda com um pequeno caderno de fotos tiradas durante a viagem.
Um coração ardente (2012)
Companhia das Letras. 104 pp. R$ 42,90
Coletânea de dez contos publicados pela escritora entre 1958 e 1981. As histórias trazem homens e mulheres, crianças e adultos flagrados em seus sentimentos mais secretos e em sua relação espinhosa com a vida.
Reprodução do site “Folha de São Paulo” em “Listão: Lygia Fagundes Telles”