Respeito os Movimentos Sociais, sobretudo aqueles do passado, de conquistas importantes em relação a certos direitos (da mulher, por exemplo), porém, esses coletivos de hoje, radicalmente ideologizados, de certa forma, atrapalham e aumentam o preconceito à mulher quando passam a exigir, não uma igualdade de direito, que também sou a favor, mas uma reparação histórica à mulher (do grupo delas – porque as que pensam diferente estão fora desse rol de direitos), tornando-as superiores, detentoras de certos privilégios que o mundo de hoje pode oferecer!
É evidente que o atual estágio, as mulheres passam a figurar com mais propriedade do que o homem (esse século é delas), pela facilidade em saberem lidar com várias coisas ao mesmo tempo e buscarem alternativas, sobretudo no campo da qualificação pessoal para se situarem no mercado de trabalho e na vida. É evidente que ainda há muito preconceito em relação a mulher, à sua capacidade e, muitas das vezes, superioridade em determinadas funções. É evidente também que a violência contra a mulher ainda é uma coisa assustadora, apesar das políticas históricas que têm contribuído um pouco para amenizar isso. O assédio é algo que precisa ser combatido. O estupro ainda é uma realidade desgraçadamente presente nos cotidianos da sociedade brasileira, mas, como eu ia dizendo, o que alguns grupos ideológicos estão fazendo com essa causa, transformando isso em interesses pessoais, em frustações comportamentais de natureza partidariamente coletiva, de certa forma atrapalha a luta e contribui cada vez mais com a segregação de gênero e um aumento de grupos ultraconservadores (a exemplo do nosso “fabuloso” Bolsonaro e sua trupe).
No fundo, o que esse povo quer – falo dos ativistas – é colocar as pessoas em uma determinada trincheira lateral, onde as ideias acabam sendo diametralmente conduzidas pelos extremismos das representações. Quer dizer, você não pode ser sensato e defender o equilíbrio entre homens e mulheres, entre direitos e deveres, entre o justo e o injusto. O negócio é tomar partido, mesmo que aquilo implique em dissipação de cabeças pelo caminho. Ou seja: o que o dedo da coletividade apontar, o massacre é garantido – evidentemente com flashes e cliques para intimidar. Não há presunção de inocência, o importante é adjetivar, generalizar: “todo homem é um estuprador em potenciar”. “Não me dê flores, me dê respeito”, “vivermos uma cultura do estupro”. Ou ainda, como se fala no outro lado dos extremos, ao tentar definir uma mulher feminista: “vai cortar o cabelo do sovaco”,… como se toda mulher feminista fosse um estereotipo… “gorda e sapatão”, como se a própria ideologia definisse uma condição já pré-determinada.
É exatamente aí onde acaba a poesia. O mundo idealizado pelos extremistas, sejam eles “ultraconservadores ou feministas radicais” é um mundo sem poesia, sem leveza de alma. Tudo é uma questão de “politicamente correto” ou de uma opressão machista, de proteção ao “cidadão de bem” interposto pela família patriarcal. A semelhança é que ambos são hipócritas. Muitos que defendem a “família” querem na verdade manter uma ideologia de proteção ao preconceito e a estupidez de forma desenfreada e contínua. Ao mesmo tempo em que, quem generaliza uma causa e condena um gênero somente pela sua natureza de ser quer na verdade impor, não uma igualdade, mas uma superioridade absurda de opressão e de propriedade exclusiva da causa, de modo que, quem não faz parte daquele ciclo de pensamento (mesmo que seja mulher) é taxado como machista ou um estuprador em potencial. Na maioria das vezes são pessoas que não vivem a causa (neste caso, o termo poderia ser trocado para o “hipocritamente correto”). Ou, quando vivem, flertam com o extremo e com a banalização de qualquer principio, regra e ordem estabelecida (culturalmente ou não) pela sociedade e que o homem (ou a mulher) em seu aspecto antropológico considera como normal.
P.S. Este texto é para quem enxerga as coisas de uma maneira mais coerente e lúcida. É claro, se você pertencer um dos polos extremistas vai me criticar até me adjetivar de acordo com as suas objeções. Só digo uma coisa: Não adianta tentar me entender. Eu não estou do lado que você olha. Não sou extremo, nem periférico, sou do lado de dentro da razão.
Leandro Flores é fundador e produtor dos Projetos ligados ao Café com Poemas.
Advogado, Jornalista, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.
É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…
O Dia do Trabalho ou o Dia do Trabalhador é feriado nacional no Brasil e em vários outros países como Portugal, Rússia, França, Espanha, Argentina e etc.
Nesta data, homenageia-se a luta dos trabalhadores que foram responsáveis pela consagração dos direitos trabalhistas atuais. É um momento também para o trabalhador refletir sobre as reais condições trabalhistas, bem como as legislações, normas e demais regras de trabalho.
Origem do Dia do Trabalho
A história do Dia do Trabalho surgiu em Chicago, nos Estados Unidos, em 1º de maio de 1886, quando houve uma grande manifestação de trabalhadores para protestarem contra a jornada exaustiva de trabalho – que eram submetidos, chegando até 17 horas.
No Brasil, o Dia do Trabalho teve início no governo de Artur Bernardes, em 1925. A data foi instituída graças a uma pressão popular, sobretudo, a partir de uma greve geral que ocorreu em São Paulo, em 1917. Na ocasião, os comerciantes e operários da cidade permaneceram em greve durante vários dias, por conta das condições precárias de trabalho.
O Dia Mundial do Café é comemorado anualmente em 14 de abril.
A data homenageia uma das bebidas mais adoradas do mundo: o café! Seja ele carioca, pingado, cappuchino, americano ou expresso, o café é uma paixão mundial, sem dúvidas.
De acordo com o Sumário Executivo – Café, de setembro de 2021, documento da responsabilidade do Ministério da Agricultura Pecuária e Estabelecimento, o Brasil é considerado o maior produtor e exportador de café do mundo, seguido do Vietnã e da Colômbia. Que tal um Café com Poemas? Existe uma sintonia muito grande entre o café e a cultura de nossa sociedade. Café é um item praticamente indispensável para qualquer cidadão brasileiro, seja ele rico, pobre ou classe média. Café remete à inspiração, à degustação, à sofisticação, a sabores e também prazeres. É um elemento que combina com tudo, inclusive com livros, cultura e poemas. Portanto, Café com Poemas traz o equilíbrio perfeito entre a efervescência do café com a sutileza do poema. Café é a fonte de toda a nossa inspiração. Está presente em nossa marca, os nossos projetos, os nossos poemas e, principalmente, no nosso dia a dia.
BANDEIRA, Manuel. Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Cia. José Aguilar, 1967, p.281-282.
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Rotina noturna Uma poltrona um café um livro um cigarro o som de Elis, as lembranças de um amor as saudades de outros… a vontade de ouvir aquelas vozes nem que seja por um instante, buscando fantasmas no escuro buscando a imagem de um passado. Muda a música o pensamento viaja, vai em busca daquela… daquela que de longe fica perto perto no peito. Vem na memória as risadas, marcadas por um sorriso ecantador. Nesse momento descubro que palavras são poucas noites são curtas que a vida de tão grande fica pequena, para tantas vontades tantos sonhos contruídos. E principalmente para que estes se realizem
O branco açúcar que adoçará meu café nesta manhã de Ipanema não foi produzido por mim nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. Vejo-o puro e afável ao paladar como beijo de moça, água na pele, flor que se dissolve na boca. Mas este açúcar não foi feito por mim. Este açúcar veio da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, [dono da mercearia. Este açúcar veio de uma usina de açúcar em Pernambuco ou no Estado do Rio e tampouco o fez o dono da usina. Este açúcar era cana e veio dos canaviais extensos que não nascem por acaso no regaço do vale. (…) Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura produziram este açúcar branco e puro com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 1980, p. 227-8.
Reprodução: Pensador.com
Calendarr. Acesso em: 14 de abril de 2022. <https://www.calendarr.com/brasil/dia-mundial-do-cafe/>
Infelizmente neste domingo, dia 03 de abril tivemos a notícia da morte da nossa tão admirada Lygia Fagundes Telles, considerada uma das mais notáveis escritoras brasileiras, destacando-se como uma grande contista e romancista.
E para homenageá-la, reunimos uma lista (com base numa lista, feita pelo site Folha de São Paulo) com alguns livros da extensa obra de Lygia Fagundes Telles, alguns dos quais nunca mais foram reeditados.
Porão e sobrado (1938)
Primeiro livro publicado por Fagundes Telles, em 1938, quando ela tinha quinze anos, com a ajuda do pai. Reúne nove contos, sendo que alguns já tinham saído em jornais da época, quando ela tinha treze anos. Já a partir do título, é possível perceber a consciência social que ela já tinha desde a adolescência. Tanto esse quanto Praia viva e O cacto vermelho foram renegados posteriormente pela escritora, nunca mais sendo reeditados.
Praia viva (1944)
Com dez contos, o livro só conseguiu ser publicado em 1944, embora ela tenha tentado lançá-lo anos antes. Não conseguia pois os editores com quem se encontrava estavam mais interessados em destacar sua beleza do que o seu trabalho, conforme se vê em uma carta que ela enviou a Erico Verissimo, em 9 de setembro de 1941, e que pode ser lida no site do Instituto Moreira Salles. Tanto esse quanto Porão e sobrado e O cacto vermelho foram renegados posteriormente pela escritora, nunca mais sendo reeditados.
O cacto vermelho (1948)
Lançado em 1948 e ganhador do Prêmio Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras, traz doze contos, entre os quais “O menino” e “A confissão de Leontina”, que voltaram a aparecer em Antes do baile verde, A estrutura da bolha de sabão e outras obras posteriores. Tanto esse quanto Porão e sobrado e Praia Viva foram renegados posteriormente pela escritora, nunca mais sendo reeditados.
Ciranda de pedra (1954)
Companhia das Letras. 224 pp. R$ 52,90
Primeiro romance de Fagundes Telles, que saiu em 1954, considerado por ela e pelo crítico Antonio Candido como o livro que marca a sua maturidade literária. Dividido em duas partes, conta a história de Virginia, uma menina que vive com a mãe, desquitada, que está à beira de um colapso mental. Suas duas irmãs mais velhas vivem com o pai em uma casa grande e confortável e com um jardim amplo. A segunda parte traz Virginia já mais velha tendo que lidar com familiares e amigos. A obra já tratava de temas como homossexualidade feminina, impotência sexual e vida sexual ativa da mulher. Foi duas vezes adaptado pela TV Globo como novela, uma em 1981 e outra em 2008.
Histórias do desencontro (1958)
É o retorno aos contos de Fagundes Telles, que reúne catorze histórias lançadas em 1958. Cinco desses contos foram publicados novamente em Antes do baile verde, entre os quais o famoso “Venha ver o pôr do sol”, sobre dois jovens que marcam o seu último encontro em um cemitério. A obra recebeu o prêmio de melhor livro de contos do Instituto Nacional do Livro.
Histórias escolhidas (1961)
Primeira antologia da escritora paulistana, publicada em 1961, trazendo seis contos de O cacto vermelho, oito de História do desencontro e dois inéditos: “O noivo” e “As cerejas”, um dos melhores exemplos de como a autora se utiliza do erotismo em seus contos, através da relação entre uma mulher e o sobrinho do seu marido, tudo narrado pelo ponto de vista de uma parente mais jovem. Aqui já se percebe uma prática que Fagundes Telles vai seguir ao longo da carreira: a revisão e alteração na escrita das histórias originais.
Verão no aquário (1963)
Companhia das Letras. 232 pp. R$ 59,90
O segundo romance de Fagundes Telles foi lançado em 1963, e conta a história de Raiza, uma moça que está apaixonada por um jovem rapaz que pretende se tornar padre. Ao mesmo tempo, ela desconfia de que ele esteja tendo um caso com sua mãe. Aqui é possível perceber claramente a influência do narrador machadiano, em especial o de Dom Casmurro, pois fica no ar a pergunta se a mãe de Raiza estava realmente tendo um caso com André. Essa influência também se estendeu para o cinema, pois Fagundes Telles, junto com Paulo Emilio Salles Gomes, escreveu o roteiro de Capitu, filme de 1968 dirigido por Paulo Cezar Saraceni, uma adaptação cinematográfica da obra-prima machadiana.
O jardim selvagem (1965)
A primeira edição desse livro de 1965 reúne doze contos, contendo alguns dos mais famosos da obra lygiana: “Antes do Baile Verde”, “A caçada”, “Meia-noite em ponto em Xangai”, “O Jardim Selvagem”; “A Medalha” e “O espartilho”, que foram republicados em livros posteriores. A segunda edição, lançada na década de 70, traz apenas cinco contos da versão original, mas posteriormente não foi mais reeditado.
Antes do baile verde (1970)
Companhia das Letras. 208 pp. R$ 52,90
O livro de contos mais conhecido da obra lygiana, lançado em 1970, reunindo inicialmente vinte contos, entre inéditos e já publicados, que foram revisados por Fagundes Telles a fim de atingirem suas melhores formas. O conto “Antes do baile verde” recebeu o Grande Prêmio Internacional Feminino para Contos Estrangeiros, em Cannes, na França, em 1969.
As meninas (1973)
Companhia das Letras. 304 pp. R$ 54,90
O romance mais famoso da obra lygiana foi lançado em 1973, com a publicação de um relato de tortura que Fagundes Telles recebeu em casa, escrito em um panfleto. O livro mostra a sofisticação que a narrativa da escritora alcançou através de quatro narradores: um narrador em terceira pessoa e três jovens universitárias — Lorena (a burguesinha rica que se apaixona por um homem mais velho casado), Lia (que se envolve com grupos clandestinos que combatem o regime militar) e Ana Clara (a mais bonita das três, que é modelo e dependente de drogas). Vencedor do prêmio Jabuti, em 1974. Foi adaptado em 1995 para o cinema, com direção de Emiliano Ribeiro, com Adriana Esteves, Drica Moraes e Cláudia Liz nos papéis das “meninas”.
Seminário dos ratos (1977)
Companhia das Letras. 184 pp. R$ 54,90
Publicado em 1977, hoje o livro, após revisões e alterações, traz, ao todo, treze contos, entre os quais “Tigrela” e “As Formigas”, um dos mais lidos da autora ao lado de “Venha ver o pôr do sol”. Ambos capturam bem a aura de estranhamento criada por Fagundes Telles em seus contos, em que não se sabe se há ou não algo sobrenatural acontecendo. O conto homônimo que dá título ao livro também traz uma aura de surrealismo a um tema mais claramente político.
Filhos pródigos/A estrutura da bolha de sabão (1978)
Companhia das Letras. 184 pp. R$ 54,90. Posf. Alfredo Bosi.
Lançado em 1978 com o título de Filhos pródigos, é uma seleção de nove contos que haviam sido publicados anteriormente em periódicos, antologias coletivas ou livros da própria autora, mas que estavam esgotados. Em 1991, foi reeditado (com um conto a menos do que no original) com o título de outro conto famoso: “A estrutura da bolha de sabão”.
A disciplina do amor (1980)
Companhia das Letras. 224 pp. R$ 49,90. Posf. Noemi Jaffe.
O primeiro livro da ficção memorialística de Lygia Fagundes Telles, publicado em 1980, contendo “miniaturas”, como esses textos fragmentários eram chamados por Carlos Drummond de Andrade. É um estilo que mistura biografia e invenção, chamados de “coleção de ‘biografemas’” por Noemi Jaffe, que escreveu o posfácio da edição mais recente da Companhia das Letras. Ganhador do Prêmio Jabuti e o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
As horas nuas (1989)
Companhia das Letras. 256 pp. R$ 54,90. Posf. José Paulo Paes.
Quarto e último romance publicado por Fagundes Telles, em 1989, em que a autora faz várias autorreferências a obras anteriores, seja na forma de paródia, seja em repetições de frases e imagens. O livro começa dando a ideia de que a protagonista é Rosa Ambrosio, uma atriz decadente, e seu gato, Rahul, que é um dos narradores. Mais adiante, a trama vira uma espécie de romance policial em que tenta-se descobrir a resolução do mistério do desaparecimento de uma das personagens do romance. Mas a resolução está em um conto anterior da autora.
A noite escura e mais eu (1995)
Companhia das Letras. 128 pp. R$ 47,90
O título faz referência a um verso de Cecília Meireles e é o último livro de contos “ficcionais” de Fagundes Telles, publicado em 1995. Traz nove contos, dentre os quais “Dolly” e “Anão de Jardim” (narrado justamente por um anão de jardim), considerado o “conto total” da obra lygiana.
Invenção e memória (2000)
Companhia das Letras. 144 pp. R$ 49,90
Publicado no ano de 2000, reúne quinze textos da ficção memorialística lygiana. Entre textos explicitamente autobiográficos (como “Rua Sabará, 400”, que trata da sua rotina com Paulo Emilio Salles Gomes, que foi seu companheiro até a morte dele, em 1977) e narrativas fantásticas, como a história de um vampiro norueguês que busca sua amada, uma indígena brasileira, Fagundes Telles mistura ficção e realidade com maestria.
Durante aquele estranho chá (2002)
Companhia das Letras. 160 pp. R$ 47,90
Uma reunião de textos breves, de origens, naturezas e épocas diversas, trazem vida às memórias de Lygia Fagundes Telles, em livro publicado originalmente em 2002. Traz suas conversas com Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre, visitas a Jorge Amado e Zélia Gattai, sua amizade com Hilda Hilst e um estranho diálogo com Jorge Luis Borges, passando por uma entrevista concedida à Clarice Lispector.
Passaporte para a China (2011)
Companhia das Letras. 112 pp. R$ 44,90
Relato de viagem realizada em 1960 para a China, em que Fagundes Telles fez parte da delegação brasileira convidada para comemorar o 11º aniversário do socialismo chinês. As 29 crônicas que compõem o livro, que saiu em 2011, são uma reunião dos textos que foram publicados por ela no jornal Última Hora, abordando desde paisagens, monumentos, roupas, costumes ao convívio com o povo chinês e detalhes do cotidiano. Conta ainda com um pequeno caderno de fotos tiradas durante a viagem.
Um coração ardente (2012)
Companhia das Letras. 104 pp. R$ 42,90
Coletânea de dez contos publicados pela escritora entre 1958 e 1981. As histórias trazem homens e mulheres, crianças e adultos flagrados em seus sentimentos mais secretos e em sua relação espinhosa com a vida.
Reprodução do site “Folha de São Paulo” em “Listão: Lygia Fagundes Telles”
“Esta mensagem é para alegrar você e lhe dar forças para enfrentar esta fase que está sendo tão difícil de encarar. Faça de seus pensamentos a força de que está precisando. Esqueça as coisas ruins e limpe a mente cultivando somente bons pensamentos. Acredite no sucesso total, não imagine obstáculos na sua mente.
Tudo que uma pessoa é capaz de planejar, ela é capaz de realizar. Tenha fé, otimismo e ação. Sua vida só você a vive, portanto goste mais, acredite mais, e seja mais feliz. Procure plantar sementes de amor e otimismo na sua vida, e você colherá sempre maravilhosos frutos.
Eu acredito em você!”
***
“Não perca a esperança porque acha que hoje tudo está dando errado. Todos passamos por momentos difíceis e é natural duvidar e sentir cansaço, mas não deve ceder à vontade de desistir.
Quando menos esperamos acontece algo bom e a vida muda. Um dia estamos mal, no dia seguinte fica tudo bem. Assim é a vida, mas para isso você não deve parar de lutar. Jamais deve desistir, desanimar ou perder a esperança. Acredite, pois eu sei que vai dar tudo certo!”
“Tudo vai dar certo, amiga! Você fez tudo que estava ao seu alcance para atingir a meta que tanto procura. Essa busca não é aleatória; ela é efetiva, é real e é pensada.
É que todo mundo tem seus sonhos, seus ideais, seus projetos, mas depois falta o empenho para lutar.
É que nada se consegue sem transpirar, sem dor, sem batalhar. Você se preparou! Planejou tudo ao pormenor e agora é percorrer esse caminho: o trilho do sucesso!”
***
“É importante acreditarmos que hoje tudo vai dar certo. Que as coisas ruins fazem parte do passado e o futuro reserva para nós algo de muito especial que teremos todo gosto em desfrutar.
Não adianta pensarmos o contrário porque sermos negativos não traz lucro algum.
Mas se optarmos por sermos otimistas viveremos cada dia com verdadeira alegria e satisfação, e a nossa vida ganhará outro sentido.”
***
Você vai ficar bem, amiga! Apesar de nos conhecermos há pouco tempo eu consigo enxergar sua força e determinação à distância. E acredite que nada será tão importante como seu espírito batalhador, querida.
Só assim você vai melhorar; só assim irá retomar o caminho da felicidade. Eu sei que tudo vai dar certo, mas se a fé estiver no seu coração as coisas serão mais rápidas ainda. Força, amiga! Estarei sempre do seu lado. Beijo.
Leandro Flores, advogado, Jornalista, Sertanista, Poeta, Escritor, Editor de Livros (confira a bibliografia completa aqui) foi empossado como Membro Correspondente da Academia de Letras e Artes de Feira de Santana/BA.
O evento aconteceu no último dia 14 de março em Feira de Santana, durante “Abertura do Ano Acadêmico/2022”, da Academia Feirense. Leandro infelizmente não pode comparecer, mas a sua madrinha, a quem o indicou, Neuza de Brito Carneiro, recebeu o diploma em seu lugar.
“Eu fiquei muito honrado pela indicação da confreira Neusa, que além de amiga, é uma poeta que já participou de alguns projetos nossos. Portanto, uma parceira! Em relação à Academia, só posso agradecer pelo acolhimento, pela indicação e homenagem. É uma coroação, um reconhecimento pelos trabalhos que a gente faz, eu sei, mas eu nunca busquei isso. Nunca fiz nenhum esforço nesse sentido. Mas, pude perceber que a proposta da Academia de Letras e Artes de Feira de Santana é diferente das demais. E, através da indicação da confreira Neuza, tive esse acolhimento. Portanto, aceito com muito grado, ser um membro correspondente da augusta academia, com a promessa de sempre honrar esse título. ” – Afirmou Leandro.
Leandro foi indicado ainda em 2020, mas em razão da pandemia, a sessão de nomeação foi suspensa, dois anos depois, aconteceu o primeiro encontro presencial. O próximo será em 2023.
Foram nomeados ainda, como membros efetivos, Jaíde Santana de Siquera e Claudia dos Santos Gomes, e como membros correspondentes, além de Leandro, Marcelo de Oliveira Souza.
Houve também na programação, Lançamento de livros e antologias, Exposição “Figuras populares” (Luciano dos Anjos), recital poético e show musical – voz e violão – com Geni Van.
Aconteceu, no último dia 26 de fevereiro, o lançamento do tão aguardado livro do poeta condeubense, Antônio da Cruz Santana, ”O poetizar de um novo amanhecer: a poesia mais perto de você.” O livro, que foi produzido pela editora Novos Sabores Publicações, inicialmente era para ser lançado em janeiro, mas devido ao aumento dos casos de COVID/19 teve que ser adiado.
Mas, enfim… aconteceu! Foi no salão nobre da Câmara Municipal de Condeúba e teve participação de autoridades locais, amigos, leitores, admiradores desse poeta que faz a poesia acontecer, independentemente de qualquer situação.
Santana é um poeta atuante. Está sempre produzindo os seus versos, seja de forma independente ou através de coletâneas. É coordenador do Movimento Cultivista Café com Poemas (mentoria Condeúba), no qual, é um líder incansável na busca do cultivo à poesia, à arte, a literatura.
”O poetizar de um novo amanhecer: a poesia mais perto de você” é o segundo livro de Antônio Santana, (O primeiro foi “O Tempo, o Vento e a Espera”) a ser lançado pela Editora Novos Sabores e tem o prefácio da professora Regina Célia N. V. Carvalho. Como diz a prefaciante: “O Poetizar de um novo amanhecer” é um livro que fala “do amor e da durabilidade desse amor; admiração pela mulher de todas as raças e de todas as cores, simplesmente mulher; da vida como ela é; da natureza; como um rio; da distância que nos separa; saudade que aperta, dói, machuca, mas que ajuda crescer; da amizade verdadeira; do dia e da noite e cantar a beleza da vida, mesmo com o coração carente;” Enfim, é um livro que traduz os diversos cenários que circundam o universo desse poeta que está sempre próximo de sua inspiração! Vale a pena conferir (Clique aqui para conhecer mais sobre essa obra!
Confira também o depoimento do professor Agnério Evangelista, autor do livro: “Condeúba, sua história, seu povo” (clique no link para conhecer a obra)
Parabenizo ao poeta Antônio Santana pelo lançamento de um novo livro de poesia. Já começou acertando no título: “O Poetizar de um Novo Amanhecer”. Meus parabéns. Mais uma boa obra para enriquecer nossa cultura local. Tive a honra de compor a mesa das celebridades especiais. Observo que o poeta está mais amadurecido e seus textos mais bem condensados e significativos. Belos poemas, dentre eles, destaco: “A vida é como”, recomendo sua leitura, pois é um texto reflexivo. Nele, o poeta fala da vida humana nas suas luzes e sombras.
A vida é como o canto suave de um passarinho. Trata-se da vida natural, tal qual, Deus nos deu a cada um de nós, devemos, portanto, valorizá-la. A vida é como chuva forte que cai sobre a terra, segue-se ainda o percurso natural das coisas e das benesses divinas.
A vida é como beijo que acontece sem paquera numa clara evidência do amor ágape e não platônico. Da fartura na mesa sem pobreza e sem miséria, com a qual devemos ser solidários com os mais carentes.
O poeta dedica versos à preservação do Meio Ambiente, à floresta amazônica, à não proliferação de males e doenças e alerta para a falta de ação do Poder Público.
A responsabilidade sobre a vida na terra é de todos nós, porém as sombras da peste, da fome e da guerra continuam a nos perseguir. Estamos saindo de uma luta contra a covid-19, e o homem, inquieto, irracional já começa outra guerra pelo poder bélico.
E assim, o poeta aponta que a vida é complexa, cheia de males, decepções e alegrias. Encontramos no Criador, a força, a esperança para a felicidade.
Fotos: Oclides/JFC e Laurita
Fotos: Oclides/JFC e Laurita
Fotos: Oclides/JFC e Laurita
Quer saber mais informações, visualizar as fotos do evento? Visite o blog Folha de Condeúba
Como forma de organizar e fazer um balanço das principais atividades realizadas por mim, Leandro Flores, em 2014, 2015 e 2016 eu listrei alguns acontecimentos (os principais) no campo da literatura, nos quais, foram de fundamental importância para que outros projetos acontecessem, além de registrar todos os acontecimentos (e foram muitos) ao longo desses anos.
Porém, nos últimos cinco anos, infelizmente, por conta das minhas atividades acadêmicas, uma dose exagerada de preguiça (risos) e alguns afazeres no campo profissional, acabei que deixando este projeto de lado, uma pena porque, com isso, muita coisa acaba se perdendo, seja porque não registramos, seja porque não lembramos a data dos eventos ou atividades.
Eu acho importante registrar, organizar em um só canto, mesmo que de forma simplificada, para título de lembrança, pesquisa no futuro, resgate de algumas ideias, enfim… vou ver se consigo fazer isso, a cada final de ano e publicando em algum lugar.
No mais, gostaria de desejar um feliz 2022 a vocês. Sei que esses últimos tempos não foram fáceis, devido essa danação toda no mundo, principalmente os dois últimos anos por causa da COVID/19… Mas, vamos torcer para que a própria vida nos possibilite a mudança de página, de fase, de clima… e que o tempo bom, finalmente, aconteça.
“O Caso dos Exploradores de Caverna” – Juri simulado. Realizado pelo 1º ano da turma de Direito, com a orientação do Professor Mauricio Souza;
– 12 DE AGOSTO DE 2017 –
Lançamento do livro “Antologia Poética Café com Poemas“, Vol.: 1, Série Novos Sabores, realizado no Museu Tempostal Bahia, durante o circuito da Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), no Museu Tempostal em Salvador/BA.
– 21 A 23 DE JULHO DE 2017 –
Participação como poeta convidado do IV CONGRESSO DA ADUNEB – Atividade cultural – Poetas e voz e violão, no Campus I na Uneb, em Salvador/BA. Com o tema: “Universidade pública e a crise brasileira”;
– 28 DE OUTUBRO DE 2017 –
Participação como convidado da Sessão Solene em Comemoração do 18º Aniversário da Academia Nevense de Letras, Ciências e Arte – Anelca;
– 09 DE NOVEMBRO DE 2017 –
Apresentação poética na UNIVERSO – Universidade Salgado de Oliveira. Leandro Flores e Jose Abbade. Poesia, música e Direito;
– 22 DE NOVEMBRO DE 2017 –
Realização do Projeto Árvores Poéticas – Devolvendo Poesia à natureza (Movimento Café com Poemas). Colégio Estadual Pinto de Aguiar, Mussurunga I, Salvador/BA;
– 22/03 ATÉ 15/05 DE 2018 –
Lançamento do II Concurso Nacional de Poesia – Prêmio de Literatura Café com Poemas;
– 19 DE MARÇO DE 2018 –
I ENCONTRO REGIONAL DE POETAS (comemoração de uma década de literatura), lançamento da Antologia Poética Café com Poemas, vol. I, Biblioteca Pública David Apôlonio da Silva, na cidade de CORDEIROS/BA;
– 14 DE MAIO DE 2018 –
I Roda de Poesia do Movimento (ao Cultivismo) Café com Poemas – VERMELHO – Restaurante e Café, localizado na BAÍA DE TODOS OS SANTOS, Edifício Castro Alves, com participação de poetas de Condeúba/BA e Salvador/BA;
– 02 DE JUNHO DE 2018 –
Recebimento da Comenda “PERSONALIDADE DAS AMERICAS GRÃ MERITO 2018 – Confederação das Américas”
– 10 A 20 DE AGOSTO DE 2018 –
Participação da ”FLI-BH – Festival Literário Internacional de Belo Horizonte, com o livro Antologia Poética Café com Poemas – Volume 2.
– 01 DE AGOSTO DE 2018 –
Bate-papo com os alunos do Colégio Adelmário Pinheiro, no povoado da Feirinha, município de Condeúba-BA.
– 11 DE AGOSTO DE 2018 –
Sarau do CEPA – Círculo de Estudo Pensamento e Ação (CEPA) – CANTINA DA LUA – PELORINHO, SALVADOR-BA;
– 19 DE SETEMBRO DE 2018 –
Palestra “Saboreando Poesia! ”, no Colégio Pinto de Aguiar (Salvador-BA), – Falando sobre o Movimento Cultivista Café com Poemas;
– 31 DE DEZEMBRO DE 2018 –
Composição do cordel da retrospectiva e lançamento no canal “Flores na TV”…
– 10 DE MAIO DE 2019 –
Noite Cultural em Condeúba/BA – Lançamento da Antologia Café com poemas;
– 19 DE JUNHO DE 2019 –
Apresentação do livro Café com Poemas em Salvador/BA;
– 09 DE SETEMBRO DE 2019 –
Momentos poéticos na Universidade Salgado de Oliveira, ao lado do professor e poeta Marcus Vinícius;
– FEVEREIRO DE 2020 –
Participação na II Noite cultural em Condeúba/BA;
– 17 DE MARÇO DE 2020 –
Indicação para a Academia de Letras e Artes de Feira de Santana, na qualidade de membro Benemérito;
– 17 DE MAIO DE 2020 –
Lançamento do 1º Sarau Virtual do Movimento Cultivista Café com Poemas;
– 22 A 29 DE NOVEMBRO DE 2020 –
Lançamento da 1ª #SEMANANSBOOK, da Editora Novos Sabores Publicações;
– FEVEREIRO DE 2021 –
Lançamento do Projeto de “Podcast’s” no site www.cafecompoemas.com, bate-papo, entrevistas, etc;
– 22 A 29 DE NOVEMBRO DE – 2021
Segunda Edição da #SEMANANSBOOK, realizada pela Editora Novos Sabores Publicações;
– 23/10/2020 a 05/01 de 2021 –
Lançamento da 3ª Ed. do Projeto Cartas e Depoimentos, tendo como tema: a experiência de cada participante com a quarentena em razão da COVID/19;
19 de agosto de 2021
– Lançamento virtual do livro “Quando o mundo acabou em 2020 – Cartas e Depoimentos na Quarentena”;
*Houve outros eventos, sobretudo em projetos que não foram de minha autoria direta, mas que podem ser encontrados através das minhas redes sociais (Instagram: @leandroflores.poeta, facebook.com/leandrofloresba, etc). Projetos pessoais, que não tiveram ligação com a literatura não foram listados!