Cientistas preveem que a humanidade esteja no princípio do fim da pandemia
O mundo completou um ano de pandemia e, embora o Brasil ainda esteja enfrentando caos na saúde e caminhando na contramão da tendência de queda dos casos no mundo, muitos avanços foram conquistados até aqui especialmente nos países onde as medidas de proteção foram seguidas à risca. Alguns cientistas preveem que a humanidade já está passando pelo princípio do fim da covid-19 e apontam para alguns fatos positivos que podem comprovar esta tese.
O microbiologista espanhol Ignacio Lopez-Goni escreveu um artigo listando 10 notícias boas sobre a covid-19 um ano após o início da pandemia. Veja seis delas:
Existem mais de 100 mil artigos sobre a covid-19
Em pouco mais de um ano de pandemia, mais de 100 mil pesquisas e artigos foram realizados. O número é maior do que estudos sobre a malária.
Mais de 200 vacinas foram desenvolvidas
Embora no início da pandemia parecesse impossível criar vacinas em pouco tempo, cientistas, médicos e pesquisadores desenvolveram mais de 200 imunizantes em diferentes países em tempo recorde.
As vacinas são eficazes e seguras
O número de infecções está diminuindo significativamente em países onde a vacina já foi aplicada em boa parte da população. Isso indica a eficácia dos imunizantes e a segurança dos mesmos.
Existe tratamento para casos graves
Embora não exista um medicamento que cure a covid-19 ou um antiviral para preveni-la. Há uma combinação de medidas e tratamentos capazes de evitar que a doença evolua.
Ciência avançou rapidamente durante a pandemia
Em pouco tempo e em meio ao caos, a ciência progrediu e reforçou para a população a importância da pesquisa. Testes, diagnósticos e vacinas em tempo recorde provaram a evolução dos estudos científicos.
Professora relatou que conheceu Jairinho após separação e, pouco tempo depois, foi morar junto com ele
Parecia outra pessoa. Foi essa a impressão que a professora Monique Medeiros passou ao Brasil quando mudou sua versão do depoimento e fez novas revelações a respeito da morte do próprio filho, Henry Borel Medeiros, de 4 anos.
Na carta que escreveu na última sexta-feira, no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, onde está internada por conta da covid-19, ela narrou um cenário oposto ao que havia descrito para a polícia, onde sofria humilhações e agressões constantes do médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido por Jairinho, e negou ter negligenciado as agressões que seu filho sofria. “Nunca encostei um dedo nele, nunca bati em meu filho, eu fui a melhor mãe que ele poderia ter tido”, escreveu.
Monique Medeiros afirma ter sido uma boa mãe e nega ter negligenciado as agressões que o filho sofria. FOTO: REPRODUÇÃO
Ela afirma ter sido dopada e enganada pelo parlamentar na noite da morte da criança. Os dois estão presos acusados pelo assassinato de Henry.
Abrigando o inimigo
Me chamou atenção que, nesse novo depoimento, Monique também descreveu com detalhes o término do seu relacionamento com o engenheiro Leniel Borel de Almeida, pai de Henry, no ano passado. Ela diz ter conhecido Jairinho pouco tempo depois, pelo Instagram, em um momento que estava muito fragilizada.
Após pedir a separação de Leniel e voltar para a casa da família, em Bangu, no Rio de Janeiro, em 31 de agosto, teve seu primeiro encontro com o vereador. Os dois começaram a namorar e, menos de três meses depois, decidiram morar juntos.
Se o que Monique disse em sua carta é verdade ou não, ainda não sabemos, mas, de qualquer forma, podemos constatar muitos erros gravíssimos em sua conduta. O primeiro, com certeza, foi o de ir morar com outra pessoa, sem ao menos conhecê-la bem, e inserir seu filho nesse ambiente.
Segundo especialistas, começar um relacionamento é importante, mas, quando esse momento vem depois de uma separação que deixou como fruto uma criança, cautela se torna a palavra-chave. Afinal de contas, o novo parceiro precisa ser, antes de tudo, bom para o filho. E como saber isso com poucos meses de convivência?
É necessário conhecer muito bem o futuro cônjuge, antes de obrigar uma criança aceitar a ideia de ter um novo padrasto ou madrasta.
Por isso, é óbvio que a “hora certa” de inserir o filho em uma nova relação não está relacionada a prazo, mas, sim, na solidez do relacionamento.
Atitude acende alerta
De nada adianta insistir para ficar com alguém que tem atitudes contrárias as suas palavras. Jairinho deu todos os sinais possíveis de que era um péssimo padrasto. Monique escolheu ignorar, seja por medo, como disse na carta, ou por frieza, como demonstrou em seu primeiro depoimento.
Ela deixou de lado a necessidade de conhecê-lo melhor, antes de dar um passo sério, como o de dividir o mesmo teto, sem qualquer compromisso de casamento. Como saber se uma pessoa está preparada para assumir a posição não apenas de marido, mas também de padrasto, em menos três meses?
Infelizmente, há muitos pais e mães que têm deixado de lado esse tipo de avaliação. Assim, notícias sobre violência praticada por padrastos e madrastas contra crianças e adolescentes são cada vez mais comuns.
Por isso, é importante que a atitude de Monique, de ir morar com seu filho com uma pessoa que sequer conhecia, sirva de exemplo para todos os pais e mães solteiros.
Morte do pequeno Henry reforça a necessidade da luta contra a violência doméstica REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Somente assim conseguiremos lutar contra as crescentes agressões que se repetem no Brasil inteiro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a violência doméstica está presente no lar de pelo menos 103,8 milhões de brasileiros.
Por mais improvável que possa parecer, nem sempre o pai ou a mãe percebe os maus tratos que o filho recebe do novo cônjuge. Por isso, psicólogos alertam a respeito da importância de estar próximo da criança e atento às mudanças de comportamento para estabelecer uma relação de confiança e diálogo.
Todos têm o direito de recomeçar a vida amorosa, mas a entrada de uma nova pessoa na família exige cuidado, responsabilidade e precisa ser gradual. Não se pode esquecer que antes do novo parceiro existe um filho ou filha que precisa de cuidado, atenção e amor.
Além de ser conhecido por um delicioso aroma e sabor, o chá de alecrim possui diversos benefícios para a saúde, como melhora da digestão, alívio da dor de cabeça e combate ao cansaço. Efeitos que se devem ao fato de esta ser uma erva rica em vitaminas A, C, K, B1 e B2. Além disso, por ser rico em compostos flavonoides, terpenos e ácidos fenólicos, possui ação anti-inflamatória e antioxidante. Outras propriedades interessantes estão relacionadas à função que o chá de alecrim tem sobre sobre o corpo tônico cerebral; ou seja, a erva deixa o corpo mais alerta, a mente mais “afiada” e melhora a concentração. A seguir, a nutricionista Renata Buzzini lista as principais vantagens da bebida, ensina receita simples e dá dicas para seu consumo.
Por Marina Borges, para o Eu Atleta — Bauru, São Paulo
Benefícios do chá de alecrim
Combate os radicais livres e previne doenças: por ser rico em compostos fenólicos antioxidantes e anti-inflamatórios, elimina os radicais livres e previne problemas de saúde e doenças como derrame e câncer. Além disso, tem poder antimicrobiano, prevenindo dores de garganta e de barriga;
Previne contra a candidíase: devido às suas substâncias antifúngicas, ajuda no combate e prevenção da infecção causada pelo fungo Candida Albicans;
Ajuda no emagrecimento: por ter ação diurética, o chá de alecrim auxilia na redução da retenção de líquidos e na melhora do trânsito intestinal, beneficiando quem está em processo de emagrecimento;
Alivia o excesso de gases: contribui para melhorar a digestão dos alimentos naquele dia ou semana que os alimentos estão estranhamente mais “pesados no estômago”. Nesse caso, a dica é tomar uma xícara do chá antes do almoço.
O chá e a saúde do cabelo
De acordo com Renata Buzzini, o chá de alecrim é antioxidante, possui fitoquímicos que ajudam as células a não envelhecerem e previne a oxidação celular, além de acelerar a circulação. Então, a ação antifúngica, somada a essas outras, pode favorecer o nascimento de fios de cabelo. Mas, para que isso ocorra, o chá de alecrim deve ser usado para lavar o cabelo. Dessa forma, ele fortalece os fios e combate a oleosidade excessiva e a caspa, melhorando a circulação do couro cabeludo. Vale ressaltar que é sempre importante consultar um especialista.
– O óleo essencial do alecrim é muito rico e muito complexo e é a ação em conjunto disso que faz dele tão especial e poderoso – acrescenta a nutricionista.
Como fazer o chá de alecrim: receita fácil
Para aproveitar todos os benefícios que o alecrim proporciona, é fundamental seguir os procedimentos corretamente na hora de preparar o chá da erva. Por isso, visando colher os melhores resultados dessa bebida, a nutricionista Renata Buzzini ensina como fazer essa preparação rápida e simples. Confira.
Ingredientes:
5 g de folhas frescas de alecrim (aproximadamente 1 colher de sopa bem generosa);
250 ml de água quente.
Modo de preparo:
Esquente a água até chegar ao ponto de começar a levantar fervura;
Adicione o alecrim;
Tampe a panela por de 7 a 10 minutos;
Coe o chá e consuma.
Observações:o ideal é que ele não seja tomado após às 14 horas e seu consumo diário deve ser de uma caneca. Não adicione açúcar ao chá para não minimizar o poder anti-inflamatório da bebida.
Dicas de consumo
O consumo recomendado do chá de alecrim deve ser de até uma caneca por dia — Foto: Reprodução/Internet
A seguir, veja algumas dicas de consumo listadas por Renata Buzzini:
O melhor momento para você retirar o galhinho de alecrim para fazer seu chá é logo cedo, de manhã, antes de o sol ficar forte, porque a seiva ainda está na ponta da planta e é aí que está o óleo essencial;
O consumo da bebida não deve ultrapassar uma caneca por dia, pois muito chá de alecrim pode irritar a mucosa e causar náuseas;
Siga corretamente a receita do chá para obter apenas o melhor desta erva tão maravilhosa que é o alecrim;
Para quem tem sinusite, vale a pena fazer o chá de alecrim e, quando ele estiver soltando vapor, inspirar esse vapor para ajudar a soltar a secreção e impedir a bactéria de se proliferar;
Mulheres que estão tentando engravidar não devem consumir o chá, pois há alguns indícios de que ele possa dificultar a fixação do embrião.
Após passar 16 anos preso injustamente no Ceará, Cícero José de Melo, de 47 anos, ganhou a liberdade na tarde de hoje.
O pedreiro foi acusado de tentativa de homicídio em 2005, mas nenhum processo denunciando o suposto crime chegou a transitar na Justiça. Mesmo assim, ele permaneceu detido em uma penitenciária cearense por quase duas décadas.
Cícero agora está sendo assistido pelo advogado criminalista Roberto Duarte. O defensor explicou que ficou sabendo do caso de Cícero por intermédio de um outro cliente, que cumpria pena na mesma unidade prisional.
“Durante quase um mês ocorreram investigações paralelas acerca da real condição processual do senhor Cícero José. Buscamos dados sobre possíveis processos criminais em nome dele, mas encontramos nada”, esclareceu o advogado.
Após confirmação de que não havia processo que justificasse a prisão do homem, o advogado solicitou seu alvará de soltura, que foi expedido anteontem. “A juíza corregedora dos presídios, a mesma que oficia junto à Vara de Execuções Penais, determinoua saída do cárcere imediatamente”, continuou.
Na decisão, a juíza Maria Lúcia Vieira alegou que “Cícero está preso sem que seja possível aferir por qual motivo se encontra custodiado”. Segundo o advogado Roberto Duarte, o homem disse que foi acusado por tentativa de homicídio de uma companheira dele, mas que nega a autoria do crime.
Fora da prisão, Cícero foi levado até a cidade do Crato, a 270 km de Fortaleza, onde a família reside. Uma prima dele disse que não procuraram por ele por acharem que Cícero havia se mudado para Fortaleza. “Passei 16 anos preso de forma injusta. A juiza se sensibilizou e me soltou. Me considero um sequestrado. Passei esse tempo todo péssimo, por estar no mesmo ambiente com vários criminosos”, desabafou Cícero José.
O pedreiro não tem documentos. De acordo com o advogado Roberto Duarte, assim que os registros civis dele forem expedidos, uma ação indenizatória será ajuizada contra o estado.
Um papo sobre: “Os desafios em manter a poesia em tempos de pandemia”, com a escritora, professora, poeta, Rita Queiroz. Nascida na Bahia de todos os Santos, Rita Queiroz estudou Letras Vernáculas e se tornou professora de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Filologia Românica. Como poeta, tem os seguintes livros publicados para o público adulto: Velas ao vento, Confissões de Afrodite, O Canto da borboleta, Canibalismos (Penalux, 2020, 2019, 2018, 2017) e Colheitas (Darda, 2018).
O projeto Café com Poemas lança mais essa novidade que são as entrevistas, bate-papos, declamações, histórias e tutoriais em formato de podcast (áudios). Esse tipo de ferramenta tem crescido bastante no Brasil. Segundo informação da revista ISTOÉ, com indicativo do Ibope, “50 milhões de brasileiros já ouviram podcasts, o que corresponde a cerca de 40% dos 120 milhões de internautas do País. Desse total, 16 milhões (19%) escutam diariamente. Um estudo da Deezer, concorrente do Spotify, diz que o consumo de podcasts por aqui cresceu 67% apenas em 2019”.
Espero que você curta essa entrevista e se gostou, compartilhe, curta, comente! Navegue pelo site e aproveite os nossos conteúdos (sempre gratuitos e disponíveis).
*Todos os episódios estão nas principais plataformas de audio, spotify, spreaker, deezer, Podcast Addict, podchaser, Amazon music, etc.
Muita gente associa a proteína apenas às fontes animais, e se esquece que existe uma gama de vegetais cheios dessa propriedade, e de muitas outras vantagens nutricionais. Por exemplo, a ervilha. Ela é uma das melhores fontes proteicas, por conter quase o dobro de proteínas da maioria dos vegetais.
Além disso, é muito fácil e barata de cultivar, e pode compor ótimos pratos, como saladas, sopas, e acompanhamentos dos mais diversos. Quem fizer essa escolha, vai estar incluindo no cardápio um alimento rico em fibras, vitaminas A, B, C, E e K, zinco, magnésio, ferro, potássio, cálcio, entre outras. Ela incrementa os pratos, e também dá aquela turbinada na saúde. Olha só.
Os benefícios da ervilha são:
Faz bem ao coração
Previne a diabetes
Faz bem à visão
Fortalece os ossos
Ajuda a digestão
É boa para os músculos
É boa para a pele
Faz bem para o cérebro
Fortalece o sistema imunológico
Combate o câncer
É boa para o sangue
Previne a depressão
1. É boa para o coração
Foto: Reprodução
A ervilha contém niacina, uma substância que ajuda a reduzir os níveis de colesterol ruim – o LDL. Contém ainda flavonoides, que atuam como anti-inflamatório e ajudam na prevenção de coágulos de sangue, responsáveis por grande parte dos problemas cardíacos, como AVC e infarto, e impedem a formação de placas nas artérias.
O Zinco, as vitaminas do Complexo B e o ácido fólico ajudam na preservação das paredes dos vasos sanguíneos. Por todos esses motivos, a ervilha é uma ótima aliada na prevenção de uma série de doenças cardíacas.
2. Previne a diabetes
Por ser de baixo índice glicêmico, a ervilha atua também como uma boa prevenção contra o aparecimento de diabetes, e também pode ser consumida por quem sofre com a doença. Os antioxidantes presentes nesse alimento e o potencial anti-inflamatório da ervilha servem ainda como aliados da regulação dos níveis de açúcar no sangue, tendo em vista que o estresse oxidativo e a inflamação são fatores de risco para o aparecimento da diabetes.
3. Faz bem à visão
A ervilha contém luteína, uma substância que não é produzida pelo corpo humano e é essencial para proteger os olhos dos efeitos nocivos dos raios solares. Por isso, a ervilha é também uma amiga da visão.
4. Fortalece os ossos
O cálcio, um elemento essencial para proteção e fortalecimento ósseo, é encontrado na ervilha também. Além disso, ela contém vitamina K, B e ácido fólico, componentes que ajudam na absorção de cálcio e prevenção de doenças ósseas, como osteoporose.
5. Ajuda a digestão
Excelente fonte de fibras, a ervilha auxilia no bom funcionamento intestinal, na medida em que facilita a digestão, tornando-a mais eficiente, e reduzindo as chances de desenvolvimento de problemas, como prisão de ventre, síndrome do intestino irritável, entre outras.
6. É boa para os músculos
Reconhecidamente uma boa fonte de proteínas, as ervilhas ajudam no fortalecimento muscular, sendo muito melhor do que boa parte dos suplementos industrializados.
7. É boa para a pele
Por conter antioxidantes, como os flavonoides, carotenoides, ácidos fenólicos e polifenóis, que ajudam a evitar os radicais livres, que, em longo prazo, degradam as células; as ervilhas são boas para a pele também. Elas auxiliam na prevenção do envelhecimento precoce.
8. Faz bem para o cérebro
O magnésio, ferro, fósforo e zinco presentes na ervilha são minerais importantes para a boa saúde do sistema nervoso. A vitamina K, que também compõe o alimento, é importante para o cérebro e pode ajudar na prevenção de doenças degenerativas, como o Alzheimer.
9. Fortalece o sistema imunológico
Os antioxidantes e as vitaminas, principalmente a C, presentes na ervilha, auxiliam no fortalecimento dos sistema imunológico. A vitamina C ajuda ainda na melhor absorção de ferro, um elemento que, quando em falta provoca sintomas, como cansaço, fadiga, etc.
10. Combate o câncer
A ervilha é rica em diversos antioxidantes importantes, que atuam de modo preventivo no organismo, como os carotenos, polifenois, luteína, entre outros, auxiliando o organismo a evitar a degração das células, restrigindo as chances de aparecimento de diversos tipos de câncer.
11. É boa para o sangue
Por conter uma boa quantidade de ferro, a ervilha é útil também na prevenção de doenças do sangue, como anemia. O ferro é o grande responsável por levar o oxigênio para as células de todo corpo. Por isso, consumir produtos com esse elemento é tão essencial.
12. Previne a depressão
A ervilha contém folato, uma substância que auxilia na redução dos sintomas da depressão. Os antioxidantes auxiliam ainda a prevenir o aparecimento da doença.
Ervilha ajuda a emagrecer/Foto: saudedica
Propriedades de Emagrecimento
A composição rica em fibras e proteínas, e pobre em gorduras, faz da ervilha uma excelente auxiliar da perda de peso.
Cada xícara de ervilha verde cozida tem cerca de 67 calorias.
Ao chegar ao organismo, a ervilha regula a velocidade de absorção dos nutrientes, favorecendo a boa digestão e facilitando a perda de peso.
Ela gosta sim de flores, gosta de carinho, de um mimo; de ter um dia só para ela, de se sentir importante, amada… Gosta das mensagens que recebe no Whatsapp. Dos posts lindos que encontra no Facebook. Dos poemas e homenagens feitos pelos poetas. Tudo isso é bom. Mas o que ela mais valoriza de fato são as atitudes diárias. O respeito por parte de quem lhe diz palavras bonitas em seu aniversário ou em datas como agora no dia das mães. Ela quer ser valorizada como mulher. Como alguém que também precisa ser percebida, admirada, levada para certos lugares. Quer ter o direito de não se sentir forte o tempo todo, sair um pouco da realidade. Da condição inevitável de ser a alavanca, coluna principal do mundo. Ela não aguenta mais esse rótulo de heroína. De super mulher. De ter de ser forte em tudo e com todos. Ela só quer alguém para dividir o peso de tudo aquilo que carrega. Quer brincar com os filhos até cansar. Sorrir escandalosamente feliz ao lado de alguém, sem essas preocupações de tudo. Ela quer ter paz, momentos de diversão com as amigas. Chorar, às vezes, quando preciso e ser resgatada, acalentada, compreendida…
É claro que ela ama ser mãe, mas ama também ser mulher. E ambas as condições se completam em uma só vontade: de ser apenas ela mesma, como mãe e como mulher. Sem rótulos e sem paradoxos.
Um bate-papo sobre o MANIFESTO ao cultivismo, os projetos desenvolvidos, e conhecer um pouco mais sobre Simone Moisés, professora, escritora, psicanalista e coordenadora do mov. Cultivista Café com Poemas.
O projeto Café com Poemas lança mais essa novidade que são as entrevistas, bate-papos, declamações, histórias e tutoriais em formato de podcast (áudios). Esse tipo de ferramenta tem crescido bastante no Brasil. Segundo informação da revista ISTOÉ, com indicativo do Ibope, “50 milhões de brasileiros já ouviram podcasts, o que corresponde a cerca de 40% dos 120 milhões de internautas do País. Desse total, 16 milhões (19%) escutam diariamente. Um estudo da Deezer, concorrente do Spotify, diz que o consumo de podcasts por aqui cresceu 67% apenas em 2019”.
Espero que você curta essa entrevista e se gostou, compartilhe, curta, comente! Navegue pelo site e aproveite os nossos conteúdos (sempre gratuitos e disponíveis).
*Todos os episódios estão nas principais plataformas de audio, spotify, spreaker, deezer, Podcast Addict, podchaser, Amazon music, etc.
O projeto Café com Poemas lança mais essa novidade que são as entrevistas, bate-papos, declamações, histórias e tutoriais em formato de podcast (áudios). Esse tipo de ferramenta tem crescido bastante no Brasil. Segundo informação da revista ISTOÉ, com indicativo do Ibope, “50 milhões de brasileiros já ouviram podcasts, o que corresponde a cerca de 40% dos 120 milhões de internautas do País. Desse total, 16 milhões (19%) escutam diariamente. Um estudo da Deezer, concorrente do Spotify, diz que o consumo de podcasts por aqui cresceu 67% apenas em 2019”.
Ainda de acordo com a revista, o mercado de criação de podcasts no País foi o que mais cresceu em todo o planeta em 2020, à frente de Inglaterra e Canadá. Só para se ter uma ideia, entre janeiro e maio de 2020, houve um aumento de 103% no número de produções locais.
Nesse primeiro episódio, trouxemos um bate-papo com um grupo de jovens, do projeto Movimento Cultivista Jovem, coordenado pela psicanalista, professora universitária, poeta, revisora, Simone Moises!
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O site Cultura Genial listou “os 15 maiores poemas de amor da literatura brasileira”, em uma seleção que envolve os maiores nomes da nossa literatura, Vinícius de Moraes, Adelia Prado, Mario Quintana, Cora Coralina, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, entre outros!
Confira aí, se gostar, compartilhe entre seus amigos e amores!
1. Soneto do amor total, de Vinícius de Moraes
Pesquisar os livros do poetinha, como ficou conhecido Vinícius de Moraes, é se deparar com um manancial de poemas de amor. Apaixonado pela vida e pelas mulheres, Vinícius casou-se nove vezes e escreveu uma série de versos apaixonados. O poema mais conhecido talvez seja o Soneto de fidelidade.
O Soneto do amor total foi escolhido porque tem uma delicadeza ímpar e ilustra com precisão as várias facetas de uma relação amorosa.
Soneto do amor total
Amo-te tanto, meu amor… não cante O humano coração com mais verdade… Amo-te como amigo e como amante Numa sempre diversa realidade
Amo-te afim, de um calmo amor prestante, E te amo além, presente na saudade. Amo-te, enfim, com grande liberdade Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente, De um amor sem mistério e sem virtude Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde, É que um dia em teu corpo de repente Hei de morrer de amar mais do que pude.
2. Tenta-me de novo, de Hilda Hilst
Hilda Hilst também é um nome incontornável quando se pensa em amor na poesia brasileira. A escritora paulista escreveu versos que vão desde a escrita erótica até a lírica idealizada.
Quando se pensa em poesia de amor, o mais frequente é que se imagine versos de uma relação jovem. Tenta-me de novo é um dos raros poemas que trata de um amor que já acabou e de um amante que deseja conquistar o afeto de volta.
Tenta-me de novo
E por que haverias de querer minha alma Na tua cama? Disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas Obscenas, porque era assim que gostávamos. Mas não menti gozo prazer lascívia Nem omiti que a alma está além, buscando Aquele Outro. E te repito: por que haverias De querer minha alma na tua cama? Jubila-te da memória de coitos e acertos. Ou tenta-me de novo. Obriga-me.
3. Canção, de Cecília Meireles
Em apenas quinze versos, Cecília Meireles consegue compor na sua Canção uma ode à urgência do amor. Singelo e direto, os versos convocam o retorno do amado. O poema, presente no livro Retrato natural (1949), também conjuga elementos recorrentes na lírica da poetisa: a finitude do tempo, a transitoriedade do amor, o movimento do vento.
Canção
Não te fies do tempo nem da eternidade, que as nuvens me puxam pelos vestidos que os ventos me arrastam contra o meu desejo! Apressa-te, amor, que amanhã eu morro, que amanhã morro e não te vejo! Não demores tão longe, em lugar tão secreto, nácar de silêncio que o mar comprime, o lábio, limite do instante absoluto! Apressa-te, amor, que amanhã eu morro, que amanhã eu morro e não te escuto! Aparece-me agora, que ainda reconheço a anêmona aberta na tua face e em redor dos muros o vento inimigo… Apressa-te, amor, que amanhã eu morro, que amanhã eu morro e não te digo…
4. As sem-razões do amor, de Carlos Drummond de Andrade
Celebrado como um dos melhores poemas da literatura brasileira, As sem-razões do amor trata da espontaneidade do amor. De acordo com o eu lírico, o amor arrebata e arrasta o amador independente da atitude do parceiro. O próprio título do poema já indica como os versos irão se desdobrar: o amor não exige troca, não é resultado do merecimento e não pode ser definido.
As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo. Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo. Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça e com amor não se paga.
Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo bastante ou de mais a mim. Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor.
O poema de amor provavelmente mais citado de Bilac é Via Láctea, um clássico aprendido nos tempos de escola. Os versos abaixo, no entanto, apesar de pouco conhecidos, são também uma obra prima do autor. O poeta, que atuou como jornalista, foi um dos maiores representantes do movimento Parnasiano no Brasil e a sua lírica é marcada pela metrificação e pela representação de um sentimento idealizado.
XXX
Ao coração que sofre, separado Do teu, no exílio em que a chorar me vejo, Não basta o afeto simples e sagrado Com que das desventuras me protejo. Não me basta saber que sou amado, Nem só desejo o teu amor: desejo Ter nos braços teu corpo delicado, Ter na boca a doçura de teu beijo. E as justas ambições que me consomem Não me envergonham: pois maior baixeza Não há que a terra pelo céu trocar; E mais eleva o coração de um homem Ser de homem sempre e, na maior pureza, Ficar na terra e humanamente amar.
6. Futuros amantes, de Chico Buarque
O mais conhecido letrista brasileiro tem uma série de versos dedicados ao amor. São tantos que é até criminoso selecionar apenas um poema do manancial de belezas já escritas. No entanto, diante do desafio, escolhemos Futuros amantes, um daqueles clássicos que nunca perde a validade.
Futuros amantes
Não se afobe, não Que nada é pra já O amor não tem pressa Ele pode esperar em silêncio Num fundo de armário Na posta-restante Milênios, milênios No ar
E quem sabe, então O Rio será Alguma cidade submersa Os escafandristas virão Explorar sua casa Seu quarto, suas coisas Sua alma, desvãos
Sábios em vão Tentarão decifrar O eco de antigas palavras Fragmentos de cartas, poemas Mentiras, retratos Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não Que nada é pra já Amores serão sempre amáveis Futuros amantes, quiçá Se amarão sem saber Com o amor que eu um dia Deixei pra você
Singelo e cotidiano, Meu destino, da goiana Cora Coralina, merece elogios pela maneira simples e sutil com que relata o encontro amoroso. A poetisa, com a delicadeza dos versos que compõe, faz parecer fácil construir uma relação de afeto duradoura. Meu destino conta uma pequena fábula: a história de duas pessoas que se conheceram e resolvem construir uma relação.
Meu destino
Nas palmas de tuas mãos leio as linhas da minha vida. Linhas cruzadas, sinuosas, interferindo no teu destino. Não te procurei, não me procurastes – íamos sozinhos por estradas diferentes. Indiferentes, cruzamos Passavas com o fardo da vida… Corri ao teu encontro. Sorri. Falamos. Esse dia foi marcado com a pedra branca da cabeça de um peixe. E, desde então, caminhamos juntos pela vida…
Teresa é um dos poemas mais marcantes do modernismo brasileiro, todos nós, provavelmente, fomos apresentados a esses versos ainda na escola.
Teresa consta nessa lista porque é um dos poucos poemas de amor capaz de conter traços de humor. A comicidade de Bandeira surge com a descrição da reação durante o primeiro encontro do casal. Os versos depois se encarregam de mostrar como o relacionamento se transforma e a percepção em relação a amada muda.
Teresa
A primeira vez que vi Teresa Achei que ela tinha pernas estúpidas Achei também que a cara parecia uma perna
Quando vi Teresa de novo Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo (Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando que o resto do corpo nascesse)
Da terceira vez não vi mais nada Os céus se misturaram com a terra E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas.
Reprodução
9. Bilhete, de Mario Quintana
A delicadeza do poema de Mário Quintana começa já no título: Bilhete anuncia um tipo de recado direto, apenas partilhado entre os amantes. Os versos fazem uma elegia ao amor discreto, sem grandes alardes, partilhado unicamente entre os apaixonados.
Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho Não o grites de cima dos telhados Deixa em paz os passarinhos Deixa em paz a mim! Se me queres, enfim, tem de ser bem devagarinho, Amada, que a vida é breve, e o amor mais breve ainda…
10. Amar você é coisa de minutos…, de Paulo Leminski
Divulgação
Os versos livres de Leminski são direcionados diretamente à amada e seguem o tom de uma conversa. Apesar de ser um poema contemporâneo, os versos parecem anacrônicos porque prometem uma fidelidade total e absoluta seguindo os moldes do amor romântico.
Amar você é coisa de minutos…
Amar você é coisa de minutos A morte é menos que teu beijo Tão bom ser teu que sou Eu a teus pés derramado Pouco resta do que fui De ti depende ser bom ou ruim Serei o que achares conveniente Serei para ti mais que um cão Uma sombra que te aquece Um deus que não esquece Um servo que não diz não Morto teu pai serei teu irmão Direi os versos que quiseres Esquecerei todas as mulheres Serei tanto e tudo e todos Vais ter nojo de eu ser isso E estarei a teu serviço Enquanto durar meu corpo Enquanto me correr nas veias O rio vermelho que se inflama Ao ver teu rosto feito tocha Serei teu rei teu pão tua coisa tua rocha Sim, eu estarei aqui
Amor, de Álvares de Azevedo, é um clássico poema da geração romântica brasileira. Seus versos ilustram uma época e uma postura de devoção, quase idealizada, entre um homem apaixonado e uma mulher que é basicamente contemplada.
Embora o poema seja, de certa forma, o retrato de uma época, os versos são tão bem compostos que transcendem o tempo.
Amor
Amemos! Quero de amor Viver no teu coração! Sofrer e amar essa dor Que desmaia de paixão! Na tu’alma, em teus encantos E na tua palidez E nos teus ardentes prantos Suspirar de languidez! Quero em teus lábio beber Os teus amores do céu, Quero em teu seio morrer No enlevo do seio teu! Quero viver d’esperança, Quero tremer e sentir! Na tua cheirosa trança Quero sonhar e dormir! Vem, anjo, minha donzela, Minha’alma, meu coração! Que noite, que noite bela! Como é doce a viração! E entre os suspiros do vento Da noite ao mole frescor, Quero viver um momento, Morrer contigo de amor!
12. Cantiga para não morrer, de Ferreira Gullar
Um dos maiores poetas da literatura brasileira, Ferreira Gullar, ficou mais conhecido por seus versos políticos e de cunho social. No entanto, também é possível encontrar em sua poética trabalhos dedicados ao amor, pérolas pontuais como Cantiga para não morrer. Apesar de ser um autor contemporâneo, Gullar usa alguns traços românticos em seu poema.
O afeto pela amada é tão grande e transbordante que o eu lírico pede que ele permaneça com ela em seu pensamento, mesmo que sob a forma de esquecimento.
Cantiga para não morrer
Quando você for se embora, moça branca como a neve, me leve.
Se acaso você não possa me carregar pela mão, menina branca de neve, me leve no coração.
Se no coração não possa por acaso me levar, moça de sonho e de neve, me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa por tanta coisa que leve já viva em seu pensamento, menina branca de neve, me leve no esquecimento.
13. Casamento, de Adélia Prado
Os versos de Adélia Prado celebram o casamento, as relações cotidianas e de longo prazo. Contado quase como uma espécie de historinha, o poema mostra detalhes da intimidade da vida a dois e os pequenos afetos que se escondem na rotina do par. Chama a atenção do leitor a beleza com que é realçada a cumplicidade do casal.
Casamento
Há mulheres que dizem: Meu marido, se quiser pescar, pesque, mas que limpe os peixes. Eu não. A qualquer hora da noite me levanto, ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha, de vez em quando os cotovelos se esbarram, ele fala coisas como ‘este foi difícil’ ‘prateou no ar dando rabanadas’ e faz o gesto com a mão. O silêncio de quando nos vimos a primeira vez atravessa a cozinha como um rio profundo. Por fim, os peixes na travessa, vamos dormir. Coisas prateadas espocam: somos noivo e noiva.
O poema abaixo é um dos mais importantes exemplares da poesia romântica brasileira. Castro Alves pinta em sua lírica um amor pleno, idealizado e eterno. No entanto, como pertence à terceira fase do Romantismo, Castro Alves já inclui em seus versos alguma sensualidade relacionada à amada.
Beijo eterno
Quero um beijo sem fim, Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo! Ferve-me o sangue. Acalma-o com teu beijo, Beija-me assim! O ouvido fecha ao rumor Do mundo, e beija-me, querida! Vive só para mim, só para a minha vida, Só para o meu amor!
Fora, repouse em paz Dormindo em calmo sono a calma natureza, Ou se debata, das tormentas presa, Beija inda mais! E, enquanto o brando calor Sinto em meu peito de teu seio, Nossas bocas febris se unam com o mesmo anseio, Com o mesmo ardente amor!
Diz tua boca: “Vem!” Inda mais! diz a minha, a soluçar… Exclama Todo o meu corpo que o teu corpo chama: “Morde também!” Ai! morde! que doce é a dor Que me entra as carnes, e as tortura! Beija mais! morde mais! que eu morra de ventura, Morto por teu amor!
Quero um beijo sem fim, Que dure a vida inteira e aplaque o meu desejo! Ferve-me o sangue: acalma-o com teu beijo! Beija-me assim! O ouvido fecha ao rumor Do mundo, e beija-me, querida! Vive só para mim, só para a minha vida, Só para o meu amor!
O navio negreiro é outro grande poema de autoria de Castro Alves que merece ser conhecido.
15. O amor comeu meu nome, de João Cabral de Melo Neto
O poema abaixo é um dos mais belos monumentos ao amor presente na literatura brasileira. João Cabral de Melo Neto consegue descrever com precisão, em algumas linhas, como é estar apaixonado, como o sentimento de amor se apossa do sujeito e se alastra na vida cotidiana.
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome. O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos. O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina. O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos. Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina. O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água. O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome. O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel. O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso. O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala. O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
Fonte: Cultura Genial
Escrito por: Rebeca Fuks – Formada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2010), mestre em Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013) e doutora em Estudos de Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa (2018).
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