Categoria Reflexões

Sobrinha ensina tio analfabeto a ler e escrever durante a pandemia

Um ato aparentemente simples, mas que fez totalmente diferença na vida de um homem que não sabia ler e escrever o próprio nome. O Sr. Felipe, um mexicano do estado de Jalisco  não teve oportunidade de ir à escola, quando mais jovem, pelo fato de sempre trabalhar em construção civil, e, por essa razão, não sabia ler e nem escrever. Ele perdeu a esposa cedo e criou sozinho as duas filhas.

Kennya, que é sua sobrinha e sabia do sonho do tio de deixar de ser analfabeto, tirou o tempo livre da pandemia para ensiná-lo a escrita básica.

Isso o deixou radiante.  Ela publicou alguns posts no Twitter mostrando como ele estava feliz em poder escrever o próprio nome e o nome dos netos.

O post foi um sucesso e não demorou muito para que ganhasse milhares e milhares de curtidas e comentários nas redes sociais. Essa é uma daquelas histórias que a gente adora compartilhar, não é mesmo?

Kennya conta que o tio sempre teve vergonha de não saber ler e escrever, mas que por ter uma idade avançada (nós não conseguimos identificar quantos anos ele tem de fato), acreditava que não seria mais capaz de realizar o seu sonho.  

Eu escrevi o nome dos netos dele com um marcador e pedi para ele traçá-lo com uma caneta azul. Foi a primeira vez que ele escreveu o nome de seus netos. Foi extremamente emocionante pra mim, então não pude deixar de compartilhar”, contou.

Depois dos posts de Kenya, surgiram milhares de comentários parabenizando ambos pela atitude e desejando sucesso ao Sr. Felipe, que ganhou até uma conta no Twitter (administrada por Kennya) para mostrar como está sendo o processo de aprendizado!

Ela conta que o seu tio está aprendendo a lidar com a ferramenta e que, em breve, ele mesmo fará os posts.

Homenagem à minha avó, Judite

12 DE AGOSTO DE 2018

Avós não ficam para sempre, claro. Apensar que a gente pensa que eles são eternos, né, assim como os nossos pais, mas eles se vão também… assim como nós um dia iremos, os nossos filhos irão… e assim, caminha a humanidade. É uma rotatividade a vida. A gente nem se dá conta de como ela é “trem-bala” como diz a canção. Viver é uma faísca é um nada, em se tratando de existência.

Vó Judite, mulher íntegra, generosa, impaciente, às vezes, vivia assim, querendo ir, ultimamente com mais frequência, por conta de um alzheimer, mas a sua missão era ir mesmo… e ela se foi para sempre.

A última de sua geração de irmãos (tinha até uma gêmea, Júlia e Judite). Foi uma mulher que combateu o bom combate que são as tentações da vida. Preocupada, preferia a cautela, a abstenção, uma vida pacata. Cuidava de todos com zelo. Eu mesmo fui um dos seus. Tive a honra de morar com ela. Fui neto, filho, amigo, sobrinho (ela já nem sabia mais me classificar quando nos vimos pela última vez). Talvez um pouco de tudo isso.

Tive o prazer de conviver com a minha vozinha nesses últimos dias de vida dela, de beijá-la, de dizer o quanto ela era linda. E era mesmo. Quem a conhecia sabe o quanto aquele sorriso era permanente em seu rosto… e isso, tornava-a linda!

Vai deixar saudade. Aliás, já deixou. Mas ao mesmo tempo, estou “conformado” por saber o quanto ela viveu, o quanto foi a mulher que foi e, principalmente, pelo lugar que herdou.     

 

Leandro Flores é fundador e produtor dos Projetos ligados ao Café com Poemas.

Jornalista, Sertanista, Comendador, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.

É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…

Monografia e artigo científico. Qual a diferença?

Ao chegar ao final do curso de graduação, o estudante deve decidir o tema do seu trabalho de conclusão de curso e como vai desenvolvê-lo: se em forma de monografia ou artigo científico. O trabalho de conclusão é uma das principais preocupações entre os universitários, já que o TCC é obrigatoriedade para conclusão na maioria dos cursos.

O que é um TCC?

É a abreviação de Trabalho de Conclusão de Curso e aplica-se, principalmente, para estudantes universitários. Ao terminar o curso, seja de graduação ou pós-graduação, o aluno deve apresentar um trabalho de conclusão que utilize todos os conhecimentos adquiridos durante o curso. O TCC poderá ser feito das seguintes formas: monografia, um artigo cientifico, uma tese para cursos de pós-graduação de doutorado, um relatório de estágio ou uma dissertação no caso de cursos de pós-graduação de mestrado. A decisão do tipo de TCC vai depender do curso e da instituição.

Quer saber mais sobre formatação de artigos científicos ou monografias? Leia esse artigo:

Tema de TCC – Como escolher o tema de suas Monografias

 

Acontece que os trabalhos monográficos se dividem em Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) para graduação, monografia para pós-graduação, dissertação para mestrado e tese para doutorado.

O que é uma monografia?

A monografia é um trabalho escrito sobre os resultados de uma pesquisa focalizada em um tema único, uma delimitação de campo ou um recorte de uma realidade. Além disso, a monografia deve seguir um formato e uma estrutura lógica apresentando dados sobre a hipótese criada, a metodologia desenvolvida e os resultados da pesquisa.

O que é um artigo científico?

Já o artigo científico é um trabalho monográfico apresentado de forma sintética e objetiva e pode ser resultado de uma pesquisa independente ou um desenvolvimento acadêmico. O artigo é separado em “acadêmico” e “não acadêmico”. No formato acadêmico deve obedecer aos critérios de pesquisa para sua elaboração e apresentação. Não sendo acadêmico pode ser uma publicação destinada a órgãos ou revistas especializados em determinado assunto. Pode ser, por exemplo, o resultado de uma pesquisa independente.

Referências

Normalmente, esse tipo de trabalho é acompanhado com muita pesquisa e utilização de referências. Portanto, lembre-se que, se o seu trabalho foi baseado em um texto de alguém, coloque sempre o nome e sobrenome do autor, o título original, editora, dados para complementar ou, se falar sobre algum decreto, coloque o nome do país que está esse decreto e os artigos.

 

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Fonte: https://www.epdonline.com.br/

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Antônio Santana – O que é cultura?

No Brasil, não é somente necessário garantir os Direitos Fundamentais dos cidadãos pela Constituição Federal de 1988, como também o Poder Público deve oferecer – lhes as demais condições para exercê – los. Portanto, é interessante compreender que cultura nos apresenta vários conceitos. Como: “Todo complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente na família, como também por parte de uma sociedade da qual é membro”. Cultura também definida em ciências sociais, aprendidas de geração em geração através da vida em sociedade.

No entanto, o que se pode observar é tamanha dificuldade encontrada nas prefeituras de cidades do interior do Brasil, a exemplo de Condeúba, na Bahia, quando se trata de investimentos à Cultura. São milhares de crianças, adolescentes, jovens e também adultos que procuram desenvolver as suas habilidades na arte, nos esportes, na cultura e na literatura, porém, não conseguem nenhum tipo de suporte técnico e apoio financeiro do Poder Público Municipal.

Vale ressaltar, que tanto a Filosofia quanto a Sociologia, conceituam à Cultura intrinsecamente relacionada ao comportamento e ao convívio do homem na sociedade.

Nessa perspectiva, se percebe angústias, decepções e insatisfações por parte dos artistas profissionais e amadores ou em formação que querem produzir arte, mas não conseguem desenvolver suas habilidades e/ou talentos por ausência de políticas públicas de governos que não ofertam a esta categoria.

Nesse sentido, torna-se cada vez mais difícil repensar ou reescrever a história do Brasil, sem passar por uma educação que se proponha a trabalhar na transformação intelectual dos indivíduos através da leitura, da arte e da literatura.

Abrindo novos caminhos para formar cidadãs e cidadãos humanamente melhores, politizados, conscientes de seus direitos e deveres para com a sua Pátria, visando uma sociedade crítica, solidária e fraterna para todos.

 

 

Antônio Santana
Professor, escritor e poeta.
Condeúba – Bahia

Antonio Santana é também Coordenador do Mov. Café com Poemas em Condeúba/BA

Antônio da Cruz Santana nasceu na cidade de Saubara, na Região do Recôncavo Baiano, em 9 de abril de 1971. Em sua cidade natal, fez o curso primário, na Escola Estadual Professor Caio Moura, e o ginásio, no Centro Educacional Cenecista de Saubara.

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Pandemia e empatia: o que podemos aprender com o coronavírus

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Alcançou-se, nestes dias, a marca de um milhão de contaminados e de mais de 47 mil mortos. E os números não param de crescer. Mesmo assim, muitos, inclusive políticos e autoridades, se recusam em aceitar o risco da doença e em colaborar para que ela não se propague. Ao contrário, contribuem para ações irresponsáveis e para aumentar a tensão social. 

Desde que o coronavírus foi considerado pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), causou muito pânico e caos ao redor do mundo. A doença trouxe uma sensação de fragilidade, vulnerabilidade e impotência que tomou conta das pessoas, das mais diferentes idades, culturas, raças e religiões.

Por ser uma condição democrática, que pode atingir a todos, embora todos os pesares, reforça a importância da união para que tudo funcione. 

Nesse contexto, o coronavírus ensina sobre empatia. Todos dependemos de todos para que a situação de forma geral possa ser minimizada ou até erradicada. “Quando nos preocupamos com os outros, geralmente, temos a tendência de pensar nas pessoas dentro do nosso núcleo: nós mesmos, nossa família e nossos amigos.

O momento atual nos traz a oportunidade de expandir nossa mente, exercitar o altruísmo e se preocupar pelo bem de todos os seres. Quem quer que seja e onde quer que esteja”, defende Vivian Wolff, coach especialista em desenvolvimento humano e mindfulness pelo Integrated Coaching Institute (ICI), mãe de Chloé, Alexia e Arthur. 

A especialista explica que empatia é a habilidade de perceber o outro, sem que ele precise dizer algo sobre a própria situação emocional ou afetiva. É se colocar do no lugar do outro e, considerando o momento atual, esse interesse genuíno e ativo faz toda a diferença. Isso é reforçado quando pensamos no grupo de risco (idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas), pois quando você não faz a sua parte pode, direta ou indiretamente, afetar esse público. 

Para Vivian, o caminho é primeiramente aceitar e encarar os fatos. “Devemos avaliar a qualidade dos pensamentos que escolhemos cultivar. Lidamos com o momento difícil cultivando pensamentos de medo que nos enfraquecem ou pensamentos que nos fortalecem?

Em meio a uma crise global, ser capaz de avaliar o alcance de uma adversidade e ter recursos internos para lidar com ela da melhor maneira possível é muito valioso. Pessoas resilientes fogem de reclamação e justificativas e passam para o gerenciamento das emoções e solução de problemas”, explica. 

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Foto: Reprodução

Esse é o primeiro passo para depois poder enxergar o próximo. “Talvez você não esteja no grupo de risco do coronavírus, mas já olhou a sua volta?”, provoca Elaine Di Sarno,  psicóloga com especialização em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica, e Terapia Cognitivo Comportamental.

Você pode ter vizinhos idosos ou com diabetes e hipertensão. “Pratique a empatia, a solidariedade. Ofereça ajuda. Se for preciso, faça o supermercado para sua vizinha de 70 anos e evite que ela se exponha ao risco”, sugere. Ambas especialistas reforçam: “Reflita e dê o seu melhor como ser humano”. 

 

*As informações são do portal  msn/notícias e do site paisefilhos

Que texto lindo e verdadeiro

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Viajantes do tempo. O remetente e o destinatário.

Tudo que jogamos contra o vento vem ao nosso encontro.

Somos o próprio reflexo que vemos no espelho e além dele.

Somos a vida e a morte. O tudo e também o nada.

Somos idealizadores. Sonhadores. Propagadores.

Feitos de inocência num mundo de regras. Maldosos ou bondosos – no tempo exato.
Ora oferecemos riscos, ora somos a mais perfeita das ternuras.

O ponto de encontro está em cada um de nós. Encontrar-se é o desafio. Entender-se sagrado é o caminho.

Enxergar além de, é o que falta.

Permitir-se acolher o irmão e entender que ele é tão frágil e tão forte como nós é a meta.

Que ninguém é melhor do que ninguém. No final das contas somos, pó.

Nem sempre intactos. Nem sempre puros.O importante é buscar, olhar para dentro de si e observar

que o mundo é benção, que somos filhos da Graça – temos a divindade dentro de nós…

 

*Nas redes sociais, este texto é atribuído a São Tomás de Aquino, mas  a verdadeira autoria é de Vitor Ávila.

Imagem: Pixabay

HOMENAGEM AO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

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HOMENAGEM AO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Vamos refletir e observar
Como a cidade pode se estruturar
Com o meio ambiente limpo e sadio
Podemos ainda salvar o rio.

Com uma educação ambiental
Funcionando de verdade
Tem-se alimento com qualidade
Para atender toda a sociedade.

Educação e consumo sustentável
Preparam melhor a grande cidade
Para lidar com a sociabilidade
Com políticas públicas de responsabilidade.

A energia gerada na comunidade
Para servir a toda a popularidade
Que mora no campo e na cidade
Para servir com mais liberdade.

A criança ao estudar
Garante um bom futuro plantar
Onde o jovem possa trabalhar
Para o seu país transformar.

A Educação Ambiental,
Praticada na fazenda ou no quintal,
Serve para alimentar o homem e o animal
Desde o modo primitivo ao modelo industrial.

Antônio Santan

 

Antonio Santana é também Coordenador do Mov. Café com Poemas em Condeúba/BA

Antônio da Cruz Santana nasceu na cidade de Saubara, na Região do Recôncavo Baiano, em 9 de abril de 1971. Em sua cidade natal, fez o curso primário, na Escola Estadual Professor Caio Moura, e o ginásio, no Centro Educacional Cenecista de Saubara.

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Dica: 5 filmes importantes para refletir e aprender sobre o racismo

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A discriminação com base na cor da pele afeta milhares e milhares de pessoas no mundo inteiro, e no Brasil, essa prática é mais comum quando se fala de brancos sendo preconceituosos com negros, do que com outras minorias.

Todo ano, no dia 20 de Novembro, temos o Dia da Consciência Negra. É considerado importante no reconhecimento dos descendentes africanos e da construção da sociedade brasileira. A data, dentre outras coisas, suscita questões sobre racismo, discriminação, igualdade social, inclusão de negros na sociedade e a cultura afro-brasileira, assim como a promoção de fóruns, debates e outras atividades que valorizam a cultura africana.

No cinema, temos ótimos filmes que remetem à escravidão, a luta pelos direitos raciais e casos baseados em fatos reais, trazendo ao papel principal grandes atores e atrizes e suas exaltadas atuações.

Abaixo, temos aqui uma lista de filmes que você poderá assistir não somente neste dia, mas como em qualquer outro.

1. À Espera de Um Milagre (1999)

a espera de um milagre cafe com poemas

Imagem: Divulgação

O filme À Espera de Um Milagre mostra a história de John Coffey (Michael Clarke Duncan), um homem negro condenado à morte pelo assassinato brutal de duas irmãs gêmeas de nove anos, em um momento em que a segregação racial era muito forte nos Estados Unidos. Na prisão, ele conhece o carcereiro Paul Edgecomb (Tom Hanks), que começa a entender melhor o acusado e descobre que não há nada de mal em seu ser, muito pelo contrário.

Você pode assistir ao filme À Espera de Um Milagre na Netflix.

 

2. Infiltrado na Klan (2018)

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Imagem: Divulgação

Em Infiltrado na Klan, filme de Spike Lee, conhecemos a história de Ron Stallworth (John David Washington), um policial que, em 1978, conseguiu se infiltrar em um grupo da comunidade racista Ku Klux Klan, mesmo sendo negro. Com bastante destreza, ele se comunica com a comunidade por meio de cartas e telefonemas, enviando outro policial branco em seu lugar quando precisa aparecer fisicamente em encontros.

Infiltrado na Klan pode ser assistido no Claro Video.

 

3. Fruitvale Station (2013)

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Imagem: Divulgação

Fruitvale Station é um filme que mostra a luta de Oscar Grant (Michael B. Jordan), um jovem de 22 anos que perde o emprego e esconde a informação da mãe de sua filha, Sophina (Melonie Diaz), por achar que é capaz de recuperar o trabalho. No entanto, a situação se complica quando o personagem acaba sendo vítima do preconceito em uma noite que deveria ser de comemorações.

Fruitvale Station está disponível no Amazon Prime Video e no Globo Play.

 

4. Green Book (2018)

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Imagem: Divulgação

Vencedor do Oscar de Melhor Filme, a produção dirigida por Peter Farrelly se passa em 1962 e conta a história de Don Shirley (Mahershala Ali), um pianista famoso mundialmente que começa uma aventura pelo sul dos Estados Unidos para a sua turnê musical. Ele contrata Tony Lip (Viggo Mortensen) para ser seu motorista e segurança, e então os dois começam a enfrentar problemas em suas viagens devido à segregação racial.

Você pode assistir a Green Book no Amazon Prime Video.

 

5. 12 Anos de Escravidão (2013)

12 Anos de Escravidão (2013) café com poemas dicas quarentena 1

Imagem: Divulgação

Também vencedor do Oscar de Melhor Filme, 12 anos de Escravidão tem como cenário a vida de Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um jovem livre e que vive com tranquilidade junto aos filhos e sua esposa no ano de 1841. A vida do rapaz muda completamente quando ele é sequestrado e vendido como um escravo.

12 Anos de Escravidão está disponível na NetflixClaro Video e TeleCine Play.

 

*Confira a lista completa no site canaltech ou em geekofnerd.

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Paixões ao extremo levam à perdição

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Esse ambiente político/religioso é um campo minado de hipocrisia e desonestidade. 
Não há positividade em quem se apaixona aos extremos… Não há luz, nem verdades, em quem se posiciona estreitamente em um determinado lado e, sem preceitos, condena o outro com a única finalidade de se ter um algoz, com exclusiva pertinência de promoção factual. 

 

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Sim, agora ele (o opressor) é o porta-voz daquela parcela de rebanhos. Criou-se bando, organização e o seu único propósito é a representação político/partidária. 

Mesmo que a lucidez seja o meio termo, entre a razão e a fé, entre a Direita e a Esquerda, entre o dito “Sagrado” e o “Profano”, os extremistas preferem a representação, o confronto, a bandalheira.

Não podemos nos apaixonar por ideias fabricadas e retocadas, por “deuses” alheios (indiferentes a nossa realidade), por conceitos extremistas de contradições e negações que provoquem uma ‘desarmonia’ e que afetem as convicções das pessoas. 

Há um misto de possibilidades, mas sabemos que existe apenas uma verdade: aquela que se carrega em particular. 

Defenda tudo que acredita sim, mas faça isso com equilibro e com tolerância. Lute pelos os seus propósitos sim, mas sem ofensas. Sem prejudicar, nem invadir o direito do outro de pensar diferente do que você. 

É isso que Jesus gostaria que aprendêssemos quando disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos (Mateus 5:6).”

Há sempre uma recompensa para quem procede com justiça e retidão, sem extremismo suicida e sem paixão à ignorância.

 

 

*Texto escrito por Leandro Flores em 2016. É livre a reprodução, porém, é obrigatório citar as devidas referências de autoria e fonte.

Obs. Não conseguimos identificar a autoria da imagem. 

 

 

 

 

Leandro Flores é fundador e produtor de todos os Projetos ligados ao Café com Poemas.

É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…

Jornalista, Sertanista, Comendador, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.

O bom e velho “FODA-SE” para os padrões da sociedade (Little Miss Sunshine)

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Deleuze falava que o verdadeiro charme das pessoas consiste nos seus traços de loucura. Ou seja, somente quando há uma ruptura com a estrutura é que o indivíduo consegue ser verdadeiramente atraente, de tal maneira que não há interação e sentimento, para ele, onde não há a percepção dos traços de loucura presente nas pessoas.

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Quem foi Nise da Silveira, a mulher que revolucionou o tratamento da loucura no Brasil e virou filme na Netflix.

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Corroborando com a visão do filósofo francês, Jonathan Dayton e Valerie Faris nos apresentam o filme “Pequena Miss Sunshine” (Little Miss Sunshine). O filme narra a história de uma família pra lá de excêntrica, marcada pelo dilema entre o sucesso e o fracasso. Nesse universo familiar somos apresentados a Olive (Abigail Breslin), uma garotinha que sonha em ganhar um concurso de beleza. Para tanto, ela treina com seu avô (Alan Arkin), um velho viciado em heroína. A fim de realizar o sonho da garota, a família se desloca em uma Kombi velha (mas, muito maneira) para chegar ao tal concurso, embarcando em um dos melhores Road Movies do cinema.

A excêntrica família passa por uma série de problemas, que vão do cômico ao dramático com perfeição, criando situações ao mesmo tempo nonsense e verossímeis. O grande problema dos personagens é que eles vivem esmagados pela pressão de serem vencedores, buscando cada um ao seu modo a fuga para os fracassos das suas vidas. Até que chegamos à cena final, em que Olive, a criança, promove a libertação dos personagens, mostrando-lhes que independente do que esperam dela no concurso de beleza, ela jamais vai conseguir ser bela sendo alguém que ela não é. Isto é, escondendo os seus traços de loucura. A sua coragem promove a catarse que liberta todos dos padrões da sociedade e da ditadura da felicidade que nos obriga a vencer sempre.

A vida é cheia de nuances e complexidades, de coisas ocultas que jamais conseguiremos descobrir, tampouco, dominar. E nós, como protagonistas dessa vida, temos que vivenciá-la com dignidade, aprendendo a lidar com as nossas vicissitudes e, acima de tudo, sendo aquilo que nós somos essencialmente, sem estarmos preocupados o tempo inteiro em atender os padrões impostos por uma sociedade hipócrita, que foi erigida sob o pilar da liberdade, mas que desrespeita esta a todo tempo.

Deleuze é perfeito ao considerar os traços de loucura como a maior beleza que um ser humano possui, já que são esses traços que nos possibilitam a criatividade, a reinvenção, o renascimento. É ela que determina a nossa excentricidade, os nossos maneirismos e, por conseguinte, as nossas idiossincrasias, aquilo que somente nós possuímos e que não encontramos em mais ninguém. Aquilo que nos torna seres singulares e que é guardado na memória daqueles que nos amam.

São os traços de loucura de Olive que a tornam uma personagem tão cativante e apaixonante. É a sua apresentação maluca que deixa ao mesmo tempo sua família e nós vibrantes, que nos faz querer dançar e ser inadequados, sem medo do ridículo e sem medo dos olhares que retiram o brilho da felicidade sincera.

Olive nos ensina a sermos pássaros que voam livremente, fora das gaiolas que a vida adulta e a pressão da sociedade nos colocam, transformando-nos em indivíduos pragmáticos e chatos, sem qualquer tipo de charme, mergulhados no reino da mesmice. Como o avô maluco beleza ensina: “Perdedores são pessoas que têm tanto medo de não ganhar, que nem sequer tentam” e para tentar, antes é preciso ser honesto consigo mesmo, dando o melhor de si, mesmo que as pessoas esperem outras coisas. Ser vencedor é ter coragem para perder com dignidade sendo quem se é, sem máscaras e adequação, com loucura e beleza, dando o bom e velho “FODA-SE” para os padrões da sociedade.

(Foto:Century Fox France/Divulgação)

Não somos iguais para estarmos todos em uma mesma forma, bem como, a vida não é uma competição que visa distribuir medalhas para quem chega em primeiro lugar. A verdadeira medalha se ganha quando cruzamos a linha de chegada e ao olhar para trás conseguimos nos enxergar em cada pegada que deixamos, sendo o que quisermos ser em cada situação, fazendo o que amamos independente do que os outros queiram ou achem.

Ninguém precisa ser admirado por todos, nem bem aceito, tampouco, deixar de fazer o que gosta para pertencer ao “grupo”. A verdadeira felicidade consiste em estar livre para voar em qualquer céu e fazer a corrida do jeito que melhor lhe apraz. Olive ensina isso para a sua família, que percebe que os fracassos que possuem também fazem parte da pessoa que são e daquilo que estão se tornando. Ensina, sobretudo, que isso não os torna perdedores, porque o que torna alguém perdedor é desistir de tentar e, principalmente, esquecer o que se é, os seus traços de loucura, para ser vencedor de uma plateia falsa e sem vida.

A vida passa muito depressa para ser um vencedor que voa apenas em uma gaiola. Felicidade, como Olive e Deleuze nos ensinam é voar livremente, enfrentando as dificuldades e as quedas que inevitavelmente sofremos, porque não adianta ser vitorioso de uma vida amarga e sem loucura, já que, lembrando Bauman: “Loucos são apenas os significados não compartilhados. A loucura não é loucura quando compartilhada”, e o compartilhamento só é possível para quem está livre, para que como Olive, consiga dançar na cara dos padrões mecânicos e falsos de uma sociedade chata e hipócrita.

Por: Erick Morais 

Fonte: Pensar Contemporâneo

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