Categoria Reflexões

Nietzsche: “Temos a arte para não morrer ou enlouquecer perante a verdade”

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Nietzsche, filósofo e poeta prussiano já dizia que: “Temos a arte para não morrer ou enlouquecer perante a verdade. Somente a arte pode transfigurar a desordem do mundo em beleza e fazer aceitável tudo aquilo que há de problemático e terrível na vida” (2008).

Nunca uma frase como essa, do grande e incomparável pensador do século XIX, fez tanto sentido como agora, nestes tempos de afogamento de esperança, de sonhos, em que o país e o mando passam por diversas transformações que muitas vezes nos deixam fora de eixo, sem chão, sem saída e desesperançosos em relação ao futuro.

A arte vem como refúgio, como fuga nesse processo de endurecimento de alma. Acaba sendo uma das poucas ferramentas – ainda – capazes de trazer um sorriso, uma paixão, uma vontade de deixar as coisas mais leves, de trazer algum sentido para o mundo, traduzindo aquilo que ainda conseguimos observar e sentir como BELO, como SIGNIFICATIVO e aproveitoso para alguém e para o universo como todo.

O mundo está em cacos, se diluindo em ideologias cada vez mais extremistas, cada vez mais conflitantes e, a arte, mesmo sendo também uma ferramenta de perseguição dessa escalada da estupidez, acaba sobrevivendo (para o nosso bem) e, assim, quem sabe, algum dia possamos lembrar novamente Nietzsche, só que desta vez como chave de memória, não como lamentação de um estado fático, podendo dizer também que a arte venceu finalmente. “E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.”

*Texto escrito por Leandro Flores. É livre a reprodução, porém, é obrigatório citar as devidas referências de autoria e fonte.

 

 

Fotos: Pixabay

 

Leandro Flores é fundador e produtor de todos os Projetos ligados ao Café com Poemas.

Jornalista, Sertanista, Comendador, Poeta, Editor de Livros e Revistas e Designer Gráfico. Leandro é autor dos livros “Sorriso de Pedra – A outra face de um Poeta” e “Portfólio: Traços e Conceitos”.

É membro-fundador da Academia de Letras do Sertão Cultivista, membro da CAPPAZ – Confraria Artistas e Poetas pela Paz, além de outras instituições Acadêmicas pelo país. Também é Coordenador e Idealizador do Movimento Cultivista Brasileiro e do Projeto Cartas e Depoimentos. Já fez participações em dezenas de antologias poéticas, além de ORGANIZAR e AUXILIAR outras publicações. Leia mais…

Gosto de risos fáceis, de abraços sinceros e de gente doida e feliz!

Gosto mesmo é das pessoas doidas pela verdade, loucas para ajudar, malucas pelo bem estar do todo, pelo contentamento natural, sentindo-se bem quando quem caminha junto também está bem, sem inveja, sem mesquinharia alguma.

A sociedade nos dita regras e normas de convivência, como se existissem manuais de como se portar perante os outros, como se houvesse homogeneidade naquilo que podemos ou não fazer, naquilo que devemos sempre sentir, em tudo o que é errado, inconveniente, e no que é o correto. Esquecem-se de que sentimentos não vêm com manuais, muito menos caráter. Esquecem-se de que não são as regras de etiqueta, mas sim o nosso comportamento com o próximo, que nos define a essência humana.

Existem pessoas extremamente polidas, bem vestidas, com um currículo acadêmico impecável, mas que não cumprimentam ninguém por onde passam. Existem indivíduos que vivem em missas e cultos religiosos, que ditam de memória qualquer versículo bíblico, que participam ativamente dos eventos das paróquias, mas que só sabem fofocar e criticar a vida dos outros. Não podemos confundir apenas o que vemos superficialmente com o que cada um possui dentro de si.

Por outro lado, há pessoas que são solidárias, acolhedoras, agradáveis, éticas, que nos abraçam com verdade, que nos orientam com propriedade, que nos ouvem em silêncio reconfortante, sem precisar se mostrar, brilhar, sem afetações.

São os sorrisos mais sinceros e curativos que existem. Pessoas que nos curam a alma, que nos resgatam dos escombros emocionais, que nos guiam para longe do nosso pior, que são felizes e por isso não aborrecem ninguém.

São aquelas pessoas doidas, simplesmente porque não se ajustam às convenções impostas, caso tenham que perder aquilo que as define, caso tenham que se anular para se adequar à suposta normalidade de uma sociedade hipócrita, cujos discursos, em sua maioria, cheiram a mofo. Na verdade, são doidas pela verdade, são loucas para ajudar, são malucas pelo bem do todo, pelo contentamento natural, sentindo-se bem quando quem caminha junto também está bem, sem inveja, sem mesquinharia alguma.

Se prestarmos atenção em tudo o que estamos perdendo, por conta de ficarmos dando importância a coisas inúteis, a momentos que devem ser deletados sumariamente e a pessoas desprezíveis, perceberíamos que falta muito pouco para sermos realmente mais felizes e tranquilos. Falta apenas caminhar junto das pessoas certas, guardando no coração somente o que nos fez melhores e nos desviando daquilo que não serve para nada, mas nada mesmo. É assim que deve ser e é de nós que isso depende, de mim e de você.

MARCEL CAMARGO

Graduado em Letras e Mestre em “História, Filosofia e Educação” pela Unicamp/SP, atua como Supervisor de Ensino e como Professor…
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Texto retirado na íntegra do site oSegredo

Imagem de Christopher Ross por Pixabay


Você vai começar a ser feliz de verdade quando parar de expor sua vida para quem não deve

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Muitas vezes, nós nos sentimos impelidos a falar sobre as coisas boas da nossa vida para as pessoas ao nosso redor. Pode ser por inocência e pureza ou também para nos exibirmos um pouco ou provar o nosso valor.

No entanto, não importa qual seja a razão, a verdade é que essa necessidade de espalhar aos quatro ventos todas as coisas boas que chegam ao nosso caminho pode cobrar de nós um preço muito alto.

Não conhecemos o coração de todas as pessoas com as quais convivemos, muitas vezes, descobrimos que nem mesmo os nossos amigos ou familiares merecem a nossa confiança, por isso precisamos estar sempre muito conscientes do tipo de notícias que permitimos que essas pessoas saibam.

Você certamente já ouviu alguém dizer que “quanto menos falamos sobre os nossos objetivos, mais chances eles têm de dar certo”, e isso é a pura verdade.

Quando externamos as nossas conquistas, permitirmos que as pessoas que nos ouvem emanem suas energias em nossa direção, e nem sempre são energias positivas.

Nem todas as pessoas nos perguntam sobre nossa vida porque se interessam verdadeiramente por nós e desejam nossa felicidade, na realidade, aqueles que realmente desejam e comemoram o nosso bem são poucos, a maioria das pessoas apenas deseja saber sobre nossa vida para comentar com os outras.

Nesse sentido, precisamos deixar a inocência de lado e analisar as pessoas mais criteriosamente, aprendendo a distinguir aqueles que realmente gostam de nós daqueles que apenas estão nos usando.

Manter a boca fechada é um dos principais segredos para a felicidade.

Se você tiver alguma notícia boa de sua vida para compartilhar, fale apenas com as pessoas em que pude confiar de verdade, ou para ninguém. A felicidade e o sucesso incomodam, e as pessoas infelizes e vazias mantêm ouvidos muito atentos.

Imagem: Freepik

Nem tudo sobre nós precisa ser do conhecimento de outras pessoas. Medir nossas palavras é zelar por nossa qualidade de vida. A felicidade  verdadeira é construída no silêncio e no respeito.

Seja discreto com a sua vida pessoal, selecione muito bem as suas companhias e pare de contar tudo para as outras pessoas, pois quem precisa saber de sua vida é você. Sua vida será muito melhor e mais feliz quando você aprender a controlar a necessidade exibicionismo. Mostrar-se para os outros pode lhe trazer alguns momentos de felicidade, mas apenas a discrição lhe permitirá aproveitar o melhor da vida de verdade, longe dos olhos invejosos.

Pare de dar satisfação da sua vida, concentre sua atenção em aproveitar o que lhe foi dado em vez de falar sobre essas coisas, assim sua felicidade será mais verdadeira e duradoura.

By: Luiza Fletcher 

* Texto escrito com exclusividade para o site O Amor. É proibida a divulgação deste material em páginas comerciais, seja em forma de texto, vídeo ou imagem, mesmo com os devidos créditos. Direitos autorais da imagem de capa: Sonam Prajapati por Pixabay

Dormir de conchinha com alguém que amamos é uma das melhores sensações do mundo

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Dormir de conchinha com nossos amados é como acariciar diretamente seus corações, e mostrar que sempre estaremos por perto, prontos para oferecer conforto, cuidado e amor incondicional.

Praticamente todo mundo já dormiu de conchinha com alguém, pelo menos uma vez na vida, mas nem todos sabem valorizar o que isso representa. Dormir de conchinha é um gesto de amor, proteção e cuidado. É um sinal de que nos sentimos confortáveis com a outra pessoa e acreditamos que quando a envolvemos ou somos envolvidos por ela, estamos mais seguros.

É algo simples e comum, mas que faz com que nos sintamos muito especiais. Quando acontece com alguém que realmente amamos então, tudo fica ainda mais intenso.

Imagem: autor desconhecido



Seja no calor ou no frio, em dias bons ou ruins, saber que a pessoa que amamos está tão pertinho da gente é reconfortante. Não há nada como sentirmos o amor do outro através desse tipo de demonstração. É realmente uma sensação única!

Se você tem alguém com quem pode dormir de conchinha todos os dias, significa que encontrou um parceiro muito especial, que está na sua vida por inteiro, porque um momento tão carinhoso como esse a gente não vive com qualquer um.

Dormir sozinho é muito bom, por vezes até mesmo libertador, mas ter a companhia de alguém que amamos e que sabemos que nos ama de volta nos dias em que a vida parece ser mais difícil é incomparável!
Esse abraço reformulado nos desperta sentimentos especiais, e sempre que dormimos de conchinha com alguém que amamos, acordamos mais animados com a vida, confortados pelo amor do outro e sabendo que por pior que tenha sido o nosso dia, sempre teremos alguém para quem voltar.

Imagem: https://www.guiadasemana.com.br

A forma de dormir de um casal revela muito sobre como o relacionamento está, e quando a conchinha se torna muito presente em nossas noites, isso mostra que as coisas estão indo muito bem, e que realmente nos sentimos em casa quando estamos com o outro.

Portanto, se você tem com quem dormir assim todos os dias, agradeça porque deitar e acordar juntinho de quem se ama é uma grande conquista.

Texto escrito com exclusividade para o site O Amor.

Por: Luiza Fletcher

*As imagens foram de pesquisas livres na internet, não identificamos quem são os autores.

Estou abraçando as minhas tristezas sem desrespeitar a minha sede de ser feliz.

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Eu só sei que alguma coisa mudou dentro de mim no momento em que aprendi a aceitar as minhas emoções como caminhos para aprendizados, e não como tempo perdido…

Eu só sei que alguma coisa mudou dentro de mim no momento em que aprendi a aceitar as minhas emoções como caminhos para aprendizados, e não como tempo perdido. Não sei se isso me tornou uma pessoa mais madura, mas tenho certeza que acalmou bastante a ansiedade no meu coração. E é a partir dessa nova moldura que vivo o hoje e que tento reparar nas pessoas e situações ao meu redor.

Quantos minutos, horas, dias, semanas ou meses vai durar essa capa protetora de intensidade, não tenho nenhuma ideia. Mas é reconfortante conseguir retomar um estado de poesia sobre os pensamentos, ideias e planos que quero trilhar. Ainda assim, eu sei bem – a vida tem os seus próprios encontros. Ela se move depressa e perder e ganhar é questão de saber observar.

Às vezes é complexo. Às vezes é simples.

Outro dia fiquei pensando no significado de tanta inquietude da minha alma. Não descobri muito. Ainda. Em vez disso, acabei precisando processar dores, cicatrizes e escolhas passadas. O que parecia ter se transformado num exercício de autossabotagem, terminou sendo o início de uma terapia, de uma conversa interna que já era pra ter acontecido há muito tempo. Não foi fácil, mas foi o suficiente para que eu conseguisse respirar e meditar.

Foram lágrimas no chuveiro e algumas mortes das minhas falhas e faltas. Menos dramático do que parece, eu aprendi a renascer. Sem certo e errado. Sem querer a perfeição ou o desapego da minha vulnerabilidade. Eu tenho a capacidade e a parceria de ser mais atenção e carinho comigo.

Faço o melhor que não se importar e isso é tudo pra mim. Estou abraçando as minhas tristezas sem desrespeitar a minha sede de ser feliz. E por agora é o que consigo lidar.

Texto originalmente extraído do site CONTI outra

Por Guilherme Moreira Jr

Imagem de Enrique Meseguer por Pixabay

Os avós nunca morrem, dormem para sempre nas profundezas do nosso coração

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Os avós nunca morrem, tornam-se invisíveis e dormem para sempre nas profundezas do nosso coração. Ainda hoje sentimos a falta deles e daríamos qualquer coisa para voltar a escutar as suas histórias, sentir as suas carícias e aqueles olhares cheios de ternura infinita.

Sabemos que é a lei da vida, enquanto os avós têm o privilégio de nos ver nascer e crescer, nós temos que testemunhar o envelhecimento deles e o adeus deles ao mundo. A perda deles é quase sempre a nossa primeira despedida, e normalmente durante a nossa infância. 

 

Os avós que participam na infância dos seus netos deixam vestígios da sua alma, legados que irão acompanhá-los durante a vida como sementes de amor eterno para esses dias em que eles se tornam invisíveis.

Hoje em dia é muito comum ver os avôs e as avós envolvidos nas tarefas de criança com os seus netos. Eles são uma rede de apoio inestimável nas famílias atuais. Não obstante, o seu papel não é o mesmo que o de um pai ou de uma mãe, e isso é algo que as crianças percebem desde bem cedo.

O vínculo dos avós com os netos é criado a partir de uma cumplicidade muito mais íntima e profunda, por isso, a sua perda pode ser algo muito delicado na mente de uma criança ou adolescente. Convidamos você a refletir sobre esse tema conosco.

O adeus dos avós: a primeira experiência com a perda

Muitas pessoas têm o privilégio de ter ao seu lado algum dos seus avós até ter chegado à idade adulta. Outros, pelo contrário, tiveram que enfrentar a morte deles ainda na primeira infância, naquela idade em que ainda não se entende a perda de uma forma verdadeiramente real, e onde os adultos, em certas situações, a explicam mal na tentativa de suavizar a morte ou fazer de conta que é algo que não faz sofrer.

A maioria dos psicopedagogos diz de forma bem clara: devemos dizer sempre a verdade a uma criança. É preciso adaptar a mensagem à sua idade, sobre isso não há dúvidas, mas um erro que muitos pais cometem é evitar, por exemplo, uma última despedida entre a criança e o avô enquanto este está no hospital ou quando fazem uso de metáforas como “o avô está em uma estrela ou a avó está dormindo no céu“.

  • É preciso explicar a morte às crianças de forma simples e sem metáforas para que elas não criem ideias erradas. Se dissermos a elas que o avô foi embora, o mais provável é a criança perguntar quando é que ele vai voltar.
  • Se explicarmos a morte à criança a partir de uma visão religiosa, é necessário incidir no fato de que ele “não vai regressar”. Uma criança pequena consegue absorver apenas quantidades limitadas de informação, dessa forma, as explicações devem ser breves e simples.

É também importante ter em conta que a morte não é um tabu e que as lágrimas dos adultos não têm que ficar ocultas perante o olhar das crianças. Todos sofremos com a perda de um ente querido e é necessário falar sobre isso e desabafar. As crianças vão fazer isso no seu tempo e no momento certo, por isso, temos que facilitar este processo.

As crianças irão nos fazer muitas perguntas que precisam das melhores e mais pacientes respostas. A perda dos avós na infância ou na adolescência é sempre algo complexo, por isso é necessário atravessar essa luta em família sendo bastante intuitivos perante qualquer necessidade dos nossos filhos.

Embora já não estejam entre nós, eles continuam muito presentes

Os avós, embora já não estejam entre nós, continuam muito presentes nas nossas vidas, nesses cenários comuns que compartilhamos com a nossa família e também nesse legado verbal que oferecemos às novas gerações e aos novos netos e bisnetos que não tiveram a oportunidade de conhecer o avô ou a avó.Os avós seguraram as nossas mãos durante um tempo, enquanto isso nos ensinaram a andar, mas depois, o que seguraram para sempre foram os nossos corações, onde eles descansam eternamente nos oferecendo a sua luz, a sua memória.

A presença deles ainda mora nessas fotografias amareladas que são guardadas nos porta-retratos e não na memória de um celular. O avô está naquela árvore que plantou com as suas próprias mãos, e a avó no vestido que nos costurou e que ainda hoje temos.

Estão no cheiro daqueles doces que habitam a nossa memória emocional. A sua lembrança está também em cada um dos conselhos que nos deram, nas histórias que nos contaram, na forma como amarramos os sapatos e até na covinha do nosso queixo que herdamos deles.

Os avós não morrem porque ficam gravados nas nossas emoções de um modo mais delicado e profundo do que a simples genética. Eles nos ensinaram a ir um pouco mais devagar e ao ritmo deles,a saborear uma tarde no campo, a descobrir que os bons livros têm um cheiro especial e que existe uma linguagem que vai muito mais além das palavras.

É a linguagem de um abraço, de uma carícia, de um sorriso cúmplice e de um passeio no meio da tarde compartilhando silêncios enquanto vemos o pôr do sol. Tudo isso perdurará para sempre, e é aí onde acontece a verdadeira eternidade das pessoas.

No legado afetivo de quem nos ama de verdade e que nos honra ao recordar-nos a cada dia.

 

Obs. Não conseguimos identificar a autoria de algumas imagens 

 

 

Texto extraído do site:

 

Consciência Negra para quem?

DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA – É PRECISO OLHAR PARA O OUTRO COMO DIFERENTE SENDO IGUAL NO BRASIL.

No Brasil, continua-se reproduzindo a escravidão do passado com os negros e negras em diversos setores da sociedade nordestina, baiana e brasileira. É inadmissível que em tempos atuais, a população negra, sendo maioria, seja tratada com inferioridade com relação à população considerada ” branca” elitista no país. Infelizmente, ainda temos e não sabemos por quanto tempo, estatisticamente os piores índices de pobreza, de violência, de desemprego, de moradia, de igual oportunidade na arte, na cultura, na música, na literatura, na religião, nas universidades públicas, na televisão, no jornalismo, na política, bem como em outras áreas e espaços sociais desta mesma Sociedade racista, machista e preconceituosa a qual vivemos com pessoas que não nos aceitam como pessoas que são e pensam diferentes.

É inegável que  a [população negra] muito contribuiu e continua contribuindo em todos os aspectos para a História do Brasil, da América Latina e do Mundo. Não resta dúvida que o negro, continuará lutando e resistindo para que um dia possa vencer esta escravidão miserável, cruel e estrutural que persiste escondê-lo na sua própria história.

Por esta razão, reafirmo que o negro não precisa de elogios ou comemorações, mas sim, de oportunidade de condição para viver melhor e dignamente como qualquer pessoa na Sociedade brasileira. CONSCIÊNCIA NEGRA PARA QUEM?

Um grande abraço!

Antônio Santana – Professor, escritor e poeta.

Bahia, 20 de novembro de 2019.

 

 


Antonio Santana é também Coordenador do Mov. Café com Poemas em Condeúba/BA

Antônio da Cruz Santana nasceu na cidade de Saubara, na Região do Recôncavo Baiano, em 9 de abril de 1971. Em sua cidade natal, fez o curso primário, na Escola Estadual Professor Caio Moura, e o ginásio, no Centro Educacional Cenecista de Saubara.

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Ensine teu filho a dizer a verdade e a assumir os próprios erros

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Quer deixar algo para o mundo? Deixe um filho responsável e honesto.

Se para, nós, adultos, que conseguimos diferenciar entre o bem e o mal, é difícil assumir nossos erros, imagine o quão difícil pode ser para seu pequeno. Mas, não se preocupe, vamos mostrar a você como ensinar seu filho a assumir os erros à medida que cresce.

Assumir os erros não será fácil para as crianças. Mas parte de desenvolver a capacidade de reconhecimento e aceitação dos equívocos está ligada à integridade humana.

 

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Atenção pais! Criança não tem obrigação de beijar ou abraçar ninguém

 

Se seu filho sabe aceitar que não agiu bem, será uma pessoa mais responsável com cada uma de suas ações e aprenderá que se agir mal, pode afetar as pessoas ao seu redor.

Reconhecer que agimos mal ou falhamos não é tão simples quanto parece. Às vezes, nos negamos a fazer isso por vergonha ou orgulho. De qualquer forma, isso não é bom.

Errar e assumir os próprios erros

por Pixabay 

“Errar é humano, mas reconhecer o erro é para os sábios”.

Essa frase é tão simples quanto verdadeira. É verdade que todos nós estamos expostos às falhas, mais ainda quando uma criança experimenta novas emoções, conhece e se relaciona com outras. Mas entender e assumir os erros ainda quando são pequenas, as ajudará a serem pessoas melhores no futuro.

Como seu filho não sabe reconhecer a diferença entre o bem e o mal, os pais desempenham um papel fundamental como orientadores durante toda a fase de crescimento. Nesse caminho, no qual tratamos de orientar nossos filhos da melhor forma possível, devemos lembrar que mamãe e papai é um modelo irrefutável a seguir.

Para seu filho, o que você fizer estará certo. Ele imita você por natureza, por instinto. É aí que se encontra a importância de agir conforme os valores e princípios que queremos que nosso filho desenvolva.

Dicas para ajudar a criança a admitir suas falhas

Imagem de Daniela Dimitrova

É importante que os nossos filhos se deem conta dos erros que cometem durante o seu crescimento e os corrijam a tempo. Por esse motivo, damos a você algumas recomendações que podem facilitar para ambos a dinâmica do reconhecimento de nossos próprios atos.

  • Dê o exemplo. Se foi você quem cometeu o erro, reconheça-o diante da criança. Converse com ela a respeito disso.
  • Muitas vezes, quando somos pais, temos medo de assumir um erro, porque acreditamos que perderemos autoridade, credibilidade ou respeito diante de nossos filhos. Mas a verdade é que assumir que cometemos uma falha é um ato de coragem e, claro, de sabedoria. O reconhecimento do erro se transforma em um ato de humildade.
  • Ensine ao seu filho que ele tem direito de errar. Seu filho não tem razão para ser perfeito e deve saber disso. Faça-o saber que também se aprende com os erros. Isso criará um antecedente para ele, e o ajudará a não repetir, novamente, a mesma falha.
  • Assumir também é amadurecer. Converse com seu filho, mostre-o que assumir um erro faz com que ele seja uma pessoa mais madura, em crescimento e consciente de que embora tenha falhado, sempre pode escolher fazer o bem o corrigir seu erro.
  • Valorize o lado bom da ação cometida. Ensine seu pequeno a ver o lado positivo das situações. Tudo que acontece ou que faz é uma experiência da qual ele pode tirar proveito, um novo aprendizado.
  • Ajude seu filho a tomar a melhor decisão. Perante determinada situação, é possível que seu pequenino precise de seu apoio para tomar uma decisão. Oriente-o, mas lembre-se de que você deve deixá-lo decidir. É ele quem deve determinar qual ação vai tomar. Se ele se equivocar, saberá que é preciso assumir o erro e se responsabilizar por ele.
  • Elogie a habilidade dele de reconhecer os próprios erros. Avalie que seu filho faz um esforço para enfrentar seu erro, em vez de lembrá-lo do mal que fez.
  • Ensine-o a se desculpar. Faça-o entender que pedir desculpas não é um fracasso, nem tem porquê ferir ou abalar a autoestima dele. Pelo contrário, o torna uma criança corajosa e capaz.

Fazer com que o seu filho assuma os próprios erros não só o tornará um ser humano mais consciente de tudo que faz, mas também o fará ser uma pessoa mais humilde e justa.

Obs. Não conseguimos identificar a autoria de algumas imagens 

 

*Este artigo foi uma reprodução do site Sou Mamãe.

Coringa é ‘terrivelmente’ realista na atual sociedade surtada

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“Precisamos resolver nossos monstros secretos, nossas feridas clandestinas, nossa insanidade oculta”, escreveu décadas atrás o filósofo francês Michel Foucault (1926-1984).

Com isso, a loucura do personagem Coringa no filme homônimo, dirigido por Todd Phillips, parece assustadoramente realista, ainda que represente um grau extremo de psicopatia.

O longa protagonizado por Joaquin Phoenix tem sido celebrado por muitos e tratado com cautela por tantos outros.

Seria a obra embalada por múltiplas violências um gatilho capaz de estimular insanos a produzir massacres de inocentes?

Recentes atentados realizados por lobos solitários – como os de El Paso e Dayton, nos Estados Unidos, em agosto – fazem a nova versão do Coringa ser ainda mais humana e também mais perigosa.

Na imprensa norte-americana, o filme-sensação, ganhador do principal prêmio do Festival de Veneza, tem sido associado ao termo ‘terrorismo branco’, em referência ao perfil mais comum de assassinos motivados por ódio: o caucasiano introspectivo de classe média que se sente incomodado ou ameaçado por minorias.

O riso descontrolado e aterrorizante é a marca do desiludido Arthur Fleck
Foto: Divulgação

O insociável e carente Coringa seria, ainda, um ícone para os ‘incels’, abreviação de involuntary celibates (celibatários involuntários), ou seja, homens majoritariamente heterossexuais incapazes de estabelecer de maneira espontânea um relacionamento romântico ou sexual. Esse grupo desperta a atenção de autoridades e estudiosos do comportamento colérico.

No filme, o homem atrás da máscara de palhaço – o comediante desprezado e frustrado Arthur Fleck – é produto e, ao mesmo tempo, sintoma de uma sociedade doente. Mais grave: ele quer ser o expurgador dessa anomalia.

Para isso, atua como uma espécie de justiceiro. É vítima, réu, juiz e executor. Uma confusão mental e comportamental alimentada pela omissão de uma sociedade igualmente doente.

A maioria das pessoas prefere fingir não enxergar um indivíduo com transtorno mental a fim de não se reconhecer nele ou então evitar se sentir na obrigação moral de ajudá-lo ou ainda para se desviar da culpa pela negligência.

A maior parte das pessoas exibe um sorriso falso para disfarçar as dores emocionais
Foto: Divulgação

Diante da insuficiente política de Estado em relação à saúde mental da população, o drama cotado a indicações ao Oscar presta um serviço relevante ao alertar a respeito dos radicalismos aos quais estamos expostos.

Cada pessoa deve, assim como sugeriu Foucault, enfrentar a si mesmo. Assim haverá menor chance de se transformar em um ser fora de controle.

Coringa expõe as possíveis consequências calamitosas do bullying, do desamor e da sensação íntima de fracasso.

Trata-se de uma alegoria com tintas fortes do ‘loser’ americano: o cidadão visto como ‘perdedor’ por não ter conquistado o sucesso financeiro, a felicidade afetiva e o respeito na comunidade.

Independentemente de origem e cultura, há milhares de Coringas à nossa volta – sem maquiagem, porém igualmente prontos a explodir em fúria.

Diante desse risco iminente, a única risada possível a todos nós é a de nervoso.

Texto escrito por Jeff Benício do portal Terra

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Atenção pais! Criança não tem obrigação de beijar ou abraçar ninguém

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Talvez seja quase unânime a ideia de que ser carinhoso, ou carinhosa, é algo muito positivo. E de fato, é. No entanto, ninguém sai abraçando e beijando todo mundo.

Em adultos, o carinho, em termos de contato físico, é comumente restrito ao círculo social de pessoas mais próximas. Isso é muito fácil de verificar. Acontece que – se você é pai ou mãe – talvez esteja obrigando o seu filho pequeno, sem perceber, a acreditar que manter contato físico com alguém, qualquer pessoa, o torna “melhor”, mais aceito, mais bonzinho. E você pode estar fazendo isso, ao ter uma atitude, aparentemente, inofensiva: obrigando-o a beijar e abraçar, ou ir no colo de estranhos.

Aqui uma ressalva: para a criança a intimidade é algo restrito às pessoas que ela convive intensamente. A mãe, o pai, os familiares mais próximos, um ou outro colega de escola. Mesmo que você acredite que aquele parente não é um estranho, aprenda a ver pelos olhos da criança, e perceberá que o familiar é um ilustre desconhecido para ela.

NINGUÉM É OBRIGADO

É comum que as pessoas acreditem que os pequenos têm obrigação de abraçar e beijar todo mundo que pede. Mas pense um pouco sobre a mensagem que está passando à ela.

De novo, vale a empatia: são crianças, em plena formação física, emocional, neurológica, etc. Elas estão aprendendo, todos os dias, sobre como funciona o mundo, quem são elas, como devem se comportar, quais são as regras sociais…

E esse ensinamento pode ser algo tão profundo, que uma criança que aprendeu que pode ser tocada ou que deve tocar – por obrigação, uma outra pessoa – está aprendendo que a vontade dela não deve ser respeitada, e que o corpo não é dela.

Parece absurdo pensar isso de uma atitude tão inofensiva, como beijar ou abraçar uma criança – afinal de contas, uma convenção social como cumprimentar alguém de modo mais “carinhoso”, é algo que faz parte, e sempre fez, da nossa cultura. No entanto, não deveria.

SER EDUCADO E GENTIL NÃO SIGNIFICA TER CONTATO FÍSICO

Se a criança fala que não quer ter contato físico com outra pessoa, ela deve ser respeitada sempre. Com isso, você pai ou mãe, ensina a ela que o corpo dela não pode ser tocado e que ela não deve aceitar que a toquem ou que peçam isso a ela, por obrigação.

É duro, mas o abuso infantil é uma triste verdade que precisa ser dita.

Crianças são seres humanos, e precisam ser tratadas como tal. Elas devem aprender – porque é de pequeno que se ensina essas coisas – que o corpo é delas, e que não deve ser tocado por obrigação ou aceitação, que ser educado e gentil não significa ter contato físico com ninguém, que ela sempre vai poder contar com a empatia dos pais sobre as necessidades delas, e que o contrário disso é desrespeito e agressão.

Por isso, quando aquela tia ou prima distante aparecer em uma festa de família pedindo um beijo para seu filho, pense duas vezes na hora de dizer para a criança fazer isso, e prefira sempre perguntar se ela quer. O mais importante, nesse caso, é respeitar a vontade da criança, e não se ater a uma imposição social, que não faz o menor sentido.

Greenme/ Cíntia Ferreira

“O menino do pijama listrado”: uma história que nos ensina a amar acima das ideologias

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